Categoria: Nordeste

PMs acusados de ‘metralhar’ turistas europeus em Fortaleza vão a júri 17 anos após o crime

Mais dois policiais militares acusados de ‘metralhar’ o veículo onde estavam três turistas europeus e uma brasileira vão a júri popular. Marcelo Lima Alves e Francisco Eloy da Silva Neto devem sentar no banco dos réus quase 17 anos após o crime. O julgamento está programado para acontecer no dia 4 de abril de 2024, às 8h30, no 2º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

A dupla foi pronunciada junto aos demais acusados e recorreu em todas as instâncias, sendo a última decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na última sexta-feira (21), a data do júri do ocorrido que ficou conhecido como ‘Caso Hilux’ foi publicada no Diário da Justiça.

As tentativas de homicídio fizeram parte de uma ação desastrosa com participação de oito policiais na Avenida Raul Barbosa. O italiano Innocenzo Brancatti e a esposa dele à época haviam acabado de buscar um casal de amigos, espanhóis, no Aeroporto de Fortaleza, quando tudo aconteceu. O veículo no qual estavam, uma Hilux de cor preta, foi confundido com uma caminhonete S-10 vinho, que foi usada por criminosos para roubar um caixa eletrônico, no bairro Passaré.

Matéria completa no Diário do Nordeste.

Grupo é preso suspeito de aplicar golpe do falso consórcio no litoral do Piauí; prejuízo ultrapassa R$ 200 mil

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil do Piauí (PC-PI) nesta terça-feira (25), em Parnaíba, litoral do Piauí, suspeitas de integrar um grupo que aplicava o golpe do falso consórcio no litoral do Piauí. Estima-se que pelo menos 30 pessoas foram vítimas e o que prejuízo ultrapassa R$ 200 mil.

As prisões ocorreram em cumprimento a mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão da Operação Contemplatus. Os alvos são investigados por estelionato, fraudes contratuais de instituições financeiras, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Um dos presos foi identificado pela polícia como Leonardo Gabriel Silva de Sousa, sócio-administrador de uma empresa especializada na venda de cartas de crédito.

Como funcionava

O delegado Abimael Silva explicou que as vítimas compareciam à delegacia relatando que haviam feito contrato de consórcio com uma empresa, dado uma entrada de 9 a 12% do valor do bem que pretendiam adquirir e, passado um tempo, após não serem contemplados, suspeitavam da empresa.

“Aparentemente se tratava de um contrato tranquilo com uma empresa, de compra de imóveis, consórcios. A empresa solicitava uma entrada dizendo que facilitaria a contemplação ou recebimento mais rápido do imóvel. Passava o período estipulado, as vítimas não recebiam nada em troca e retornavam à empresa”, contou.

“Lá diziam ‘não, você realizou a compra de um consórcio e tem que aguardar uma contemplação’ e elas apareciam registrando Boletim de Ocorrência. Depois de seis meses [de investigação], a gente conseguiu identificar que, na verdade, não existe nenhum consórcio. Foram identificados documentos falsos, fraudes bancárias e crimes contra consumidores”, completou o delegado.

Os presos foram conduzidos para a Central de Flagrantes de Parnaíba para os procedimentos legais.

Fonte: G1/PI

Norte e Nordeste abrigam 13,8% da população que vive em municípios com contratos pendentes, conforme exigências do Novo Marco Legal do Saneamento

São essas regiões que estão mais distantes de cumprir com as metas estabelecidas até 2033

Com intuito de acompanhar o estágio de implantação do Novo Marco Legal do Saneamento, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados e com o apoio institucional da Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (ASFAMAS), lançou a segunda edição do estudo Avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil – 2023 (SNIS 2021)”. No último sábado, 15 de julho, o Novo Marco completou três anos de aprovação. Um dos pontos que o estudo analisa é a capacidade econômico-financeira das companhias de saneamento frente às suas obrigações para o avanço dos serviços à população.

Dentre os 3,9 mil municípios cujas documentações de capacidade econômico-financeira deveriam ter sido apresentadas pelos respectivos prestadores, segundo Decreto 10.710/2021, até 31 de dezembro de 2021, quase um terço desse grupo – 1,1 mil municípios – sequer teve a documentação apresentada ou foi considerada irregular pelas respectivas agências reguladoras subnacionais. Cerca de 13,8% da população brasileira reside nos municípios nessa situação, ou seja, mais de 30 milhões de habitantes. Com os novos prazos estipulados pelos mais recentes decretos presidenciais, haverá uma nova rodada de comprovação dessa capacidade para as companhias estaduais, que devem apresentar seus documentos até o fim de 2023, estando, portanto, com classificação pendente e não mais irregular.

