Categoria: Saúde

Animais de estimação podem contrair Febre Maculosa

Carrapato-estrela, transmissor da bactéria causadora da Febre Maculosa. Foto: Prefeitura de Jundiaí

O carrapato-estrela é o principal vetor da doença no Brasil, mas o carrapato-marrom do cão também pode transmitir a enfermidade para os pets e, consequentemente, para os humanos; médico-veterinário alerta a necessidade de reforçar as medidas preventivas

Nos últimos dias, a morte de cinco pessoas por febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, ganhou repercussão e deixou o estado em alerta, gerando muitas dúvidas sobre a doença, transmitida principalmente pelo carrapato-estrela, que pode ser encontrado em capivaras, animais de grande porte, gambás, coelhos, entre outros. No entanto, o que pouca gente sabe é que a doença pode atingir os animais de estimação e, ainda, não só pelo carrapato-estrela, mas também pelo carrapato marrom, espécie comum encontrada nos pets. O médico-veterinário Márcio Barboza, gerente técnico pet da MSD Saúde Animal, explica sobre a doença e sinaliza que os tutores reforcem a prevenção nos cães.

O que é a febre maculosa?

É uma doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos infectados das espécies Amblyomma sculptum, popularmente conhecido como carrapato-estrela, Rhipicephalus sanguineus, o carrapato marrom do cão, e Amblyomma aureolatum. Do ponto de vista epidemiológico, o principal é o A. sculptum.

Em humanos, os primeiros sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a picada. Na imensa maioria dos casos, sete dias depois. Os sinais são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, desanimo, inapetência e aparecimento de pequenas manchas vermelhas.

A doença nos pets

Não apenas as pessoas, mas os pets também estão suscetíveis à febre maculosa. Nos cães, a doença causa sintomas como letargia, perda de peso, lesões hemorrágicas, inchaços pelo corpo, vômito e diarreia. Já no caso dos gatos, os mesmos podem ser infectados, visto detectarmos anticorpos, porém não há relatos da doença.

“Caso o seu pet apresente alguns desses sinais, é importante a visita imediata ao veterinário, que é a melhor pessoa para analisar, identificar e indicar o tratamento adequado”, orienta Márcio.

Carrapato comum também transmite a doença

Grande parte das pessoas conhece apenas o carrapato-estrela como transmissor da febre maculosa, no entanto, é preciso deixar claro que o carrapato-marrom, a espécie comum encontrada nos animais de estimação, também pode atuar como vetor, tanto para os humanos quanto para os pets.

“O carrapato do cão pode, sim, transmitir a febre maculosa, e pouca gente sabe disso. A administração de um medicamento ectoparasiticida (contra pulgas e carrapatos) é simples e deve ser um hábito, já que ajuda a proteger os pets e a família de diversas doenças, como a famosa “doença do carrapato”. Por isso, é muito importante que os tutores apostem nesses produtos como medida preventiva”, afirma Márcio.

O médico-veterinário ressalta ainda que os tutores devem estar atentos à escolha do ectoparasiticida, entendendo os benefícios extras que ele traz. “Sempre orientamos a utilização de um produto com longa duração, até doze semanas em uma única dose, como Bravecto. Além disso, a marca traz um serviço, a Garantia Bravecto, que oferece suporte financeiro para cobrir eventuais custos dos pets que venham a ficar doentes por doenças transmitidas por pulgas e carrapatos, o que envolve consultas, exames diagnósticos e tratamento, incluindo a febre maculosa”, explica.

O Inverno Facilita o Desenvolvimento de Doenças Respiratórias? Entenda Porque Isso Acontece e Veja Come se Prevenir

Com a chegada do inverno e a diminuição das temperaturas, é comum observarmos um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, pneumonias, bronquites e asma. Isso ocorre, pois diversos fatores contribuem para o enfraquecimento das defesas do nosso organismo nessa época do ano, tornando-o mais suscetível a infecções virais e bacterianas.
Inicialmente, o frio faz com que nos aglomeremos mais em ambientes fechados, aumentando a exposição a agentes infecciosos transmitidos pelo ar ou por contato direto. Além disso, a umidade relativa do ar é maior no inverno, o que facilita a sobrevivência dos vírus e bactérias no ambiente. A diminuição da exposição à luz solar também prejudica a produção de vitamina D, importante para o bom funcionamento do sistema imunológico.
O médico e diretor técnico da Clínica Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque, explica que um resfriado comum é causado por vírus, sendo os rinovírus os mais frequentes. Já a gripe é causada pelo vírus Influenza, que se divide em três tipos: A, B e C. A gripe A e B são as mais graves e causam epidemias. A pneumonia pode ser causada tanto por vírus quanto por bactérias, sendo o Streptococcus Pneumoniae o agente bacteriano mais comum.
As doenças respiratórias infectocontagiosas atuam invadindo as vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe) ou inferiores (traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares). Os sintomas mais comuns são tosse, dor de garganta, coriza, febre, dificuldade para respirar e produção de secreções. Em certos casos, principalmente em idosos, crianças e imunodeprimidos, elas podem evoluir para quadros de pneumonia, otite, sinusite ou agravar doenças crônicas como asma e DPOC (grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração).
O Dr. Marco César Roque comenta que, nesse contexto, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir contra o agravamento e complicações dessas doenças. Segundo a OMS, as vacinas salvam de 2 a 3 milhões de vidas por ano. A imunização ativa o sistema imunológico, estimulando a produção de anticorpos para combater os agentes infecciosos.
A vacina contra a gripe, por exemplo, deve ser tomada anualmente antes do inverno. Ela protege contra os vírus Influenza A e B, responsáveis pela gripe sazonal. A vacina Pneumocócica previne contra a pneumonia pneumocócica, doença que mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, segundo a OMS. Outras vacinas como a DTP e Meningocócica também ajudam a proteger contra infecções bacterianas.
“Portanto, para um inverno tranquilo é essencial reforçar os cuidados com a saúde. Alimente-se bem, pratique exercícios, durma adequadamente, evite o tabagismo e vacine-se, especialmente contra a gripe e pneumonia. Cuide da sua imunidade e proteja a sua vida! Lembre-se: Prevenir é sempre o melhor remédio.” Finaliza o Dr. Marco César Roque.

