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120 novos leitos de UTI infantil em Pernambuco

O Governo de Pernambuco está criando 120 novos leitos de UTI voltados especificamente para crianças. A iniciativa faz parte do enfrentamento às doenças causadas pelos vírus respiratórios, como a Covid-19, Influenza, Vírus sincicial respiratório e rinovírus,

Além disso a gestão estadual está convertendo outras 26 Unidades de Terapia Intensiva do IMIP no Recife e da Unidade de Saúde de Araripina, para recebimento de pacientes pediátricos.

Quais os cuidados alimentares na primeira infância que devem ser seguidos

Diretora técnica da Emagrecentro traz dicas sobre os cuidados e hábitos das crianças para evitar a obesidade

Segundo o relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, publicado de 2022, mais de 340 mil crianças entre 5 e 10 anos  foram diagnosticadas com obesidade. Esse número representa 10,41%, no Sudeste; 9,67%, no Nordeste; 9,43%, no  Centro-Oeste e 6,93%, na Região Norte.

A primeira infância é considerada entre a faixa etária do nascimento até os seis anos, sendo um período crucial para a formação e determinação do estilo de vida saudável até a fase adulta. Portanto, é importante seguir alguns cuidados especiais na alimentação neste período, para prevenir a obesidade infantil, segundo a  Dra. Sylvia Ramuth, Diretora Técnica da rede Emagrecentro:

Entre 0 a  6 meses: “A Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, e se possível, complementar até os 2 anos de vida. O leite materno possui nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento cognitivo e físico do bebê. Na impossibilidade do aleitamento materno exclusivo, é necessário o acompanhamento de profissional capacitado para a orientação da fórmula infantil”, afirma Sylvia.

Entre 6 meses a 2 anos: “Nesta fase deve ser introduzido os líquidos (somente água), sólidos como papinhas doces (feito com frutas) e salgadas (feito com vegetais, carnes/ovos, leguminosas e cereais/ tubérculos). Manter o aleitamento nos intervalos desses alimentos, sempre estabelecendo uma rotina regular com horários fixos. Deve-se evoluir a consistência da comida gradualmente até os 12 meses, com oferta variada de cores e texturas de alimentos”, comenta Ramuth.

Entre 2 anos a  6 anos: “Este é um período da vida da criança em que vão sendo formados os hábitos alimentares, nessa situação, é importante não forçá-la a comer nem oferecer doces como recompensa. Assim que sentir fome, ela vai procurar se alimentar, pois já está se formando e se consolidando a autonomia alimentar”, afirma a Diretora.

Para Sylvia Ramuth, “o crescimento, desenvolvimento e aprendizado dependem não somente da genética, mas principalmente com os cuidados e atenção que a criança recebe dos pais. O primeiro ponto é o modelo de comportamento alimentar que os filhos tendem a imitar os responsáveis, ou seja, se os pais adotam hábitos alimentares saudáveis, as crianças são mais propensas a seguir o exemplo. Além disso, os pais têm a responsabilidade de fornecer às crianças um ambiente alimentar saudável, que inclua a disponibilidade regular de alimentos nutritivos, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas”.

Outro ponto importante é envolver as crianças na preparação das refeições, que auxiliam a familiaridade e interesse pelos alimentos. Pesquisas mostram que crianças que participam do processo de preparação de refeições têm maior probabilidade de consumir uma variedade de alimentos saudáveis.

Estabelecer a criação de uma rotina alimentar adequada, com horários regulares para as refeições principais e os lanches intermediários, ajuda a estabelecer bons hábitos alimentares, evitando o famoso “beliscar” que geralmente são por alimentos com baixa densidade nutricional e alta densidade calórica.

“Os pais devem evitar pressionar as crianças a comer determinados alimentos e evitar recompensas ou punições baseadas na comida. Em vez disso, deve-se promover uma atitude saudável em relação à comida, encorajando a experimentação de novos alimentos e valorizando a diversidade alimentar”, conclui Ramuth.

Ouricuri: Homem é preso por abusar sexualmente a própria sobrinha

Policiais Militares do 7º Batalhão em Ouricuri (PE), Sertão do Araripe,  prenderam em flagrante um homem por estupro de vulnerável. O fato ocorreu na Rua Balbino de Mendes, área central da cidade.

De acordo com o boletim, os PMs da Operação Saturação foram solicitados para averiguar a ocorrência. Quando chegaram ao local a vítima, que é menor de idade e sobrinha do agressor, informou ter sido abusada enquanto dormia.

Parentes da garota afirmaram que não é a primeira vez que esse fato acontece. A ocorrência foi encaminhada à delegacia local para os procedimentos legais.

