Categoria: Economia

Instituto orienta para não cair em armadilhas na Black Friday

Com a proximidade da Black Friday, que acontece na última sexta-feira de novembro, oferecendo promoções aos consumidores, as entidades de defesa do consumidor orientam o cidadão para não entrar em armadilhas ao se deparar com as chamadas megaliquidações e os preços aparentemente baixos. A data, tradicional dos Estados Unidos é realizada no Brasil desde 2010, e começou como um evento exclusivamente online, passando para o varejo físico em seguida. Os lojistas utilizam o dia para aumentar a saída dos produtos e renovar os estoques para o Natal.

De acordo com o advogado da Área de Relacionamento do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), David Guedes, é importante prestar atenção em três fatores durante esses períodos de promoção e grande apelo comercial, que são essas datas especiais. Em primeiro lugar, o planejamento, que envolve procurar com calma pelos itens aos quais se têm necessidade para não ceder às tentações dessas promoções.

O advogado alerta que as pessoas gostam da palavra promoção, e por isso é preciso evitar fazer comprar que vão além da necessidade real de consumo e de sua realidade financeira. “Estamos em um momento muito difícil em que o endividamento das famílias no Brasil está acima de 75% devido a vários fatores, então é importante que as pessoas façam o consumo consciente, utilizando essas oportunidades para fazer uma compra de itens que realmente precisa e não ficar se endividando a toa”.

O segundo ponto, segundo Guedes, é a pesquisa, que nada mais é do que verificar quais os itens desejados, a qualidade, as especificações e o fornecedor, principalmente aquele desconhecido. “É preciso pesquisar a reputação daquela loja, de que forma ela resolve os problemas com o consumidor, se há um histórico de problemas muito difícil e longo, e como a empresa lida com esse tipo de problema relacionado às Black Friday anteriores. Todas essas informações nós conseguimos na internet com certa facilidade”.

O último ponto é a segurança, com o consumidor estando atento à grande quantidade de golpes, como links falsos em redes sociais, aparecendo como anúncios de forte apelo e atrativo, com preço muito abaixo do praticado no mercado e longe da realidade da promoção. “Muitas pessoas acreditam, clicam no link e acabam instalando vírus no seu dispositivo ou mesmo sendo direcionadas para uma página falsa de pagamento que some depois. É preciso desconfiar de ofertas muito vantajosas e evitar comprar de fornecedores desconhecidos”, disse o advogado do Idec.

Guedes ressalta a questão dos falsos descontos, que também costumam ocorrer nesse período, quando a empresa sobe seus preços nos dias anteriores e no dia da Black Friday diminui para dar a falsa ideia de desconto. “Isso é uma fraude e pode ser denunciada para o Procon. É importante que o consumidor siga a linha do planejamento com as pesquisas nas semanas anteriores para verificar se está ocorrendo esse tipo de manobra e evitar fazer negócio com esse tipo de vendedor, porque haverá fornecedores com os preços verdadeiramente em conta”, orienta.

As denúncias podem ser feitas no Procon da cidade onde o consumidor reside ou no site da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Se a pessoa for vítima de uma fraude com prejuízo financeiro é preciso registrar um boletim de ocorrência.

“Se o consumidor puder identificar de alguma forma a empresa ou o vendedor, é possível fazer a reclamação no Procon. No entanto, é muito comum que isso não seja tão fácil, porque os fraudadores normalmente utilizam empresas falsas”, disse.

Guedes lembrou que é praticamente impossível recuperar os valores pagos nesses casos porque os golpistas têm uma forma muito específica de agir para não serem identificados, “por isso é tão importante que o consumidor tomes todas as medidas para se precaver”.

O advogado destacou ainda que todas as regras do comércio em geral se aplicam para a data, como o prazo de entrega e o direito de arrependimento, que tem o prazo de 7 dias a partir do recebimento do produto. “Não tem nenhuma diferença. E o fornecedor precisa cumprir a oferta que faz. Havendo qualquer problema e se o comprador tentar resolver com a empresa e não conseguir, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor”.

Para orientar e esclarecer as dúvidas dos consumidores quer pretendem fazer compras no período da Black Friday, o Idec elaborou uma cartilha que pode ser acessada no site do instituto.

Fonte: Agência Brasil

Petrobras reduz preço do gás de cozinha pago pelas distribuidoras

A Petrobras anunciou no início da noite de hoje (16) que vai reduzir o preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, a partir de amanhã (17).

O preço pago pelas distribuidoras será reajustado de R$ 3,7842 por quilo (kg) para R$ 3,5842/kg. Isso equivale a R$ 46,59 por botijão de 13kg, ou uma redução média de R$ 2,60 por 13 kg.

A Petrobras afirma que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática de preços.

Segundo a estatal, o objetivo é buscar o equilíbrio dos seus preços com o mercado sem o repassar para os preços internos a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

Fonte: Agência Brasil

Lucro do Banco do Brasil supera expectativas e cresce 62,7% no 3º tri

Pelo sexto trimestre consecutivo, o Banco do Brasil bateu recorde em seus resultados financeiros. De acordo com dados divulgados na quarta-feira (9/11), a instituição fechou o terceiro trimestre registrando um lucro líquido ajustado de R$ 8,36 bilhões.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 62,7%. Em relação ao trimestre anterior, a alta chegou a 7,1%.

O resultado veio acima das projeções do mercado, que apontavam para um lucro de pouco mais de R$ 7,3 bilhões no período (ante R$ 7,8 bilhões do segundo trimestre).

