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Vereador do “assobio” tem seus direitos políticos suspensos por 5 anos

Conhecido por interromper as sessões da Câmara de Vereadores de São Bento do Una, no Agreste pernambucano, na base do assobio, o vereador Rinaldo do Santo Afonso (PDT) foi julgado pela Justiça por improbidade administrativa por possível caso de “rachadinha”.

Popularmente chamada de “rachadinha”, a medida se refere a casos em que o político indica funcionários para a gestão pública e recebe uma parte do salário deste funcionário de volta.

A sentença em primeiro grau foi assinada pelo juiz, Diógenes Lemos Calheiro, reforça a existência de áudios comprovando o crime, mas a decisão ainda cabe recurso.

A pena para o vereador foi de ressarcimento integral do dano, correspondente à restituição do valor integral dos salários (corrigidos), benefícios e vantagens patrimoniais de qualquer natureza que o assessor Valdério Simões de Moraes recebeu durante todo o período em que prestou assessoria.

O vereador ainda teve a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos, terá que fazer  o pagamento de multa civil no importe de três vezes o valor do dano e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

Fonte: Folha de PE

Operação investiga suspeita de ‘rachadinha’ na Câmara de Vereadores de Ipojuca

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, hoje, uma operação para investigar a suspeita de um esquema de “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Ipojuca, no Grande Recife. Os alvos da ação, que não tiveram os nomes divulgados, são suspeitos de lavagem de dinheiro e peculato, que é crime cometido por funcionário público.

Ao todo, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. Segundo a Polícia Civil, eles são cumpridos em endereços em Ipojuca e em Gravatá, no Agreste do estado. Não foram detalhados quais bens foram sequestrados e qual o valor dos bloqueios.

A investigação que resultou na operação desta quinta-feira, denominada Compartilhado, começou em setembro de 2020 e é coordenada pelos delegados Viviane Santa Cruz e Diogo Melo Victor, ambos da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

O crime de “rachadinha”, ou desvio de salário de assessor, é uma prática de corrupção caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores para político ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função

A Polícia Civil não detalhou, até a última atualização desta reportagem, como o suposto esquema funcionaria, nem quem são os suspeitos de envolvimento no crime.

Através da assessoria de imprensa, a corporação afirmou que informações sobre a ação devem ser divulgados em coletiva com os delegados ainda nesta quinta. No entanto, não foram divulgados horários.

Os materiais apreendidos são encaminhados para a sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), no Recife.

Fonte: G1

Moro mira 2026 e escolhe Bolsonaro, aquele que chamou de ‘ladrão’ da rachadinha

A escalação de Sergio Moro para o posto de ajudante de Bolsonaro no debate repete a tática do presidente de colocar entre ele e Lula um personagem para provocar o adversário em temas considerados sensíveis: no debate da Globo, foi Padre Kelmon e religião. No da Band neste domingo, escalou Moro por causa de corrupção.

Mais uma vez, Bolsonaro usa Moro – e Moro se deixa usar. Mas por quê? Já que, passados quatro anos, Moro e Bolsonaro não tiveram um simples desentendimento como querem fazer parecer agora. Moro acusou o Bolsonaro de interferir em investigações da PF para proteger seus filhos e amigos – além de chamar o presidente de ladrão, afirmar que, se deixarem investigar, vão achar “muita coisa” no governo Bolsonaro, e dizer que as pessoas da família do presidente – como Carlos – são “irrelevantes, totalmente irrelevantes.”

Ao comparecer ao debate, Moro fez o que dizia que não faria – em fevereiro deste ano, quando ainda brigava para ser o candidato da terceira via: escolheu lado. E o lado do “ladrão” da rachadinha, como ele próprio definiu em postagem no Twitter.

No Centrão, a adesão de Moro à campanha de Bolsonaro como coach é vista como um novo reposicionamento de carreira de Moro. Na verdade, tenta retomar um antigo objetivo: criar condições para que, se Bolsonaro for reeleito, ele figure entre candidatos para ocupar uma vaga no STF (não se sabe se em um STF com 11 ou 16 ministros, como cogita o governo).

No próprio Planalto, Moro se coloca como sucessor presidencial em 2026 porque não tem nada a perder. Em eventual derrota na disputa presidencial, Moro voltaria ao Senado. “Mas, para conseguir isso, precisa que Bolsonaro ganhe”, diz um ministro do governo Bolsonaro.

 

FONTE: G1