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Ministra defende união e compromisso em torno de um futuro sustentável

Ministra Marina Silva durante pronunciamento à nação nesta segunda, 5/6, em referência ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Foto: Frame de vídeo

Em pronunciamento em rede de rádio e televisão sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, Marina Silva faz chamado à superação de diferenças em nome das próximas gerações

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite desta segunda-feira, 5/6, conclamou os brasileiros a se unirem em torno da pauta ambiental e de sustentabilidade. O pronunciamento marca o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje pela 50ª vez e que, em 2023, destaca a importância da eliminação da poluição plástica para a manutenção da vida.

>> Confira a íntegra do discurso da ministra Marina Silva

“Trato esta celebração do Dia do Mundial do Meio Ambiente como um chamado para estarmos juntos. Para superarmos nossas diferenças. Para assumirmos um compromisso perante nossos filhos e netos em defesa da vida e de um futuro melhor para o nosso país e para toda a humanidade”, disse Marina Silva. “Hoje é dia de termos consciência de que nosso tempo para agir está se esgotando. Ou respeitamos a natureza e fazemos dela uma aliada, ou inviabilizaremos nosso futuro”, alertou.

Marina lembrou que, após meio século de celebração, o Dia Mundial do Meio Ambiente não foi capaz de impedir que o planeta chegasse à situação atual, castigado por mudanças no clima, secas e enchentes cada vez mais severas; poluição do ar, rios e oceanos, desmatamento descontrolado e extinção de milhares de espécies animais e vegetais, em um processo que atinge a economia e, de forma mais enfática, as pessoas mais vulneráveis.

A ministra destacou que desde o primeiro dia de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio da Silva está empenhado em fortalecer a pauta ambiental em todos os setores do Governo Federal, de modo a trazer o país de volta ao centro das questões ambientais no cenário internacional.

“Desde janeiro, foi recomposta a participação social em todas as políticas ambientais. Estamos retomando a criação de áreas protegidas, parques e reservas. Realizaremos as Conferências Nacionais de Meio Ambiente, incluindo a Conferência Infanto-juvenil, para engajar a sociedade no debate e na ação ambiental. Estamos combatendo o desmatamento ilegal em todos os biomas e o presidente Lula acaba de aprovar o Plano que, em seus dois primeiros mandatos, produziu a maior redução nas taxas de desmatamento na Amazônia da história do Brasil. Além disso, o governo iniciou a retomada das terras indígenas com o combate ao garimpo ilegal”, citou a ministra.

A ministra também lembrou que em agosto o Brasil promoverá a cúpula dos países amazônicos, uma iniciativa regional para explorar alternativas de desenvolvimento sustentável para esse bioma cuja existência é essencial para o planeta. Em 2025, a região estará no centro mundial das discussões ambientais ao realizar, em Belém, a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, classificada por ela em seu pronunciamento como “o mais importante encontro internacional sobre meio ambiente dos próximos anos”

Marina Silva é hostilizada em restaurante, recebe apoio e mulher é expulsa

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu apoio de clientes de um restaurante da Asa Norte após ser hostilizada por uma mulher no local. Sob aplausos, a escolhida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a pasta viu a mulher que a criticou sendo expulsa do local.

O caso ocorreu nesta segunda-feira (2/1), no horário de almoço, na CLN 302. O tumulto ocorreu quando uma senhora se dirigiu à Marina com agressividade, criticando ela e o presidente eleito. Os outros clientes reagiram com aplausos e gritos de “Marina” e “viva a democracia!”.

A mulher que praticou as ofensas foi retirada do restaurante por funcionários do local. A ministra não reagiu aos ataques, apenas acenou, sorriu e fez um coração com a mão para os apoiadores.

A posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente foi adiada para esta quarta-feira (4/1).

