Os deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovaram na reunião plenária de ontem (2) a criação de duas novas frentes parlamentares. Por solicitação do deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), a Casa de Joaquim Nabuco instituiu a Frente Parlamentar da Execução dos Orçamentos Estadual e Federal em Relação a Pernambuco e seus Municípios.
E, a pedido do deputado José Patriota (PSB), o Plenário autorizou a formação da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. De acordo com o Regimento Interno da Alepe, as frentes parlamentares são associações suprapartidárias destinadas a promover debates sobre temas de interesse da sociedade.
Na decisão em que autorizou a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (2) contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, entre outras medidas, a apreensão do passaporte, armas e bens acima de R$ 10 mil cuja origem não seja comprovadamente legal.
A TV Globo apurou detalhes do despacho do ministro, que foi assinado nesta terça-feira (1º). Nesta quarta, a PF prendeu o hacker Walter Delgatti Neto, da “Vaza Jato”, e fez buscas e apreensões em endereços de Carla Zambelli, como o gabinete parlamentar e o apartamento funcional dela.
A PF investiga a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).
Entre outras medidas contra a deputada, Moraes determinou:
a apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, e passaporte;
busca e apreensão em carros eventualmente encontrados nos endereços da deputada e nos armários de garagem;
apreensão de dinheiro e bens (joias, veículos, obras de arte e outros objetos) em valores superiores a R$ 10 mil, desde que não comprovada cabalmente, no local dos fatos, a origem licita.
Há 17 anos, a Global Footprint Network calcula e anuncia o Dia de Sobrecarga da Terra, conhecido por determinar o momento em que a demanda anual da humanidade por recursos naturais excede a capacidade que a Terra tem de regenerar esses recursos naquele mesmo ano. Para 2023, a data calculada foi a próxima quarta-feira, dia 2 de agosto, e aciona alertas acerca da incompatibilidade do estilo de vida das pessoas com o meio ambiente, que pode ser evitado a partir da adoção da economia circular. Nesse quesito, a lata de alumínio é exemplo prático e demonstra como podemos consumir sem impactar a extração de recursos naturais do planeta de forma excessiva. Por isso, a Ball Corporation, líder mundial em embalagens sustentáveis de alumínio, trouxe uma lista sobre mitos e verdades da embalagem:
MITO: O alumínio reciclado não representa uma quantidade relevante e a demanda pelas latinhas só favorece a extração de alumínio primário.
O alumínio reciclado desempenha um papel importante na indústria do alumínio e contribui significativamente para a redução da demanda por alumínio primário, além de ter um preço mais atrativo para as empresas. Isso, somado à qualidade do alumínio e sua possibilidade infinita de reciclagem sem nenhum tipo de perda de suas propriedades, explica o fato de que 75% de todo o alumínio já produzido no mundo ainda está em circulação. Adicionalmente, cerca de 80% do alumínio usado na produção de latas pela Ball é alumínio reciclado.
VERDADE: O processo de reciclagem da lata apresenta diversos benefícios ambientais significativos.
A reciclagem da lata consome muito menos energia do que a produção de alumínio primário, 95% a menos para ser mais exato, o que resulta em uma menor emissão de gases de efeito estufa. Com a mais recente taxa de reciclagem da latinha no Brasil – o marco histórico de 100% de reciclagem em 2022 –, o país evitou a emissão de 1,8 milhões de toneladas de gases de efeito estufa!
Além disso, a reciclagem de alumínio economiza recursos naturais, reduz a quantidade de resíduos e ajuda a preservar as reservas de bauxita, que é a principal fonte de alumínio primário.
MITO: A lata de alumínio é reciclável, mas não é tão reciclada.
Hoje, a lata de alumínio é conhecida por ser a embalagem mais amiga do meio ambiente, por ser 100% e infinitamente reciclável – ou seja, o processo de reciclagem não altera propriedades do material, o que permite que o alumínio não sofra downcycling, nome dado a um material que perde qualidade no processo de reciclagem e só pode ser utilizado em produtos de menor valor agregado, o que acontece com outras embalagens.
O ciclo de vida da lata ainda é um exemplo de avanço a curto prazo, já que é de somente 60 dias. Na prática, se hoje uma lata sai dos comércios, é consumida e descartada corretamente, em cerca de dois meses, ela voltará para as prateleiras como uma nova lata.
MITO: Toda lata retorna como lata depois da reciclagem.
Esse mito não representa algo negativo: como o alumínio não perde propriedades durante o processo de reciclagem, é comum que uma chapa do material reciclado se destine para fabricação de peças para eletrônicos ou carros elétricos, por exemplo. Inclusive o alumínio nesses produtos pode se tornar uma lata de novo no futuro. Legal não?
De qualquer maneira, empresas deste setor tem se esforçado para fazer com que a quantidade de alumínio reciclado só aumente. É o caso da Ball, líder mundial em embalagens de alumínio e dona de cerca de 40% do mercado nacional de latas. A empresa tem a meta formal de atingir, mundialmente, 85% conteúdo reciclado por lata até 2030, e no Brasil, esse número já ultrapassa os 80%.
VERDADE: A lata de alumínio ajuda a incrementar a renda de cerca de um milhão de famílias.
Por ter um preço mais atrativo, o alumínio é um dos materiais favoritos dos catadores – entre 2005 e 2021, foram mais de 20 bilhões de reais gerados de renda adicional para esses campeões da economia circular, segundo a Abralatas.
MITO: Latas de alumínio afetam o sabor das bebidas.
Na verdade, as latas de alumínio são revestidas internamente com uma resina aprovada pela ANVISA para proteger o líquido e garantir que não haja interação entre o alumínio e o produto. Portanto, o sabor não é afetado pelo alumínio, e o envase ainda oferece uma proteção para que o gosto da bebida não seja alterado pela incidência de raios UV.
VERDADE: Hoje em dia se vê “de tudo” na lata!
O crescimento do mercado de latas de alumínio e a demanda dos consumidores por produtos mais sustentáveis impulsionou o lançamento de novas categorias na lata. Atualmente não são só as bebidas tradicionais do envase, como a cerveja, energético e refrigerante, que são encontradas, e o mercado já abrange café, vinho, drinks prontos, sucos, água…
A Ball Corporation é pioneira em novas categorias para bebidas no mundo e no Brasil, com o lançamento a partir de estudos e testes feitos que permitem que a bebida chegue com qualidade na mão do consumidor que preza por sustentabilidade e praticidade em novas ocasiões de consumo.