Bisturi não é varinha mágica: Veja tudo o que precisa saber antes de agendar uma cirurgia plástica

Cirurgião e advogada alertam os perigos de procedimentos clandestinos

É preciso se atentar e se conscientizar de que a cirurgia plástica é um tratamento médico e não pode ser realizada por influência da moda e a busca pela aparência “perfeita”.
É impressionante quantas pessoas procuram as clínicas com uma proposta além do que a própria autonomia do corpo permite e se frustram. Nem tudo o que está na cabeça do paciente é possível realizar, a cirurgia plástica não é como ir comprar uma roupa, é preciso haver uma avaliação profissional de um médico capacitado.
O Brasil possui respeitabilidade internacional no quesito cirurgia plástica. É um país com grande tradição em procedimentos estéticos, mas a busca pela aparência perfeita pode levar algumas pessoas a se arriscarem em procedimentos ilegais e perigosos.
O cirurgião plástico da Clínica Libria, Dr. Sabath, destaca que um dos principais riscos de se submeter a procedimentos estéticos em clínicas clandestinas é a falta de garantias de segurança. Essas clínicas muitas vezes não possuem equipamentos de segurança adequados, como sistemas de monitorização cardíaca, e podem utilizar materiais de qualidade duvidosa em vez de produtos aprovados pelos órgãos reguladores. Isso pode resultar em complicações graves, como infecções, necrose tecidual e até mesmo a morte.
Para ajudar a evitar esses riscos, aqui estão algumas dicas importantes da advogada especialista em direito médico, Dra. Beatriz Guedes, para quem está pensando em realizar um procedimento estético:
1. Pesquise a clínica e o profissional: antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante verificar se a clínica e o profissional são devidamente registrados nos órgãos reguladores e se possuem a qualificação necessária para realizar o procedimento com segurança. Verifique também as opiniões de outros pacientes que já realizaram procedimentos na clínica e com o profissional.
2. Converse com o médico: é fundamental conversar com o médico antes do procedimento e tirar todas as dúvidas sobre o procedimento em questão, bem como suas expectativas e desejos em relação ao resultado final.
3. Confirme os equipamentos de segurança: antes de realizar o procedimento, verifique se a clínica possui os equipamentos de segurança adequados para realizar o procedimento com segurança.
4. Entenda os riscos e benefícios: é importante compreender que todo procedimento estético possui riscos e benefícios, e que eles devem ser avaliados cuidadosamente antes de tomar uma decisão. Não se deixe levar por modismos ou expectativas irreais.
5. Fique atento aos preços: desconfie de preços muito baixos, pois isso pode ser um sinal de que a clínica ou o profissional não possuem a qualificação necessária ou estão utilizando materiais de baixa qualidade.
6. Avalie o pós procedimento: é importante avaliar o pós-procedimento e seguir todas as orientações médicas para garantir uma recuperação segura e eficaz.
Outra questão importante é a escolha dos materiais utilizados no procedimento. Desde a escolha dos implantes de silicone até os produtos utilizados para preencher as rugas, é fundamental que o paciente verifique a procedência dos materiais e se eles são aprovados pelos órgãos reguladores, como a ANVISA, ou se são indicados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Além disso, o cirurgião da Clínica Libria ressalta que é importante lembrar, que a cirurgia plástica não é uma solução mágica para todos os problemas estéticos. É necessário que o paciente esteja com a saúde em dia e tenha expectativas realistas em relação aos resultados. A cirurgia plástica pode ajudar a melhorar a aparência física, mas não pode resolver problemas emocionais ou psicológicos.
“Lembre-se sempre que a cirurgia plástica é um tratamento médico e deve ser realizada com segurança e responsabilidade. Procure sempre um profissional qualificado e de confiança para realizar o procedimento estético que você deseja. Não se arrisque em clínicas clandestinas e ilegais, pois isso pode colocar não apenas a sua saúde em risco, mas sim, sua vida.” Finaliza a Dra. Beatriz Guedes.

Doar sangue é seguro? Veja mitos e verdades sobre esse ato que salva vidas

No Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06), conheça a importância da doação; no período do inverno, estoques ficam em estado crítico

A data de 14 de junho é conhecida mundialmente como o Dia do Doador de Sangue, que busca conscientizar a população sobre a importância de um simples ato que pode salvar vidas. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, 14 em cada mil habitantes doam sangue de forma regular nos hemocentros do Sistema Único de Saúde (SUS), uma taxa de 1,4%. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1% a 3%¹.

No entanto, há períodos do ano, principalmente durante o inverno, em que os estoques de sangue ficam em estado crítico, além de que dúvidas sobre segurança, pré-requisitos e benefícios da doação ainda afastam as pessoas deste ato de solidariedade. Veja mitos e verdades para perder o medo de doar sangue:

Doar sangue é totalmente seguro”

Verdade. Não há nenhum risco de contaminação durante a doação de sangue, pois os materiais utilizados são descartáveis e de uso único. Além disso, as soluções e equipamentos disponíveis nos centros de coleta no Brasil são seguros, eficientes e confiáveis. “A Roche Diagnóstica, por exemplo, oferece para bancos de sangue ensaios de última geração e automação pioneira de amostras para produtos de sangue e plasma, com cobertura abrangente, excelente sensibilidade, e manuseio e processamento totalmente automatizado”, explica Sandra Sampaio, diretora de Marketing e Estratégia da Roche Diagnóstica.

“O meu sangue pode ser contaminado depois da doação”

Mito. O caminho do sangue, após a coleta, é totalmente seguro. Nos bancos de sangue há soluções inovadoras que ajudam em todo o processo. “São soluções integradas e softwares inovadores de triagem de sangue que garantem máxima eficiência, trazendo confiança nos resultados, agilidade, menor necessidade de reteste e perda minimizada de doações, com maior segurança, sem riscos de contaminação, desde quando o sangue chega do doador até o paciente receptor”, exemplifica Sandra Sampaio.

“A triagem do sangue pode detectar diversos tipos de doenças”

Verdade. Após a doação, é realizada uma triagem que busca garantir a máxima segurança para as pessoas que vão receber a transfusão. Podem ser detectadas doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatites B e C. É importante ressaltar que os testes têm o objetivo de fazer a triagem do sangue e evitar contaminações e não de diagnóstico, portanto, não devem ser interpretados como diagnóstico definitivo².

