A Sessão Ordinária desta quarta-feira (23) na Câmara de Vereadores de Salgueiro foi marcada por um momento de tensão entre o vereador Zé Carlos (PSB) e o Controlador do Município Claudionor Cavalcante, fieis aliados do governo Marcones Sá (PSB).
O servidor público solicitou à Mesa Diretora o uso da tribuna para responder a uma fala feita por Carlos sobre o tema da acessibilidade, na sessão da última quarta (16). O entrave, segundo Cavalcante, envolvia a construção de um muro nas imediações do seu escritório de advocacia.
O controlador só não chamou Zé Carlos de carne assada. Leviano, mentiroso e irresponsável foram alguns dos adjetivos atribuídos ao parlamentar que está no seu terceiro mandato.
“O senhor vereador Zé Carlos que veio aqui pra tá apontando o dedo, a calçada da casa dele que é numa avenida primária tem exatos 2,20 m, eu fiz questão de ir lá medir. Ele tão preocupado com acessibilidade foi apontar o dedo pra mim e não perdeu o tempo dele para olhar pra calçada dele… Ponha os 3 metros da calçada da sua casa que eu recuo o meu muro, se adeque a acessibilidade que o senhor veio aqui fazer tanta questão. Porque vir aqui pra tá falando dos outros sem sequer perder o tempo de olhar, de medir, é uma brincadeira de uma leviandade a toda prova e ainda colocar o meu cargo como se isso fosse uma coisa que estaria impedindo de alguém fazer algo, um secretário administrativo, isso é uma brincadeira.” E finalizou, “Então senhores eu vim aqui exatamente para mostrar o quão leviano e irresponsável foi a fala do senhor Zé Carlos aqui semana passada, falando que eu estava construindo algo ilegal.”
Prof Agaeudes interviu e saiu em defesa do colega parlamentar: “A palavra do vereador no uso da tribuna é inviolável, e aí eu vou falar em nome dos nossos colegas aqui vereadores , porque se todo mundo que o vereador for dizer algo aqui, for tratado da forma que eu estou vendo o vereador Zé Carlos sendo tratado, desrespeitosamente?! Eu acho que os demais colegas, assim como eu, deveriam se sentir ofendidos, porque eu estou ofendido pela forma que o vereador Zé Carlos está sendo tratado.”
Sávio Pires, presidente da Câmara endossou o coro: “Infelizmente uso da tribuna não é pra interesses particulares, e sim coletivo, como está no Regimento Interno. Eu não quis ser deselegante (para interromper sua fala) … eu me irmano ao colega Zé Carlos, e ele vai ter a oportunidade de se manifestar acerca.”
Os colegas de Zé, parlamentares que formam a Bancada do Povo, até a publicação desta matéria, não se pronunciaram sobre o ocorrido
Em resposta o vereador Zé Carlos afirmou ter levado a Tribuna a questão da acessibilidade, devido ter visto a barreira de concreto na calçada. “Quando eu falei eu não citei teu nome, veja como é interessante, um outro colega foi quem citou seu nome e fez menção ao cargo que você que você exerce, apenas falei na questão da acessibilidade e do que foi construído”
E ressaltou ainda, “Relacionado até o ódio, a tua palavra que foi mencionada, até porque eu conheço a tua personalidade e eu também da mesma forma, procuro segurar os animais que trabalham na mente, mas eu não tenho nenhum ódio a você, eu não tenho nenhum problema pessoal a você.”
O serviço de copa da Casa Epitácio Alencar tem se “desdobrado” na produção de chás para acalmar os ânimos dos parlamentares, convidados e servidores.
Confira o vídeo: