Vereadores situacionistas votam contra reajuste a servidores da saúde de Araripina

A sessão ordinária desta quarta-feira (9) na Câmara Municipal de Araripina foi marcada pela decepção de duas categorias de fundamental importância para o bom funcionamento da saúde pública: agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes comunitários de endemias (ACE). Os edis no exercício de suas funções votaram a alteração do artigo 4 da Lei municipal 3.081 que concedia em 6% o salário base de todos os servidores municipais efetivos ativos, excetuando-se as categorias de servidores que possuem reajuste anual mediante a Legislação específica. O projeto é oriundo do gabinete do prefeito Raimundo Pimentel.

Camila Modesto, Camilla Sampaio, Evandro Delmondes, Kalígia Mateus, Luciano Belo e Sandoval Batista votaram contra os trabalhadores da saúde que vivenciam o sentimento de frustração pela negativa do reajuste.

“Teve vereador como Kaligia Mateus, Camila Sampaio, Luciano capitão, que nessas idas que a gente ia para Câmara de vereadores falavam para gente que não iam votar contra a categoria e ontem se posicionaram de forma diferente.” Disse um ACS

“Nós temos um médico como prefeito que não respeita categoria, principalmente servidor efetivo.” Continuou. Os profissionais de saúde ainda reclamaram que há 3 anos não recebem material de trabalho como fardamento, bolsa.

O vereador Francisco Edvaldo, líder da oposição na Casa Legislativa comentou o projeto “A sessão de ontem foi no mínimo, inusitada. Eu nunca vi na história de Araripina, vereadores votando como votaram ontem. Votar para retirar reajuste dado a funcionário público, pela primeira vez em 15 anos como legislador eu vi matéria enviada  por um gestor e aprovada pelos seus vereadores, aprovar um projeto  contra o servido público retirando o reajuste. Dar um reajuste e dois meses depois mandar retirar, é um caso no mínimo inusitado, eu nunca vi na história. E mais preocupante é ver alguns vereadores deixando de votar pelo povo para votar pelo gestor do município. Isso é uma falta de respeito para com as categorias que ontem foram prejudicadas.” Concluiu o parlamentar.

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