A maioria das cidades com classificação “pendente” situam-se nos estados do Norte e do Nordeste do Brasil. São nessas localidades onde são vistos os maiores desafios para levar os serviços de água e esgotamento sanitário para os habitantes e, por consequência, são as mais distantes das metas propostas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Para efeito de comparação, os municípios considerados regulares investem cerca R$ 113,03 por habitante em saneamento básico, duas vezes a mais do que os municípios em situação pendente investem, R$ 55,22 por habitante.

É observado que nesses municípios com contratos pendentes, o baixo atendimento em abastecimento de água e em esgotamento sanitário, como também os altos níveis de perdas de água, aparecem como uma das possíveis explicações para a não apresentação da documentação com a capacidade econômico-financeira ou reprovação pelas agências reguladoras (quando da vigência do prazo anterior). Nesses municípios, somente 65,6% dos habitantes possuem acesso ao serviço de abastecimento de água e apenas 29,4% possuem atendimento à coleta de esgoto. Além disso, meros 37,0% do volume de esgoto são tratados e, mais da metade, 51,4%, da escassa água produzida é perdida antes mesmo de chegar nas residências dos moradores.

BNDES e fundo da ONU lançam edital de R$ 1 bi para segurança alimentar no Nordeste

Chamada pública vai selecionar até quatro propostas de projetos em áreas rurais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram nesta terça-feira, 18/7, em Brasília, o edital Sertão Vivo. A iniciativa destina R$ 1 bilhão para projetos que visem aumentar a segurança alimentar e promover a mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

“O que estamos fazendo é construir as bases para proteger a Terra, mas sobretudo para proteger os mais pobres do agravamento da crise climática que se avizinha. Estamos nos preparando para as adversidades e mostrando que o BNDES sabe criar, inovar, fazer”. (Aloizio Mercadante, presidente do BNDES)

Além dos presidentes do Banco, Aloizio Mercadante, e do FIDA, Álvaro Lario, participaram do lançamento, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, representando o Consórcio Nordeste.

A chamada pública vai selecionar quatro propostas de implantação de projetos de resiliência climática em áreas rurais de clima semiárido, apresentadas por estados da Região Nordeste, para apoio direto. Agricultores familiares, incluindo comunidades tradicionais e povos indígenas, serão apoiados na aplicação de princípios e práticas que aumentem a resiliência dos sistemas de produção agrícola ao mesmo tempo em que restauram ecossistemas degradados.

“O que nós estamos fazendo aqui é construir as bases para proteger a Terra, mas sobretudo para proteger os mais pobres do agravamento da crise climática que se avizinha. Estamos nos preparando para as adversidades e mostrando que o BNDES sabe criar, inovar, fazer”, afirmou Mercadante, destacando que “um milhão de pessoas vão poder melhorar suas práticas agrícolas com sustentabilidade, ter recursos hídricos para enfrentar as adversidades e aumentar a renda com atividades sustentáveis, como a agroecologia”.

A maior parte dos recursos para a iniciativa vem de captação de US$ 129,5 milhões realizada pelo BNDES junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Agência especializada das Nações Unidas, o FIDA opera com recursos do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia a custos incentivados a implantação das metas do Acordo de Paris. Os estados selecionados e o BNDES adicionarão, juntos, mais US$ 73 milhões como contrapartida, perfazendo o total de aproximadamente R$ 1 bilhão pela cotação atual do dólar.

“O FIDA está muito satisfeito e honrado em ter o BNDES como seu novo e grande aliado para o desenvolvimento no semiárido nordestino, principalmente em valorizar e galvanizar a atenção internacional ao bioma caatinga, único e exclusivo do Brasil”, disse Álvaro Lario.

REFERÊNCIA – Inédito nas operações do FIDA com banco de desenvolvimento, o edital Sertão Vivo, também chamado de projeto Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste, é inspirado na exitosa experiência brasileira de enfrentamento à pobreza rural e combate à fome. A expectativa é de que se torne referência em futuras operações internacionais dessas instituições.

Para a governadora Fátima Bezerra, que é coordenadora política da Câmara Técnica da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, a parceria feita pelo BNDES “lança luzes e aponta caminhos nessa nova conjuntura”. Pelo desenho do edital, os estados selecionados serão os agentes repassadores dos recursos na ponta.

“O Consórcio Nordeste é uma experiência de trabalho muito evoluída no semiárido, na caatinga. O bioma tem suas complexidades, mas pode ensinar o Brasil e o mundo nesse momento de dificuldades climáticas, e o FIDA pode ajudar a dar um salto nessa experiência para uma agricultura que, por um lado, produz alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, é regenerativa”, avaliou o ministro Paulo Teixeira.

