Categoria: Saúde

Consumo de álcool durante a menopausa pode aumentar o risco de doenças graves

Durante esse período, o risco de doença cardíaca, o AVC e a osteoporose aumenta

O consumo de álcool com moderação é o segredo para a boa saúde, especialmente para as mulheres que estão tentando minimizar os sintomas da menopausa, de acordo com a especialista em saúde da mulher da Mayo Clinic. O consumo de álcool durante a menopausa pode piorar os sintomas e aumentar o risco de doenças graves, como doença cardíaca e osteoporose, afirma a Dra. Juliana Kling, diretora assistente do Centro de Saúde da Mulher da Mayo Clinic no Arizona.

Uma das maiores reclamações das mulheres durante a menopausa são os sintomas vasomotores, mais comumente conhecidos como ondas de calor e transpiração noturna. Cerca de 80 por cento das mulheres têm ondas de calor e transpiração noturna, e para 30 por cento delas, os sintomas serão severos. As ondas de calor ocorrem devido a uma alteração da zona termorreguladora do corpo. A Dra. Kling afirma que o álcool pode intensificar os sintomas.

“Muitas mulheres descreverão as ondas de calor como se fossem uma ardência que percorre o corpo e que parece ter sido gerada no peito”, explica a Dra. Kling. “Elas estão associadas com o suor e podem ser extremamente incômodas durante o dia, mas também à noite durante o sono.”Os problemas do sono estão comumente associados com a menopausa. O álcool pode dificultar uma boa noite de sono para algumas pessoas,” diz a Dra. Kling.

“Ainda que muitas pessoas pensem que uma taça de vinho possa ser boa para provocar o sono, isso apenas atrapalha a qualidade do sono”, diz a Dra. Kling. “É preciso ficar atento com isso e talvez reduzir ou mesmo eliminar o consumo de álcool antes de ir dormir.”

Durante os anos da menopausa, o risco de certas doenças graves aumenta. Entre elas podemos citar a doença cardíaca, o AVC e a osteoporose. O álcool pode tornar mais difícil manter um peso saudável, o que pode aumentar o risco de certas condições de saúde.

“Muitos de nós não reconhecemos as associações entre o álcool e os resultados prejudiciais para a saúde, como o risco de câncer de mama, bem como a associação entre o álcool e o risco mais elevado de câncer de mama”, explica a Dra. Kling. “Além disso, existem condições como o aumento de câncer colorretal. Diante disso, as pessoas poderão considerar minimizar ou evitar o consumo de álcool.”

As taxas de consumo de álcool entre as mulheres variam ao redor do mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde.

A Dra. Kling recomenda para as mulheres em menopausa limitar o consumo de álcool a uma dose por dia. Também é preciso levar em conta que diferentes tipos de cervejas, vinhos ou licores podem ter teor alcóolico significativamente variados. A Dra. Kling recomenda observar esse detalhe para garantir o consumo da dose adequada.

Além de limitar ou eliminar o consumo de álcool, a Dra. Kling também recomenda a prática regular de exercícios físicos, manter um peso saudável, ingerir uma dieta balanceada repleta de frutas e vegetais e não fumar.

“Esses hábitos de estilo de vida saudável representam o que há de melhor em termos de ajuda durante a transição da menopausa”, explica a Dra. Kling.

Estudo mostra que 33% dos funcionários brasileiros têm algum tipo de transtorno mental

A saúde mental é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões sobre o bem-estar dos funcionários brasileiros. Transtornos mentais como a ansiedade e a depressão são as principais causas de afastamento do trabalho no país, segundo dados do INSS.

A saúde mental está cada vez mais presente nas políticas internas de muitas empresas, e isso se deve a uma preocupante estatística: de acordo com o estudo “Um olhar aprofundado sobre a saúde mental nas organizações brasileiras”, realizado pela Vittude neste ano, 33% dos colaboradores avaliados apresentam algum tipo de transtorno mental em nível severo ou extremamente severo. Esses dados evidenciam a necessidade de as empresas adotarem medidas para promover a saúde mental dos funcionários, garantindo que eles se sintam acolhidos e apoiados.

O estudo avaliou a saúde mental de mais de 25 mil trabalhadores de 22 organizações de diferentes portes e setores. Entre as patologias analisadas, destacam-se a ansiedade, depressão e estresse. Os resultados apontam que 14% dos entrevistados apresentam níveis severos ou extremamente severos de ansiedade, enquanto 9% foram diagnosticados com depressão e outros 9% com quadros de estresse crônico. A aplicação de escalas psicométricas permitiu a obtenção desses dados alarmantes, que reforçam a necessidade de as empresas investirem em programas de saúde mental para seus colaboradores.