“Se eu doei sangue uma vez, precisarei doar sempre”

Mito. Quem faz a primeira doação de sangue não é obrigado necessariamente a realizar mais vezes. No entanto, é um ato de solidariedade importante para se fazer regularmente – lembrando que uma doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. O intervalo mínimo entre doações é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres, sendo que os homens podem doar no máximo 4 vezes em um ano e as mulheres 3 vezes nesse mesmo período. Para pessoas com mais de 60 anos, o intervalo mínimo entre as doações é de 6 meses³.

“Todas as pessoas podem doar sangue”

Mito. Os critérios básicos para doar sangue são: ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos – menores de 18 anos precisam do consentimento formal do responsável legal; pessoas entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos; apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial; pesar no mínimo 50 kg; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas. Além disso, é preciso estar alimentado – evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue e, caso seja após o almoço, aguardar 2 horas ⁴. “Há ainda algumas restrições e medicamentos que impedem a doação de sangue, por isso, consulte sempre sites oficiais para mais informações”, orienta Sandra Sampaio, diretora de Marketing e Estratégia da Roche Diagnóstica.

 

Em cinco meses, nove ações na Saúde com impacto positivo na população

Zé Gotinha com a ministra Nísia Trindade (Saúde): política de vacinação foi retomada. Foto: Júlia Prado / MS

Anunciada nesta quarta-feira (7/6), a reformulação do Farmácia Popular, agora mais inclusivo e abrangente, é apenas uma das muitas ações que confirmam a Saúde como prioridade do Governo Federal em pouco mais de cinco meses de gestão.

De janeiro a maio, o Ministério da Saúde adotou um conjunto de outras oito medidas que convergem para uma oferta de serviços de qualidade e universal. A expansão da assistência básica à saúde, lançada em março, é um desses exemplos.

1. SAÚDE DA FAMÍLIA – Com objetivo de expandir as equipes de serviço e saúde em municípios de todos os estados, o programa já chegou a 3,9 mil municípios. Até maio, foram credenciadas 56,9 mil novas equipes de saúde da família, atenção primária, saúde bucal e agentes comunitários, além de unidades básicas de saúde com horário estendido.

2. MAIS MÉDICOS – Anunciado em março, o novo Mais Médicos assegura a presença de profissionais de saúde em lugares remotos e nas periferias de grandes cidades. A meta é chegar ao fim de 2023 com 28 mil médicos no programa. Com 5.970 vagas em 1.994 municípios de todo o país, o primeiro edital já conta com mais de 34 mil inscritos, recorde de todas as edições. Os profissionais começarão a atuar até o fim de junho.

3. CIRURGIAS ELETIVAS – Importantes medidas foram anunciadas logo no início do governo, como o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF). Por meio do programa, a União oferece apoio técnico e financeiro a estados e municípios para reduzir as filas de cirurgia eletivas, exames e consultas. Até maio, foram repassados R$ 600 milhões com foco inicial na redução das filas. Foram aprovados 27 planos estaduais, com previsão de realização de 488 mil cirurgias, o que resultará em redução de 45% da fila.

4. VACINAÇÃO – Depois de um período de redução dos índices de vacinação e o retorno de doenças que estavam controladas, o Governo Federal lançou em 27 de fevereiro o Movimento Nacional pela Vacinação, que retomou a vacinação de Covid, com a oferta da bivalente, e dos demais esquemas vacinais. Até o fim de maio, foram repassados R$ 150 milhões de doses a estados e municípios. Foram aplicadas 31,9 milhões de dose de vacina contra a Covid-19, entre bi e monovalente, e mais de 41 milhões de dose de vacina contra a Influenza. Houve recomposição dos estoques da vacina oral contra poliomielite.

5. BRASIL SORRIDENTE – A volta do Brasil Sorridente, com a Política Nacional de Saúde Bucal, foi sancionada pelo presidente Lula no início de maio, para garantir o acesso ao atendimento odontológico pelo SUS. Até maio, o programa somava 3.685 novas equipes de saúde bucal e 19 novos Centros de Especialidades odontológicas (CEO).

6. HOSPITAIS FILANTRÓPICOS – As entidades privadas sem fins lucrativos, entre as quais as Santas Casas, que atuam de forma complementar ao SUS, também receberam aporte de R$ 1,5 bilhão para recomposição orçamentária. Até maio, 2,4 mil entidades foram atendidas em 1,2 mil municípios de 23 estados.

7. PISO DA ENFERMAGEM – O piso salarial da enfermagem, que prevê remuneração de R$ 4.750 aos enfermeiros, foi outra medida importante anunciada no primeiro semestre. Paralelamente à lei que cria o piso, o presidente Lula sancionou outra lei que abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões no orçamento do Fundo Nacional de Saúde para garantir a estados e municípios a capacidade financeira para o pagamento.

8. AGENTES COMUNITÁRIOS – Em janeiro, houve a sanção do Projeto de Lei que reconhece os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias como profissionais de saúde. A medida beneficiou 265 mil agentes comunitários de saúde e 61,1 mil agentes de combate às endemias.

9. FARMÁCIA POPULAR – Retomado na última quarta-feira, o Farmácia Popular garante remédios gratuitos para o tratamento de diabetes, asma, hipertensão e, a partir de agora, para osteoporose e anticoncepcionais. O programa também fornece medicamentos com descontos de até 90% para dislipidemia (gorduras no sangue), rinite, Doença de Parkinson, glaucoma e incontinência (fraldas geriátricas).

Ao todo, são 40 remédios para o tratamento de 11 doenças, num benefício para 55 milhões de brasileiros, em especial os que vivem em condição de vulnerabilidade social. Definido pela ministra Nísia Trindade (Saúde) como uma das maiores e mais abrangentes parcerias entre setor público e privado, o Farmácia Popular já contribui para a redução de 13% das internações por diabetes e 23% por hipertensão.

“A atenção à saúde faz parte da cultura da paz. Garantir acesso a medicamentos é resgatar o direito à saúde e, mais do que isso, resgatar a dignidade ao povo”, disse Nísia Trindade.

 

Mulheres diagnosticadas com TEA na fase adulta sofrem com sintomas específicos

Transtorno do Espectro Autista em mulher adultas é o tema no novo workshop da EID – Escola Internacional de Desenvolvimento

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por diferenças na interação social, comunicação e comportamentos restritos e repetitivos. Embora o TEA seja mais comumente associado a homens, é cada vez mais reconhecido que as mulheres também podem ser afetadas por essa condição.

