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No Senado, Teresa Leitão fala sobre a relação das fake news com a violência nas escolas

Fotos: Mariana Leal

A senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, disse nesta quarta-feira (03), em pronunciamento na tribuna do Senado, que o PL 2630 (o chamado PL das Fake News) tem tudo a ver com o combate à violência nas escolas. “No ciclo de audiências públicas que o Senado tem feito é unânime a opinião de que a escola é muito mais atacada depois do surgimento e da proliferação sem filtro das redes sociais. Por isso é tão importante esse PL”, afirmou.

Teresa disse esperar que as discussões em torno do projeto de lei não estabeleçam uma disputa entre governo e oposição, mas que, “com o acolhimento das emendas, possam caminhar como uma posição do Congresso Nacional frente ao grave problema que o PL aborda”.

No pronunciamento, Teresa leu trechos de uma entrevista da diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, à Folha de São Paulo. Disse que compartilhava da mesma opinião da diretora, que afirmou, entre outras coisas, que “as escolas estão mais violentas porque o Brasil passou a permitir o aumento da população armada, o estímulo da violência e o ambiente de ódio nas redes, sem controle, sem regulação e sem qualquer filtro. A violência nas escolas também é reflexo da violência na sociedade”.

O projeto de lei, segundo a senadora, tem uma relação muito importante com a democracia. “Nós concordamos com a aprovação desse PL das fake news. Não é um projeto de censura! Pelo contrário: é um projeto de liberdade para todos e para todas. Esperamos que ele seja aprovado e tenha sua incidência também nas escolas do nosso país”, concluiu.

 

Moraes determina retirada de anúncios online sobre o PL das Fake News

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira (2), que presidentes de empresas que operaram redes sociais prestem depoimento, no prazo de cinco dias, na Polícia Federal (PF).

A decisão de Moraes foi proferida após a divulgação de denúncias sobre o suposto favorecimento de resultados contrários ao chamado Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/20), em discussão no Congresso Nacional. As plataformas deverão retirar do ar todos os anúncios que tratam o projeto como PL da Censura.

Pela decisão, deverão prestar depoimento os presidentes do Google, Meta (Facebook e Instagram), Sportfy e Brasil Paralelo.

Segundo Moraes, eles terão que esclarecer à PF as razões de terem autorizado o uso dos mecanismos de propaganda contra o projeto.

Na decisão, o ministro entendeu que a conduta pode configurar “abuso de poder econômico” e “ilícita contribuição com desinformação”.

Fonte: Agência Brasil

 

Google aumenta pressão contra PL das Fake News e põe artigo contra projeto na página inicial

O Google intensificou a campanha contra o Projeto de Lei das Fake News, na véspera do dia marcado para a votação na Câmara, nesta terça-feira, 2. A empresa encaixou o link para um artigo contra a medida na página inicial da plataforma. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reagiu e anunciou que vai denunciar o caso.⁣⁣
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Embaixo da barra de pesquisa do Google, a mais usada no mundo, internautas tinham acesso a um link do texto da empresa sob o título “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Escrito pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, o texto afirma que o projeto pode aumentar a desinformação no Brasil porque as plataformas ficariam impedidas de excluir publicações jornalísticas com informações falsas. ⁣⁣
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O PL cria regras de moderação dos provedores de internet que possam acarretar exclusão ou redução de alcance aos internautas. Deputados de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gigantes de tecnologia e bancadas conservadoras, como a evangélica, se uniram alegando que a mudança na lei vai virar “censura” nas redes sociais. Defensores do texto, por outro lado, alegam que o projeto protege o uso correto da internet e traz responsabilização para quem escreve e distribui o conteúdo.⁣⁣

Fonte: Estadão

 

Fato ou Fake? Governo de Pernambuco decretou sigilo sobre as forças de segurança

É falsa a informação de que o Governo de Pernambuco decretou sigilo sobre o contingente total das forças de segurança.