“De acordo com os cálculos da Global Footprint Network, a demanda dos humanos corresponde a mais do que 1,6 Terras, e os dados alertam um consumo equivalente a dois planetas bem antes de chegarmos à metade deste século. É contra isso que a Ball trabalha. Queremos desacelerar e inverter esse cenário, fazendo nossa parte como líderes do setor e seguindo nosso Plano de Transição de Climática, documento detalhado que nos guia com estratégias e ações em direção ao cumprimento de nossas metas de sustentabilidade e a um futuro de compatibilidade entre nossas vidas e a vida do planeta. O despertar pela necessidade de escolhas mais sustentáveis faz com que a lata de alumínio, que cabe na palma da mão do consumidor, carregue muito além da bebida: uma trajetória infinita, exemplo de economia circular.”, comenta Estevão Braga, Diretor de Sustentabilidade da Ball para América do Sul.
A edição 2023 da Semana Mundial da Amamentação quer chamar a atenção para as dificuldades vividas por pais e mães que precisam dividir o seu tempo entre trabalho e bebês ainda na fase de amamentação. Assim, a organizadora do evento – a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno – defende a ampliação da licença maternidade remunerada e a adequação dos ambientes de trabalho para mães e bebês lactantes.
A semana mundial começa nesta terça-feira (1º) e vai até o dia 7 com o slogan Possibilitando a Amamentação: Fazendo a Diferença para Mães e Pais que Trabalham. Entre os objetivos, está o de informar sobre as perspectivas dos pais trabalhadores com relação à amamentação e paternidade.
Pretende-se, também, criar bases para a adoção de licença remunerada e suporte nos locais de trabalho, de forma a facilitar a amamentação de bebês; envolver as pessoas e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação no trabalho; e conscientizar sobre ações de melhoria das condições de trabalho e apoio relevante ao aleitamento materno.
Pandemia prejudicou gestantes
Em nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da entidade, Rossiclei Pinheiro, diz que a pandemia de covid-19 prejudicou as mulheres grávidas, uma vez que aumentou o risco de desemprego e dificultou o acesso a serviços de saúde nas diferentes etapas da gestação.
Segundo ela, a edição deste ano pretende “ajudar e facilitar o desenvolvimento de ações para defender os direitos da mulher trabalhadora que amamenta”.
Entre as medidas defendidas pela SBP, figuram a defesa da licença-maternidade com duração de 180 dias; o incentivo à implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho; disponibilização de creches nas empresas ou próximas ao local; e a extensão da licença-paternidade para 20 dias.
Rossiclei considera fundamental o envolvimento de governos, sistemas de saúde, empresas e comunidades nessa causa, visando a promoção da autonomia das famílias e a manutenção de ambientes favoráveis ao aleitamento materno nos mais diversos ambientes de trabalho.
“Pretendemos fazer um balanço das mudanças nas configurações do local de trabalho e nas normas parentais, identificando as interferências do home office e atividades extradomiciliares, ouvindo pais de diferentes regiões no país. As perspectivas e necessidades dos pais nos ajudarão a entender melhor como as políticas de apoio ao aleitamento materno e a legislação podem ajudá-los”, acrescenta.
A SBP coordena, também, o Agosto Dourado, mês dedicado a ações que visam estimular o aleitamento materno. Neste período, a entidade e suas afiliadas promovem medidas – presenciais e virtuais – para conscientizar a população sobre a importância da amamentação.
Motoristas do Transporte Escolar de Salgueiro paralisam atividades a partir desta terça-feira (01). A informação foi confirmada pelos trabalhadores que amargam quatro meses sem receber. No ultimo dia 27 as empresas que fazem o transporte escolar acionaram um grupo de advogados para elaboração de uma notificação extrajudicial encaminhada a Marcelo Sá, Secretário de Educação.
“Devido à falta de pagamento referente aos meses de abril, maio, junho e julho, o transporte municipal irá paralisar a partir de amanhã dia 01 de agosto.” é o que diz o comunicado aos motoristas. Informações apontam para débitos na ordem de R$ 2 milhões.
Uma estudante da universidade Mackenzie, em São Paulo, está sendo investigada por supostamente desviar R$ 62 mil de uma associação atlética da instituição de ensino. A jovem seria responsável pela tesouraria dos jogos universitários do local. O evento, que dura nove dias, reúne estudantes de diversos estados para competições esportivas. A menina teria juntado o montante com o valor que lhe foi pago para comprar camisetas, bonés e canecas — que são vendidos para arrecadar fundos para a realização dos jogos. Mais de mil alunos foram prejudicados.
Ao Correio, a advogada dos alunos supostamente lesados, Simone Haidamus, disse que a jovem pedia aos colegas para transferirem o valor das compras para sua conta pessoal, alegando que a conta oficial da atlética estaria bloqueada: “Ninguém nunca desconfiou”. O desvio só foi descoberto quando a atlética da Mackenzie trocou de gestão, em setembro do ano passado, e descobriu um “rombo” no orçamento. A menina teria, então, confessado o que fez aos colegas, durante uma reunião. Mais de mil alunos teriam sido prejudicados, afirma Simone.
À época, os alunos preferiram não levar o caso à polícia, já que a menina afirmava que iria pagar e prometia até acertas as contas diretamente com alguns fornecedores. “Eram todos amigos. O pessoal propôs várias vezes para ela ir pagando”, afirma a advogada.
Em seguida, a menina teria viajado para fazer um curso na Disney, onde permaneceu até março deste ano. “Não é possível afirmar que ela usou o dinheiro desviado para isso”, declara a advogada. No entanto, as datas coincidem.
Às vésperas dos jogos, que ocorrem entre agosto e setembro, os jovens resolveram levar o caso ao 4º distrito da Policia Civil de São Paulo. “Eles ainda recebem cobranças de fornecedores que eles nem sabiam que existiam”, afirma a advogada. Segundo Simone, na próxima semana a presidente da atlética deverá depor sobre o caso e a acusada também será chamada.
Direitos de resposta e manifestação
O Correio tenta contato com a defesa da aluna para proporcionar o direito de resposta dela. Em caso de manifestação, o texto será atualizado. O jornal Estadão consegui tal contato. A eles, a defesa dela afirmou que a jovem ainda não foi notificada pela polícia e que agiu de forma legítima, sem a intenção de prejudicar os alunos da universidade.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo respondeu em nota que o 4º Distrito Policial (Consolação) “instaurou inquérito, intimou as partes envolvidas e testemunhas para prestar esclarecimento sobre os fatos”.
A universidade Mackenzie também se manifestou por meio de nota alertando que não mantém vinculo com a atlética, logo, não tem responsabilidades sobre o caso. Leia a nota na íntegra:
“As Associações Atléticas, cada uma com CNPJ próprio, promovem atividades esportivas em conformidade com seus respectivos regramentos. Neste sentido, a Universidade Presbiteriana Mackenzie não tem responsabilidade sobre a organização e realização do evento ‘InterFau’. O nome apresentado pelo órgão de imprensa não mantém vínculo com esta universidade“.
