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Como os cuidadores são importantes na rotina de pessoas com transtornos mentais

A psicóloga Tais Fernandes conta como o Grupo Said atua nesses casos

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) 86% dos brasileiros sofrem com algum tipo de transtorno mental. Algumas famílias necessitam de auxílio especializado para cuidar e orientar no cuidado com pessoas com algum grau de comprometimento mental, uma vez que eles necessitam de uma atenção diferenciada.

Diante disso, a Tais Fernandes, psicóloga do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos e de pessoas com deficiência, explica que ter um profissional capacitado pode ajudar por terem uma formação especializada e indicada nesses casos.

“Esses cuidadores aprendem a ter uma escuta ativa e um atendimento humanizado, dessa forma realmente entendendo a demanda e escutando o que o paciente deseja, não apenas com palavras, como também por meio de interpretação comportamental”, complementa.

Além disso, garantem técnicas de manejo em situações diversas, sabendo lidar com momentos de adversidade, como comportamentos agressivos, dissociativos, delirantes, depressivos, ansiosos, entre outros. Nestas situações a condução do profissional pode impactar na intensidade e na durabilidade dos acontecimentos.

Taís conta que os cuidadores também são treinados para estimular cognitivamente tais pacientes, para que exercitem a saúde mental, de acordo com sua capacidade e limitação.

“ Cuidar também é vida, olhar para o outro despido de preconceitos e opiniões próprias é sinônimo de liberdade. Para atuar eticamente é necessário fazer esta reflexão. Por isso, o cuidador conta com empatia e muito respeito, entendendo que todos vivemos vidas diferentes e toda existência deve ser respeitada e aceita”, finaliza a psicóloga.

 

 

OMS: cerca de 15% dos trabalhadores no mundo têm transtornos mentais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (28) que cerca de 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental. A entidade, junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), cobra ações concretas para abordar questões relacionadas à saúde mental e o mercado de trabalho.

A estimativa de ambas as organizações é que diagnósticos de depressão e ansiedade custam à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.

“Diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho recomendam ações para enfrentar riscos como cargas de trabalho pesadas, comportamentos negativos e outros fatores que geram estresse no trabalho”, destacou a agência especializada em saúde.

Pela primeira vez, a OMS recomenda, por exemplo, treinamento gerencial para que se desenvolva a capacidade de prevenir ambientes de trabalho estressantes, além de habilitar gestores para responder a casos de trabalhadores com dificuldades no âmbito da saúde mental.

“O bullying e a violência psicológica [também conhecida como mobbing] são as principais queixas de assédio em local de trabalho com impacto negativo na saúde mental. Entretanto, discutir ou dar visibilidade à saúde mental permanece um tabu em ambientes de trabalho de todo o mundo”, alerta a instituição.