Atualmente, são 24.685 servidores, sendo 16.539 da Polícia Militar, 5.032 da Polícia Civil, 2.465 do Corpo de Bombeiros e 645 da Polícia Científica. A divulgação desta informação é regulamentada pelo Termo de Classificação de Informações (TCI) Nº 09/2023, publicado no portal da Lei de Acesso à Informação do Estado (lai.pe.gov.br).

Foi classificado como reservado, por um período de 5 anos, apenas o detalhamento de distribuição de efetivo policial por unidade ou órgão, assim como pelo tipo de atividade exercida. Informações neste sentido são consideradas estratégicas porque se forem divulgadas sem critérios podem causar riscos à população e comprometer operações e atividades de inteligência na área de Defesa Social.

Embasado no Art. 29, Inc. I, II, IV e V, no Decreto Estadual nº 38.787/2012, c/c art. 11, Inc. I, II, IV e V, e na Lei 14.804/2012, o termo ressalta ainda que “a divulgação indiscriminada de tais informações sensibilizaria as ações relacionadas à prevenção e investigação de infrações penais, na medida em que revelaria o poder de resposta dos órgãos e unidades de Segurança Pública para inibirem e reprimirem o cometimento de crimes”.

MPF instaura inquérito contra Jovem Pan por divulgar fake news e incitar atos antidemocráticos

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar a conduta da rede Jovem Pan na disseminação de conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos. O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país. O órgão realizou levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan, a princípio, tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país.

Na cobertura dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília neste domingo, por exemplo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. O comentarista Alexandre Garcia, contratado da emissora, chegou a fazer uma leitura distorcida da Constituição para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições. “É o poder do povo”, disse, em alusão ao artigo 1º da Lei Maior. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa.”

Paulo Figueiredo foi outro a proferir ataques aos Poderes da República e validar os atos de vandalismo. Mesmo quando vândalos já haviam invadido e destruído prédios públicos, o comentarista tentou imputar aos agentes públicos que neles atuam a culpa pelo caos instalado. Ele argumentou que “as pessoas estão revoltadas com a forma como o processo eleitoral foi conduzido, elas estão revoltadas com a truculência com que certas instituições têm violado a nossa Constituição”, ecoando notícias falsas sobre supostas fraudes eleitorais e atuações enviesadas ou omissivas de tribunais superiores e do Congresso Nacional. Já Fernando Capez classificou os atos como “manifestação claramente pacífica”. “Um ou outro vândalo que se infiltra, mas 99,9% são pessoas que estão ali expondo a sua indignação, sua maneira de pensar”, declarou.

Considerações de descrédito às instituições e ao processo democrático vêm ganhando fôlego na programação da Jovem Pan desde meados de 2022, antes mesmo do início do período eleitoral. Ataques infundados ao funcionamento das urnas eletrônicas e à atuação de membros do Judiciário foram cada vez mais constantes, acompanhados depois de suspeições sobre o próprio desfecho da eleição. O comentarista Rodrigo Constantino, em 14 de novembro, atribuiu o resultado dos processos democráticos do país a “um malabarismo do Supremo”. Já sua colega Zoe Martinez defendeu, em 21 de dezembro, que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF.

Vários dos programas analisados também continham falas com potencial efeito de incitação a atos violentos no país. Exemplo foi registrado em 22 de dezembro, quando Paulo Figueiredo resumiu o cenário político-social a duas alternativas: a aceitação de “uma eleição sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população” e a deflagração de uma guerra civil. Diante delas, sentenciou: “Então que tenha uma guerra civil, pô!”. Dias depois, o mesmo comentarista diria que uma intervenção militar não traria consequências gravosas ao país e que, em caso de reação de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, caberia “mandar esses daqui para um lugar pior”. “Passa cerol, pô, vocês são treinados para isso!”, concluiu, dirigindo-se a integrantes das Forças Armadas.