Banco do Nordeste adere ao programa Desenrola Brasil para renegociar dívidas

O Banco do Nordeste (BNB) aderiu ao programa do Governo Federal Desenrola Brasil para oferecer vantagens na renegociação de dívidas e estimular a regularização de consumidores no sistema bancário. As medidas incluem renegociações com descontos e retirada do nome de devedores de cadastros externos.

O programa Desenrola Brasil foi iniciado nesta segunda-feira, 17, para regularizar débitos de clientes de duas faixas de endividamento: até R$ 5 mil e acima de R$ 5 mil.

Os clientes que possuem débitos de até R$ 100 terão seus nomes removidos dos cadastros externos de devedores. “É importante destacar que a dívida não desaparece. No entanto, os clientes têm a possibilidade de aproveitar as condições do programa para negociar suas operações com redução de valor”, informa o presidente do BNB, Paulo Câmara.

“A adesão ao Desenrola Brasil reforça nosso compromisso em promover a inclusão financeira e apoiar o desenvolvimento econômico da Região. Estamos empenhados em oferecer condições vantajosas para a renegociação de dívidas, possibilitando que nosso cliente regularize sua situação e retome sua atividade produtiva com maior tranquilidade e mais planejamento”, afirma o executivo.

Paulo Câmara reforça que a Instituição está dedicada a oferecer soluções visando reduzir o impacto financeiro causado pela inadimplência e proporcionar condições favoráveis para a recuperação econômica.

Podem aproveitar as oportunidades os clientes que contrataram crédito e foram incluídos nos cadastros de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.

O que é

O Desenrola Brasil é um programa emergencial elaborado pelo Governo Federal, com a Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, para combater a crise de inadimplência que se abateu sobre o país com a pandemia e num cenário em que as taxas de juros mudaram radicalmente de patamar.

Atualmente, o Brasil tem 70 milhões de negativados, potencial de beneficiários que o Desenrola espera atingir. Poderão ser renegociadas as dívidas negativadas de crédito de 2019 até 31 de dezembro de 2022. A adesão ao programa por credores, beneficiários e bancos é voluntária.

PMs utilizavam quartel para negociar drogas e tentavam interferir em prisões em delegacia e fórum

O Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), esmiuçou um esquema criminoso formado por policiais militares e traficantes, que praticou crimes como extorsão, tráfico de drogas, tráfico de armas, receptação, corrupção e organização criminosa, em Fortaleza.

A teia criminosa, composta por 31 acusados pelo MPCE (sendo 17 policiais militares e ex-PMs e 14 traficantes), foi alvo das operações Gênesis IX e X, deflagradas no dia 2 de fevereiro deste ano. Na ocasião, 5 policiais foram presos e 24 mandados de busca e apreensão cumpridos. A denúncia do Ministério Público foi recebida pela Justiça Estadual, e os acusados viraram réus.

Conforme a denúncia do Gaeco, os agentes de segurança chegaram a combinar a entrega de um dinheiro, oriundo do tráfico de drogas, em um quartel da Polícia Militar do Ceará (PMCE); e tentavam interferir em prisões de comparsas dos seus aliados, durante o flagrante feito por outra composição militar, na delegacia da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e até quando o caso já estava no Fórum Clóvis Beviláqua.

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práticas criminosas cometidas pela quadrilha, descritas na denúncia, foram descobertas através de interceptações telefônicas e extração de dados dos aparelhos celulares dos investigados.

Entre os crimes, uma negociação de drogas que terminou em um quartel da Polícia Militar, na Capital. O falecido sargento PM Antônio Iran Ferreira de Lima (morto em um acidente automobilístico, em 22 de setembro de 2018) teria procurado o sargento Jeovane Moreira Araújo – apontado como líder da organização criminosa – para repassar uma droga, pelo valor de R$ 1.550, no dia 14 de abril de 2017, segundo as investigações do Gaeco.

Jeovane afirma que vai pagar R$ 500 antecipado, e Iran pede para ele deixar o dinheiro no quartel, com outro policial militar. “Aqui, Excelência, chama-se a atenção para a ousadia dos policiais em realizarem o recebimento do dinheiro nas próprias dependências do quartel da Polícia Militar. No áudio, resta claro que, além de Jeovane e Iran, mais dois outros policiais também participaram do crime, sendo um deles referido como ‘recruta’, que é quem, por comum acordo, vai ganhar menos com a divisão”, descrevem os promotores de Justiça.