Nos últimos anos, tem havido um aumento do interesse e da pesquisa sobre o TEA em mulheres, com o objetivo de entender melhor as diferenças de apresentação clínica, desafios específicos e necessidades de suporte. Essa compreensão mais aprofundada é crucial para fornecer intervenções adequadas e personalizadas às mulheres no espectro autista.

Diversos estudos têm destacado que as mulheres com TEA podem apresentar características e padrões de comportamento diferentes dos homens. Por exemplo, elas podem ter habilidades sociais aparentemente mais desenvolvidas, o que pode levar a um diagnóstico tardio ou a uma subestimação das suas dificuldades. Além disso, a presença de interesses e atividades repetitivas pode ser mais sutil ou diferir daquelas observadas em homens.

Outro aspecto importante é a questão da saúde mental. Segundo a palestrante  Amélia Dalanora da EID – Escola Internacional de Desenvolvimento “mulheres com TEA podem ter um maior risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. É fundamental garantir que elas tenham acesso a serviços de saúde mental e apoio adequados, levando em consideração suas necessidades específicas”.

No entanto, ainda há desafios significativos na identificação e no suporte a mulheres com TEA. Muitas vezes, o estereótipo de que o TEA é predominantemente um transtorno masculino pode levar a subdiagnóstico e falta de apoio adequado para mulheres. É essencial conscientizar profissionais de saúde, educadores e o público em geral sobre essa diversidade no espectro autista.

À medida que a pesquisa e o conhecimento sobre o TEA em mulheres continuam a avançar, é esperado que haja uma melhoria no diagnóstico precoce, suporte e inclusão das mulheres no espectro autista.

Segundo a professora Mirian Revers, palestrante do workshop da EID – Escola Internacional de Desenvolvimento “é necessário um esforço conjunto da sociedade para garantir que todas as pessoas, independentemente do gênero, recebam a atenção e o suporte necessários para viver uma vida plena e satisfatória”.

Alerta para saúde mental: “Parece que um desespero toma conta de você” Conta Yudi Tamashiro sobre seu diagnóstico de Burnout

Até onde trabalhar demais é vantajoso? Após o diagnóstico, o apresentador fechou a agenda, cancelou programa de viagem para os EUA e focou em tratamento espiritual

Com duas empresas, curso, podcast e gravações para TV, Yudi Tamashiro não se surpreendeu ao descobrir que o aperto no peito e no estômago, entre outros sintomas, eram sinais de burnout. O apresentador foi diagnosticado com a doença após ir à emergência médica no mês passado.

Embora Yudi já tenha tido episódios de irritação e impaciência antes, desta vez foi diferente. “Foi a primeira vez que senti um desespero tomando conta de mim”, disse ele. “Eu já tive várias vezes, irritações grandes, de não querer escutar ninguém. Se vier falar comigo, só venha com solução porque senão, eu explodo”. No entanto, desta vez, ele chegou a um ponto em que não conseguia mais lidar com a pressão e o ritmo acelerado de seu trabalho.

“Com o lado espiritual, eu conheço os meus erros, é questão de querer abraçar o mundo. Então, acredito que agindo dessa forma [equilibrando trabalho, vida social e descanso], eu vou ter mais segurança”, defende Yudi.

A gestora de carreira, especialista em PNL e terapeuta, Madalena Feliciano, explica que o burnout é uma doença ocupacional que afeta milhões de trabalhadores em todo o mundo. É caracterizado por um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso e pode levar a exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2019 pelo International Stress Management Association (Isma-BR) revelou que 32% da população economicamente ativa do país sofreu com o problema.

Uma pesquisa recente do Slack descobriu que o burnout está aumentando globalmente. Essa condição pode afetar pessoas em todas as áreas profissionais, desde profissionais da saúde até trabalhadores de escritório. A pressão constante para atender as demandas do trabalho, cumprir prazos e manter o desempenho pode levar a uma sobrecarga que, se não gerenciada adequadamente, pode levar ao burnout.

Madalena Feliciano destaca que os impactos do burnout vão além do indivíduo – muitas vezes, a condição pode afetar negativamente a equipe e a empresa como um todo. Funcionários que sofrem de burnout podem ter um desempenho abaixo do esperado, faltar ao trabalho com mais frequência e até mesmo deixar o emprego. Além disso, a empresa pode enfrentar custos com licenças médicas, contratação e treinamento de novos funcionários devido ao aumento da rotatividade e perda de produtividade.

O estresse no trabalho é comum, mas o esgotamento profissional é uma condição séria que pode afetar tanto a saúde quanto a carreira de uma pessoa. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficialmente reconheceu o burnout como um diagnóstico médico e o incluiu na Classificação Internacional de Doenças. O burnout é caracterizado como uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.

Para ser diagnosticado com burnout, a pessoa deve apresentar quatro sintomas principais: exaustão emocional, cinismo ou despersonalização, sentimento de ineficácia e redução da realização profissional. Esses sintomas podem afetar a qualidade de vida, o bem-estar mental e a produtividade.

Muitas pessoas encaram o esgotamento como uma forma de estresse e tentam superá-lo da mesma maneira, mas na verdade, não são a mesma coisa. A fadiga que acompanha o esgotamento é diferente do estresse que pode surgir após um longo dia ou semana de trabalho. De fato, a fadiga pode ser tão incapacitante que impede as pessoas de realizar suas tarefas diárias. E embora ainda haja debate sobre a frequência do esgotamento profissional, a condição é real e pode afetar qualquer pessoa.

Uma pesquisa realizada pela Gallup mostrou que simplesmente trabalhar menos não é suficiente para reduzir o estresse, melhorar o bem-estar ou prevenir o esgotamento. Embora seja parte, não é toda a solução. A Gallup descobriu que a chave para prevenir o esgotamento é como os funcionários experimentam sua carga de trabalho, o que tem um impacto mais forte no esgotamento do que o número de horas trabalhadas. Além disso, quando se trata do bem-estar geral, a qualidade da experiência de trabalho é duas a três vezes mais importante do que o número de dias ou horas trabalhadas. Em outras palavras, o que você faz durante o horário de trabalho é o que realmente importa, de acordo com a análise da Gallup.