A especialista em gestão de carreira, CEO e terapeuta, Madalena Feliciano, destaca que garantir a saúde mental e física dos colaboradores é fundamental para a produtividade e o sucesso da empresa. Quando a empresa oferece suporte à saúde dos funcionários, ambos os lados saem ganhando: os colaboradores se sentem mais valorizados e motivados, e a organização pode contar com uma equipe mais engajada e produtiva.

O que pode afetar a saúde mental no ambiente corporativo?

Há diversos fatores podem afetar a saúde mental dos funcionários no ambiente corporativo, desde cargas de trabalho excessivas até relações interpessoais negativas que geram angústia emocional. Para lidar com esses fatores, é necessário investir na construção de uma cultura de prevenção que proteja e ampare os funcionários com ações eficazes e empáticas. Um estudo da Universidade de Harvard aponta que a qualidade dos relacionamentos, tanto no trabalho quanto em casa, é o fator que mais impacta a saúde mental dos funcionários.

Pesquisas realizadas pela Universidade Roosevelt e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts também destacam a importância dos relacionamentos no ambiente de trabalho. Enquanto 80% dos líderes reconhecem o trabalho de suas equipes, apenas 20% dos liderados afirmam que são reconhecidos. Além disso, um ambiente de trabalho tóxico pode ser dez vezes mais forte em promover o turnover (taxa de rotatividade de funcionários) do que a insatisfação com os salários. Sendo assim, entende-se que os relacionamentos são a raiz do problema quando se trata da saúde mental dos funcionários no ambiente corporativo.

A seguir, Madalena Feliciano apresenta algumas estratégias que as empresas podem adotar para promover a saúde mental dos seus funcionários:

1. Oferecer serviços de apoio social e emocional

Muitas empresas estão investindo em serviços de apoio social e emocional para ajudar os funcionários a lidar com questões emocionais e pessoais. Esses serviços podem incluir consultas com psicólogos e assistentes sociais, grupos de apoio e programas de mindfulness. É importante que os funcionários se sintam apoiados e acolhidos em momentos de vulnerabilidade.

2. Promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Muitas vezes, a pressão do trabalho pode afetar a vida pessoal dos funcionários, causando estresse e desequilíbrio emocional. As empresas podem adotar políticas que promovam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como horários flexíveis, home office e períodos sabáticos. É importante que os funcionários tenham tempo para cuidar de si mesmos e das suas famílias.

3. Investir em capacitação e treinamento de líderes

Os líderes desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental dos funcionários. Por isso, é importante que as empresas invistam em capacitação e treinamento dos seus líderes, para que eles saibam como lidar com questões emocionais e promover um ambiente de trabalho saudável e positivo. Os líderes também devem estar atentos à segurança psicológica da equipe, garantindo que todos se sintam seguros e acolhidos no ambiente de trabalho.

4. Criar um ambiente de trabalho positivo

Um ambiente de trabalho positivo pode ajudar a promover a saúde mental dos funcionários. As empresas podem adotar políticas que incentivem a colaboração, o respeito e a valorização dos funcionários. Além disso, é importante que os funcionários se sintam reconhecidos e valorizados pelo trabalho que realizam.

5. Incentivar a prática de atividades físicas e de lazer

A prática de atividades físicas e de lazer pode ajudar a promover a saúde mental dos funcionários. As empresas podem incentivar a prática de atividades físicas, como ginástica laboral e grupos de corrida. Além disso, é importante que os funcionários tenham tempo para atividades de lazer, como hobbies e viagens.

“A saúde mental dos funcionários é fundamental para a qualidade de vida e o sucesso profissional. As empresas que investem em saúde mental estão demonstrando um compromisso com o bem-estar dos seus colaboradores e criando uma cultura organizacional positiva. É importante que as empresas adotem medidas para promover a saúde mental dos seus funcionários, garantindo que eles se sintam apoiados, valorizados e saudáveis”. Finaliza Madalena Feliciano.

