Desde que as pesquisas começaram a apontar o favoritismo de Teresa Leitão na eleição para o Senado, candidatos adversários passaram a questionar qual seria seu comportamento na remota hipótese de Bolsonaro ganhar a eleição para presidente. “Serei oposição, evidentemente”, responde Teresa, “mas nunca fui aliada adesista e nem fiz oposição irresponsável. Se for bom para o Brasil e para a população, tem meu voto. Do contrário, pode contar com minha resistência”.
“Nosso plano de fato é o plano da reconstrução do Brasil. É uma atividade que exige toda essa força-tarefa que está sendo empreendida pela nossa coligação, pela frente ampla nacional que congrega sete partidos, com Lula e Alckmin à frente”, afirma.
A petista traçou diretrizes de atuação no Senado, composto por quatro eixos: 1) desenvolvimento com inclusão social e sustentabilidade; 2) a garantia de direitos e universalização da cidadania; 3) a defesa da soberania nacional, das instituições, da democracia; e 4) a defesa de Pernambuco e o fortalecimento dos municípios.
“São diretrizes que tracei observando as necessidades do estado, do país, e o próprio plano de trabalho de Lula e do meu partido. Esse meu plano será vivenciado em qualquer cenário, eu sendo uma senadora da base de sustentação do governo Lula, ou como senadora de oposição na improvável hipótese de Bolsonaro ganhar”, explica.
A candidata da Frente Popular avalia que as polêmicas reformas trabalhista e previdenciária, bem como a PEC do teto de gastos, precisam ser revistas, como Lula já anunciou que fará. Para ela, trata-se de “um conjunto de medidas que tem sufocado o Brasil” – não trouxeram resultados prometidos, acabaram com direitos, prejudicaram trabalhadores e trabalhadoras, prejudicaram o país, ajudaram a trazer de volta a fome para milhões de brasileiros.
“Estou confiante na vitória de Lula, e quero muito estar no Senado para ajudá-lo nessa reconstrução do país. O Brasil precisa voltar ao rumo do desenvolvimento amplo, social, econômico, político. Precisa reconquistar sua confiança e sua esperança”, conclui.