Essa não é uma questão nova, porém ganhou destaque na imprensa de todo mundo graças ao projeto de lei HB 733 da Flórida, nos EUA, ele estabelece que por lá as aulas escolares não devem começar antes das 8h da manhã, no ensino fundamental, e antes das 8h30, no ensino médio. A ideia é combater os efeitos da privação do sono que, de acordo com levantamento da Academia Americana de Pediatria, pode afetar o desempenho acadêmico dos alunos. Na Califórnia, também nos EUA, desde o ano passado, e pela mesma razão, as escolas públicas não podem começar as aulas antes das 8h30.
Aliás, os impactos que a privação do sono causam no campo cognitivo têm sido uma das vertentes mais investigadas por pesquisadores nos últimos tempos. O ciclo circadiano (ritmo que o organismo realiza as funções diárias) de crianças e jovens precisa de mais horas de sono e tem padrões diferentes dos de adultos, tendo como tendência natural dormir e acordar mais tarde.
Durante o ciclo circadiano, há um pico de cortisol pela manhã, tendo o período de maior grau de alerta por volta das 8h30 às 9h. Dessa forma, o aluno que acorda às 6 horas ou antes, para ter aulas às 7 horas, está realizando um movimento antinatural e que, ironicamente, não favorece a aprendizagem.
Dormir mal gera atrofia no hipocampo, área neurológica importante para a formação de memórias. É durante o sono, que o fluxo de LCR (Líquido Cefalo-Raquidiano) se intensifica e “lava” o sistema nervoso, a fim de limpar as toxinas e substâncias acumuladas diariamente.
O foco atencional é um elemento crucial na formação de memórias, pois permite que o cérebro se concentre em informações específicas e relevantes enquanto ignora outras distrações. Ao direcionar a atenção para um estímulo específico, o cérebro é capaz de processar e armazenar essa informação de maneira mais eficiente. Sem foco, a quantidade de informações que podem ser retidas e posteriormente recuperadas é significativamente reduzida. O foco é o principal indutor de neuroplasticidade e, portanto, é essencial para a formação de memórias de longo prazo.
Além disso, o grau de alerta influencia a capacidade de um indivíduo de absorver e reter informações. Quando alguém está alerta, sua capacidade de processar informações e formar memórias é maximizada. Por outro lado, um estado de fadiga ou sonolência pode prejudicar a capacidade do cérebro de focar e processar informações, dificultando a formação de memórias. Manter um grau de alerta adequado é crucial para garantir que o cérebro esteja funcionando de maneira ideal durante a aprendizagem, e por isso, situações que não são favoráveis a esses dois fatores, prejudicam o aprendizado.
Assim, impor algo que não é “natural” da fisiologia desses jovens, realmente afeta diretamente o seu desenvolvimento neuro-cognitivo, e por isso, vejo essa medida em específico, com bons olhos.
Entretanto, temos que separar aquilo que percebemos como melhor, daquilo que é possível ser feito. Precisamos ver a realidade de cada país e entender os outros fatores que circundam esse tema. É comum nos Estados Unidos que as escolas sejam integrais, com isso, há mais tempo hábil para essa implementação, o que é diferente do modelo padrão de ensino brasileiro. Se as aulas começassem mais tarde por aqui, seria complicado manter o mesmo volume de matérias ministradas num menor tempo, o que implicaria numa reformulação do conteúdo programático.
Outro ponto importante a ser levado em consideração no Brasil é a incompatibilidade do horário de trabalho dos pais que iniciam a jornada de trabalho cedo. Deixar o jovem em casa sozinho, não é uma hipótese, então seria necessária uma alteração na jornada de trabalho dos responsáveis. Nos Estados Unidos é mais comum uma estrutura de transporte escolar sistematizada, que favorece essa logística.
Dessa forma, acredito que para haver esse tipo de mudança, todo o ecossistema escolar tem que ser repensado, e para o Brasil, isso impõe grandes mudanças. Como paliativo, os estudantes podem se atentar ao horário de ir dormir, buscando se deitar mais cedo já que essa mudança não é prevista, e assim, respeitar o mínimo de 7h30 de sono. Além disso, para melhorar a qualidade do sono, recomenda-se diminuir a exposição ao celular horas antes de dormir, evitar comidas muito pesadas e gordurosas no período da noite e praticar alguma atividade física.
Quando Lola era adolescente, seu hábito de beber variava em ciclos.
Ela podia passar uma noite bebendo muito e o dia seguinte inteiro se arrependendo e juntando os cacos. Depois, ela ficava um período sóbria, até que viesse a balada seguinte.
Mas, quando veio a pandemia, Lola voltou para a casa dos seus pais em Londres e seu hábito de beber foi abruptamente suspenso. Ela conta que o lockdown trouxe uma oportunidade de afastar-se dos seus costumes arraigados e cuidar dos seus problemas de ansiedade.
Agora, a estudante de 22 anos tem uma relação diferente com o álcool. Recentemente, ela começou a sair sem beber. Lola ainda bebe, mas com muito menos frequência.
“Não sou contra a bebida — eu simplesmente não gosto de me embriagar ou me sentir mal na manhã seguinte”, afirma ela. “Gosto de ir para casa com segurança e me lembrar das pessoas que conheci. Por isso, as noites sóbrias funcionam bem para mim.”
Lola não é um caso isolado entre seus amigos. Ela conta que todos estão bebendo menos desde o início da pandemia e que ela não enfrenta julgamento dos colegas quando não bebe.
“Os amigos que não reduziram a bebida tanto quanto eu acham bom quando as pessoas saem e não bebem”, ela conta. “A mentalidade é ‘cada um faz o que quiser’ e as pessoas respeitam suas escolhas, seja para proteger sua saúde mental ou simplesmente porque você não gosta.”
Experimentar o álcool e beber em excesso eram considerados, há muito tempo, um rito de passagem para a idade adulta, pelo menos na cultura ocidental.
Desde muito cedo, muitas vezes antes da idade legal, o álcool é considerado um “lubrificante social” — uma forma de se divertir, fazer amigos e escapar da realidade do dia a dia. Poucos eventos sociais deixavam de incluir alguma forma de álcool.
Mas os jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) estão mais cuidadosos à medida que entram na idade adulta, seja não bebendo ou bebendo com muito menos frequência e em menor quantidade que as gerações anteriores.
O maior estudo recente sobre o comportamento de bebida no Reino Unido concluiu que, em 2019, a geração com 16 a 25 anos de idade era a mais abstêmia — 26% deles não bebiam, em comparação com 15% entre a geração que mais bebia (55 a 74 anos de idade).
Entre os americanos adultos, o instituto Gallup concluiu que pessoas com 35 a 54 anos de idade são as mais dispostas a beber álcool (70%), à frente da geração Z (60%) e dos baby boomers (52%).