No acumulado de 2022 de janeiro a setembro, o lucro do Banco do Brasil também foi recorde: R$ 22,4 bilhões.

Em nota, o presidente do BB, Fausto Ribeiro, afirmou que os resultados se devem ao “bom desempenho da margem financeira bruta, da diversificação nas receitas com serviços, despesas sob controle e capital forte”.

Na margem financeira bruta, o banco avançou 25% no período, alcançando R$ 19,6 bilhões. Somente as operações de crédito tiveram uma expansão de mais de 50% na base de comparação anual, alcançando R$ 28,9 bilhões.

Fonte: Metrópoles

COP27: Com eólicas offshore, Brasil pode exportar energia limpa

 

Foto: Nicholas Doherty/Unsplash

O Brasil não só deve assumir a vanguarda na produção de energia verde, como caminha para se tornar um porto seguro para investidores, podendo se tornar um exportador de energia limpa. Essa é a opinião de Marina Rossi, diretora de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre um dos assuntos que devem ser destaque durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), que começou no domingo, no balneário de Sharm El Sheikh, no Egito, com enorme expectativa sobre o papel do Brasil sobre temas fundamentais como a transição energética e a construção de um futuro baseado em energia verde.

Segundo ela, o potencial de produção de energia eólica fora da costa, por exemplo, pode transformar o Brasil em um exportador de energia limpa. “Existe um grande potencial de geração a ser utilizado na produção de hidrogênio para exportação. Assim, como o Brasil tem um destacado papel na produção global de alimentos, podemos nos tornar também um grande exportador de energia limpa”, afirma.

A exploração da energia eólica fora da costa está em fase de regulamentação. “Nossa prioridade é prezar pela segurança desse investimento, para que ele seja efetivo em promover o crescimento econômico, sempre com regras claras e segurança jurídica, sem abrir mão da celeridade e desburocratização.”

Em entrevista, Marina falou ainda sobre segurança energética, os desafios para neutralizar emissões na geração de energia produzida a partir de combustíveis fósseis.

O Brasil vem sendo visto cada vez mais como uma liderança no debate sobre a transição energética no mundo. Mas a condução dessa transição pressupõe aumentar a presença de fontes de energia limpa, mantendo a segurança energética e a estabilidade do sistema industrial, no estágio em que se encontra hoje. Como essa equação se fecha?

Marina Rossi: O Brasil é protagonista na transição energética mundial. Nossas matrizes estão entre as mais limpas do planeta. Para se ter uma ideia, esperamos que, ao final de 2022, quase 47% de nossa energia e 85% de nossa oferta de energia elétrica sejam decorrentes de fontes renováveis. Esses percentuais são três vezes maiores que a média mundial.

Tal panorama foi pavimentado pelo uso de recursos hídricos abundantes do país, aliado aos incentivos para a diversificação das fontes. Esse patamar também foi fortalecido pela interligação das diversas regiões brasileiras, para garantir uma maior segurança energética, uma vez que nossa matriz — predominantemente hidráulica — sempre foi impactada pelos efeitos climáticos. Além disso, desde a década de 70, o Brasil se esforça para reduzir a dependência de derivados de petróleo no setor de transportes, tendo sido pioneiro na criação de políticas para utilização de biocombustíveis, a custos competitivos.

Como todo esse processo foi sendo construído de maneira estruturada, o Brasil conseguiu alcançar uma dependência cada vez menor de importações de petróleo e derivados, além de atingir altos níveis de segurança energética. Com isso, o país tem caminhado para uma expansão acentuada do mercado livre, no qual a oferta de fontes renováveis é predominante. Para tratar da segurança sistêmica, principalmente considerando a variabilidade das fontes renováveis, foram desenvolvidos leilões de reserva de capacidade em 2021.

Em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e participantes do setor, o Ministério de Minas e Energia (MME) está trabalhando para desenvolver o mercado de capacidade, permitindo que os agentes também contribuam para necessidade sistêmica de potência e de energia.

Existe ainda um desafio de neutralizar as emissões na geração de energia a partir de combustíveis fósseis. O que vem sendo feito de forma concreta nesse sentido?

Marina Rossi: O país já possui frentes de neutralização das emissões em atividades. Exemplos relevantes disso são os Créditos de Descarbonização (CBIOs), gerados no âmbito do Programa Renovabio. A instituição do programa foi um passo importante e o MME está sempre buscando aprimorá-lo. Outro avanço foi a publicação do Decreto n° 11.705/2022, que dá mais um passo para estruturação de um mercado de crédito de carbono.

Além disso, é sempre importante destacar que a manutenção de um perfil renovável na matriz elétrica já é uma grande conquista do Brasil em termos de neutralidade de carbono, visto que atualmente o País já emite 33% menos que o bloco da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 37% menos que o mundo, em termos do uso de energia.

Tudo isso já considerando o panorama de 2021, quando tivemos aumento da geração termelétrica devido à maior escassez hídrica da história. Para além disso, cabe ressaltar que, enquanto em diversos países a geração elétrica é responsável pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE), no Brasil ela corresponde a apenas 16,5% do total. E, mesmo em um contexto favorável e privilegiado, temos intensificado as ações nos setores carbonointensivos, garantindo a construção de um mercado de carbono, ao mesmo tempo que possuímos uma matriz elétrica extremamente renovável.