O principal sintoma do esgotamento é a exaustão na forma de uma fadiga profunda que não é curável com descanso ou folga. Então o que deve ser feito para combater o burnout? Madalena Feliciano cita algumas dicas:

Para empresas

As principais causas de esgotamento no trabalho são: tratamento injusto, carga de trabalho incontrolável, falta de clareza do papel e falta de comunicação e apoio de um líder. A qualidade de um líder define a base para todas as outras causas. Os líderes são defensores dos membros de sua equipe, abordando injustiças, ajudando a gerenciar prioridades e esclarecendo expectativas. Na maioria dos casos de esgotamento, as pesquisas descobriram que faltava um bom líder.

Prevenir o burnout é a melhor maneira de evitá-lo, pois a recuperação pode levar tempo e prejudicar a carreira do funcionário. Para a prevenção, indica-se as empresas cinco ações iniciais:

  1. Certifique-se de que todos conheçam seus pontos fortes e use uma estratégia baseada neles para criar uma cultura de autodesenvolvimento.
  2. Remova líderes abusivos, pois eles são o maior risco para a força de trabalho.
  3. Melhore as habilidades dos líderes para que possam se tornar treinadores e especialistas em estabelecer metas e fornecer feedback significativo pelo menos uma vez por semana.
  4. Faça do bem-estar uma parte das conversas sobre desenvolvimento de carreira, para que os líderes possam sonhar alto com suas equipes.
  5. Enfatize o bem-estar profissional como um foco na organização, pois trabalhar menos não significa trabalhar mais feliz.

“As empresas que desejam atrair e reter trabalhadores e competir na economia global de hoje devem incentivar comunidades gentis no trabalho, aumentar o acesso aos recursos necessários de saúde mental e cultivar uma cultura de respeito por todos os colaboradores. Ao adotar essas medidas, os líderes empresariais podem prevenir o esgotamento e garantir que seus funcionários tenham uma experiência de trabalho positiva.” Enfatiza Madalena Feliciano.

Para líderes e colaboradores

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para ajudar a prevenir o burnout:

  1. Estabeleça limites: É importante definir limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. Evite levar trabalho para casa e reserve tempo para atividades relaxantes e hobbies que ajudem a aliviar o estresse.
  2. Aprenda a dizer não: Muitas vezes, os trabalhadores se esforçam demais para agradar os outros e acabam sobrecarregados. É importante aprender a dizer não quando necessário e priorizar tarefas importantes.
  3. Pratique a autocuidado: Cuidar da própria saúde mental e física é fundamental para prevenir o burnout. Isso pode incluir dormir bem, se alimentar de forma saudável, praticar exercícios físicos, se conectar com a espiritualidade e reservar tempo para relaxar e se divertir.
  4. Busque apoio: É importante ter um sistema de apoio, seja amigos, familiares ou colegas de trabalho, com quem possa conversar e compartilhar preocupações. Isso pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar a resiliência.
  5. Comunique-se com o empregador: Se estiver enfrentando desafios no trabalho, é importante comunicar-se com o empregador para buscar soluções. Isso pode incluir ajustes no trabalho, treinamento adicional ou apoio emocional.
  6. Faça pausas regulares: É importante fazer pausas regulares durante o dia de trabalho para descansar e recarregar as energias. Isso pode incluir caminhar, fazer uma pausa para o café ou simplesmente relaxar por alguns minutos.
  7. “Pratique técnicas de gerenciamento de estresse: Existem várias técnicas que podem ajudar a gerenciar o estresse, como a meditação, auto-hipnose ou a ioga. Encontre uma técnica que funcione para você e pratique regularmente.” finaliza Madalena Feliciano.

Leitos de UTI da rede pública estão com 100% de ocupação em Pernambuco

O fantasma do colapso no sistema de saúde, vivenciado durante a pandemia da Covid-19 voltou a rodear os hospitais públicos de Pernambuco.

A oferta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) continua insuficiente para garantir a assistência aos mais de 160 pacientes, de todas as faixas etárias, que aguardam um leito, sem previsão de liberação de vagas. Hoje, a rede pública do Estado trabalha na capacidade total de seus leitos, em melhores palavras, todos estão ocupados.

Além da degradação dos hospitais públicos do Estado, denunciada pela população e pelos funcionários, a superlotação é outro grande problema, que só vem se arrastando nos últimos anos sem uma solução. As filas de espera permanecem sem fim. Nos quatro cantos do estado, os leitos estão lotados e pacientes aguardam uma vaga. Somente com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), duas crianças e 87 adultos estão à espera de um leito de UTI. Já os casos não respiratórios, totalizam 74 pacientes. É importante destacar que redes privadas, vivenciam o mesmo cenário, visto que o aumento dos casos de doenças respiratórias se apresenta significativo em solo pernambucano.

Durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a governadora Raquel Lyra (PSDB), afirmou que dentro de um contrato de empréstimo de R$2,5 bilhões, destinará parte do montante para requalificação dos hospitais estaduais.

Atualmente, Pernambuco vivencia um aumento no número de casos de influenza em adultos, não tão diferente da maior parte do Brasil. Entre crianças, com idades até 2 anos, existe uma manutenção do crescimento de novos casos semanais e de internações pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que é o principal agente responsável por infecções respiratórias agudas em recém-nascidos. O vírus causa doenças leves, semelhantes a um resfriado, mas também podem acarretar em doenças graves, como bronquiolite.

A CBN Recife procurou a Secretaria de Saúde do Estado, para obter respostas sobre ações para aumento de leitos e viabilizar o atendimento desses pacientes, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta.

Fonte: CBN Recife

Beneficiários do Bolsa Família terão acesso gratuito a todos os medicamentos do Farmácia Popular

O Governo Federal retoma o Farmácia Popular do Brasil com a expansão da oferta de medicamentos gratuitos e o credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade. Em uma ação inédita, todos os beneficiários do Bolsa Família poderão retirar os 40 medicamentos disponíveis no programa gratuitamente. A iniciativa amplia o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de brasileiros.

A saúde da mulher terá prioridade. Essa população terá acesso gratuito aos medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos. São produtos que eram oferecidos pelo Farmácia Popular com preços mais baixos (50% de desconto) e que agora passam a integrar o rol de gratuidade, junto com tratamentos para hipertensão, diabetes e asma. Mais de 5 milhões de mulheres que antes pagavam a metade do valor devem ser beneficiadas com a retirada dos produtos de graça.

