Padre Kelmon, candidato à Presidência da República pelo PTB, se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha e até no Debate do SBT com vestimentas tradicionais da igreja. No entanto, a entidade religiosa desmentiu o candidato.
Segundo documento expedido pela Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil no dia 14 de setembro, o baiano Kelmon Luís da Silva Souza não é membro da igreja. O texto é assinado por Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da entidade.
A informação de que Kelmon não era padre já havia sido revelada por Malu Gaspar, de O Globo, no mês d“Chegou ao nosso conhecimento que muitos cidadãos têm questionado membros da nossa igreja a respeito de um candidato à Presidência da República pelo PTB que se auto apresenta como Padre Kelmon, utilizando insígnias de nossa tradição, sobre a veracidade de seu vínculo à nossa Igreja”, começa o texto da Igreja Ortodoxa.e agosto, e foi confirmada neste domingo por Eliane Catanhêde, da GloboNews, que divulgou o documento da igreja.
“Diante disso, esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião prevista no 18º artigo da Declaração dos Direitos Humanos e no artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais”, diz o documento.
“Nunca foi seminarista ou membro do clero de nossa Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país”, continua o trecho.
Nos registros do Tribunal Superior Eleitoral, o nome do candidato exibido na urna segue como “Padre Kelmon”. A foto exibida na urna também mostra o candidato com trajes da igreja. Como ocupação, Kelmon se diz “Sacerdote ou Membro de Ordem ou Seita Religiosa”.
Padre Kelmon era candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Roberto Jefferson, que teve a candidatura negada pelo TSE. Kelmon, então, assumiu a cabeça da chapa do PTB e seguiu como candidato principal.
Fonte: Jornal do Commercio