Já um estudo de 2020 indicou que a parcela de jovens americanos abstêmios em idade universitária aumentou de 20% para 28% em uma década.
Entre as pessoas que bebem, a maior parte dos jovens europeus (definidos como entre a idade legal e 39 anos) bebe uma vez por mês (27%). Nos Estados Unidos, o maior grupo bebe uma vez por semana (25%).
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Especialistas indicam que a redução do consumo de álcool pelos jovens é significativa e está espalhada pela maior parte dos países europeus de renda mais alta, além dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.
Durante o lockdown, os australianos da geração Z mostraram-se mais dispostos a reduzir o seu consumo — 44% informaram que estavam bebendo menos, o que é mais que o dobro do percentual de qualquer outra geração.
E, na Nova Zelândia, a incidência de consumo excessivo de álcool entre os jovens também caiu em mais da metade entre 2001 e 2012 — e continua a cair até hoje.
Mas atribuir essa queda a um único fator é impossível.
Os jovens da geração Z estão crescendo em um cenário social único. Sobrecarregados com preocupações sociais e financeiras, eles são mais avessos ao risco. E eles têm uma compreensão maior de como a bebida prejudica a saúde deles e das pessoas à sua volta.
Com isso, está florescendo uma cultura de juventude em que beber deixou de ser o normal, e essa mudança está se fazendo presente. O comércio e o setor de hotéis e restaurantes estão se movendo com rapidez para adaptar-se enquanto a geração Z redefine o conceito de “balada” e socializa muitas vezes sem beber.
Bem informados e avessos ao risco
O declínio do consumo de bebida ocorre, em parte, porque a geração Z aparentemente é mais cautelosa que as anteriores, tanto em termos de saúde quanto da percepção de si próprios pelos colegas.
“[A redução do consumo de bebidas alcoólicas] certamente não está acontecendo devido às políticas contra o álcool, porque todas as práticas de risco estão diminuindo — uso de drogas, sexo sem proteção e comportamentos arriscados [como o fumo, crime e direção perigosa]. Os jovens em geral são mais avessos ao risco”, afirma Amy Pennay, pesquisadora sênior do Centro de Pesquisa de Políticas sobre o Álcool da Universidade La Trobe, em Melbourne, na Austrália.
Um fator para essa mudança é o fato de que os jovens hoje em dia sabem muito mais sobre os perigos associados a esse tipo de comportamento. E, com maior disponibilidade de pesquisas e com a discussão aberta, o seu conhecimento é cada vez mais multifacetado, segundo Pennay.
Atualmente, é mais fácil do que nunca aprender mais sobre os riscos da bebida, seja com uma rápida pesquisa no Google, visitando comunidades no TikTok (como #SoberTok, em inglês) ou conversando com amigos e familiares.
A preocupação com a perda do controle e o desenvolvimento de dependência da bebida, por exemplo, é sensivelmente mais alta entre os jovens.
Uma pesquisa do Google em 2019 concluiu que 41% dos jovens da geração Z associam o álcool a “vulnerabilidade”, “ansiedade” e até “abuso”. E, no Reino Unido, 60% dos jovens da geração Z associam beber à perda de controle — quase o dobro dos que não fazem essa associação.
Ondas de casos em que pessoas sofrem o golpe do “boa noite, Cinderela” em bares e baladas também pode dissuadir as pessoas de beber, especialmente as mulheres.
E, com as atividades dos jovens podendo ser exibidas em tempo real nas redes sociais para os amigos, familiares e até empregadores, perder o controle traz uma carga de risco.
A mesma pesquisa do Google indica que 49% dos jovens da geração Z afirmam que sua imagem online está sempre na mente quando eles saem para beber e socializar.
Por isso, não é surpresa que 76% deles acreditam ser importante estar no controle de todos os aspectos da sua vida, todo o tempo.
John Holmes, professor de políticas sobre álcool da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, acrescenta que também houve uma acentuada mudança de comportamento. A geração Z não só tem consciência mais profunda dos riscos à saúde, mas também rejeita ativamente a noção de embriaguez.
“Em meados até o final dos anos 2000, beber demais e ficar embriagado era uma maneira de formar e solidificar amizades. Até experimentar juntos os efeitos negativos [da bebida] era uma parte fundamental da formação e manutenção de amigos na adolescência e no início da idade adulta”, afirma ele. “Mas a geração Z costuma considerar a embriaguez desagradável, inconveniente ou desinteressante.”
Lola, por exemplo, fica desconfortável quando vê alguém muito bêbado. “Conheço poucas pessoas que bebem muito e ficam bem”, afirma ela. “Ainda bem que a narrativa está mudando e as pessoas reconhecem que beber demais é ruim para elas.”
Descontrair em meio a pressões financeiras
Mas não só a aversão ao risco está reduzindo o consumo de álcool. A forma como as pessoas encaram o lazer também mudou.
Especialistas afirmam que isso, em grande parte, está ligado aos desafios que os jovens percebem que os aguardam no futuro, bem como à forma em que eles querem levar as suas vidas.
O uso da tecnologia e o consumo de conteúdo a todo momento fazem com que o lazer muitas vezes assuma a forma de fuga, ou de intervalo da extroversão das redes sociais.
Durante pesquisas no início dos anos 2000, em meio a uma era de alto consumo de álcool e drogas de recreação, Pennay lembra-se de ver jovens discutindo o abandono hedonístico e seu desejo de desligar-se “ficando obliterados e aproveitando o momento”.
Agora, acontece o oposto. Para Pennay, os jovens da geração Z normalmente preferem recarregar suas baterias no tempo de descanso do trabalho ou aperfeiçoando seus estudos ou desenvolvimento pessoal.
Mas, embora o crescimento profissional seja prioridade entre os jovens, conseguir ganhar a vida já é suficientemente difícil.
Em 2022, a empresa de serviços profissionais Deloitte perguntou a quase 15 mil jovens da geração Z de todo o mundo qual a sua principal preocupação. Eles mencionaram o custo de vida em primeiro lugar (29%), acima das mudanças climáticas, do desemprego, da saúde mental e do assédio sexual.
Quase a metade deles (46%) afirmou que vive um mês de cada vez, preocupando-se com o pagamento das suas despesas. E, para fechar suas contas, 43% têm um segundo trabalho de tempo parcial ou integral além do seu emprego principal — 10% a mais do que os millennials (os nascidos entre 1981 e 1995).
“A forma como a geração Z mantém seu orçamento e suas economias é muito diferente das gerações anteriores, pois eles não podem entrar no mercado habitacional”, afirma Pennay. “Por isso, alguns veem o álcool como um produto caro demais, que ofusca o quadro mais amplo.”
