Dia 27 de setembro é considerado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. No mês passado, o caso do apresentador Fausto Silva, que recebeu um novo coração, reacendeu a importância deste ato que pode salvar vidas. Quem doa órgãos pode beneficiar e salvar, pelo menos, dez vidas. Atualmente, o país possui 65 mil pessoas na fila de transplante de órgãos, o mais aguardado é o rim, que conta com mais de 36 mil pessoas na fila, seguido pela córnea, com cerca de 25 mil à espera, em seguida vem o fígado, com 2.228 solicitações, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O transplante de medula também tem uma significativa fila, com 650 pessoas, a informação é do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).
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Ministério da Saúde lança campanha de doação de órgãos e tecidos
O Ministério da Saúde lançou hoje (27) a campanha nacional de doação de órgãos e tecidos. O tema da campanha é Amor para Superar, Amor para Recomeçar e o objetivo do ministério é incentivar a discussão do tema dentro das famílias. A lei brasileira determina que a família deve autorizar a doação de órgãos e, por isso, é importante que a vontade do doador seja conhecida pelos parentes.
“O Brasil tem suas particularidades. Os familiares precisam reiterar, concordar [com a doação], mesmo que haja a decisão dos próprios indivíduos, mas isso apenas reforça a grandeza das famílias brasileiras e o quanto o programa de doação de órgãos e tecidos precisa ser enaltecido todos os dias”, disse o ministro da Saúde substituto, Bruno Dalcomo. Em sua fala, ele destacou que o país tem o título de maior programa público de transplantes do mundo.
No ano passado, o foco da campanha era estimular a conversa com a família para, através do diálogo e conscientização, aumentar o número de doações e incentivar o gesto. Agora, o ministério mira na importância do conhecimento dos familiares sobre a vontade do indivíduo em doar órgãos e também sensibilizar os familiares para autorizarem a doação. É deles a palavra final.
A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais. Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão. Esse dado contabiliza também as pessoas que esperam por uma córnea. Só em 2022, em média, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão. O país tem 633 hospitais de transplantes autorizados.
Fonte: Agência Brasil