0Em Petrolândia (PE), no Sertão de Itaparica, um suposto ato de vandalismo à icônica igreja submersa Sagrado Coração de Jesus foi denunciado por um mergulhador da região. De acordo com o site Petrolândia Notícias, Samyr Oliveira verificou, ontem (9), que o cordão das boias de delimitação do templo, instaladas pela Chesf há cerca de um mês, foi rompido.
Segundo Samyr, o ataque teria sido realizado por um jet ski. De acordo com ele, o rompimento do cordão de boas representa um desrespeito aos valores históricos e culturais da região, além de colocar em risco a integridade do patrimônio subaquático de Petrolândia. O mergulhador disse que vai levar o caso ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Boias
A instalação das boias foi feita no mês de junho, como forma de proteger o patrimônio. A Chesf contratou uma empresa de Santa Catarina para proteger a igreja, e foi instalado um conjunto de cordões de boias no rio, delimitando com sinalização náutica um perímetro de 400 metros ao redor da estrutura da igreja. Com isso, a aproximação de embarcações no local está proibida.
Essa é uma medida de segurança imposta pelos órgãos fiscalizadores (Marinha, Ministério Público e Chesf), respeitando as determinações. Os órgãos frisaram que as boias não atrapalham a visitação de turistas e pessoas que vão conhecer a igreja.
História
A Igreja Sagrado Coração de Jesus é considerada um ponto turístico e histórico importante na região do Lago de Itaparica/Luiz Gonzaga. Sua construção ocorreu na década de 1950 e, posteriormente, foi submersa em 1987 devido à formação do lago após a construção da barragem de Itaparica. Desde então, a igreja se tornou um destino popular para mergulhadores explorarem sua estrutura submersa e é o maior símbolo de Petrolândia.
Tombamento
Em publicação na edição do dia 12 de janeiro de 2021 do Diário Oficial do Estado, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) deferiu a proposta de tombamento das ruínas da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. “A ação visa assegurar ao bem em exame até a resolução final, o mesmo regime de preservação dos bens tombados de acordo com a legislação estadual”, diz o texto de tombamento.