O Farmácia Popular do Brasil oferece medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes, asma e hipertensão e, a partir de agora, também para osteoporose e anticoncepcionais. O programa também fornece medicamentos com descontos de até 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Ao todo, contempla o tratamento para 11 doenças.

O Governo Federal também irá facilitar o acesso ao programa para a população indígena aldeada. Para evitar o deslocamento dessa população, será nomeado um representante de comunidade responsável por retirar os medicamentos indicados, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima.

Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional

O lançamento do novo Farmácia Popular do Brasil será feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (7/6), em Recife, Pernambuco. A retomada dessa estratégia é mais uma iniciativa para resgatar o direito à saúde e vida digna para todos.

NOVOS CREDENCIAMENTOS – Após oito anos sem novas farmácias credenciadas, o Ministério da Saúde retoma as novas habilitações priorizando os municípios de maior vulnerabilidade que aderiram ao Mais Médicos. Ao todo, 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste. Dessa forma, o acesso à saúde passa a ser completo para essa população – do atendimento médico ao tratamento.

Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional.

IMPACTO – Estudos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicados em 2017, analisaram a relação do Farmácia Popular com o número de internações e óbitos por diabetes e hipertensão. Entre 2006 e 2015, o índice de internações por diabetes caiu 13% e as hospitalizações por hipertensão tiveram redução de 23% em todo país. Já entre 2011 e 2015, o total de mortes por complicações ligadas ao diabetes caiu 8,23%. A queda na mortalidade nos estados da região Nordeste foi cinco vezes superior à média nacional. Esse cenário mostra o papel do programa como fator fundamental na promoção da saúde da população.

O QUE É – O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 como uma ação complementar de assistência farmacêutica no SUS. Inicialmente, foram ofertados medicamentos com preços mais baixos. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde fechou parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, instituindo a modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”.

A partir de 2011, o programa começou a ofertar à população medicamentos gratuitos indicados para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma, por intermédio da estratégia “Saúde Não Tem Preço”. Outros tratamentos continuaram a ser oferecidos com até 90% de desconto.

Em 2016, a iniciativa chegou ao marco de quase 35 mil farmácias credenciadas atendendo mais de 22 milhões de brasileiros. Contudo, nos últimos anos, com a redução do número de municípios com unidades habilitadas, cerca de 2 milhões de brasileiros deixaram de ser atendidos pelo Farmácia Popular.

Reconstruir o Farmácia Popular, com a ampliação do número de unidades credenciadas e de brasileiros beneficiados, é prioridade do Governo Federal, que garantiu a continuidade da iniciativa com recursos da PEC da Transição após o desmonte orçamentário na gestão passada. O orçamento previsto para 2023 está na ordem de R$ 3 bilhões.

ENTENDA 

BOLSA FAMÍLIA – Até o momento, o Farmácia Popular oferecia medicamentos gratuitos para asma, hipertensão e diabetes. Os outros tratamentos eram oferecidos com preços mais baixos. A partir de agora, os 55 milhões de brasileiros que são beneficiários do Bolsa Família terão acesso a todos os medicamentos disponíveis no programa – são 40 para o tratamento de diversas doenças. Para retirar, basta ir até a farmácia credenciada e apresentar a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não é necessário cadastro prévio.

SAÚDE DA MULHER – A partir de agora, todas as mulheres já podem retirar gratuitamente os medicamentos indicados para o tratamento da osteoporose e contraceptivos. A iniciativa deve beneficiar cerca de 5 milhões de mulheres em todo Brasil.

INDÍGENA – De forma inédita, o Programa Farmácia Popular passa a atender a população indígena. O objetivo é ampliar e facilitar o acesso, de forma complementar, à assistência farmacêutica básica à população atendida nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Com a ação, o Farmácia Popular passa a ofertar todos os medicamentos do rol do programa de forma gratuita para essa população.

Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami e em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões. As ações serão implementadas com a participação dos conselhos distritais de saúde indígena.

MAIS SEGURA – Nos últimos anos, resultados das auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e do Sistema Único de Saúde (AudSUS) apontaram fragilidades na execução e no controle do programa, além de indícios de fraudes. Com a retomada do Farmácia Popular, o Ministério da Saúde avançou para garantir a segurança, a fiscalização e a efetividade dessa política. A pasta está atendendo às determinações e recomendações dos órgãos de controle, permanece em diálogo constante com o TCU e trabalha no aperfeiçoamento dos mecanismos de monitoramento do programa.

Estados priorizados
para novos credenciamentos

6 de junho: Dia Nacional do Teste do Pezinho

Entenda a importância do exame realizado nos primeiros dias de vida, que pode identificar até 50 enfermidades

Em 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame que permite identificar doenças graves no recém-nascido. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 2,4 milhões de testes do pezinho são realizados anualmente no sistema público e mais de 80% dos bebês recém-nascidos são submetidos ao exame no país. Diante das campanhas e ações colocadas em prática nos últimos dois anos, as expectativas para 2023 são as melhores, incluindo um aumento de testes realizados.

O Teste do Pezinho é feito a partir de gotas de sangue coletadas no calcanhar do bebê e é essencial para ajudar na identificação de patologias como o hipotireoidismo congênito, quando a glândula tireoide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios; a fenilcetonúria, que é uma doença relacionada ao metabolismo; e as hemoglobinopatias, que são doenças que afetam o sangue, como o traço falcêmico e doença falciforme.

“É um direito de todas as crianças e extremamente importante que o teste seja realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Com grande precisão na probabilidade, o exame faz uma triagem de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que podem causar sequelas por toda a vida”, explica o médico pediatra neonatologista e professor do curso de Medicina da Uniderp, Walter Peres da Silva. “O recém-nascido que apresentar resultado positivo na triagem neonatal deverá fazer exames específicos para confirmação do diagnóstico”, complementa.

O exame pode ser realizado entre o segundo e quinto dia de nascimento. De acordo com Walter, não é recomendada a realização antes das 48 horas de vida. “Algumas alterações hormonais e metabólicas só atingem o equilíbrio após esse período. O prazo máximo deve ser respeitado para que o diagnóstico seja feito rapidamente e não haja prejuízos à saúde do bebê no caso de tratamentos específicos”, avisa. Com o resultado em mãos, o Teste do Pezinho poderá ser apresentado na primeira consulta com o pediatra, geralmente, nos primeiros 15 dias de vida.

