Por: Hylda Cavalcanti
O projeto da Ferrovia Transnordestina foi apresentado pelo ex-deputado federal Gonzaga Patriota em 1988, durante a elaboração do Plano Nacional de Viação e Obras, período da Constituinte. O objetivo da obra, conforme estabelece a legislação, é interligar o Piauí, do município de Eliseu Martins, “que é onde está a riqueza de minérios, com três portos. De Suape, no Recife, um dos modais precisa passar pelos municípios pernambucanos de Salgueiro, Araripina, Serra Talhada e Sertânia. E, a partir daí, acompanhar a malha ferroviária existente até chegar ao porto de Suape”, informou ele.
PERCURSO
“Num outro modal, saindo de Salgueiro, a ferrovia vai cortando Jati, Brejo Santo, até chegar a Fortaleza, no Ceará, em direção ao porto de Pecém. Eu estudei muito esses trechos, percorri muito a área já pensando na ferrovia. Também tem um terceiro trecho trecho previsto saindo de Parnamirim e acompanhando a PE-555, pegando Urimamã, Jutaí, Lagoa Grande, Petrolina, Juazeiro (BA) e, de lá, o Porto de Alagoinha, na Bahia”, relatou Patriota.
CLASSE MUNDIAL
A Transnordestina é considerada, de acordo com o ex-parlamentar, a maior obra linear em execução no Brasil. Com 1.753 km de extensão em linha principal, consiste numa ferrovia de classe mundial prevista para passar, em sua totalidade, por 81 municípios. “O projeto realiza o antigo sonho de integração nacional, além de incentivar a produção local e promover novos negócios”, frisou Patriota.
PARCEIROS
A obra vem sendo executada por meio da Parceria Público-Privada (PPP) formada pela Companhia Siderúgica Nacional (CSN); Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A (empresa pública sob a forma de sociedade por ações, controlada pela União); Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
CAPACIDADE
Quando concluída, a ferrovia, caso seja elaborado seu projeto original, terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas por ano, com destaque para graneis sólidos (minérios e grãos). “Tenho certeza que, ao promover a integração, a Transnordestina se consolidará como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste e aproximar o Brasil dos principais mercados mundiais. Além disso, elevará a competitividade da produção agrícola e mineral do Nordeste, com uma logística eficiente e moderna”, destacou Gonzaga Patriota