O Brasil também tem um enorme potencial para geração de energia eólica offshore, uma fonte que vem sendo bastante explorada por países como a China, por exemplo, líder hoje na produção de energia gerada pelo vento em alto mar. Existe uma expectativa de que, com a publicação do Decreto 10.946/2022, em fase de regulamentação, haja avanços já em 2023. Quais são os desafios para essa implementação no Brasil?

Marina Rossi: Após a publicação do Decreto nº 10.946/2022, o MME publicou duas portarias sobre a geração de energia fora da costa, as offshore. A primeira foi a nº 52/2022, com as diretrizes complementares ao Decreto. A segunda foi a interministerial MMA/MME nº 3/2022, criada para o desenvolvimento do portal único de gestão das áreas e das solicitações em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e demais instituições envolvidas.

Um dos principais desafios é desenhar um arcabouço regulatório organizado, aderente às necessidades e particularidades desse porte de empreendimento, evitando a existência de entraves para a adequação da estrutura portuária e na cadeia de suprimentos. Acreditamos que será um desafio absorver a energia a ser gerada, considerando a expansão prevista da carga e a expansão da oferta de outras fontes renováveis competitivas no país. Nesse sentido, existe um grande potencial de geração a ser utilizado na produção de hidrogênio para exportação. Assim, como o Brasil tem um destacado papel na produção global de alimentos, podemos nos tornar também um grande exportador de energia limpa.

Com o avanço da regulação, será possível que os empreendedores desenvolvam estudos que mostrem características mais detalhadas da geração de energia offshore no mar brasileiro. Dessa forma, podem ser identificados quais são os atributos dessa fonte e de que forma podem contribuir para a oferta de energia e para a segurança sistêmica. Esse setor deverá gerar atratividade ao investimento privado, com capital nacional e internacional. A nossa prioridade é prezar pela segurança desse investimento, para que ele seja efetivo em promover o crescimento econômico, sempre com regras claras e segurança jurídica, sem abrir mão da celeridade e desburocratização.

Um dos focos da COP27, que começa na próxima semana, é a energia verde, tema de um dos pavilhões que o Brasil vai apresentar na conferência. Existe, nesse sentido, uma oportunidade para que o país seja considerado como foco para investimento externo nesse cenário?

Marina Rossi: O trabalho do MME se traduz na construção de consensos entre as diversas entidades participantes do setor energético visando à consolidação do Brasil como um porto seguro de investimentos, garantindo que o país esteja na vanguarda do setor de energia verde.

Recentemente, criamos o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), com os primeiros passos na geração e promoção do hidrogênio de baixo carbono como vetor energético no país. Esse programa representa uma grande oportunidade para investir e participar do desenho de mercado numa das nações mais promissoras do mundo. O Brasil, além de ter uma matriz altamente renovável, essencial para a produção de hidrogênio de baixo carbono, detém expressivos recursos ainda não explorados, incluindo potenciais de geração fotovoltaica e eólica, tanto onshore quanto offshore.

A geração distribuída (GD) nacional, majoritariamente fotovoltaica, tem crescido a níveis elevados, com tendência de aumento de mais de 80% para este ano, garantindo um ambiente sólido para investidores.

Além disso, recentemente regulamentamos o Decreto n° 10.946/2022, referente ao aproveitamento dos recursos naturais para geração de energia elétrica em ambiente offshore. Diversas empresas têm sinalizado interesse no potencial do Brasil, garantindo que as medidas adotadas sejam o início de mais um protagonismo brasileiro na questão energética.

Dessa forma, esperamos atrair cada vez mais investimentos em energia verde, contribuindo para o fortalecimento de ações de mitigação de mudanças climáticas e garantindo acesso à energia limpa, segura e barata aos brasileiros.

Ampliado crédito para micro, pequenas e médias empresas por meio de fundos do BNDES

As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), além dos produtores rurais e microempreendedores individuais, vão ganhar mais um incentivo: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou novos fundos para oferecer crédito à cadeia de fornecedores e clientes das empresas parceiras. Para tanto, o “BNDES Fundo de Crédito para Indústria e Serviços” vai unir o banco com as empresas âncoras na constituição desses fundos.

“BNDES Fundo de Crédito para Indústria e Serviços” se diferencia do “BNDES Crédito Âncora” porque, neste novo modelo, o banco também corre risco ao participar diretamente dos fundos de direitos creditórios (FDIC) que serão fontes dos empréstimos.

Vantagens:

•    Novo produto “BNDES Fundo de Crédito para Indústria e Serviços” fortalece estruturas produtivas com empresas de menor porte;

•    Solução engaja empresas e instituições no apoio ao setor e na partilha de risco, ampliando capilaridade de atuação do BNDES;

•    Primeira operação foi estruturada para fornecedores de internet de pequeno e médio porte e beneficiar até 400 mil pessoas

Quem pode contratar

Dentre os setores que poderão ser apoiados pelo produto estão o de tecnologia da informação, infraestrutura e serviços de telecomunicações, bens de capital, mobilidade, aeronáutica e defesa, indústria de bens de consumo, agroalimentar, biocombustíveis, comércio, serviços e economia criativa.

Uma primeira operação foi estruturada com a Padtec, fornecedora de equipamentos de telecomunicações que atua com empresas provedoras de internet de pequeno e médio porte. O FIDC foi estruturado entre o BNDES e a empresa. Os recursos do Banco virão do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), que tem o objetivo de estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital. A operação deve impactar positivamente cerca de 400 mil pessoas, por meio das dezenas de pequenos e médios provedores que poderão contar com financiamento para aquisição de equipamentos da Padtec. O BNDES poderá aportar até R$ 80 milhões no fundo.