Fonte: Diário do Nordeste

MP investiga participação de 12 PMs em desvio de carregamento com 400 quilos de drogas no Ceará

Doze policiais militares são investigados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por supostamente desviarem um carregamento de drogas. O Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) aponta que a Coordenadoria de Inteligência concluiu que existem fortes evidências da participação dos PMs no desvio de 400 quilos de entorpecentes.

A reportagem teve acesso a documentos que indicam o afastamento temporário de todos os agentes do policiamento ostensivo, por decisão proferida pela Vara da Auditoria Militar. Em abril deste ano, a Justiça ordenou cumprimento de mandados de busca e apreensão, que devem auxiliar nos próximos passos da investigação.

Para o juiz, a medida cautelar de afastamento das funções policiais de caráter ostensivo é pertinente no momento, “já que os investigados em seus trabalhos de policiamento, ao invés de estarem protegendo à sociedade do efeito deletério do tráfico de drogas estavam, em tese, ajudando esses inimigos da lei em seus objetivos, crimes considerados de alta gravidade e totalmente opostos às funções atribuídas aos agentes públicos de zelar pela segurança pública da coletividade”.

COMO O SUPOSTO CRIME ACONTECEU

De acordo com a investigação, parte dos militares investigados estavam em serviço, quando em viatura caracterizada da Polícia Militar do 16º BPM, juntamente com o veículo da Sub-agência de Inteligência do 19º BPM, teriam realizado a escolta de um veículo S-10, cor prata, sem placas, na madrugada do dia 17 de janeiro de 2022.

As informações preliminares da ocorrência partiram de fonte anônima não identificada. Consta na denúncia que os PMs teriam invadido residência no bairro Barroso, em Fortaleza, e tomado os entorpecentes, que nunca foram apresentados formalmente à Polícia.

“A fim de melhor esclarecimento dos fatos o Ministério Público requereu a medida cautelar de Interceptação das Comunicações Telefônicas dos terminais utilizados pelos investigados e a Quebra de Sigilo de Dados Telemáticos”

“Consignam os promotores que a investigação criminal envolve a prática de crime de associação criminosa por policiais militares, com o fito de desviar carregamento de entorpecentes com a utilização de aparato estatal; destacam a dificuldade de obtenção de provas por meios habituais, ressaltando a importância e necessidade de se apreender qualquer tipo de material que possa confirmar os fatos investigados ou mesmo afastar imputações temerárias”, diz trecho de documento que a reportagem teve acesso.

O pedido foi deferido pela Justiça, assim como foram cumpridos os mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar dos suspeitos. A investigação segue sob segredo de Justiça.

OUTRO LADO

Em nota, a defesa dos policiais afirma que o caso trata apenas de denúncia anônima, “sequer existindo qualquer elemento corroborativo da existência de desvio de carga”. De acordo com o advogado Kaio Castro, que representa todos os suspeitos, nenhum dos PMs foi preso neste caso e não há provas que indiquem crime.

“Nem mesmo o dono do imóvel se fez presente até o presente momento para denunciar e/ou questionar qualquer espécie de ilícito por parte de terceiros. Não existe, sequer, um boletim de ocorrência, bem como não há testemunhas, filmagens, apreensão ou espécie diversa de prova acerca da existência da prática de crime, pior ainda provas sobre a autoria. Aguardamos que o Estado primeiro investigue a existência de possível droga e quem seria o dono disso, sob pena de visível inversão da ordem lógica investigativa”

KAIO CASTRO

Chuvas no Nordeste: Especialista alerta para planejamento urbano e gerenciamento de risco; Desequilíbrio ambiental é uma das causas

Chuvas fortes têm provocado alagamentos e deixam várias regiões litorâneas em alerta;

De acordo com a professora do curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera, Geiziane Oliveira, estamos vivendo um ano com climas atípicos e eventos climáticos extremos por dois fatores: o aquecimento global e a chegada do El Niño.

“Em razão das mudanças climáticas e uso não sustentável dos recursos naturais, ocorrerão eventos extremos com a incidência de fenômenos mais intensos como furacões, tufões, tempestades tropicais e secas extremas”, aponta.

No Brasil, a expectativa é que o El Niño provoque o aquecimento das temperaturas em até 2,5ºC em alguns locais, podendo refletir em um inverno mais quente em algumas regiões e em outros mais radical. No Nordeste, as chuvas fortes têm provocado alagamentos e deixado várias regiões litorâneas em alerta. Alagoas e Pernambuco, por exemplo, ainda sofrerão com problemas ao longo desta semana, mas a tendência é que os temporais percam força com o passar dos dias.

Para se preparar para os impactos, o especialista chama a atenção para a prevenção de tragédias e orienta que estabelecer políticas de gestão de riscos é essencial nesse período.