Proteger sua saúde mental é o principal motivador da curiosidade de Lola sobre permanecer sóbria, mas o custo do álcool também representa um papel importante.
No início do ano, ela morou em Paris, na França, e lá ela bebia mais porque era muito mais barato. “Eu conseguia gastar 20 euros (cerca de R$ 102) e beber com frequência, mas, em Londres, esse dinheiro não chega”, ela conta. “Mesmo se eu realmente quisesse me embriagar, eu não teria dinheiro para isso.”
O efeito cascata das ‘experiências de qualidade’
Sejam quais forem as causas, mais jovens se afastando do álcool trazem um ambiente que facilita e até incorpora a sobriedade.
Jason, que tem 24 anos e mora em Nova York, nos Estados Unidos, parou de beber há três anos. Desde então, ele fez amizade com muitos outros jovens que não bebem.
“Beber é uma parte importante da cultura de Nova York e eu esperava enfrentar atritos, mas as pessoas com a minha idade e mais jovens são muito gentis e atenciosas sobre a minha decisão”, ele conta.
Holmes acredita que as atitudes e o comportamento moderado em relação ao álcool da geração Z são um progresso natural.
“O consumo de álcool cresceu ao longo da segunda metade do século 20, mas o hedonismo e o excesso de bebida do final dos anos 1990 e início dos anos 2000 foram um pico irracional”, afirma ele. “As tendências de consumo vêm em longas ondas que sobem e descem – esperava-se que a bebida diminuísse em algum momento e era provável que as gerações mais jovens fizessem essa mudança.”
Naturalmente, a geração Z perdeu uma série de ritos de passagem para a idade adulta durante a pandemia e ainda não está claro se o intervalo de dois anos irá mudar a forma como os jovens veem a socialização no futuro.
Mas, de forma geral, Pennay não prevê um grande retorno ao consumo excessivo de bebida após a pandemia. Se for normal não beber com 17 anos de idade, será ainda mais normal com 18, 19 e assim por diante.
A geração Z agora representa um terço da população mundial e a indústria do álcool está se adaptando às novas preferências dos jovens.
Emma Hutchison, fundadora da agência global de bebidas Sweet & Chilli e proprietária de três bares em Londres, observou uma mudança entre os jovens, que agora priorizam a qualidade e não a quantidade. Em vez de beber diversos coolers, eles podem agora preferir um coquetel, com ou sem álcool, que dure toda a noite.
De fato, um estudo do final de 2021 concluiu que pessoas com mais de 21 anos de idade nos Estados Unidos preferem bebidas fortes como destilados ou refrigerantes alcoólicos, champanhe e bebidas com pouco ou sem álcool, no lugar de vinho e cerveja.
“Eles estão procurando experiências de qualidade que enriqueçam suas vidas”, afirma Hutchison. “Os jovens da geração Z querem marcas que estejam de acordo com suas próprias mentalidades e estão tomando decisões mais conscientes sobre o que eles consomem.”
Da mesma forma, a rápida expansão do setor de bebidas não alcoólicas e a inovação que ela traz enviou uma mensagem para os consumidores que não bebem ou que estão curiosos sobre a abstinência: os bares têm algo a oferecer para todos.
“Antigamente, você podia sentir-se excluído no local de alimentação se não quisesse beber”, afirma Hutchison. “Mas é muito estimulante ver bebidas não alcoólicas receberem a mesma publicidade, consideração e qualidade dos ingredientes das suas versões alcoólicas.”
A maior diversidade de opções também está trazendo dividendos. Ao contrário do álcool, a categoria sem ou com pouco álcool vem crescendo consistentemente e a empresa líder na análise do mercado de bebidas IWSR prevê que, até 2024, o volume total de consumo crescerá em mais de 31% no Brasil, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, África do Sul, Espanha, no Reino Unido e nos EUA.
Após a pandemia, os bares e restaurantes também aumentaram sua oferta de experiências para atrair todas as gerações, especialmente a geração Z. Eles acrescentaram mesas de pingue-pongue e de shuffleboard, por exemplo.
“Existe enorme desejo de socializar-se em espaços que tenham sido e ainda são associados a ‘sair para beber'”, segundo Hutchison. “Mas, com a indústria patrocinando alternativas, será mais um espaço seguro para que a geração Z se socialize, conecte-se e aproveite ricas experiências de comidas e bebidas.”
Como ocorre com a maioria dos jovens com 24 anos de idade, Jason tem uma vida social concentrada em cafeterias, restaurantes, partidas esportivas e noites com amigos. Ele gosta de experimentar atividades alternativas que não envolvam bebida.
“Vou a festas sem bebida e a festas onde as pessoas bebem. Eu gosto de ser ativo e sair”, ele conta. “Tem sido revelador para mim perceber que você pode ser jovem e abstêmio e ter amizades muito intensas.”
Os sobrenomes de Lola e Jason foram omitidos para manter sua privacidade pessoal e profissional.
O mês de junho vem com um indicativo de reaquecimento do mercado de trabalho em Pernambuco. O estado registrou um saldo de 5.327 empregos com carteira assinada, a partir de 46 mil admissões e 40,7 mil desligamentos.
O número é bem mais expressivo do que o registrado em maio (426) e ajuda a reverter os saldos negativos registrados em abril (-2,6 mil) e março (-5,5 mil). Os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) foram realizados nesta quinta-feira, 27/7, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Levando em conta os últimos 12 meses, Pernambuco acumula 54 mil empregos criados com carteira assinada.
O estado de Pernambuco teve desempenho positivo nos cinco grupos de atividade econômica avaliados em junho. O setor de Serviços foi o que apresentou um volume mais expressivo de novos empregos: 2.085. Em seguida aparecem os setores da Indústria (+1.913), Comércio (+828), Agropecuária (+384) e Construção (+117).
BRASIL — Nos primeiros seis meses de 2023, o Brasil teve um saldo de mais de um milhão de empregos criados com carteira assinada. Entre janeiro e junho, houve 11,9 milhões de contratações e 10,8 milhões de demissões registradas, saldo de 1,02 milhão.
Com isso, o Brasil chega a um total de 43,4 milhões de pessoas no mercado formal, o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).
Em junho, o saldo foi de 157 mil postos formais, com variação positiva em 24 dos 27 estados e nas cinco regiões do país. O país contabilizou 1,91 milhão de admissões e 1,75 milhão de demissões no período. Levando em conta os últimos 12 meses, o saldo positivo é de 1,6 milhão de vagas criadas.
O maior crescimento do emprego ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 76,4 mil postos formais — destaque para a área de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, com saldo de 40 mil postos. A Agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês, com 27,1 mil empregos gerados, favorecido pelo cultivo de laranja, em especial no estado de São Paulo, e de soja.