Para contratar com o BNDES, as empresas devem levantar uma base de devedores composta por pelo menos 70% de micro, pequenas e médias empresas, além de produtores rurais e/ou pessoas físicas, que estejam inseridos em suas cadeias produtivas ou instituições âncora do setor.

Modalidades

O novo Produto conta com duas linhas de crédito: “Empresa Âncora” e “Instituição Âncora”.  Em ambas linhas, o valor mínimo da subscrição do BNDES por fundo será de R$ 40 milhões e o prazo total de até 15 anos.

  • “Empresas âncora” são aquelas que atuam no setor produtivo e dão origem a direitos creditórios a partir das suas atividades com clientes, fornecedores, prestadores de serviços, franqueados ou distribuidoras.
  • “Instituições âncora”, por sua vez, são investidores públicos ou privados que tenham interesse de fomentar setores produtivos que contem com a presença de MPMEs, porém das quais elas não sejam contraparte dos direitos creditórios.

Expectativa

A expectativa é que por meio do compartilhamento de risco do BNDES com os agentes, empresas de menor porte poderão obter crédito em condições mais atrativas. A lógica é que o conhecimento que a empresa ou instituição âncora detém de seus fornecedores e clientes diminua o risco das operações.

Com informações do BNDES

 

Grandes empresas devem mais de R$ 22 bilhões em impostos em Pernambuco

O estudo realizado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) aponta que, em 2021, a dívida ativa do estado foi de mais de R$ 22 bilhões. Os valores devidos pelas empresas no estado totalizam mais de 92% da receita de impostos daquele ano, que foi de mais de R$ 24 bilhões.

UF Dívida Ativa Receita de Impostos %
Pernambuco 22.733.568.397 24.484.440.176 92,85

As dez maiores empresas devedoras do estado foram Petrobras Distribuidora S.A (R$ 442 milhões), K2 Indústria Comercio e Logistica Eireli (R$ 261 milhões), TIM Celular S.A. (R$ 232 milhões), Usina Pumaty S/A (R$ 210 milhões), Companhia Industrial do Nordeste Brasileiro (R$ 178 milhões), Frevo Brasil Indústria de Bebidas LTDA (R$ 162 milhões), Bompreço Supermercados do Nordeste LTDA (R$ 157 milhões), DISBREL – Indústria e Comercio de Bebidas Recifense LTDA (R$ 150 milhões), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (R$ 144 milhões) e Interiorana Serviços e Construções LTDA (R$ 124 milhões). Juntas, elas devem mais de R$ 2 bilhões.

O levantamento traz informações sobre a dívida ativa de empresas e pessoas físicas. Ele foi divulgado nesta quarta (9), no 19º Conafisco, Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital, organizado pela Fenafisco e pelo Sindsefaz-Bahia, em Mata de São João, na Bahia. Pode ser acessado em Barões da Dívida

Dados nacionais

Nacionalmente, a dívida ativa chega a quase R$ 1 trilhão aos cofres públicos. O levantamento nacional realizado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) aponta que, de 2015 a 2021, a dívida ativa no Balanço Patrimonial dos estados brasileiros teve um expressivo crescimento, passando de R$ 682,2 bilhões para R$ 987,75 bilhões em 2021. A Federação atualizou o estudo sobre a composição dos débitos em cada estado, que conta com a relação dos 100 maiores devedores de cada unidade federada. Os dados serão apresentados no Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital — Conafisco.

O estudo identificou que a dívida ativa, sob administração das procuradorias gerais dos estados ou das secretarias de fazenda, aumentou em 45% entre 2015 e 2021. A pesquisa mostra que a dívida ativa está concentrada em poucas e grandes empresas, que possuem também uma alta concentração regional, haja vista que a maior parte delas se localiza na região Sudeste.

“Os altos estoques de dívida ativa comprometem a capacidade dos governos em programar políticas de abrangência territorial que definem metas e estratégias de desenvolvimento econômico, regional e social, com o devido respeito ao meio ambiente. A recuperação da dívida ativa de poucas e grandes empresas é particularmente indispensável para os estados criarem oportunidades de proteção social e econômica para aqueles que estão marginalizados pelo sistema de economia de livre mercado”, destaca o presidente da Fenafisco, Charles Alcantara.

Em 11 estados, a dívida ativa supera a arrecadação anual com o recolhimento de impostos. Os estoques acumulados em Goiás, Mato Grosso e Sergipe equivalem a mais de 200% da arrecadação. Outros quatro estados possuem uma dívida ativa equivalente a mais de 100% da arrecadação tributária anual.

Os valores devidos pelas empresas aos estados totalizam 11,35% do PIB nacional. Ao passo em que os estoques da dívida ativa aumentam, o pagamento delas é tímido, o que mostra a dificuldade do setor público de fazer as cobranças. “Os estoques desses créditos têm sido crescentes nos estados brasileiros, representando uma maior dificuldade do setor público de fazer essas cobranças. A quem interessa um processo judicial lento, moroso, cheio de recursos? Por que a legislação não pune com rigor o mal pagador? Essas perguntas, que conduzem esse trabalho, nos fazem refletir também se a securitização e a inteligência artificial seriam caminhos válidos para a recuperação dos créditos tributários e se estancaria o acúmulo da dívida ativa”, pondera o presidente.

