A ex-ministra Damares Alves, eleita senadora por Brasília, disse ter ouvido “nas ruas” relatos sobre estupro e tráfico de crianças no Marajó.
Durante fala em uma igreja evangélica, Damares alegou que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais. Ela afirmou, também, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos”, que no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) há imagens de crianças de 8 dias de vida sendo estupradas e que um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Documentos entregues por Damares Alves a jornal não comprovam denúncias dela sobre supostos abusos sexuais infantis no Pará
Na terça-feira (11), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do MPF para a defesa dos direitos humanos, e o MPPA também solicitaram essas informações ao MMFDH.
Ainda segundo o MPF, sobre as denúncias recebidas que não tratavam de tráfico internacional de crianças ou de outro crime que deve ser julgado pela Justiça Federal, as denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e que, na quarta-feira (12), o MPPA divulgou nota informando que até agora também não recebeu denúncia formal ou prova do que a ex-ministra relatou.