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MPF denuncia Roberto Jefferson por tentativa de homicídio contra policiais federais

O Ministério Público Federal denunciou, nesta quarta-feira (7), o ex-deputado Roberto Jefferson pelo ataque que ele promoveu contra policiais federais que foram prendê-lo. À época, os agentes foram cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, na casa de Jefferson em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio.

Roberto Jefferson vai responder por:

  • 4 tentativas de homicídio
  • crime de resistência qualificada.
  • crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e munição de uso permitido e restrito. 2 crimes condensados em um só.
  • posse de três granadas adulteradas

O caso aconteceu no dia 23 de outubro. Na ocasião, Jefferson recebeu os policiais com granadas e relatou em depoimento ter dado mais de 50 tiros de fuzil na direção dos agentes.

“Consta nos autos ter sido preso em flagrante, no dia 23 de outubro de 2022, por volta das 19h15, em sua residência localizada em Comendador Levy Gasparian-RJ, o ora denunciado Roberto Jefferson, porque, dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, tentou matar 4 Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum”, diz trecho da denúncia.

Na sequência, o MPF cita outros qualificadores do suposto crime.

“Usou como meio recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função descritos no artigo 144 da Constituição Federal e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade”, diz trecho da denúncia.A denúncia é assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.

Agentes da PF feridos por Jefferson não aceitam encontrar Bolsonaro

O delegado e os agentes da Polícia Federal feridos por Roberto Jefferson no último domingo (23/10) não aceitaram encontrar Jair Bolsonaro após o ataque de seu aliado. O presidente havia dito que gostaria de encontrá-los, mas os policiais se recusaram para evitar que fossem usados politicamente por Bolsonaro, que tenta estacar a sangria que a crise protagonizada por Jefferson trouxe para sua campanha.

Bolsonaro, após o ataque de Roberto Jefferson, disse que “quem atira em policial, o tratamento dispensado tem que ser de bandido”, mas não fez nenhuma fala em defesa dos agentes feridos.

Fonte: Metrópoles

Caso Roberto Jefferson deve ser aprofundado, diz desembargadora do TJSP

Para magistrada, é preciso saber se as armas já estavam na casa ou foram levadas; advogados vêm a possibilidade de tentativa de homicídio e a perda em definitivo do direito de pleitear a prisão domiciliar

Roberto Jefferson resistiu à execução do mandado de prisão preventiva com tiros de fuzil e granadas, e feriu dois agentes da Polícia Federal (PF). Ele teve seu registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) suspenso e, por estar em prisão domiciliar, não poderia manter armas de fogo em casa. Bombas, em nenhuma circunstância.

A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e professora do Meu Curso Educacional, Ivana David, explica que, antes da transferência para a prisão domiciliar é feita uma averiguação para certificar que o local oferece condições para cumprir os requisitos do benefício.

“Essas armas já estavam lá ou esse armamento foi levado depois? Falando somente com base no que diz a Lei, se foi levado depois que ele estava em prisão domiciliar, é preciso aprofundar a apuração porque ele estava impedido de receber visitas. Isso serve para ele qualquer pessoa”, diz Ivana.

Para Matheus Falivene, doutor e mestre em Direito Penal pela USP/SP, mesmo que se discuta a legalidade do processo em que o ex-deputado está envolvido, nada justifica a resistência à prisão com disparos de fuzil.

“É um caso grave. Se ficar caracterizada a tentativa de homicídio contra os policiais, ele deverá ser levado ao Tribunal do Juri Federal pelo atentado contra servidores federais e, se condenado, pode cumprir penas superiores a 20 anos para cada tentativa”, diz Falivene.

Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal pela PUC/SP, lembra que quando Roberto Jefferson foi colocado em prisão domiciliar, ele foi alertado do que não poderia fazer. Ao ter acesso a redes sociais, que era proibido, e postar um vídeo com ofensas a uma ministra do Supremos Tribunal Federal (STF) ele quebrou a confiança do benefício.

“Além de desrespeitar as condições do benefício da prisão domiciliar, ele mantinha a posse de armas de grosso calibre e resistiu à prisão com essas armas e bombas. Isso deve afastar, definitivamente, a possibilidade para ele pleitear esse benefício novamente, em qualquer circunstância”, diz Pantaleão.

Roberto Jefferson pediu indulto a Bolsonaro; madrugada foi de movimentações no Palácio da Alvorada

O ex-deputado Roberto Jefferson pediu indulto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado. O fato ocorreu em abril, logo após o presidente conceder o mesmo benefício ao deputado federal Daniel Silveira (PTB).

Nas primeiras horas da madrugada desta segunda-feira (24), o deputado federal André Janones postou em suas redes que a movimentação estava intensa nos arredores do Palácio da Alvorada naquele momento e que haveria rumores em Brasília sobre a possibilidade de o benefício ser concedido.

 

Fonte: Revista Fórum

PF encontra arsenal de armas e munição com Roberto Jefferson

Preso após atacar policiais federais com tiros de fuzil e granadas, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) mantinha um farto arsenal de armas e munições na casa onde mora, na cidade de Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro. Os armamentos foram encontrados por agentes que cumpriram mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Nas imagens obtidas pela coluna Na Mira, é possível visualizar munição de treino e até mesmo de fuzil 556. Duas armas também aparecem nas gravações.

Jefferson está preso no presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, desde a madrugada desta segunda (24/10). Durante oito horas, no domingo (23/10), ele negou se entregar à PF e, da sua casa, disparou pelo menos 20 vezes e ainda jogou granadas contra os agentes. Estilhaços do artefato atingiram o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira. Eles receberam atendimento médico no hospital e, em seguida, foram liberados. Somente às 19h, após negociação, o ex-deputado desistiu.

Gravações registram o momento em que a viatura recebeu mais de 20 tiros. Segundo a corporação, o delegado e a policial ainda foram recebidos com um ataque de granadas. Mais cedo, nas redes sociais, o ex-deputado afirmou que não atirou nos agentes da Polícia Federal do Rio de Janeiro “para pegar”.

Fonte: Metrópoles