O Atlas traz os maiores devedores do país e por estado. Os maiores devedores nacionais são: Refinaria de Petróleo de Manguinhos (R$ 7,7 bilhões), Ambev (R$ 6,3 bilhões), Telefônica — Vivo (4,9 bilhões), Sagra Produtos Farmacêuticos (R$ 4,1 bilhões), Drogavida Comercial de Drogas (R$ 3,9 bilhões), Tim Celular (3,5 bilhões), Cerpasa Cervejaria Paraense (R$ 3,3 bilhões), Companhia Brasileira de Distribuição (R$3,1 bilhões), Vale (R$ 2,7 bilhões) e Athos Farma Sudeste S.A (R$ 2,9 bilhões). O estudo também aponta que os maiores devedores, via de regra, recebem benefícios e incentivos fiscais em suas áreas de atuação.

Estudo

O Atlas da Dívida dos Estados Brasileiros é um estudo feito por iniciativa da Fenafisco, desde o final de 2020. Para elaborar o levantamento, foram considerados dados de 2015 a 2021. Apesar da obrigatoriedade legal para divulgação das informações, apenas 17 unidades federativas informaram os dados inicialmente.

 Nessa primeira etapa da pesquisa, divulgada em 2021, foram levantados os dados da dívida ativa de 17 estados, que divulgaram seus números em portais de transparência ou mediante requisição da Fenafisco. Na segunda etapa, divulgada agora em 2022, mais três estados enviaram os dados. A pesquisa, hoje, conta com a atualização de 20 estados.

“A importância desse estudo é fazer com que a sociedade, a classe política e a mídia tenham conhecimento desses dados, impulsionando a cobrança por mudanças. Dentro de um sistema tributário regressivo, a dívida ativa elevada contribui para a concentração de renda. É um privilégio tributário para poucas e grandes empresas, que escapam da tributação e conseguem ampliar seu poder”, reforça Alcantara.

O site Barões da Dívida

Para impulsionar o conhecimento da sociedade sobre a dívida ativa e os maiores devedores estaduais, a Fenafisco divulgou, em 2021, o site Barões da Dívida que reúne informações contidas no Atlas e tem como objetivo analisar a formação e evolução da dívida ativa das Unidades Federativas (UF), a partir de dados obtidos pela Fenafisco junto aos órgãos competentes.

O envio dos dados pelos órgãos estaduais e distrital, responsáveis pela dívida ativa tributária, pode ocorrer em tempo e meses distintos, o que torna possível que o valor constante na tabela oscile para mais ou para menos, a depender de inscrição de nova dívida ativa ou quitação da dívida existente pelo contribuinte.

As informações gerais foram retiradas do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), dos ofícios recebidos através de pedidos feito pela Fenafisco (Ofícios nº 030/2020 e nº 005/2022) e dos sites dos governos dos estados, em particular, das Secretarias das Fazendas. Quanto aos dados da dívida ativa das empresas, foram retirados destes dois últimos.

O estudo da Fenafisco reproduz os dados oficiais manejados e coletados ao longo dos anos de 2020 a 2022, com base na Lei de Acesso à Informação. Os dados não refletem a posição oficial e política da entidade.

10 maiores devedores – Pernambuco

Colocação RAZÃO SOCIAL SALDO TOTAL
PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A 442.031.227,97
K2 INDUSTRIA COMERCIO E LOGISTICA EIRELI 261.676.766,44
TIM CELULAR S.A. 232.110.035,36
USINA PUMATY S/A 210.031.263,31
COMPANHIA INDUSTRIAL DO NORDESTE BRASILEIRO 178.538.689,81
FREVO BRASIL INDUSTRIA DE BEBIDAS LTDA 162.206.052,74
BOMPRECO SUPERMERCADOS DO NORDESTE LTDA 157.053.881,90
DISBREL – INDUSTRIA E COMERCIO DE BEBIDAS RECIFENSE LTDA 150.536.615,09
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS 144.120.994,45
10º INTERIORANA SERVICOS E CONSTRUCOES LTDA 124.940.497,62

 

Governo paga em outubro R$ 725 milhões em dívidas atrasadas de sete estados, diz Tesouro

A Secretaria do Tesouro Nacional informou, hoje, que a União pagou, em outubro, R$ 725 milhões em dívidas atrasadas de sete estados. Os valores foram pagos porque a União atuou como fiadora dos estados nessas operações de crédito junto a instituições financeiras.

Os estados que tiveram dívidas pagas pelo governo federal em outubro são:

  • Rio de Janeiro – R$ 424,6 milhões
  • Goiás – R$ 78,6 milhões
  • Rio Grande do Sul – R$ 57,3 milhões
  • Maranhão – R$ 50,8 milhões
  • Alagoas – R$ 58,5 milhões
  • Piauí – R$ 46,4 milhões
  • Rio Grande do Norte: R$ 9,3 milhões

No acumulado do ano, as dívidas de estados e municípios quitadas pelo governo federal somam R$ 7,41 bilhões, segundo o Tesouro. Em 2021, o Tesouro Nacional honrou R$ 8,96 bilhões em dívidas atrasadas de estados e municípios. Desde 2016, a União fez o pagamento de R$ 49,3 bilhões.