“Este fenômeno climático pode afetar especialmente comunidades vulneráveis, causando danos à infraestrutura, interrupção no abastecimento de alimentos e aumento do preço dos produtos básicos. Portanto, medidas de apoio, como programas de assistência social e reabilitação de infraestrutura, são essenciais para lidar com os impactos e garantir a resiliência das pessoas que podem ser afetadas”, alerta.

Geiziane Oliveira salienta que neste cenário há formas de prevenir que algumas regiões sejam menos impactadas nesses casos de eventos climáticos extremos.

“Com os indícios de climas atípicos é possível realizar um planejamento prévio da infraestrutura urbana implantando uma gestão de risco e sendo orientada por um zoneamento ambiental, assim como ampliar as discussões e políticas públicas, onde esteja considerada a possibilidade de catástrofes ambientais com restrição de uso de uma área sensível e a criação de um sistema de alerta precoce e monitoramento de áreas vulneráveis”, sugere.

Outro ponto de atenção levantado pelo especialista é que nesse contexto, a conscientização da população para a busca do desenvolvimento sustentável para a preservação do meio ambiente e melhor forma de utilização dos recursos naturais deve ser enfatizada e discutida amplamente na sociedade.

“A série de mudanças climáticas ocorridas nos últimos tempos é fruto das práticas não sustentáveis utilizadas, entre elas, o desmatamento, emissão dos chamados gases de efeito estufa, poluição das águas, entre outras. Essas ações contribuem diretamente para o desequilíbrio ambiental, o que reflete principalmente nas estações fora do comum que o planeta vem vivendo. Precisamos ter essa conscientização em nosso contexto social”, enfatiza.

29º Fórum BNB de Desenvolvimento recebe inscrições a partir desta terça-feira

O 29º Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, que será realizado no dia 27 de julho, está com inscrições abertas, a partir desta terça-feira, 11. Os interessados em participar devem acessar a página do evento no site do Banco na Internet. A inscrição é gratuita e pode ser feita até dia 26 de julho. A participação será confirmada de acordo com a disponibilidade de vagas. O evento será realizado na sede do Banco, em Fortaleza.

O tema desta edição é “Os desafios da industrialização verde para o Nordeste”. A abertura ocorre às 9h com a participação dos presidentes do BNB, Paulo Câmara, e da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), Luciano Nakabashi.

Entre os participantes do evento deste ano, constam a economista Tânia Bacelar, a secretária nacional do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Adriana Melo, o diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Aristides Monteiro Neto.

Floresta Viva
Durante a programação, será assinada a adesão do BNB ao protocolo Floresta Viva, uma iniciativa do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.

O consórcio de empresas pretende investir R$ 700 milhões, pelos próximos sete anos, na restauração de até 30 mil hectares de área, com a retirada de sete a dez milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, considerando um ciclo de crescimento da vegetação de 25 anos.

Fórum BNB
Realizado anualmente desde 1995, o Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento busca fortalecer a interlocução institucional do Banco com a sociedade e seus diversos segmentos, tendo em vista também a conjuntura econômica, os cenários e desafios previstos para os próximos anos.

Transnordestina em debate no Jornal da Grande desta quarta-feira (12)

A Ferrovia Transnordestina é um projeto de extrema importância para o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste do Brasil. No entanto, nos últimos anos, o trecho de Salgueiro até Suape tem enfrentado ameaças e distrato que causaram atrasos em sua conclusão, comprometendo o potencial econômico de Pernambuco. Diante desses impasses, entidades empresariais arregimentadas pela FIEPE, Amcham e Grupo Atitude se reunirão, no auditório da Casa da Indústria, próximo dia 17 de julho, às 9h, para reivindicar a retomada e conclusão das obras desse equipamento.

No total, mais de 20 entidades de representação da indústria, comércio, agricultura, tecnologia, serviços, autoridades governamentais e representantes da sociedade civil assinam o manifesto que solicita a inclusão do trecho de Salgueiro até Suape no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC III) e no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal. O documento deverá ser entregue a deputados federais, senadores e os ministros pernambucanos que estarão presentes no encontro.

“A conexão direta entre o interior do estado e o Porto de Suape permitirá um fluxo mais rápido e eficiente de mercadorias, com menor dependência do transporte rodoviário. Isso resultará em uma maior capacidade de escoamento da produção, com redução dos custos logísticos, aumentando a competitividade das empresas e facilitando a comercialização dos produtos tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Dessa forma, irá proporcionar a geração de emprego e renda para o desenvolvimento que Pernambuco precisa”, defende o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger.