Fonte: Metrópoles

Marina Silva: ‘Sou cristã e nunca instrumentalizei a fé nem as igrejas’

Oito anos depois de apoiar Aécio Neves (PSDB) no 2° turno da campanha presidencial de 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que disputa uma vaga de deputada federal em São Paulo pela Rede Sustentabilidade, anunciou, em tom solene, na segunda-feira passada, que se engajaria na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marina já fazia campanha colada em Fernando Haddad (PT), candidato ao governo do Estado. A ideia é ajudar a reduzir o antipetismo enraizado em parte da classe média, especialmente no interior, e também entre evangélicos.

Nessa entrevista ao Estadão, concedida por telefone em São Carlos, onde cumpria agenda ao lado de Haddad, Marina disse que relevou os ataques do PT e que as pesquisas mostram que o eleitorado de Lula hoje é muito maior que a esquerda ou direita.

Em 2014, a sra. foi muito atacada pela campanha da presidente Dilma e o PT, e apoiou Aécio Neves no 2° turno. A sra. relevou?

O tema relevar é o gesto que aconteceu na segunda-feira após uma conversa de duas horas em caráter individual. Após essa conversa houve um compromisso público e transparente em cima de um documento que está sendo reconhecido no mundo inteiro como uma agenda estratégica para tirar o Brasil da condição de pária ambiental. Colocar o Brasil no caminho de assinar o acordo com o Mercosul. Isso é olhar de baixo pra cima para ver o que está acima de nós. É isso que importa. Quando a banalização do mal ameaça o tecido social, homens e mulheres precisam defender a democracia e depois tratar de suas diferenças. Existem coisas que estão acima de nós. Acima de mim está a democracia, a proteção da Amazônia e a pobreza.

Como a sra., que é evangélica, explica a resistência dos evangélicos ao ex-presidente Lula e apoio ao presidente Jair Bolsonaro? Algumas lideranças apoiaram a sra. no passado.

Silas Malafaia já esteve com o presidente Lula e com José Serra. Comigo ele nunca esteve. Lideranças como Marcos Feliciano, Magno Malta, Renê Terranova e Bispo Manoel Ferreira já estiveram com Lula e Dilma. Esse papo de que Lula vai fechar igrejas não é verdade. Sou cristã evangélica da Assembleia de Deus e nunca instrumentalizei a fé nem as igrejas em minhas campanhas políticas. A maior parte dessas lideranças não caminharam comigo. Uma parte deles esteve com a presidente Dilma.

Esse é o momento de defender o voto útil para tentar evitar que tenha 2° turno?

Esse é o momento de mobilizar a sociedade para derrotar Bolsonaro. Temos que nos dirigir aos cidadãos donos de seu voto. Nesse momento difícil da história do Brasil a gente percebe o que Hannah Arendt chama de banalização do mal contaminando e degradando o tecido social brasileiro. Os homens e mulheres que defendem a democracia têm que se juntar para preservá-la. Fiz o gesto de uma recomposição política e programática. Acredito que o presidente Lula é quem reúne as melhores condições de ajudar o Brasil a derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, que é a banalização do mal. É legítimo que existam candidaturas. É uma eleição em dois turnos. Não gosto dessa coisa de voto útil. Para mim essa atribuição deve ser útil da melhor forma possível.

Em 2018 a sra. foi vítima do voto útil. Neste ano o avalia que ele é necessário?

Em 2018, de fato, isso aconteceu, mas foi uma decisão das pessoas. Não vi um movimento. Por isso eu insisto: vamos dialogar com as pessoas. É legítimo que quem está disputando uma eleição queira ganhar no 1° turno. Se ganhar no 1° turno é melhor, mas se não ganhar será preciso um esforço maior de todos os democratas para criarmos um novo ecossistema político.

Como a sra. explica o fato de Bolsonaro colocar tanta gente na rua e a dificuldade do campo político que apoia Lula em mobilizar como no passado?

A pontuação do Lula nas pesquisas é muito maior que o recorte de esquerda e direita. São muito mais os brasileiros que não querem a continuidade do Bolsonaro. Não sei fazer a comparação entre as métricas das ruas. O importante é que a métrica da ética, democracia, liberdade de expressão e direitos humanos vai prevalecer em legítima defesa do Brasil.