A Construção Civil veio em seguida, gerando 20,9 mil postos, com destaque para obras de infraestrutura, acompanhada pelo setor do Comércio (saldo de 20,5 mil postos). A Indústria gerou 12,1 mil vagas com carteira assinada no mês.
REGIÕES — No recorte regional, o Sudeste lidera em número de vagas formais em junho: 76 mil. Os destaques ficam com São Paulo (36,4 mil empregos formais), Minas Gerais (25,5 mil) e Rio de Janeiro (13,4 mil). Os três são os estados com maior variação positiva do país em junho. No recorte dos seis primeiros meses do ano, o saldo no Sudeste é de 525 mil empregos, ou mais da metade das vagas formais criadas no país.
O Nordeste registrou 33,6 mil vagas de saldo em junho, números puxados por Bahia (8,3 mil), Ceará (6,5 mil) e Pernambuco (5,3 mil). No Centro-Oeste, o saldo positivo é de 21,5 mil vagas nos primeiros seis meses do ano, sendo que 10,6 mil tiveram registro em Mato Grosso. No Sul, foram 9,5 mil vagas de saldo e protagonismo do Paraná, com 7,8 mil vagas. Já na Região Norte, o acumulado foi de 14 mil novas vagas, quase metade delas no Pará (6,8 mil).
*Jeferson Kotokovski de Morais e Graziele Apª Correa Ribeiro
Recentemente, verificamos no noticiário, temperaturas extremamente altas, no Canadá, e nos Estados Unidos, atingindo temperaturas na casa dos 50º C, fato que provocou um alarme nestes países que já tiveram mais de 200 mortes, em 2021, em curto período, devido ao desequilíbrio de temperatura.
Estudos recentes mostram que o aumento substancial de temperatura está diretamente ligado ao aquecimento global. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), essas mudanças climáticas só tendem a piorar, visto que além do aumento da temperatura, temos o aumento do nível dos oceanos, o que coloca em risco a vida da população que mora em regiões costeiras. Estudos também mostram que com o aquecimento global, pode ocorrer declínio da produção de alimentos, podendo ter um déficit de produção e abastecimento do mercado interno e externo.
No Brasil, temos os mananciais de água doce na Amazônia, que com o aumento da temperatura, devido aos desmatamentos ilegais e constantes, principalmente na região leste, pode passar de uma região semiárida para uma região árida, comprometendo drasticamente a recarga dos lençóis freáticos. Já na região sudeste, região de mata fechada as precipitações tendem a aumentar, gerando impacto na agricultura, deslizamentos de terras e inundações.
Neste sentido, é de crucial importância compreender o que é este fenômeno que causa desequilíbrio em diversas áreas essenciais à manutenção da vida terrestre. O aquecimento global é o aumento da temperatura na Terra, sendo causado por gases poluentes produzidos pelos humanos. O nosso planeta é envolvido pela atmosfera que permite a entrada de parte da radiação solar. Para isso, essa camada possui gases, que são chamados gases de efeito estufa, cuja função é absorver parte dessa energia recebida e manter a temperatura do planeta. Esses gases se acumulam na atmosfera, retém o calor e retardam a dissipação da energia solar. Um dos principais é o CO2, também conhecido como dióxido de carbono. É um dos gases responsáveis pelo “Efeito Estufa” que faz com que a vida na Terra seja possível.
Com o aumento da temperatura global ocorrem mudanças climáticas, que são responsáveis, por exemplo, por incêndio nas florestas, furacões e derretimento das geleiras, prejudicando todos os seres vivos do planeta. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), liberado em agosto de 2021, apresenta tendências irreversíveis no que se refere à mudança climática global.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos anos foram os mais quentes desde os registros pós-revolução industrial, em 1880. A Organização prevê, ainda, a probabilidade de 20% de que o aumento da temperatura exceda os 1,5°C em 2024. Segundo Greenpeace (organização ambiental que defende o planeta e seus ecossistemas), atualmente com a temperatura 1,1°C mais quente em comparação com a era pré-industrial, metade da população global vive sob risco climático. Em regiões mais vulneráveis, o número de mortes por enchentes e secas foi 15 vezes maior na última década do que em regiões menos vulneráveis.
Diante do cenário alarmante apresentado, se não forem tomadas medidas urgentes, as consequências que se esperam para o futuro são piores. Atualmente existem algumas soluções viáveis à disposição, adotando práticas sustentáveis por meio de ações educativas, realizando a reciclagem, consumindo energias renováveis, utilizando transporte elétrico, reduzindo embalagens plásticas. Todos somos responsáveis em reverter esse cenário catastrófico.
*Jeferson Kotokovski de Morais é licenciado em Matemática e bacharel em Engenharia Mecânica, especialista em Ensino de Matemática, especialista em Formação Docente para EAD e professor da área de ExatasUninter.
Graziele Aparecida Correa Ribeiro é professora da área de Exatas Uninter, Licenciada em Física e Mestra em Ensino de Ciência e Tecnologia
Pernambuco tem a quinta maior população quilombola do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Ao todo, 78.827 pessoas se declararam quilombolas no estado, equivalente a 0,87% da população pernambucana, de 9.058.155 habitantes.
São 196 comunidades quilombolas certificadas e 14 territórios oficialmente delimitados em Pernambuco, até julho de 2022, de acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e de órgãos oficiais.
Em Pernambuco, 8.772 pessoas residiam em territórios oficialmente delimitados; destas, 6.769 se declararam quilombolas – 77,17% do total. O restante das pessoas que se autodeclararam quilombolas no Censo 2022 do IBGE, 72.058 pessoas, viviam fora de territórios delimitados.
Os municípios com territórios oficialmente delimitados com maior número de pessoas autodeclaradas quilombolas foram:
Os dados mostraram que em Pernambuco 0,91% dos domicílios particulares permanentes são ocupados com pelo menos um morador quilombola – percentual acima da média do Brasil, de 0,65%.
O estado tem uma média de 3,12 moradores por domicílio quilombola – pouco abaixo da média do Brasil, de 3,17 moradores por domicílio; e da região Nordeste, de 3,13 moradores por domicílio com pessoas que se declararam de origem quilombola.
Nos domicílios ocupados por pelo menos um morador quilombola em Pernambuco, 87,08% se declararam quilombolas; percentual também pouco abaixo do registrado no Brasil, de 85,15%; e do percentual de 89,61% – registrado no Nordeste.