 

Fonte: Carlos Britto

 

 

Brasil registra maior taxa de internações de bebês por desnutrição em 14 anos

O Brasil registrou em 2021 a maior taxa de internações de bebês menores de um ano associadas à desnutrição em 14 anos. Foram 113 hospitalizações para cada 100 mil nascidos vivos.

No total, 2.979 menores estiveram internados por essa causa em todo o ano de 2021. Para efeito de comparação, é como se, diariamente, oito bebês fossem internados por problemas relacionados à desnutrição.

Em 2008, o índice era de 102 hospitalizações para cada 100 mil nascidos vivos. A taxa caiu e atingiu seu menor patamar em 2011, com 75 internações. Um ano depois, o valor voltou a subir e assim se manteve de forma paulatina até chegar ao observado no ano passado.

As informações são do Observa Infância, uma iniciativa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com a Unifase, com informações coletadas de banco de dados públicos. Além de desnutrição, o levantamento considera as internações causadas por outras deficiências nutricionais e sequelas que a desnutrição deixa nos bebês.

Cristiano Boccolini, pesquisador de saúde pública da Fiocruz e coordenador do Observa Infância, elenca algumas razões para o aumento no índice. Uma delas é o aumento dos preços dos alimentos, o que dificulta a manutenção de uma dieta adequada.

A diminuição na renda das famílias e o crescimento do emprego informal também colaboram para maior dificuldade financeira. O cenário ocasiona índices mais graves de insegurança alimentar e fome.

Por exemplo, uma pesquisa da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) já concluiu que a fome ronda 1 a cada 3 famílias brasileiras com crianças de até dez anos.

Boccolini também cita as diferenças entre os programas de transferência de renda Bolsa Família e o Auxílio Brasil. No primeiro programa, que foi descontinuado com a criação do Auxílio Brasil pelo governo Bolsonaro, crianças de até sete anos precisavam ir, a cada seis meses, a uma unidade de saúde para fazer avaliação nutricional.

Com o Auxílio Brasil, essa obrigação acabou. “O monitoramento da situação nutricional das crianças diminuiu. Então aqueles casos de desnutrição que poderiam ser resolvidos na atenção primária deixam de ser identificados e rebatem na atenção hospitalar”, explica Boccolini.

Os dados de 2022 também foram coletados, mas as informações são restritas até 30 de agosto. Mesmo assim, os números continuam altos -já foram 2.115 hospitalizações de bebês por desnutrição.

Embora a quantidade seja menor do registrado em 2021, a média diária supera aquele ano, porque os dados são referentes somente até o oitavo mês deste ano. Até então, foram quase nove internações a cada dia no ano atual.

Desigualdades regionais e raciais A pesquisa observou que as internações dos menores mantêm padrões de desigualdades de acesso à saúde já enxergadas em outras pesquisas.

Uma delas é em relação aos números de internações por cada região do país. Em 2021, o Nordeste registrou a maior média, com cerca de 171 hospitalizações para cada 100 mil nascidos. O volume supera a média nacional e destoa do Sudeste, região com índice de 72.

Questões raciais também foram levantadas. Entre janeiro de 2018 e agosto deste ano, 2 em cada 3 bebês internados por desnutrição eram negros.

Mas ainda há outro problema: nem todos os casos contam com registros de raça ou cor. Em média, em cada 3 casos, 1 não tem essa informação. “A primeira coisa que chama atenção é que precisamos melhorar os dados”, resume Boccolini.

Aumento de hospitalizações, queda nas mortes Embora mais bebês tenham sido internados por desnutrição, isso não se converte em mortes. O levantamento concluiu que a taxa de mortalidade do país por essa causa em menores de um ano está em queda de 2008 até 2020, último ano com informações disponíveis.

“Se temos um aumento da taxa de hospitalização e uma diminuição na mortalidade, podemos dizer que o SUS tem melhorado a sua eficiência […] em evitar que os casos de desnutrição grave evoluam para um desfecho como a morte”, diz Boccolini.

No entanto, as desigualdades regionais também imperam em relação à mortalidade. O Norte apresenta uma taxa de 12 bebês mortos por desnutrição a cada 100 mil nascidos vivos, a maior do país. No Centro-Oeste, esse índice é de cerca de 1 a cada 100 mil.

Para o pesquisador, chama atenção a região Norte ter a maior taxa de mortalidade por desnutrição em bebês do Brasil, já que é o Nordeste que registra maior índice de hospitalizações.

O cenário poderia ser um cenário de uma maior dificuldade no acesso à saúde público no Norte. “Enquanto as taxas de hospitalização por desnutrição no Nordeste são maiores, os índices de mortes são superiores no Norte. Isso pode indicar a questão de acesso ao serviço de saúde”, resume Boccolini.

Fonte: Folha de São Paulo