Ampliação das doenças rastreadas

Em 2022, foi sancionada a lei nº 14.154, que amplia para 14 o grupo de doenças rastreadas pelo exame, podendo identificar até 53 enfermidades. A implementação será feita em cinco fases, de forma escalonada e será regulada pelo Ministério da Saúde. “A ampliação desse rastreamento vai acelerar o diagnóstico de doenças raras”, destaca o médico neonatologista.

As etapas vão abranger na primeira fase a detecção de excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além do diagnóstico para toxoplasmose congênita. Doenças como galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos serão analisadas em uma segunda etapa do plano. Exames para doenças lisossômicas, testagem para imunodeficiências primárias e diagnóstico para atrofia muscular espinhal serão contemplados nas etapas seguintes.

 

 

Imunização: a melhor forma de prevenir a anemia associada a doenças infecciosas

Junho Laranja: Prevenção da Anemia

A anemia é uma condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis o suficiente para transportar oxigênio para os tecidos do corpo. Isso pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo deficiências nutricionais, doenças crônicas, perda excessiva de sangue ou problemas genéticos. No entanto, uma das principais causas de anemia em todo o mundo são as doenças infecciosas.
A anemia pode agravar o curso das doenças infecciosas, tornando o corpo mais suscetível a infecções, piorando a resposta imunológica e agravando os sintomas da doença. Por exemplo, a infecção por Streptococcus pneumoniae, que pode causar pneumonia e outras infecções respiratórias, pode levar a uma piora da anemia em algumas pessoas.
O médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Rodrigues Roque, explica que, felizmente, a vacinação pode ajudar a prevenir e tratar essas condições. As vacinas são uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e, assim, reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. As vacinas ajudam a proteger o corpo contra agentes infecciosos, evitando a infecção e a destruição dos glóbulos vermelhos, além de ajudar a prevenir as complicações associadas às doenças infecciosas.
Por exemplo, a vacinação contra a malária está sendo desenvolvida e testada em todo o mundo. Embora ainda não haja uma vacina disponível comercialmente, as vacinas em desenvolvimento mostraram-se promissoras na prevenção da infecção pelo parasita da malária e na redução do risco de anemia associada à doença.
Além disso, a vacinação contra o vírus da hepatite B pode prevenir a infecção pelo vírus, que pode causar anemia em alguns casos. A vacinação também pode ajudar a prevenir a infecção pelo Streptococcus pneumoniae, reduzindo o risco de complicações respiratórias e de agravamento da anemia.
“É importante lembrar que a vacinação não apenas previne doenças infecciosas, mas também ajuda a proteger a saúde geral do corpo, reduzindo o risco de complicações secundárias, como a anemia. A vacinação é uma forma segura e eficaz de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia, e deve ser uma prioridade para todas as pessoas, independentemente da idade.” Destaca o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
Algumas dicas importantes para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia incluem:
    1. Manter um calendário de vacinação atualizado: verifique com seu médico ou profissional de saúde, quais vacinas são recomendadas para sua idade e histórico de saúde. Certifique-se de seguir as orientações de vacinação recomendadas para proteger-se contra doenças infecciosas e prevenir a anemia.
    2. Adotar hábitos saudáveis: uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, como ferro e ácido fólico, pode ajudar a prevenir a anemia e manter o corpo saudável. Além disso, é importante manter uma boa higiene pessoal e evitar o contato com pessoas doentes para reduzir o risco de infecções.
    3. Buscar atendimento médico quando necessário: se você estiver apresentando sintomas de anemia ou suspeitar de uma infecção, é importante procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
   4. Participar de campanhas de vacinação: muitas vezes, as autoridades de saúde organizam campanhas de vacinação em massa para prevenir surtos de doenças infecciosas. É importante estar atento a essas campanhas e participar delas para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia.
    5. Conscientizar-se sobre a importância da vacinação: a vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia. É importante conscientizar-se sobre a importância da vacinação e incentivar amigos e familiares a se vacinarem também, para proteger a saúde de todos.
“A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. A vacinação é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde e deve ser uma prioridade para todas as pessoas.” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

Dia mundial da conscientização sobre a Esclerose Múltipla: O que é e como diagnosticá-la?

Formigamento, dormência, dor, fraqueza nos braços, pernas, tronco ou face, além de problemas com a visão, podem ser sinais iniciais de esclerose múltipla, sobretudo em pacientes jovens.

Cerca de 40 mil pessoas no Brasil são atingidas pela esclerose múltipla, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). No mundo, esse número chega a quase 3 milhões de pessoas.

Afeta principalmente jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Depois de doenças neurológicas decorrentes de traumas de acidentes, a esclerose múltipla é a maior causa de incapacidade neurológica em adultos jovens.

Essa patologia neurológica é inflamatória e autoimune, acomete o cérebro e a medula. Acontece quando as zonas de mielina, substância que reveste a maioria das fibras nervosas é danificada ou destruída, causando uma inflamação que compromete o funcionamento do sistema nervoso central e criando uma barreira na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo.

“Os sintomas variam de pessoa para pessoa, de acordo com o grau do dano já causado. Não há cura para a esclerose múltipla, mas existem tratamentos que ajudam na redução e gravidade dos surtos bem como reduzindo chances de novos surtos e progressão da doença”, explica o neurologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Frederico Lacerda, que destaca ainda alguns sinais de atenção. Confira:

  • Fraqueza;
  • Sensitivas: dormências ou formigamentos; dor ou queimação na face;
  • Visuais: visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, visão dupla;
  • Motoras: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
  • Ataxia: falta de coordenação dos movimentos finos ou para andar e desequilíbrios;
  • Além disso, pode apresentar sintomas associados descritos abaixo, sendo rara a sua apresentação de forma isolada:
    • Esfincterianas: dificuldade de controle da bexiga ou intestino;
    • Cognitivas: problemas de memória, de atenção, do processamento de informações;
    • Mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade.