O projeto, que já possui um percentual considerável de avanço físico, necessita de investimentos adicionais para garantir a sua conclusão e pleno funcionamento. “Com a inclusão no PAC III, seria possível assegurar o aporte necessário para a retomada das obras e para a implementação de medidas que trouxessem a sua finalização no menor prazo possível. Além disso, a inclusão da Ferrovia Transnordestina no Plano Plurianual traria um caráter de continuidade e planejamento de longo prazo. O PPA é um instrumento essencial para direcionar as políticas públicas e investimentos de forma constante, garantindo a continuidade das ações ao longo dos anos”, destacou Roberto Abreu e Lima, diretor executivo do Grupo Atitude.

Para todo o setor produtivo pernambucano, a expectativa é de que a conclusão da obra acelera a melhoria do ambiente de negócios no estado. “A presença de uma infraestrutura de transporte eficiente e integrada é um fator-chave para atrair investimentos para uma região. Com o trecho Salgueiro-Suape da Ferrovia Transnordestina em pleno funcionamento, Pernambuco se tornará um polo muito mais atrativo para investimentos. Empresas nacionais e internacionais poderão aproveitar os benefícios do transporte ferroviário para estabelecer suas operações no estado”, ressalta o presidente do Conselho Regional da Amcham Recife, Paulo Sales.

Décadas de imbróglio – Embora tenha sido projetada para ser uma obra indutora do desenvolvimento para o Nordeste, a Transnordestina enfrenta problemas para se tornar realidade desde o seu anúncio, ainda no início dos anos 2000.

Em sua concepção, deveria ser a solução integrada para o escoamento dos produtos da indústria mineral e do agronegócio como soja e milho do Piauí, e gesso de Pernambuco. Para tanto, seu traçado teria que chegar aos portos de Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), e Suape, no Cabo de Santo Agostinho (PE).

No entanto, nas últimas décadas o projeto foi devolvido pela empresa que teve a concessão da União para implantá-lo, justamente no trecho pernambucano. Além disso, o Governo Federal suspendeu o repasse de verbas nos últimos anos. Com isso, órgãos como Tribunal de Contas da União passaram a atuar no caso.

Se a ferrovia já fosse uma realidade como há tanto se espera, os preços de diversos produtos seriam mais acessíveis, uma vez que o transporte rodoviário, como se sabe, é mais caro do que quando se utilizam trens como modal.

Para falar sobre o assunto, o diretor executivo do grupo Atitude, Roberto Abreu e Lima será o entrevistado do jornal da grande desta quarta-feira (12). Assista em www.radiograndeserra.com

MIDR fomenta o crescimento da Rota da Tecnologia da Informação e Comunicação no Nordeste

Em parceria com a Sudene, universidade e outras instituições, foi realizada avaliação do trabalho já realizado pelos três polos existentes na região e debatidas iniciativas consideradas prioritárias para o futuro

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está alinhando novas ações para fomentar os três polos da Rota da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) existentes na Região Nordeste. Nesta semana, representantes da Pasta, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), de universidades e de instituições de capacitação e fomento, entre outras, realizaram uma rodada de debates para avaliar o trabalho que vem sendo realizado e planejar os próximos passos.

A Rota da TIC integra o Programa Rotas de Integração Nacional, que busca fortalecer sistemas produtivos já existentes ou potenciais, possibilitando que os produtores ou prestadores de serviço trabalhem em conjunto, ganhem escala e possam comercializar com outras localidades, estados e até países. No caso específico dessa Rota, o objetivo é estruturar uma rede de polos de TICs capaz de alavancar o desenvolvimento de cadeias produtivas regionais e de contribuir para a estruturação de uma rede de cidades inteligentes (smartcities).

No Nordeste, os três polos da Rota da TIC são o Mangue Digital, em Recife (PE), o Paraíba Digital, em João Pessoa (PB), e o Sertão Digital, que atua nos estados de Pernambuco e Bahia. A Rota também conta com o Polo Cerrado Digital, que tem foco a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.

Segundo o coordenador-geral do Programa Rotas de Integração Nacional, Tiago Gonçalves, a Rota da TIC tem sido importante para dinamizar a economia da região. “Fizemos um levantamento histórico da aplicação das inovações tecnológicas no estado do Pernambuco, desde quando não existia nada até a presença dessas inovações que vieram com a chegada das Rotas de integração Nacional”, afirmou. “O mercado hoje já está mais evoluído. Temos diversas ações sendo bem executadas, com muitos casos de sucesso. Há, por exemplo, startups que surgiram com a proposta da Rota da TIC e hoje são empresas”, completou.