Fonte: Magno Martins

Falta de combustível, distribuição de vacina comprometida e suspensão de ônibus: as consequências dos bloqueios em SC

Santa Catarina chegou ao terceiro dia com registro de bloqueios nas rodovias em protesto pela derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Nesta terça-feira (1º), as manifestações já resultaram no comprometimento de distribuição de vacinas, falta de combustível em postos e suspensão de viagens de ônibus em diversas cidades.

Os protestos ocorrem desde a noite de domingo (30) e até esta terça são cerca de 80 trechos interrompidos em rodovias federais e estaduais.

Combustível

 

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), de segunda-feira (31), um 95% dos postos de Joinville, a cidade mais populosa do Estado, estava sem combustível.

A cidade do Norte catarinense tem 103 postos, mas 98 estavam sem combustíveis às 17 horas. Os registros de longas filas nos estabelecimentos de toda a cidade e de outros municípios de Santa Catarina começaram durante a manhã.

Em Florianópolis, por exemplo, longas filas foram registradas durante todo o dia nos postos. Além disso, uma ação da Secretaria de Defesa do Cidadão (Procon Municipal) identificou alta injustificada de preços de combustíveis em cinco locais.

G1

Desemprego cai para 8,7% no terceiro trimestre, revela IBGE

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A taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual no trimestre móvel de julho a setembro de 2022 e ficou em 8,7% no período, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando foi de 9,3%. Em relação ao mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 12,6%, a redução é de 3,9 pontos percentuais.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e foram divulgados hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%. Os dados apontam para um total de 9,5 milhões de pessoas desocupadas, queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.

Em números absolutos, a população ocupada somou 99,3 milhões de pessoas, um recorde da série iniciada em 2012. A alta na comparação trimestral foi de 1% ou mais um milhão de pessoas. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.

Subutilização

O nível da ocupação ficou em 57,2% e a taxa composta de subutilização foi de 20,1%, a menor desde março de 2016. A contingente subutilizado somou 23,4 milhões de pessoas e o subocupado por insuficiência de horas trabalhadas estava em 6,2 milhões no trimestre encerrado em setembro, o menor total desde junho de 2017. Os desalentados ficaram estáveis em 4,3 milhões de pessoas frente ao trimestre anterior e caíram 17,2% na comparação anual.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de pessoas, e os sem carteira assinada atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.

Os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões de pessoas, os domésticos são 5,9 milhões e os empregadores ficaram em 4,4 milhões.

O setor público cresceu 2,5% no trimestre e atingiu 12,2 milhões de empregados, o recorde da série histórica. Outros 3,1 milhões de pessoas são empregados no setor público sem carteira assinada, apresentando alta de 11,6% no trimestre.

O IBGE apontou, também, aumento no trimestre no número de pessoas ocupadas nos setores da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Na comparação anual, houve redução no grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.

Rendimento

O rendimento real habitual subiu 3,7% na comparação trimestral, indo para R$ 2.737, somando R$ 266,7 bilhões na massa de rendimento.

Os aumentos no trimestre foram observados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; indústria, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Por tipo de ocupação, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 2,8% no trimestre, os empregados no setor público 2,3%, e os empregadores estão ganhando 10% a mais. As demais categorias não apresentaram variação significativa.

Fonte: Agência Brasil

Mega-Sena volta a acumular; próximo concurso deve pagar R$ 115 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas no Concurso 2.532 da Mega-Sena, sorteadas nesse sábado (22) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.
Ficam acumulados para o próximo concurso (2.533), na quarta-feira (26), R$ 115 milhões. As dezenas sorteadas foram 10, 14, 17, 18, 23  e 30.
A quina teve 259 ganhadores e cada um vai receber R$ R$ 27, 1 mil. Acertaram a quadra 18.616 pessoas, que receberão o prêmio individual de R$ 539,96.
As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
Fonte: Diário de PE

Auxílio Brasil é pago hoje a beneficiários com NIS final 2

A Caixa Econômica Federal paga hoje (13) a parcela de outubro do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2. Esta é a terceira parcela com o valor mínimo de R$ 600, que vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada em julho pelo Congresso Nacional.

A emenda também liberou a inclusão de 2,2 milhões de famílias no Auxílio Brasil. Com isso, o total atendido subiu para 20,65 milhões.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Em janeiro, o valor mínimo do Auxílio Brasil voltará a R$ 400, a menos que uma nova proposta de emenda à Constituição seja aprovada. Tradicionalmente, as datas do Auxílio Brasil seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês. No entanto, portaria editada no início de outubro antecipou o pagamento da parcela deste mês, que ocorre entre os dias 11 e 25.

 
Final do NIS Data
1 11/10
2 13/10
3 14/10
4 17/10
5 18/10
6 19/10
7 20/10
8 21/10
9 24/10
0 25/10

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago hoje às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 2. Com valor de R$ 112 neste mês, o benefício segue o calendário do Auxílio Brasil.

Com duração prevista de cinco anos, o programa beneficiará 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026. O benefício, que equivalia a 50% do preço médio do botijão de 13 quilos nos últimos seis meses, foi retomado em agosto com o valor de 100% do preço médio, o que equivale a R$ 112 neste mês. Esse aumento vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada pelo Congresso.

Pago a cada dois meses, o Auxílio Gás originalmente tinha orçamento de R$ 1,9 bilhão para este ano, mas a verba subiu para R$ 2,95 bilhões após a promulgação da emenda.

Só pode fazer parte do programa quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Benefícios básicos

O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.