O levantamento apontou ainda que, dos 184 municípios pernambucanos, em 111 existem pessoas que se autodeclararam quilombolas. As dez maiores populações quilombolas estão nos seguintes municípios:
Municípios com maior população quilombola em PE (números absolutos)
Município
Pessoas quilombolas
População residente
Total de quilombolas (%)
Custódia
7.744
37.699
20,54%
Bom Conselho
6.473
44.260
14,62%
Garanhuns
4.837
141.311
3,42%
Mirandiba
3.175
13.975
22,72%
Itaíba
2.888
32.650
8,85%
Betânia
2.449
11.232
21,8%
Goiana
2.443
81.042
3,01%
São Bento do Uma
2.405
49.448
4,86%
Tupanatinga
2.375
26.940
8,82%
Águas Belas
2.304
41.548
5,55%
Em termos percentuais, em relação ao total de habitantes, os municípios com maior participação da população quilombola em Pernambuco foram:
À frente de Pernambuco, com maiores populações quilombolas no Brasil, estão os estados da Bahia (397.059 pessoas), do Maranhão (269.074 pessoas), de Minas Gerais (135.310 pessoas) e do Pará (135.033 pessoas).
A região Nordeste é a que concentra o maior número de habitantes que se declararam quilombolas no país, segundo o Censo 2022 do IBGE, com 68,2% do total, somando 905.415 pessoas. A população quilombola do Brasil identificada pelo Censo 2022 foi de 1.327.802 pessoas.
No Nordeste, 9,87% da população quilombola mora em territórios oficialmente delimitados e 70% viviam em territórios oficialmente delimitados.
Método de pesquisa
O coordenador operacional do censo em Pernambuco, Tiago Figueiredo, explicou que o levantamento foi realizado com base em um pré-mapeamento do IBGE de potenciais regiões quilombolas.
“Quando o recenseador passava nessas regiões pré-mapeadas, o questionário […] abria uma pergunta a mais, uma pergunta específica: ‘Você se considera quilombola?’ e, daquele ponto, a pessoa respondia se sim, se ela se considerava quilombola, ou não”, detalhou.
Caso a pessoa entrevistada respondesse que se identificava como quilombola, o recenseador iniciava um questionário específico no qual era possível, por exemplo, marcar a comunidade de origem para traçar estatísticas mais precisas.
“Assim como qualquer dado do censo demográfico, as estatísticas oficiais nacionais são a base para a construção de políticas públicas. Cabe às esferas competentes utilizar esses dados para que se consiga criar as políticas públicas adequadas, para que exista uma melhora na qualidade de vida das pessoas que residem no país, como um todo”, complementou o coordenador.
Um dos homens investigados pelos crimes de estupros no caso do padre Airton Freire foi preso, na manhã desta quinta-feira (27), em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Landelino Rodrigues da Costa Filho, de 34 anos, era responsável por fazer filmagens das missas e eventos da Fundação Terra.
Landelino, assim como Jailson Leonardo da Silva, que atuava como motorista e segurança do padre, tem residência registrada em seu nome na cidade de Arcoverde, no Sertão do Estado, cidade onde fica a sede da Fundação Terra. Os dois são funcionários antigos e de confiança do padre.
O mandado de prisão contra Landelino foi expedido em 14 de julho, mas ele não foi localizado pela polícia. Por isso, era considerado foragido.
“Após os procedimentos de praxe, o homem foi apresentado em audiência de custódia realizada pela comarca de Arcoverde”, detalhou a Polícia Civil em nota.
A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que, de acordo com o artigo 234-B do Código Penal, “os processos de apuração dos crimes contra a dignidade sexual devem correr integralmente em segredo de justiça, preservando-se a intimidade da própria vítima”.
“Desse modo, não podemos divulgar informações sobre seus respectivos trâmites, decisões, julgamentos ou recursos, ficando o acesso aos dados limitado apenas às partes envolvidas e aos seus advogados/representantes legais”, explicou o tribunal.
A defesa de Landelino Rodrigues, afirmou que os fatos serão “devidamente esclarecidos” durante o processo. “O investigado sempre respeitou as normas e leis que regem o país e possui uma conduta íntegra”, completou.
Um outro motorista do padre foi indiciado por falso testemunho, mas ainda não há um mandado de prisão contra ele, por isso a polícia não divulgou seu nome. O sacerdote segue internado desde domingo no Real Hospital Português, no Recife, após ter dado entrada em um hospital de Arcoverde com quadro de crise hipertensiva. A defesa dele nega as acusações.
O coordenador do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia destaca fatores de risco e orienta para a prevenção
O Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado em 27 de julho, é a principal data do Julho Verde, que alerta para a conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, o sexto tipo mais comum em todo o mundo. Essa doença pode ocorrer em diversas partes, como boca, língua, gengiva, glândulas salivares, faringe, laringe, tireoide, cérebro, seios da face, nariz e couro cabeludo, por exemplo.
Considerando somente os cânceres na tireoide, cavidade oral e laringe são estimados quase 40 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil em 2023, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Entre a população, as mulheres são mais afetadas pelo câncer na tireoide. Já os homens têm maior incidência do câncer de boca.
O coordenador do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF), Dr. Carlos Takahiro Chone, explica que nem sempre o câncer de cabeça e pescoço demonstra sintomas em sua fase inicial.
“De forma geral, o diagnóstico é tardio. A cada quatro novos casos, três estão em fase avançada e cerca de 50% resulta em óbito. Isso ocorre porque o paciente não sente nada no início. Quando a doença está em estágio muito avançado, ele geralmente apresenta dor e outros incômodos, o que o motiva a procurar atendimento” explica Dr. Carlos.
De acordo com o especialista, se identificado no começo, o câncer de cabeça e pescoço tem chance de cura em cerca de 90% dos casos. Por isso ele orienta ficar atento a sinais como: ferida no rosto ou na boca que não cicatriza, mancha avermelhada ou esbranquiçada na boca, mau hálito frequente, dentes moles, dor na arcada dentária, rouquidão persistente ou alteração na voz, irritação ou dor na garganta, dificuldade ou dor para mastigar ou engolir, caroço no pescoço, sangramento ou secreção constante pelo nariz, dores na cabeça e tosse recorrentes, dor no ouvido ou dificuldade de escutar.
O especialista ainda alerta que se os sintomas permanecerem por mais de 15 dias, deve-se procurar um médico para investigação e, dependendo do caso, um dentista também pode auxiliar no diagnóstico de lesões na boca.
Fatores de risco
Existem vários fatores que podem aumentar a predisposição de desenvolver câncer de cabeça e pescoço. O especialista da ABORL-CCF destaca os principais:
● Fumar
● Ingerir álcool em excesso
● Má higiene bucal
● Consumo frequente de bebidas muito quentes, como o chimarrão/mate
● Exposição excessiva ao sol, sem a proteção adequada
● Exposição a certos produtos químicos no ambiente de trabalho, como poeira de madeira, poeira têxtil, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno e produtos radioativos.
● Infecções virais como o vírus Epstein-Barr (EBV), que pode causar mononucleose infecciosa, e o vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral).
