O Partido dos Trabalhadores deve definir ainda hoje a quem irá dar apoio no segundo turno da eleição para o Governo de Pernambuco. De um lado tem Marília Arraes, do Solidariedade; do outro, Raquel Lyra, do PSDB – partido do qual o ex-presidente Lula tem se aproximado nos últimos dias, para obter apoio à sua candidatura.
Teresa Leitão disse hoje, em entrevista à Rádio Folha, que vai seguir a decisão do seu partido, seja qual for. Ela espera que o PT defina um palanque no estado. “Eu acho uma posição de neutralidade muito ruim para o partido que tem um candidato à presidência. Eu não defendo posição de neutralidade”.
Segundo Teresa, ainda hoje o Diretório Nacional vai decidir a questão e fazer encaminhamentos ao Diretório Estadual, que por sua vez se reúne à noite e deverá firmar posição de acordo com a Nacional. “Seguirei o que ficar definido, e será definido o que for melhor para Lula. Não posso me posicionar separadamente do meu partido. Isso é uma norma política da minha vida partidária. Tenho muito apreço ao meu partido. Não seria deputada sem o PT, não seria senadora sem o PT”.
A senadora eleita reafirmou que o foco principal do Partido dos Trabalhadores é eleger Lula presidente, e as decisões tomadas levarão isso em conta.
Na entrevista, Teresa Leitão também avaliou os resultados da eleição de domingo. Para ela, o PT “saiu grande”: “Elegemos três deputados estaduais, perdemos uma vaga federal porque uma das nossas deputadas saiu do PT, mas reelegemos Carlos Veras e elegemos a primeira senadora mulher com votação recorde, de mais de 2 milhões de votos”.