Para Daniela Simões, docente de Recursos Humanos da Unime Anhanguera, em geral, são analisados cinco aspectos de cada estudante: o perfil psicológico, as preferências pessoais, as habilidades naturais, os objetivos e a personalidade
De acordo com dados do estudo “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, realizado por um conjunto de organizações da sociedade civil, mais da metade dos jovens do país (58,8%) acredita que é difícil encontrar cursos sintonizados com as vagas existentes no mercado de trabalho, o que provoca o afastamento do público de oportunidades.
Ainda entre os jovens que estão prestes a entrar no ensino superior, há um outro dilema que pode atrapalhar o ingresso rápido no mercado de trabalho: a dúvida sobre qual curso escolher. Para a professora Daniela Simões, do curso de Recursos Humanos da Faculdade Unime Anhanguera, uma alternativa a fim de contribuir com a agilidade de processos, tomada de decisões e em qualificação profissional, é a realização de testes vocacionais.
A docente argumenta que, aos interessados em uma profissionalização, é possível considerar quais são as formações com projeção de crescimento nos próximos anos. A partir dessa análise, Daniela diz que é possível traçar metas e escolher temáticas que se encaixam nos gostos pessoais de cada um e, consequentemente, escolher áreas e se qualificar, torna-se um processo muito mais prazeroso.
“A realização de testes vocacionais contribui para que cada um consiga descobrir suas aptidões espontâneas com base em uma avaliação da personalidade do aluno e análise das possibilidades de emprego no momento É benéfico não apenas porque ajuda a pessoa na escolha do curso, mas também qualifica aqueles que já escolheram uma determinada profissão”, analisa.
Daniela Simões explica que existem diversas modalidades para realizar a orientação vocacional e, em geral, são analisados cinco aspectos de cada estudante: o perfil psicológico, as preferências pessoais, as habilidades naturais, os objetivos e a personalidade. “O exame acontece por meio de entrevistas e testes para identificar os níveis de interesse em assuntos variados, além das formas de raciocínio e de memória dos alunos que podem ser aproveitadas em diferentes carreiras”, conta.
Os profissionais habilitados a realizar a avaliação de forma completa e assertiva são os psicólogos especializados, que têm autorização do Conselho Federal de Psicologia. “Os graduados nessa área conseguem assimilar os traços individuais com embasamentos teóricos e científicos, com o objetivo de apresentar direcionamentos estratégicos para o sucesso profissional. A avaliação pode, também, ser feita de forma on-line e diversas instituições oferecem essa opção de forma gratuita, como é caso da plataforma Teste Vocacional Orientu da Anhanguera.”
Novos rumos
Mesmo com uma grande gama nas possibilidades, as novas oportunidades de empregabilidade continuam a surgir. Ainda de acordo com o levantamento da pesquisa “Futuro do Mundo”, as profissões relacionadas à saúde, como Enfermagem, Fisioterapia e Medicina, continuam em alta nas demandas do mercado. Os campos da economia criativa (atividades artísticas e culturais), da economia verde (soluções para o meio ambiente e empresas) e da economia digital (processamento de dados, programação e inteligência artificial) têm ascensão para o futuro.
Como recomenda a docente da Unime Anhanguera, entrar em contato com as instituições de ensino superior e realizar testes vocacionais é a maneira mais eficiente de conhecer as opções de carreiras mais promissoras. “Esse processo contribui para a reaproximação de jovens do trabalho formal e diminuir as taxas de desemprego entre pessoas com menos de 30 anos”, ressalta Daniela Simões.