Podem receber os benefícios extras as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e até R$ 200, em condição de pobreza.

Agência Brasil elaborou guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro do ano passado.

No Brasil, produção de amendoim cresce 115% em oito anos

A safra da produção de amendoim no Brasil deve atingir 746,7 mil toneladas no ciclo 2021/22, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O quantitativo representa aumento de 115% em comparação com o volume produzido em 2014/15, quando a safra chegou a 346,8 mil toneladas. Dentre os estados brasileiros, São Paulo é o maior produtor, responsável por 92% da produção.

A Conab avalia que a melhora no desempenho da safra se deve a diferentes fatores. Entre eles, o investimento nas áreas agrícolas industriais e a profissionalização e especialização dos produtores de amendoim, que, segundo a companhia, investiram no aprimoramento nos fatores de produção, como sementes mais eficientes e produtivas, e melhorias nas práticas agrícolas.

“A gente pode considerar a questão do investimento no serviço de operação de pós-colheita, como a secagem e armazenamento, que propiciam um produto de melhor qualidade. E também a incorporação da cultura como opção na renovação dos canaviais, pois o amendoim contribui para conservação e recuperação do solo, fixação do nitrogênio e controle de pragas”, explica a superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Candice Romero Santos.

“Estamos acompanhando um movimento muito positivo no setor de amendoim. Isso porque, em 2021, tivemos crescimento de 8% na produção nacional do amendoim in natura em relação ao ano anterior”, destaca Ubiracy Fonseca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB).

Projeções para o setor

O Brasil exporta a maior parte do amendoim produzido. Cerca de 70% vai para outros países, como Holanda, Polônia, Rússia, Colômbia e África do Sul. Nos últimos oito anos, o país quase dobrou o número de destinos do grão aqui produzido: passou de 56 para 100.

“Com a melhoria dos sistemas produtivos, a tendência é de ampliação de mais mercados e volumes exportados para esses países. A profissionalização cada vez maior do setor permite corrigir gargalos que impediam melhor competição do produto brasileiro”, avalia Candice Romero Santos.

Santos projeta ainda que há perspectiva de crescimento do mercado interno brasileiro. “Também existe espaço para melhoria da demanda interna, que está na ordem de aproximadamente 1,1 quilo por habitante por ano. A gente pode tomar como referência o consumo per capita na China, que é de 12,8 habitante/ano, e a média mundial é um pouco menor, de 6 quilo habitante/ano”, conclui.

Sobre o consumo interno, Fonseca também acredita que há espaço para crescimento. “Em relação às exportações, o setor registrou receita de cerca de US$ 161 milhões no primeiro semestre de 2022. Em adição à versatilidade para a saúde, considerando o consumo doméstico de amendoim em 2021, é possível inferir que há crescimento da demanda no Brasil”, diz.

Fonte: Brasil 61

Produção de veículos tem alta de 19,3% em setembro, informa Anfavea

A produção de veículos teve alta de 19,3% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2021, com a fabricação de 207,8 mil unidades, segundo balanço divulgado hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foi registrado um crescimento de 6,3% em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado, com a produção de 1,75 milhão de veículos.

As vendas tiveram elevação de 25,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 194 mil emplacamentos. No acumulado de janeiro a setembro, foram comercializadas 1,5 milhão de unidades, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2021.

Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, apesar da queda nas vendas em comparação com o ano passado, os resultados são positivos. Entre os indicadores que ele destaca está a venda média de 9,2 mil veículos por dia em setembro. “A média diária nos anima bastante, mostra um crescimento constante do mercado”, enfatizou.

Automóveis

As vendas de automóveis e veículos comerciais leves tiveram alta de 29,1% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 156,4 mil unidades. No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a comercialização do segmento tem retração de 6,8%, com 1,21 milhão de emplacamentos.

Segundo Márcio Leite, o setor ainda sofre com as dificuldades em conseguir componentes, como os semicondutores. Na avaliação dele, essa situação só deve ser normalizada no segundo semestre de 2023. Mesmo com as dificuldades, o presidente da Anfavea espera que os fabricantes consigam vender até o final do ano 2,14 milhões de veículos. “[Isso tem sido possível devido a] criatividade das nossas áreas industriais, de logística, eles realmente tiveram menos horas de sono, o esforço é maior, mas a gente tem conseguido atingir um resultado satisfatório”, ressaltou.

Exportações

As exportações tiveram alta de 20,7% em setembro, com a venda de 28,5 mil veículos para o exterior. De janeiro a setembro, a alta é de 31,2% em relação ao mesmo período de 2021, com a exportação de 363,5 mil unidades. Apesar do resultado positivo em relação ao ano passado, as vendas para o exterior ainda enfrentam problemas, na comparação com agosto, o resultado de setembro representa uma queda de 39%.

De acordo com Leite, as exportações vêm sofrendo com atrasos no sistema de transporte marítimo. “Isso acontece pela própria retomada, até que tenha-se um arranjo da cadeia de suprimentos e logística mundial nós ainda temos algumas situações pontuais que acabam impactando em alguns meses”, disse.

Além disso, as montadoras brasileiras têm tido, segundo ele, dificuldade com as restrições burocráticas na Argentina, principal destino dos veículos brasileiros vendidos para outros países. “De fato percebe-se, sim, uma redução das exportações para a Argentina principalmente em função da restrição de liberação de licenças para exportação”, destacou.