“O tabagismo eleva significativamente o risco de desenvolvimento de tumores na laringe. Se a pessoa fuma, é importante uma avaliação constante e mais cuidadosa e, caso alguma lesão seja identificada, uma biópsia poderá ser realizada com anestesia local,” explica Dr. Carlos.
Prevenção
Evitar os fatores de risco e cultivar hábitos saudáveis, como se exercitar regularmente, manter a boa hidratação e ter uma alimentação balanceada, priorizando alimentos naturais, podem ajudar na prevenção de câncer, segundo estudos científicos.
Dr. Carlos também orienta que fazer autoexames pode ajudar na detecção precoce. Realizar a palpação da face e do pescoço em busca de nódulos ou caroços, olhar mais atentamente a cavidade oral e a pele na tentativa de identificar lesões são cuidados que devem estar presentes no dia a dia.
“Caso haja qualquer sinal estranho, um especialista deve ser procurado. É sempre importante realizar consultas periódicas com o médico para cuidar da saúde e minimizar as chances de diagnósticos tardios”, finaliza o coordenador do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da ABORL-CCF.
Utilizar o produto nas manchas indesejadas pode surtir apenas o efeito temporário, além do cheiro de menta
Quem nunca aplicou um pouco de pasta de dente em manchas que atire a primeira pedra. Embora não seja recomendado colocar na pele produtos feitos para remover placa e bactérias do esmalte dentário, esta técnica já foi muito utilizada no passado.
Acontece que pele é um órgão vivo e sensível, e os dentes podem naturalmente lidar com mais atrito do que uma superfície tão delicada, então seria essa realmente uma boa ideia?
Ninguém sabe de onde veio o tratamento. “A ideia por trás dessa prática é que a pasta de dente contém certos ingredientes que podem ajudar a secar e reduzir o tamanho da mancha. No entanto, é importante ter cautela ao considerar essa abordagem”, comenta Michele Camargo, biomédica esteta.
“Antes de passar pasta com sabor de menta em cima da mancha, vale lembrar que embora algumas pessoas possam observar uma melhora temporária, a pasta de dente não é formulada nem testada para uso na pele e pode não ser adequada para todos”, adverte Michele. “Algumas pessoas podem sentir irritação na pele, vermelhidão ou até mesmo uma reação alérgica aos ingredientes da pasta de dente”, acrescenta.
No entanto, se não tiver mais nada disponível para tratar o incômodo, usar pasta de dente apenas como medida temporária pode ser uma opção. Em emergências ou quando os recursos são limitados, o produto pode oferecer um efeito de secagem rápida no local, mas não passa disso. “É crucial ter em mente que a pasta de dente não foi projetada para cuidados com a pele e pode piorar a condição ou causar danos à sua pele. Se o paciente tiver acesso a produtos adequados ou tratamentos, essas seriam escolhas mais apropriadas e seguras”, aconselha Michele.
A especialista afirma que vale a pena incluir ingredientes anti-manchas na rotina de skincare, como sérum, sabonetes e cremes que possuem ativos específicos feitos para clareamento, ou um tratamento local próprio para cuidar da pele. “Em vez de usar pasta de dente, vários produtos para a pele sem receita são formulados especificamente para tratar manchas de forma eficaz”, sugere a biomédica. “Procure produtos que contenham ingredientes ativos como tranexamico ou alfa arbutin. É melhor manter os cuidados com esses ativos e tratamentos, que têm eficácia comprovada no tratamento local”, finaliza.
Um projeto de lei em tramitação no Senado prevê que as placas de veículos voltem a identificar a cidade e o estado de registro.
A proposta está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) à espera de um relator. Se aprovada, a matéria segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), disse que vai trabalhar para dar andamento ao projeto, tão logo volte do recesso parlamentar. “A CAE possui cerca de 430 projetos aguardando relatoria, temos trabalhado para dar celeridade a cada um deles. A data de votação será definida logo após a apresentação de parecer pelo relator indicado.”
O novo projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro e determina a obrigatoriedade da nova placa depois de um ano da publicação da lei, mas impacta apenas os emplacamentos após essa data.
“A retirada do nome do estado e da cidade das placas dificultou a identificação geográfica dos veículos, o que traz consequências negativas para a adequada fiscalização do trânsito”, justifica o autor no texto do projeto, senador Esperidião Amin (PP/SC), que menciona ainda a ajuda na hora de identificar veículos irregulares, como os que estão com a documentação vencida, envolvidos em práticas de transporte ilegal de passageiros ou cargas ou que possuam pendências administrativas nos órgãos de trânsito.
Imbróglio
A adoção do atual modelo de identificação foi adiada por seis vezes devido a disputas judiciais, problemas de adaptação e credenciamento dos fabricantes. O imbróglio persistiu até 2019, com o estabelecimento de uma nova resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Um dos debates envolveu o custo da nova placa para o motorista. O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) chegou a recomendar no máximo R$ 138,24 para carro, ônibus e caminhão e R$ 114,86 para motocicletas — os mesmos valores cobrados pelas placas do padrão cinza. No entanto, o valor varia de acordo com a empresa que o motorista contrata para fazer o emplacamento.
Com isso, deixou de existir o valor único e tabelado por estado, que era determinado por cada um dos Detrans. Agora, cada empresa credenciada determina o valor que vai cobrar para emitir a placa que está em vigor atualmente, que segue o padrão Mercosul.
O analista político Isaac Sassi afirma que não dá para saber ainda como essa conta chegaria ao motorista. “Apesar de o projeto prever algo relativamente simples, a insegurança em relação aos custos é um fator relevante nesse tipo de norma. O custo das placas ainda é desconhecido. Por exemplo, no DF a placa custa R$ 189, que já é um valor alto, e não há como saber a quanto esse valor pode chegar”, pondera.
Além do custo para a produção de novas placas, que será desembolsado pelo consumidor, segundo Isaac, o país terá quatro tipos de placas oficiais em circulação: placas não refletivas, placas refletivas, placas Mercosul e placas Mercosul com município/estado. “Tudo isso somado a variações que já existem, como as placas vermelha, verde, oficial, de corpo diplomático etc. A proposta de criar mais uma placa diminui a uniformização, que é a intenção principal desse tipo de identificação”, afirma.
Carros de passeio e oficiais
As novas placas têm o fundo pintado na cor branca, com o tipo de veículo identificado pela cor da fonte. A pintura preta é utilizada para veículos de passeio, a vermelha para veículos comerciais, a azul para carros oficiais, a verde para veículos em teste, a dourada para os automóveis diplomáticos e a prateada para os veículos de colecionadores. No modelo antigo, a placa tinha a cor do fundo cinza.
O novo modelo de placa padrão Mercosul conta ainda com itens de segurança, como um QR code presente no canto superior esquerdo, que dificultaria clonagens e falsificações.