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Marinha do Brasil envia oxigênio e equipamentos para combater surto de síndromes gripal e Respiratória Aguda Grave no Amapá

O estado do Amapá tem enfrentado um surto de síndromes gripal e Respiratória Aguda Grave (SRAG) que tem preocupado as autoridades locais. A situação chegou ao ponto de a Marinha do Brasil enviar dois tanques com 12 mil toneladas de oxigênio e outros equipamentos essenciais para atender a rede pública hospitalar do estado. A situação é grave e já resultou na lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas da rede pública, tendo sido registradas quatro mortes de crianças.

A médica e diretora da Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues Roque, explica que a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.

A vacinação anual contra a influenza é a principal forma de prevenção contra a doença. A vacina é segura, eficaz e é uma das medidas mais importantes para evitar a disseminação do vírus e suas complicações. A vacinação é especialmente importante para grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias.

“A vacinação anual é importante porque o vírus da gripe sofre mutações frequentes, e a vacina precisa ser atualizada para garantir a proteção contra as cepas mais recentes do vírus. A vacina é produzida com cepas do vírus que são consideradas mais propensas a causar a doença naquele ano específico. A vacinação anual permite, ao longo do ano, minimizar a carga do vírus e prevenir o surgimento de complicações, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.” Destaca a Dra. Marcela Rodrigues.

Além da vacinação, outras medidas importantes para prevenir a gripe incluem a lavagem frequente das mãos com água e sabão, evitar tocar o rosto com as mãos, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitar contato próximo com pessoas doentes.

A vacinação é uma forma eficaz de prevenir a disseminação do vírus da gripe e suas complicações, mas infelizmente ainda há muitas pessoas que não se vacinam. Isso pode levar a surtos de gripe em comunidades inteiras, como o que está sendo enfrentado atualmente no Amapá. É importante que as pessoas entendam a importância da vacinação e sejam encorajadas a se vacinar todos os anos.

A situação no Amapá é um lembrete importante de que a gripe pode ser uma doença grave, especialmente para grupos de risco. Além disso, o surto de SRAG e a lotação das UTIs pediátricas mostram a importância de se proteger contra não apenas a gripe, mas também outras doenças respiratórias. É essencial que as autoridades e os profissionais de saúde trabalhem juntos para garantir que os recursos e equipamentos necessários estejam disponíveis para combater surtos de doenças respiratórias e proteger a saúde da população.

“Não devemos subestimar o poder da vacinação na prevenção de doenças graves e proteção da saúde. A vacinação é uma responsabilidade individual e coletiva que pode fazer a diferença no controle de surtos e epidemias de doenças respiratórias. É hora de levar a sério a importância da vacinação e garantir a sua saúde e bem-estar.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues da Salus Imunizações.

 

Marinha do Brasil afunda problemático porta-aviões, após Justiça liberar

Após meses de uma situação que mudava constantemente, a marinha do Brasil, afundou, na tarde dessa sexta-feira (3) o Porta-aviões aposentado NAe São Paulo (A-12). O ato se deu após o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), de Pernambuco, decidir, no mesmo dia, que a força tinha o direito de conduzir o afundamento, que vinha sendo questionado pelo Ministério Público Federal e por órgãos ambientais, como o Ibama, sob pressão de ambientalistas, preocupados com possíveis perigos de danos à fauna marinha, devido à alta toxidade do casco da embarcação.

A Marinha nem tinha outra solução, pois já haviam sido detectados ao menos três buracos no navio, que começaram a enchê-lo de água, tornando o naufrágio inevitável. A Marinha já havia decido pelo afundamento, mas chegou a adiar a ação pós o recebimento, nana semana passada, de mais uma proposta, dessa vez de compradores árabes.

Inicialmente, o navio, cujo casco está contaminado de amianto, foi comprado por uma empresa turca, mas não conseguiu atracar naquele país, pelas leis ambientais rigorosas da Europa. Acabou retornando ao Brasil e tentou atracar, por várias, vezes no Porto de Suape, o que foi impedido pela Justiça do estado, a pedido até mesmo do governo estadual. O navio ficou vagando em alto-mar e já havia se tornado uma lenda.

Com a precipitação do afundamento, a Marinha, em nota, explicou que conseguiu realizar o procedimento da forma mais segura e controlada, conforme os procedimentos padronizados para esse tipo de ação. Segundo informou a força, “a área para a destinação final do casco, situada em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 Km da costa e com profundidade aproximada de 5 mil metros, foi selecionada com base em estudos conduzidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca ecossistemas”, diz o texto enviado na noite dessa sexta-feira.

Segundo o Ibama, o afundamento do casco contraria os esforços da equipe técnica do instituto para garantir uma destinação mais adequada, ambientalmente falando, prevista na regulamentação sobre transporte internacional de resíduos, da Convenção de Basileia. “De acordo com o documento, a liberação de materiais poluentes contidos na estrutura poderia causar distúrbio na capacidade filtrante e dificuldade de crescimento em organismos aquáticos; o impacto físico sobre o fundo do oceano provocaria a morte de espécies e deterioração de ecossistema”, informou o órgão.

O porta-aviões São Paulo continha cerca de 9,6 toneladas de amianto, um material tóxico, que pode causar câncer e já foi proibido em mais de 50 países, entre eles, em 2017, no mesmo ano em que o navio foi desativado. Desde então, o navio estava teoricamente impedido de adentrar no mar territorial brasileiro.

Fonte: Diário de PE