O diagnóstico é feito por meio da análise médica que inclui exame clínico e exames complementares, como ressonância magnética de cérebro, coluna cervical e torácica e coleta de líquor. Desta forma, é essencial que mediante qualquer suspeita, ocorra a busca por um especialista, sobretudo após a apresentação de um sintoma novo e agudo, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são determinantes para gerenciar a doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

 

Vacinação contra Influenza segue para toda população até 31 de maio

A campanha de vacinação contra a Influenza seguirá até o próximo dia 31 de maio. Promovida pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), a imunização está disponível para todos os grupos prioritários: pessoas acima dos 6 meses de idade e a parcela adulta sem comorbidade.

Para a coordenadora do programa de imunizações, Magda Costa, a participação da população é essencial.

O Ministério da Saúde prevê que 90% da população geral seja contemplada com o imunizante. Para ter acesso à vacina, basta ir ao posto mais próximo e apresentar o documento de identificação, Cartão SUS e carteira de vacinação. Você pode conferir os locais de vacinação por meio do aplicativo Conecta Recife.

 

Oncologista explica aumento da incidência do câncer de intestino na população mais jovem

Estima-se que pessoas nascidas na década de 1990 possuem risco quatro vezes maior de desenvolver câncer no reto (a porção final do intestino) do que as que nasceram nos anos 1950

O câncer de intestino vem crescendo cada vez mais entre a população com menos de 50 anos. De acordo com um estudo da American Cancer Society (ACS), o diagnóstico em adultos de 20 a 39 anos vem crescendo entre 1% e 2,4% por ano desde a década de 1980 e, entre as principais causas, estão os maus hábitos da população nesta faixa etária.

“O câncer colorretal ainda é mais comum em pessoas a partir dos 50 anos. Porém, deve-se levar em consideração que esse tipo de tumor é silencioso, o que significa que um paciente pode conviver com a doença por um longo período até que ela chegue a um estágio avançado e ele finalmente tenha um diagnóstico”, destaca Dr. Bruno Conte, oncologista da Hemomed Instituto de Oncologia.

Segundo o especialista, os jovens estão sendo acometidos pelo câncer de intestino por causa do estilo de vida pouco saudável. Dietas pobres em fibras (como frutas, verduras e legumes), alto consumo de alimentos ultraprocessados(como salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e também de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) aumentam o risco para a doença.

O médico explica que as carnes processadas são submetidas a técnicas para realçar sabor ou melhorar a preservação. “As substâncias presentes na fumaça do processo de defumação e os conservantes (como os nitritos e nitratos) também adicionados durante o processamento, juntamente com o sal, favorecem o surgimento do tumor no intestino”, reforça ele.

Outros hábitos ruins e que vem resultando na maior prevalência desse tipo de câncer entre os mais jovens são o excesso de álcool, de tabaco, falta de atividade física e privação de sono, entre outros. De acordo com a ACS, estima-se que pessoas nascidas na década de 1990 possuem um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer no reto (a porção final do intestino) do que as que nasceram nos anos 1950.

Dr. Conte recomenda que a população fique atenta aos sinais do corpo. “Sangue nas fezes, alterações significativas no formato das fezes, constipação, diarreia, perda de peso sem motivo específico: tudo isso deve ser um alerta para uma consulta médica”, afirma ele.

Ele destaca que os exames preventivos são muito importantes para detecção precoce do câncer colorretal. Isso porque a doença tem a peculiaridade de possibilitar tanto a prevenção da ocorrência da doença, pela identificação e retirada dos pólipos intestinais – que leva a uma redução da incidência do câncer – quanto a detecção em estágios iniciais.

“Pessoas com histórico familiar devem fazer a colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos, e dando tudo certo, repetir o exame a cada dez anos. Já as pessoas que não possuem casos na família devem realizar colonoscopia preventiva a partir dos 50 anos de idade”, salienta ele.

O médico recomenda ainda que a população de todas as idades cuidem de seus hábitos de vida, incluindo na dieta alimentos frescos, como frutas, legumes, verduras, saladas e carnes magras. “A prática de exercícios físicos também é importante, bem como parar de fumar e reduzir ao máximo a ingestão de bebidas alcoólicas. O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. Mas melhor ainda é atuar na prevenção, cuidando da saúde com medidas simples”, finaliza ele.

Apesar de raro, câncer cerebral exige atenção para diagnóstico precoce

Sociedade Brasileira de Patologia exalta importância do Maio Cinza na conscientização para sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos

O Maio Cinza foi recentemente criado como uma campanha para conscientizar a população sobre os riscos e as características do câncer cerebral. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença corresponde a 2% dos tipos de câncer no Brasil e pode acometer crianças, adultos e idosos. Embora raro, a difícil localização dos tumores pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes e impor tratamentos mais complexos.

A Sociedade Brasileira de Patologia (SPB) alerta que não existem medidas definidas para a prevenção específica dos tumores cerebrais, motivo que torna ainda mais importante o diagnóstico da doença em uma fase inicial. A detecção precoce requer atenção a sintomas e sinais como dores de cabeça muito fortes e frequentes, alterações visuais e na fala, crises convulsivas, sonolência, mudanças no comportamento e dificuldade de equilíbrio.

A SBP destaca ainda o papel fundamental do médico patologista na definição do estágio do tumor e das opções de tratamento. Segundo Felipe D’Almeida Costa, vice-presidente para Assuntos Acadêmicos da SBP, é o patologista quem recebe a biópsia neurocirúrgica do paciente e utiliza métodos adicionais, como a imunoistoquímica e os testes genéticos moleculares, para fazer o diagnóstico preciso e estratificar o risco. “Uma vez estabelecido o diagnóstico, o paciente pode ser encaminhado para terapias adicionais, como a radioterapia ou a quimioterapia”, explica D’Almeida Costa.

Ainda, de acordo com o patologista, é primordial que os médicos considerem sempre a possibilidade de um tumor cerebral dentre os diagnósticos de um paciente que tenha sintomas neurológicos. “Na maioria das vezes esses sintomas, sozinhos, não são causados por um câncer, mas é importante que as alterações sejam investigadas de perto”, reforça D’Almeida Costa, que tem a neuropatologia como uma de suas subespecialidades.

Encaminhado para uma equipe multidisciplinar, o paciente poderá ser observado de perto por neurocirurgiões, neurorradiologistas e neuropatologistas, especialistas em reabilitação e outros profissionais que ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente neuro-oncológico.