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Doenças crônicas matam 842 pessoas de 30 a 69 anos por dia no Brasil

Isso significa 35 mortes a cada hora, segundo dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane

  • Em 2020, 307.675 pessoas entre 30 a 69 anos morreram prematuramente em decorrência de uma doença crônica que poderia ser evitada, como hipertensão ou diabetes
  • Isso representa 842 mortos por dia e 35 por hora
  • 56,3% dessas mortes são de pessoas do sexo masculino e 43,7% do feminino
  • 53,0% das pessoas que morreram precocemente de uma doença crônica no país tinham menos de 8 anos de escolaridade, o que revela também um recorte de renda

 A taxa de mortalidade precoce por doenças crônicas no Brasil é de 295,6 a cada 100 mil habitantes.

No mundo, em 2019, a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram 43,48% do total de mortes do DCNT mostrando o impacto desse grupo de doenças na faixa etária entre 30 a 69 anos *
* World Health Organization (WHO). Global Health Estimates: Life expectancy and leading causes of death and disabylity 2019

As informações referentes ao Brasil são do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane com base em dados oficiais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Sobre a Umane

A Umane é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada a apoiar, desenvolver e acelerar iniciativas de prevenção de doenças e promoção à saúde, no âmbito da saúde pública, com os objetivos de contribuir para um sistema de saúde mais resolutivo e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

A Umane dirige seu apoio para três linhas programáticas: a Atenção Integral às Condições Crônicas, com iniciativas de controle dos fatores de risco, rastreamento, ampliação do acesso à saúde e ao monitoramento dos fatores de risco na Atenção Primária à Saúde; o Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde por meio do apoio a iniciativas que visem melhorias operacionais, de produtividade de equipes, de integração de serviços e da incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde e a Saúde Materno Infantil e Juvenil, financiando programas que acompanhem e monitorem desfechos desfavoráveis durante a gestação e as condições de saúde de crianças e adolescentes no contexto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e dos fatores de risco.

 

Pessoas com 45 anos ou mais recebem cerca de 80% dos diagnósticos de leucemia rara

Assunto: Hospital da Lagoa, serviço de quimioterapia, enfermeira Rafaela Rosenthal tel.(21-3111-5231 / 9480-1441) atendendo ao paciente Fernando Trindade tel. (21-3305-3500) / Local: Lagoa, Rio de Janeiro / Data: 08/2010

Há um mês, no dia 22 de setembro, foi celebrado o Dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica (LCM). Ela ocorre a partir de uma anormalidade genética chamada de cromossomo Philadelphia, que é resultado da troca de material genético entre dois outros cromossomos, o 9 e o 22. É por esse motivo que a data foi escolhida para chamar atenção à doença.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 80% dos diagnósticos da leucemia ocorrem em pessoas com 45 anos ou mais. “Isso porque quanto mais velho nós somos, quanto mais velhos nós ficamos, maior é a tendência de haver alterações genéticas, alterações nos nossos genes que podem desencadear qualquer tipo de câncer, inclusive a leucemia mielóide crônica”, explica Diogo Kloppel, médico hematologista.

Em março deste ano, Cintia Alves Ferreira de Jesus descobriu que sua filha Natasha, de 3 anos, estava no grupo dos demais 20%. “Não foi fácil quando eu recebi esse diagnóstico, porque não imaginava que ela teria leucemia e eu pensava muito positivo que ela não teria. Então quando eu fiquei sabendo, foi um choque muito grande, passei a noite chorando, sofrendo por causa dessa situação. Eu não sabia o que era leucemia direito”, contou a mãe de 34 anos.

A enfermidade é um tipo de câncer de origem desconhecida e considerada pelo Ministério da Saúde como rara, ou seja, atinge até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Assim como os demais tipos de leucemia, ataca os glóbulos brancos, afetando os leucócitos e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, impedindo a produção de células saudáveis do sangue.