Emprego

A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos cresceu 1,6% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 104,6 mil trabalhadores.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Caixa lança Campanha Você no Azul para regularização de dívidas

A Caixa Econômica Federal lançou, nesta quinta-feira (6), a Campanha Você no Azul, que disponibiliza descontos de até 90% para regularização de dívidas de créditos comerciais de pessoas físicas e jurídicas.

Estão contempladas na ação contratos de 4 milhões de clientes pessoa física e 396 mil na pessoa jurídica. Mais de 80% podem liquidar seus débitos por até R$ 1000.

“Temos buscado aprofundar cada vez mais a nossa atuação para que o brasileiro tenha o nome limpo. Esta é uma campanha importante que ajuda no recomeço, as pessoas às vezes tem dificuldade. A gente dá esse impulso, que tradicionalmente acontece todos os anos. Desde 2017 a Caixa faz a campanha de recuperação de crédito, estimulando aqueles que quiserem quitar à vista qualquer tipo de modalidade de crédito, exceto habitação e agro”, afirmou a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, durante coletiva de lançamento, em São Paulo.

A novidade desta edição é a ampliação da oferta de renegociação de dívidas em seus canais digitais. Cerca de 70% das propostas da campanha Você no Azul 2022 estão habilitadas para efetivação por meio do site da Caixa,  do aplicativo e WhatsApp Caixa (0800 104 0104).

“A Campanha Você no Azul deste ano vai levar um atendimento mais digital e mais 70% dos contratos dos 7 milhões de contratos são passíveis de serem renegociados diretamente pelo site da Caixa ou pelos nossos aplicativos, ou seja, o canal digital vai simplificar muito esse atendimento, tirando boa parte desse público que iria até uma agência da Caixa para poder fazer uma transação normal de renegociação”, destacou o vice-presidente rede de varejo Júlio Volpi.

Os contratos negociados serão retirados dos cadastros restritivos de crédito em até cinco dias úteis após a efetivação do acordo por meio do pagamento do boleto.

“A partir do momento em que a dívida é paga, em até cinco dias úteis será retirada dos cadastro. São 4 milhões na pessoa físicas e aproximadamente 400 mil clientes na pessoa jurídica que atendem aos requisitos da campanha”, disse Volpi.

A campanha Você no Azul 2022 continua até 29 de dezembro em todo território nacional.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

AUXÍLIO BRASIL: 21,1 milhões de famílias receberão benefício a partir do dia 11 de outubro

O crédito do Auxílio Brasil de outubro, previsto inicialmente para ser realizado no dia 18, ocorrerá a partir de 11 para os beneficiários com final de NIS 1. Ao todo, 21 milhões e 100 mil famílias receberão o benefício, no valor mínimo de 600 reais, neste mês, sendo 17 milhões lideradas por mulheres. Na mesma esteira dos repasses, cerca de 6 milhões de famílias receberão o Vale Gás de R$ 112 reais, valor médio do botijão de gás no país.

As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, 4 de outubro, que contou com a participação do ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, e da presidente da CAIXA, Daniella Marques.

Levantamento feito pela CAIXA revela que 70% dos beneficiários do Auxílio Brasil são informais, ou seja, têm alguma atividade autônoma e usam os recursos, principalmente, para investimentos no próprio negócio. Nesse sentido, a CAIXA se prepara para uma campanha em prol do crédito consciente, como adiantou a presidente da CAIXA, Daniella Marques.

“Não queremos estimular o endividamento das famílias, ao contrário. Temos que ter ciência que boa parte dessas famílias já estão endividadas, principalmente, no rotativo do cartão de crédito, onde as taxas são bem mais elevadas. O Ministério da Cidadania estabeleceu teto de taxa de 3,5%, a gente vai operar certamente abaixo desse teto e, principalmente, com uma conscientização grande para substituição de dívida. Assim que estiver preparado será devidamente informado.”

Durante a coletiva, o banco informou que já emitiu mais de 6 milhões de cartões de débito do Programa Auxílio Brasil, a beneficiários que recebem o benefício em conta Poupança Social Digital. A vice-presidente de Governo da CAIXA, Tatiana Thomé, explicou que também foi desenvolvido o cartão de débito virtual do Programa, disponível no aplicativo CAIXA Tem.

“É mais uma facilidade que foi desenvolvida para atender essas pessoas, que não precisam se deslocar para receber o seu benefício.”

Os valores do benefício também podem ser movimentados pelo aplicativo CAIXA Tem. Ainda pelo aplicativo, os beneficiários podem fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos com o cartão de débito virtual do Auxílio Brasil.

Pagamentos de contas de água, luz, telefone, gás e boletos em geral também podem ser feitos pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, que também são pontos para saques, por meio da geração de token diretamente no aplicativo.

Segundo o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, todos os beneficiários cadastrados no programa e aptos a receber o repasse foram contemplados, o que garante que 100% das famílias estão supridas com o Auxílio Brasil.

“Isso é cuidado com a população do nosso país, isso é prática, ação. Então, trouxemos uma rede que é mais eficiente, um cadastro que é mais eficaz, e estamos conseguindo fazer a diferença.”

É importante que todos os beneficiários estejam com as informações cadastrais atualizadas no aplicativo. Quem tiver dúvidas sobre as parcelas ou demais funcionalidades pode acessar o aplicativo Auxílio Brasil e CAIXA Tem ou pode ligar pelo telefone para o 111 da CAIXA.

Fonte: Brasil 61