Ordens. O MPF enviou ofício determinando que a Jovem Pan forneça, em até 15 dias, informações detalhadas sobre sua programação e os dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is, Alexandre Garcia e Jovem Pan – 3 em 1. O documento inclui ainda uma notificação para que a empresa se abstenha de promover quaisquer alterações nos canais que mantém no YouTube, seja a exclusão de vídeos, seja tornar sua visualização restrita, pois todo o conteúdo será objeto de investigação minuciosa.

Ao YouTube, o MPF ordenou a preservação da íntegra de todos os vídeos publicados pela Jovem Pan desde janeiro de 2022 até hoje. A plataforma deverá ainda informar em até 30 dias a relação completa dos conteúdos removidos ou cujo acesso público foi restringido pela emissora, para compreender melhor quais razões motivaram essas ações. O YouTube terá também que indicar os vídeos que foram alvo de moderação de conteúdo pela própria plataforma ao longo do ano passado, especificando os fundamentos adotados nesse controle.

Abusos. O MPF lembra que a livre expressão do pensamento não exime a Jovem Pan de respeitar outras diretrizes constitucionais e legais referentes às atividades de comunicação, sobretudo porque parte de seu conteúdo é veiculado via rádio, uma concessão pública sujeita a limites relevantes. O artigo 5º da Constituição garante o acesso de todos à informação, não como o simples direito de recebê-la, mas de obter conteúdos qualificados. Ainda na Carta de 1988, o artigo 221 determina que emissoras de rádio e TV deem preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas em sua programação, com respeito a valores éticos e sociais da pessoa e da família.

“Tendem a violar tais finalidades educativas e informativas, e em especial valores éticos da pessoa humana, conteúdos que sistematicamente veiculam desinformação sobre o funcionamento das instituições democráticas do país e, sobretudo, que incitam violência e ruptura em face dos Poderes estabelecidos”, destacou o MPF na portaria de instauração do inquérito.

O MPF ainda aponta que o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/1962), ao qual a Jovem Pan está submetida enquanto concessionária do serviço de radiodifusão, é claro ao estabelecer que a liberdade de transmissão por som e imagem não exclui a punição dos que praticarem abusos no seu exercício. Segundo a norma, incorrem em tais violações aqueles que empregarem os meios de comunicação para a prática de crimes previstos na legislação em vigor. Entre os exemplos estão incitar a desobediência às leis e a ordens judiciais, fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social e caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativo, Executivo ou Judiciário ou seus membros.

A investigação avaliará se a Jovem Pan violou direitos fundamentais da população e incorreu em abusos à liberdade de radiodifusão. Providências poderão ser adotadas tanto para impor multas e indenizações por dano moral coletivo quanto para acionar a Justiça em favor da suspensão da concessão por até 30 dias e até mesmo sua cassação. Para o MPF, “o regime de direito público pertinente aos serviços de radiodifusão coloca limites à iniciativa privada, ao exigirem que sua exploração voltada ao lucro seja compatibilizada com responsabilidade social”.

Veja a portaria do MPF, clicando aqui.

TSE determina que redes sociais apaguem posts com relação falsa entre PT e ‘kit gay’

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, hoje, por maioria, que redes sociais apaguem publicações que associam o PT à distribuição de um suposto “kit gay” nas escolas. O plenário julgou uma representação feita pela coligação Brasil Feliz de Novo, que tem Lula como candidato, contra postagens feitas no Instagram e no TikTok com referências a um “kit gay” – material que nunca fez parte de programa governamental.

Uma das publicações foi feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Instagram, mas já tinha sido retirada do ar. A outra era um trecho de entrevista de Jair Bolsonaro deu no ano passado sobre o tema. O relator do pedido do PT, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, havia arquivado o caso por entender que a contestação fazia referência a um trecho de entrevista – o que não infringiria a legislação eleitoral.