O financiamento a startups do setor é exatamente uma das ações que já recebeu apoio do MIDR no âmbito da Rota da TIC. Em 2022, a Sudene, que é vinculada à Pasta, destinou cerca de R$ 6 milhões, por meio de subvenção econômica, para apoiar 11 startups em que integram o projeto Centelha II, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Temos uma instituição importante para o desenvolvimento do Nordeste, que tem um papel relevante a cumprir. O nosso plano regional, inclusive, já na sua visão estratégica de futuro, traz a inovação como elemento central”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Os planos da Superintendência é apoiar projetos na área de TIC em toda a sua área de atuação, que inclui os nove estados da Região Nordeste e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Também participaram das discussões sobre a Rota da TIC representantes do Sebrae, Senai, Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco (UFPE e UFRPE), Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) e Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).

Nas próximas semanas, deve ser realizado novo encontro para debater ações consideradas prioritárias para a Rota da TIC, entre elas novos modelos de financiamento de projetos.

Banco do Nordeste vai lançar concurso público com 500 vagas em 2023

O Banco do Nordeste (BNB) lançará o edital do seu próximo concurso público ainda em 2023. A informação foi antecipada com exclusividade pelo presidente do BNB, Paulo Câmara, a Coluna de Victor Ximenes no Diário do Nordeste.

Segundo Câmara, a expectativa é que o certame tenha em torno de 500 vagas para diversas áreas. Parte dos trâmites para a realização da seleção já está em curso.

O presidente do BNB afirmou que, após assumir a gestão da instituição em março, identificou a necessidade de realizar o concurso. Uma das demandas, diz, é fortalecer as agências do banco.

No ano passado, o banco lançou edital para vagas e formação de cadastro de reserva no cargo de Especialista Técnico – Analista de Sistemas, portanto, menos abrangente do que o próximo. O concurso anterior havia sido realizado em 2018.

AGRO E ENERGIA

Em entrevista à rádio Verdinha FM (92,5), Câmara destacou ainda o papel que o banco terá no Plano Safra, cuja participação do BNB será de R$ 20 bilhões. “Teremos uma contribuição para acelerar um setor muito importante na geração de renda“, frisou.

Paulo Câmara também ressaltou que o BNB fará parte do financiamento da cadeia de hidrogênio verde, assim como já faz na esfera das energias solar e eólica.

No acumulado de 2023 até aqui, o banco disponibilizou R$ 10 bilhões para investimentos em projetos de energia renovável. O montante desembolsado financia projetos de geração de energia limpa, desde usinas solares e eólicas de grande porte a pessoas físicas interessadas em instalar placas fotovoltaicas em suas residências e pequenos comércios.

Fonte: Diário do Nordeste

BNB disponibiliza R$ 10 bilhões para projetos de energia renovável em 2023

Diretor Aldemir Freire fala sobre o papel do BNB na transformação energética do País

O Banco do Nordeste (BNB) disponibilizou R$ 10 bilhões para investimentos em projetos de energia renovável em sua área de atuação ao longo de 2023. O montante tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento de fontes limpas e sustentáveis de energia na região, contemplando desde usinas de energia solar e eólica até pessoas físicas interessadas em instalar placas solares em suas residências.

O diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, anunciou a disponibilidade de recursos durante o seminário Energia Sustentável no Brasil, realizado ontem, 28, em São Paulo. O evento reuniu autoridades como os governadores do Ceará, Elmano de Freitas, e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e o senador Cid Gomes para discutir opções de energia limpa para o País, incluindo o potencial do hidrogênio verde.

Segundo o executivo do BNB, o total ofertado é proveniente da combinação de diversas fontes, como Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), FI-Infra, Agência Francesa de Desenvolvimento e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e BNDES, este em cofinanciamento com o FNE. Ele ressaltou os valores que o banco tem empregado na melhoria da infraestrutura energética do país e o diálogo do banco com organismos multilaterais em busca de mais recursos para atender à demanda crescente na Região.

“Nos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste destinou mais de R$ 31 bilhões a projetos de geração de energia eólica e fotovoltaica. A Região tem se destacado como um polo promissor para a produção de energia renovável no Brasil, e o BNB enxerga esse potencial como uma oportunidade, reafirmando seu compromisso em promover o desenvolvimento sustentável da região”, afirma Aldemir Freire.

De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do BNB, a geração de energia solar cresce, em média, desde 2011, 112% ao ano no Brasil. Para a fonte eólica, esse crescimento é de 40% ao ano. A região Nordeste, pela radiação solar e ventos constantes, desponta como protagonista da mudança da matriz energética do País e concentra a maior parte dos investimentos.

