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Gilmar desarquiva ações contra Bolsonaro e mais 5 por crimes na pandemia

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou, ontem, uma decisão da Justiça que arquivou ações contra Jair Bolsonaro em razão de supostas omissões e irregularidades na gestão da pandemia de covid-19. Com isso, o magistrado determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre eventuais crimes cometidos pelo ex-presidente.
De acordo com a decisão, a PGR deve fazer uma avaliação a partir de um relatório produzido pela Polícia Federal (PF). A investigação mira Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (hoje deputado federal pelo PL-RJ); o coronel da reserva do Exército Élcio Franco, que também integrou o ministério; a ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro — que foi conhecida pelo apelido de Capitã Cloroquina; Mauro Luiz Ribeiro, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina; e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República.
Foto: Amarildo de Castro
A decisão está sob sigilo no Supremo. Os envolvidos são acusados de crimes na pandemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e comunicação falsa de crime. As acusações têm como base investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Gilmar entendeu que o caso não poderia ter sido arquivado pela Justiça Federal do Distrito Federal por envolver uma autoridade com prerrogativa de foro, no caso Pazuello.
O Ministério Público se manifestou apenas pelo envio ao Supremo das investigações contra Wajngarten, acusado pela CPI de “omissão em informar à população sobre medidas para diminuir as chances de contrair covid-19 e da campanha institucional de nome ‘O Brasil não pode parar'”.
Indiciamento
O relatório final da CPI foi entregue em outubro de 2021, após seis meses de trabalho do colegiado. O documento foi enviado à PGR para que desse continuidade às investigações e realizasse denúncia nos casos que achasse necessário. A comissão apontou Bolsonaro como um dos principais responsáveis pela maior tragédia sanitária da história do país, que causou mais de 700 mil mortes, potencializada por decisões que atrasaram a compra de vacinas, desestimularam o isolamento social e recomendaram remédios sem eficácia contra a doença — como cloroquina e ivermectina.
A CPI acusou Bolsonaro de prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo), crimes contra a humanidade (nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos).
De acordo com o relatório, se somados os crimes poderiam render até 78 anos de prisão para Bolsonaro. Junto às acusações, a CPI pediu o indiciamento do ex-presidente e dos demais citados.
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo recorreu da ação em que pede uma multa contra Bolsonaro por uma violação sanitária, por não usar máscara em duas motociatas realizadas, em São Paulo. À época, ele participou dos eventos sem máscara, infringindo as regras estabelecidas pelo então governador de João Dória.
Na primeira instância, Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 524,59 aos cofres públicos paulistas pela infração às normas sanitárias. Agora, o órgão quer que ele pague R$ 43.653 — 80 vezes mais do que o originalmente estabelecido.
Fonte: Diário de Pernambuco

Gilmar Mendes autoriza, e PF apreende armas da deputada Carla Zambelli

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (3) dois mandados para apreender armas em endereços ligados à deputada Carla Zambelli (PL-SP). A ação foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No fim de outubro, Zambelli discutiu com um apoiador do presidente Lula na rua de um bairro nobre de São Paulo e perseguiu o homem com arma em punho.

A atitude rendeu uma investigação contra a deputada. Gilmar Mendes já havia determinado a suspensaão do porte de armas da deputada e que ela entregasse a arma usada na perseguição. Nos últimos dias de 2022, um familiar da deputada levou a arma para a Polícia Federal.

O ministro também já havia determinado que ela entregasse outras armas que tivesse em casa.

A TV Globo apurou que, após a entrega da pistola em dezembro, a Polícia Federal foi cumprir o cancelamento do porte de armas e descobriu que a autorização era para uma arma diferente da que foi repassada. Os investigadores entenderam que havia indícios de que Zambelli possuía mais armamento e comunicou ao STF. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu a apreensão das outras armas.

Uma arma foi apreendida em Brasília e duas em São Paulo. Todas estavam registradas. A Procuradoria-Geral da República chegou a pedir busca no gabinete da deputada, mas o STF não autorizou.

“Hoje eu sofri busca e apreensão a mandado do STF para entrega de outras três armas que eu tenho”, disse a deputada em uma rede social.

“Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção 38 que eu tinha”, continuou Zambelli.

Fonte: G1

Gilmar Mendes determina desbloqueio de valores de Lula e Marisa

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu pela liberação de parte dos bens do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retidos pela Justiça à época da Operação Lava Jato. O pedido da defesa de Lula é referente a valores depositados na Bradesco Vida e Previdência, de um plano VGBL de Marisa Letícia, esposa do petista que morreu em 2017. Lula tem direito a 20% do valor, enquanto os filhos dos dois ficam com o restante.

O pedido dos advogados de Lula seguiu a mesma ação do Supremo que suspendeu a cobrança de R$ 18 milhões em impostos feita pela Procuradoria da Fazenda do Ministério da Economia. A decisão considera que a ação teve base em “provas ilícitas” colhidas na Lava Jato contra Lula, uma vez que esse material já foi desconsiderado pelo STF ao reconhecer a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no julgamento contra o petista.

Fonte: UOL