Marina Silva anuncia apoio à candidatura de Lula à presidência

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva anunciou, hoje, apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O apoio de Marina, que já foi filiada ao PT e foi ministra do Meio Ambiente na primeira passagem de Lula pela presidência, aconteceu durante encontro em São Paulo.

Marina deixou o PT em 2009 e foi candidata à Presidência da República em 2010, pelo PV, enfrentando Dilma Rousseff, candidata petista. Candidatou-se ao mesmo cargo pelo PSB, em 2014, e pela Rede, em 2018.

O encontro dessa segunda, portanto, marca uma reaproximação entre Lula e Marina. Em seu discurso, a ex-senadora justificou o apoio ao petista apontando a necessidade de união para combate ao que ela chamou de ‘semente maléfica do bolsonarismo’ que, disse, ameaça à democracia brasileira.

“Compreendo que, nesse momento crucial da nossa história, quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando vida de pessoas por pensarem diferente, é a sua candidatura”, disse Marina ao lado de Lula.

“Em nome daquilo que está acima de nós, e olhando de baixo para cima para ver o que está acima de nós, é que eu manifesto o meu apoio, de forma independente, ao candidato, ex-presidente e futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, completou.

O partido de Marina, Rede Sustentabilidade, anunciou apoio a Lula no final de abril. Na época, porém, lideranças do partido disseram que a decisão representava a “maioria” da sigla e que filiados que discordassem poderiam apoiar outros candidatos.

Marina não participou do anuncio do apoio da Rede a Lula, em abril. Nesta segunda, chamou o apoio ao petista de “reencontro político e programático” e disse que nunca deixou de estar pessoalmente próxima de Lula. Lula, em discurso, afirmou que o apoio de Marina à candidatura dele vem num momento de violência política e em que “a democracia está fugindo pelos nossos dedos”.

Ele citou os casos de dois petistas que foram assassinados por bolsonaristas, no Paraná e no Mato Grosso. Também citou o vídeo de grande repercussão em que um apoiador de Bolsonaro diz que não doaria mais cestas básicas a uma mulher que declara voto em Lula.

“O momento que estamos vivendo exige muito mais compreensão de todas as pessoas que fazem política porque a democracia está correndo risco nesse país”, disse o petista.

“Vocês viram agora um companheiro do PT ser assassinado no dia do seu aniversário. Vocês viram agora um companheiro quase ser decapitado por outro, na cidade de Confresa, no Mato Grosso. E vocês viram a cena grotesca, vergonhosa, humilhante do comportamento de um reacionário bolsonarista entregando uma cesta básica para uma companheira que necessitava de um alimento e teve a pachorra de perguntar em quem que ela ia votar”, disse Lula.

Lula se reúne com Marina e recebe propostas dela para o meio ambiente

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu, neste domingo (11/9), uma imagem que sua campanha vinha buscando há meses na tentativa de construir uma frente ampla contra o adversário Jair Bolsonaro (PL): uma foto com a ex-ministra e ex-candidata ao Planalto Marina Silva (Rede).

Ao postar a imagem de reunião em todas as suas redes, Lula ressaltou que partiu dele o convite para o encontro e disse que recebeu delas propostas na área do meio ambiente e sustentabilidade.

“Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável”, escreveu o petista.

Marina foi filiada ao PT e foi ministra do Meio Ambiente de Lula, mas acabou rompendo com o partido por não concordar com a preferência por grandes projetos de engenharia que traziam também grandes riscos ambientais. Sempre se opôs, por exemplo, a hidrelétricas como Belo Monte, feita no governo de Dilma Rousseff (PT).

Em entrevista ao Metrópoles em junho deste ano, Marina, que é candidata a deputada federal por São Paulo, cobrou compromissos mais ambiciosos para a proteção da natureza para que voltasse a conversar com Lula e disse que os dois haviam se falado pela última vez quando o petista ficou viúvo de Marisa Letícia, ainda em 2017.

As exigências de Marina remontam aos mesmo conflitos que a fizeram abandonar a pasta, o governo de Lula e o próprio PT, partido da qual foi fundadora.