Data é celebrada em 8 de agosto e prevê a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares
Monise Santos explica que o colesterol alto está associado, além da genética de cada indivíduo, a fatores como a obesidade, que é potencializada pelo sedentarismo e hábitos alimentares não saudáveis
O Dia Nacional do Combate ao Colesterol é celebrado neste 8 de agosto. A data prevê a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares e visa alertar a sociedade para as consequências que o excesso de (LDL), conhecido como colesterol ruim, pode trazer à saúde. Entre esses problemas estão o infarto, derrame e outras doenças cardiovasculares.
Como explica a docente do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Monise Santos, o colesterol, embora seja difundido de forma negativa, é essencial para o bom funcionamento do corpo humano. Segundo a especialista, ele é importante para a formação de hormônios e até ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras da alimentação.
“O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. São dois tipos principais de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom”, e o LDL, denominado de “colesterol ruim”. Quando ocorre o desequilíbrio entre eles, aumentam os riscos de AVC, de morte súbita e doença coronariana, por exemplo”, explica.
Monise aponta ainda, que o colesterol pode sim estar associado a fatores genéticos, e nesse caso, um acompanhamento médico deve ser tratado como prioridade. Entretanto, a nutricionista argumenta que essas doenças podem estar interligadas, inclusive, com fatores como obesidade, que é potencializada pelo sedentarismo e hábitos alimentares não saudáveis.
“Nesse contexto, ter uma alimentação saudável e incluir a prática de atividades físicas podem ajudar no controle desse colesterol ruim e diminuir os riscos dessas doenças. Evitar alimentos ricos em gordura saturada, como a carne vermelha e as processadas, frituras, comer mais frutas, legumes e verduras, cereais e grãos integrais, o farelo de aveia é uma excelente opção, e gorduras saudáveis, como o ômega 3, presente em peixes como a sardinha e o atum e o ômega-9, presente no azeite. Além disso, incluindo, é claro, o monitoramento médico para avaliar se há a necessidade de tratamento medicamentoso”, reforça.
Por fim, a especialista da Faculdade Anhanguera dá mais detalhes de alguns alimentos que devem ser evitados. Confira:
- Alimentos ricos em gorduras saturadas: Estes alimentos aumentam o colesterol LDL. Evite ou limite o consumo de carnes gordurosas, pele de frango, laticínios integrais, manteiga, banha de porco e alimentos fritos;
- Alimentos ricos em gorduras trans: As gorduras trans são encontradas em muitos alimentos processados e frituras. Elas não só aumentam o colesterol LDL, mas também diminuem o colesterol HDL. Leia os rótulos dos alimentos e evite produtos que contenham “gordura vegetal hidrogenada” ou “gordura parcialmente hidrogenada”;
- Carnes processadas: Bacon, salsichas, linguiças e outros produtos de carne processada são ricos em gorduras saturadas e sódio, o que não é bom para o coração;
- Produtos de panificação e doces: Bolos, biscoitos, bolachas e outros produtos assados muitas vezes contêm gorduras trans e/ou saturadas, além de açúcares adicionados, o que pode afetar negativamente os níveis de colesterol e a saúde do coração;
- Alimentos ricos em açúcares adicionados: Excesso de açúcares adicionados pode levar ao ganho de peso e desequilíbrios metabólicos, que por sua vez podem afetar os níveis de colesterol;
- Fast food e comida processada: Alimentos de fast food muitas vezes são ricos em gorduras trans, gorduras saturadas e sódio. Além disso, muitos alimentos processados contêm ingredientes que podem afetar negativamente os níveis de colesterol;
- Bebidas açucaradas: Refrigerantes e outras bebidas açucaradas podem contribuir para o ganho de peso e aumentar o risco de problemas cardiovasculares;
- Óleos vegetais refinados: Óleos vegetais refinados, como o óleo de milho, óleo de soja e óleo de canola, podem ser ricos em gorduras ômega-6, que o seu consumo em excesso pode promover inflamação;
- Álcool em excesso: O consumo excessivo de álcool pode levar ao aumento dos níveis de triglicerídeos e contribuir para o ganho de peso, o que pode afetar o perfil lipídico.