Mini e microgeração de energia
Uma das linhas de crédito oferecidas pelo BNB é a FNE Sol, com a qual o banco financia projetos de mini e microgeração de energia de empresas privadas industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais e pessoas físicas. A linha de financiamento abrange diversos itens relacionados à energia elétrica fotovoltaica, incluindo componentes, instalação, placas solares, inversores e materiais elétricos. Os juros pré-fixados do produto são a partir de 7,9% ao ano.

Ao longo dos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste realizou mais de 24,7 mil operações de crédito por meio da FNE Sol, totalizando um investimento superior a R$ 2 bilhões. “As taxas de juros são o diferencial da FNE Sol. Por contarmos com recursos do Fundo Constitucional, podemos oferecer a nossos clientes as melhores condições de pagamento”, enfatiza Aldemir Freire.

Nordeste: Especialista avalia a importância da maior presença dos povos originários no ensino superior

No Nordeste, Pernambuco e Bahia lideram com 6,62% e 5,48% de estudantes indígenas, respectivamente, de um total de 46 mil em todo o País

Segundo um levantamento do feito neste primeiro semestre de 2023 pelo Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, a participação de povos indígenas no ensino superior brasileiro aumentou 374% entre os anos 2011 e 2021, enquanto o crescimento dessas populações no país foi de 66%.

O salto nas matrículas de descendentes de povos originários foi de 374%, entre 2011 e 2021, sendo a rede privada responsável por 63,7% desses estudantes e a modalidade presencial por 70,8%. Em 2021, havia pouco mais de 46 mil alunos que se consideram indígenas, o que representa 0,5% do total de alunos no ensino superior. O Semesp considerou as bases de dados do Censo Demográfico 2010 e do balanço do Censo 2022, do IBGE, e também do Censo da Educação Superior, do Inep.

Segundo o doutor em educação e contemporaneidade e docente de Pedagogia da Unime Anhanguera, Ivandilson Miranda Silva, que é autodeclarado indígena, esse cenário se faz importante porque além de integrar o conjunto da sociedade, potencializa a produção e a troca de saberes. “É preciso reconhecer a contribuição dos povos originários para a formação da sociedade brasileira e oportunizar espaços é reconhecimento desse potencial, desse Brasil profundo que nasce com os povos originários. Mais espaço significa, também, mais respeito”, analisa.

De acordo com os dados, em 2010, havia no Brasil 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indígenas, das quais, 572 mil (63,8%) viviam na área rural e 325 mil (36,2%), na área urbana. Em 2022, essa população saltou para mais de 1,6 milhão, conforme balanço parcial do Censo 2022, mostrando um aumento de 66%.

“Povos Originários são os primeiros habitantes que aqui estavam quando chegaram os europeus em 1500. No Brasil, os povos originários são os indígenas que se dividiam em quatro grupos conhecidos como: tupi, jê, aruaque e caraíba. É estimado um número entre um e cinco milhões de indígenas quando os portugueses chegaram. Hoje, segundo o Censo de 2022, aproximadamente 0,8% da população do Brasil, são 1 652 876 de indígenas. Houve, a meu ver, um massacre étnico-cultural e humanitário com a população originária e esse cenário de crescimento no ensino superior deve ser visto com uma perspectiva positiva para o nosso desenvolvimento social e, é claro, dos povos originários”, argumenta Ivandilson.

O levantamento registrou também que 55,6% dos alunos indígenas são do sexo feminino, embora a presença masculina seja predominante dentro das Terras Indígenas (51,6%).

Confira os percentuais de estudantes indígenas no Nordeste a partir desse total de 46 mil em todo o País:

  • Bahia: 5,48% – 2.520
  • Maranhão: 2,53% – 1.163
  • Alagoas: 2,5 – 1.150
  • Ceará: 4,18% – 1.922
  • Paraíba: 3,42% – 1.573
  • Pernambuco: 6,62% – 3.045
  • Piauí: 2,49% – 1.145
  • Sergipe: 1% – 460
  • Rio Grande do Norte: 0,93% – 427

Dia de São João e a Festa Junina na Região do Nordeste

Na região Nordeste, a Festa Junina se destaca entre os dias de Santo Antônio (13), São Pedro (29) e, principalmente, São João (24), onde as celebrações exaltam a cultura popular da região, com forrós, bumba meu boi, quadrilhas e comidas típicas, como: baião de dois, mungunzá, caruru e cuscuz.

Para conhecer a região e participar das festas mais populares, experimente visitar Recife (PE), São Luís (MA) e, a região mais conhecida por suas festividades, Campina Grande (PB), responsável pelo maior São João do Brasil. Além de aproveitar muito as festanças, você também pode conhecer as diversas praias da região, explorar sua gastronomia e visitar diversos pontos turísticos.