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Raiva: casos recentes mostram a importância da prevenção que pode ser realizada em qualquer época do ano

Agosto é o mês oficial do alerta, mas a veterinária da MSD Saúde Animal fala sobre a importância da vacinação para proteger os pets e os humanos

A raiva tem sido notícia frequente durante os últimos meses, já que a doença tem acometido algumas vítimas em diversas regiões do país, como interior de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Isso mostra que não é preciso esperar o mês do “cachorro louco”, em agosto, para começar ou se atentar à prevenção, que deve iniciar pelos animais de estimação, segundo Kathia Almeida Soares, médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal. Para alertar a respeito do tema, a profissional separou informações sobre essa enfermidade que é uma zoonose, ou seja, afeta não só os pets, mas também os humanos.

A especialista destaca que a forma mais comum de transmissão da raiva é por meio da mordida de um animal infectado, podendo ser por exemplo um cão, gato ou um morcego. Esse vírus afeta o sistema nervoso central causando distúrbios como alterações comportamentais e paralisia progressiva.

São manifestações clínicas bem conhecidas a agressividade e a salivação excessiva, sendo a segunda decorrente da dificuldade de deglutição em virtude da paralisia. Geralmente os sinais evoluem para coma e morte. “Ao notar qualquer alteração no pet é importante levá-lo ao médico- veterinário de confiança para que ele possa examinar o paciente e orientar em relação aos cuidados adequados”, afirma a veterinária.

A prevenção, nesse caso, a vacinação, é sempre a melhor forma de evitar a infecção e, por isso, deve ser realizada, inclusive, em qualquer período do ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), imunizar 70% dos animais onde a doença existe pode reduzir para zero os casos em humanos.

A menos que haja uma outra orientação do fabricante, cães e gatos podem receber a primeira dose da vacina antirrábica já a partir de 12 semanas de vida. A revacinação deve ser feita conforme a bula do produto utilizado, sendo anual de acordo com os biológicos disponíveis no Brasil. No entanto, Kathia orienta que é fundamental que o tutor converse com o médico-veterinário de confiança para que o produto utilizado e protocolo realizado sejam decididos.

Proteja seu pet e a sua família!

A raiva é uma zoonose fatal tanto para os pets quanto para os humanos. Por isso, é essencial manter a carteira de vacinação do animal em dia para contribuir não só com a proteção dele, mas também da comunidade, caminhando assim para um novo horizonte, focando na Saúde Única!

 

 

Secretaria Estadual de Saúde emite nota oficial sobre vírus da raiva em morcego

Nota

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE) informa que foi notificado de um caso positivo para raiva em animal silvestre, no município do Salgueiro, Sertão do Estado. O animal (morcego) foi capturado em uma residência, no último dia 18 de abril, e encaminhado para diagnóstico para raiva junto ao Laboratório de Endemias (Labend), em Pernambuco, e ao Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA).

É importante destacar que não houve agressão do animal aos humanos moradores da residência e que as medidas de vigilância epidemiológica, que fazem parte das ações de rotina nessas ocasiões, já foram iniciadas e estão sendo coordenadas pela Vigilância Ambiental/Epidemiológica da cidade do Salgueiro, com apoio técnico da área de Vigilância Epidemiológica da VII Gerência Regional de Saúde (Geres). Entre as ações, estão o bloqueio e a vacinação dos animais não imunizados durante a última Campanha Vacinação contra Raiva Animal em Cães e Gatos, monitoramento dos animais do entorno.

A raiva é uma zoonose viral que se caracteriza como uma encefalite progressiva, que em áreas urbanas possui como principais fontes de infecção cães e gatos. Já o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre é o morcego, entretanto, também são considerados outros reservatórios silvestres: a raposa, o gato do mato, primatas não humanos, entre outros.

DADOS – Em Pernambuco, de 2018 a 2023 ocorreram 75 casos de raiva animal, sendo 61 casos em animais silvestres, o equivalente a 81 % do total de casos positivos. O último caso em humanos foi relato em 2017 no Estado.

Cuidados devem ser realizados:

  • Evitar contato com animais silvestres (morcego, macaco, raposa, sagui e demais);
  • Evitar contato direto ou captura com morcego morto ou com comportamento estranho;
  • Realizar a vacinação antirrábica nos animais domésticos, cães e gatos, anualmente;
  • Evitar o contato dos animais domésticos com os silvestres. Se em caso de agressão realizada pelo silvestre ao animal doméstico, mesmo que vacinado, a vigilância epidemiológica deve ser acionada;
  • Em caso de agressão sofrida por humano, o ferimento deve ser limpo com água e sabão de forma imediata e procurar assistência médica mais próxima.