Sobre a prevenção, Kloppel faz um alerta. “Infelizmente, ainda não existe algum método de prevenção para a leucemia mieloide crônica. Realmente o mais importante é estar sempre com seus exames em dia e fazer seus exames periódicos para, se acontecer, você pegar no início e começar a tratar o quanto antes”. Segundo o especialista, muitos pacientes descobrem a doença em exames de rotinas, mas fadiga, aumento do volume abdominal, dor abdominal e perda de peso podem ser alguns dos sintomas.

Tratamento

Pacientes com leucemia podem procurar pelo tratamento integral e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), além da assistência necessária, sejam crianças, adolescentes ou adultos. O procedimento é baseado na destruição das células leucêmicas, mediante o uso de medicamentos específicos que inibem a alteração genética do “cromossomo Philadelphia”.

Se diagnosticada precocemente, as chances de cura de leucemia são de 90% para as crianças e de 50% em adultos de até 60 anos, aponta a  Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). No caso da LCM, ressalta Kloppel, há remédios que ajudam no controle da doença. “Também pode ser realizado o tratamento com transplante de medula óssea, que ainda hoje é a única forma de curar essa doença”, ressalta o médico.

Para sorte de Cíntia e Natasha, a descoberta da doença aconteceu ainda bem cedo, o que ajudou no tratamento realizado no Hospital da Criança, em Brasília. “Graças a Deus, com 15 dias já não tinha mais traços da leucemia nela”, celebrou a matriarca. “Hoje eu considero minha filha curada. Ela tem que continuar o tratamento para a leucemia não voltar”, completa.

Na rede pública, o tratamento é realizado pelos estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que oferecem, a depender de cada caso, cirurgia oncológica, radioterapia, quimioterapia (oncologia clínica, hematologia e oncologia pediátrica), medidas de suporte, reabilitação e cuidados paliativos.

Fonte: Brasil 61

Alérgico ao próprio orgasmo, homem tem sintomas gripais após ejacular

Um artigo publicado na edição de novembro da revista Urology Case Reports conta um caso inusitado: um homem de 27 anos dos Estados Unidos, que não teve o nome divulgado, foi diagnosticado com Síndrome da Doença Pós-Orgásmica (POIS), uma condição rara que causa sintomas semelhantes aos da gripe após a ejaculação. O caso foi registrado por pesquisadores da Universidade de Oakland.

O rapaz procurou atendimento após passar quase dez anos tendo o que ele entendia como crises alérgicas. O problema começou por volta dos 18 anos, com tosse, coriza, espirros, erupções cutâneas nos braços e inchaço das glândulas linfáticas em seu rosto e pescoço sempre que tinha um orgasmo. Ele contou se abster de relações sexuais e relacionamentos para evitar o incômodo.

A Síndrome da Doença Pós-Orgásmica pode causar sintomas como fraqueza muscular, fadiga, tosse, febre, congestão nasal, coriza, espirros e coceira nos olhos, além de problemas de concentração e memória entre dois dias e uma semana após a ejaculação.

Estudos anteriores sugerem que a reação é uma resposta alérgica ou autoimune do organismo ao próprio esperma. Ela pode ser desencadeada após uma infecção ou lesão nos testículos. Quando isso ocorre, uma quantidade microscópica de esperma pode vazar na corrente sanguínea, provocando uma resposta imunológica semelhante ao que ocorre quando um vírus ou bactéria estranha invadem o corpo.

O pesquisador e autor do estudo, Andrew Shanholtzer, explica no artigo que as células de Sertoli nutrem e cercam os espermatozoides, os mantendo isolados das células imunes. Quando elas são danificadas, o esperma é exposto ao sistema imunológico pela primeira vez e causa o ataque.

O paciente passou por urologistas e até mesmo especialistas em ouvido atrás de um diagnóstico. Ele fez exames de imagem dos testículos e coletou amostras de sêmen e hormônios analisados em laboratório, todos com resultados normais. De acordo com os médicos, depois do diagnóstico, houve redução de 90% dos sintomas com a administração de um anti-histamínico de ação prolongada.

Embora a síndrome seja considerada rara, os médicos acreditam que existam muitos casos subnotificados porque os pacientes não procuram por ajuda.

 

Por.: Metrópoles