O ministro Carlos Horbach divergiu do entendimento e votou em outro sentido, para retirar apenas parte do conteúdo do ar. Segundo Horbach, a outra parte das postagens tinha “caráter informativo”. A maioria dos ministros, no entanto, acompanhou entendimento do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que determinou a retirada de todo o conteúdo com esse tema, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

A liberdade de expressão não permite a propagação de notícias fraudulentas”, afirmou Moraes. “O cenário sombrio que reforça esses comportamentos preconceituosos é que o TSE vem combatendo”. “Temos que erradicar totalmente essa postagem do ambiente virtual”, afirmou o ministro Ricardo Lewandowski. “Ficam reproduzindo esse gravame contra essa minoria perseguida em nossa sociedade”.

FAKE NEWS: Pesquisa Ipec que mostra Bolsonaro na frente de Lula com 46% no JN, é falsa

É falso que nova pesquisa do Ipec divulgada no Jornal Nacional mostre o presidente Jair Bolsonaro (PL) à frente do ex-chefe do executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral para a presidência. O vídeo foi adulterado. A gravação verdadeira, apresentada no programa do dia 12 de setembro por William Bonner e Renata Vasconcellos, mostra Lula com 46% das intenções de voto e Bolsonaro com 31%.

Fala de Bonner no vídeo adulterado. “O Ipec divulgou uma nova pesquisa contratada pela TV Globo sobre a intenção de voto para as eleições presidenciais. A disputa segue estável. Jair Bolsonaro tem 46%, e Lula tem 31% das intenções de voto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos”, diz Bonner na versão editada. A fala é acompanhada pela imagem de um gráfico que também exibe os números errados.

A pesquisa verdadeira mostra o resultado oposto: o ex-presidente Lula liderando a disputa com 46% das intenções de voto e Bolsonaro com 31%. No vídeo adulterado, que já acumula mais de 5,7 mil interações (curtidas, comentários e compartilhamentos) na rede social, a fala seguinte à de William Bonner, de Renata Vasconcellos, também é editada.

Fala distorcida de Vasconcellos no post. “O Ipec perguntou em quem os eleitores votariam no segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Na primeira pesquisa, 51% disseram que no segundo turno votariam em Bolsonaro. Depois, 50. 52. Agora, 53. Com a margem de erro, de 51 a 55. 35% declararam que votariam em Lula. Depois, 37. 36. Agora, novamente, 36. Com a margem, de 34 a 38”, fala a apresentadora na publicação viral. Assim como a fala de Bonner, a de Vasconcellos é seguida por um gráfico que também mostra os mesmos resultados falsos. Os dados verdadeiros da pesquisa, também apresentados pelo Jornal Nacional, mostram que Lula tem 53% das intenções de voto no segundo turno.

Outra fala de Bonner é alterada no mesmo vídeo. O material falso exibe novamente imagens de Bonner com um áudio manipulado. “O instituto pediu aos eleitores que avaliassem a administração de Jair Bolsonaro. 43% avaliavam a administração Bolsonaro como ótima ou boa nas três primeiras pesquisas. Agora, 45. Regular, 29%. Depois, 31, 30 e de novo 30. Consideravam a gestão Bolsonaro ruim ou péssima 26%. 24. 25. Agora, 23”. Na realidade 45% avaliam a administração Bolsonaro como ruim ou péssima; 30% avaliaram como ótima/boa e 23% disseram avaliar a administração Bolsonaro como regular.

Renata Vasconcellos também passa por duas edições no post. A imagem corta para Vasconcellos, que na edição falsa, diz: “O instituto perguntou se os brasileiros aprovam ou desaprovam a maneira como Jair Bolsonaro governa o país. 57% aprovavam nas três primeiras pesquisas.” O vídeo falso acaba com essa frase.

Os dados reais da pesquisa apontam que 59% desaprovam a forma de Bolsonaro governar.

A colunista Cristina Tardáguila já checou outra edição de pesquisa do Ipec que trocava as porcentagens de intenção de voto de Lula e Bolsonaro para que o atual presidente ficasse com vantagem sobre o ex-mandatário. Na vez, a informação falsa era trazida na voz de Vasconcellos.

A desinformação também foi checada por Fato ou Fake e Boatos.org.

Fonte: Uol Notícias