Um perigo silencioso chamado Hepatite B: 6 em cada 10 brasileiros não sabem que estão infectados; saiba os sintomas

A hepatite B é uma infecção viral do fígado que pode ter consequências graves e, em alguns casos, fatais. Muitas pessoas podem ser portadoras assintomáticas da doença e não saberem que estão infectadas. Segundo dados do Ministério da Saúde no relatório Hepatites Virais 2023, mais de 276 mil pessoas foram diagnosticadas com hepatite B no Brasil, mas estima-se que um milhão de pessoas estejam infectadas com o vírus no país. O que representa um quadro de seis em cada dez brasileiros infectados sem saber que precisam buscar tratamento médico para a doença.
“É importante destacar a importância da vacinação contra a hepatite B como forma de prevenção da doença. A vacina é altamente eficaz e segura e é recomendada para todas as pessoas, especialmente aquelas com maior risco de contrair a doença”. Afirma o médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque.
Além da vacinação, existem outras medidas de prevenção que podem ajudar a reduzir o risco de contrair a hepatite B. Práticas sexuais seguras, não compartilhamento de agulhas ou outros equipamentos de injeção, triagem de sangue para transfusões e cuidados no manuseio de materiais cortantes em ambientes de saúde são algumas das medidas recomendadas.
“Vale ressaltar que a hepatite B pode ser assintomática por muitos anos e que a detecção precoce da doença é fundamental para prevenir a progressão para estágios mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, é importante que as pessoas em risco de contrair a doença façam testes de detecção regularmente”. Destaca o Dr. Marco César Roque.
Na maioria das vezes, os sintomas somente se apresentam nas décadas seguintes à infecção, o que torna mais difícil detectar a doença. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
    • Cansaço: fadiga extrema e falta de energia;
    • Tontura: sensação de que o ambiente está girando ou que a pessoa está prestes a desmaiar;
    • Dor abdominal: desconforto ou dor na região do abdômen;
    • Pele e olhos amarelados: icterícia, que é um amarelamento da pele e dos olhos devido ao acúmulo de bilirrubina no corpo;
    • Enjoo: sensação de náusea ou mal-estar abdominal;
    • Vômitos: expulsão do conteúdo do estômago pela boca;
    • Febre: elevação da temperatura corporal acima do normal.
O tratamento para a hepatite B pode incluir o uso de medicamentos antivirais que ajudam a reduzir a quantidade de vírus no corpo e a diminuir a inflamação no fígado. O tratamento também pode incluir o uso de imunomoduladores para ajudar o sistema imunológico a combater o vírus.
A hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado em todo o mundo. É importante que as pessoas com hepatite B crônica recebam acompanhamento médico regular e sigam as recomendações de tratamento para reduzir o risco de complicações graves.
“A vacina é uma das maiores conquistas da medicina moderna e é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde das pessoas. Não deixe de se vacinar e de incentivar as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo. Juntos, podemos ajudar a prevenir a disseminação da hepatite B e proteger a saúde da população”. Finaliza o Dr. Marco César Roque.

Em Pernambuco, 185 municípios aderiram ao Programa Saúde na Escola

Com recorde de adesão, Ministério da Saúde retoma programa e repassa R$90 milhões aos municípios

O Ministério da Saúde publicou, na última terça-feira (25), portaria que destina R$ 90,3 milhões para os municípios que aderiram ao Programa Saúde na Escola (PSE). O ciclo 2023/2024 alcançou recorde histórico de adesões, com 99% das cidades brasileiras habilitadas ao recebimento do recurso. Em Pernambuco, 185 municípios vão somar mais de R$4,2 milhões para desenvolver políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação básica pública brasileira.

Com a iniciativa, o Governo Federal amplia políticas que não foram abordadas pela gestão anterior, retomando temáticas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV/IST nas escolas. A previsão é que mais de 25 milhões de estudantes sejam assistidos em todo o país.

Confira a lista aqui

Fimose infantil: entenda como lidar com a situação e os cuidados necessários

Bruno Leandro, pediatra e professor do curso de Medicina do Unipê, explica como os pais devem agir com a saúde íntima dos filhos

A família sempre deve estar atenta à saúde das crianças e, no caso de pessoas do sexo masculino, algo que sempre deixa dúvidas é a fimose, condição genética em que a pele que cobre a ponta do pênis é estreita, dificultando ou impossibilitando a exposição da glande. Mas, por que grande parte dos meninos nascem com ela?

O médico pediatra e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, Bruno Leandro, explica que a maioria (97% de nascidos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU) nasce com a fimose devido ao desenvolvimento natural do prepúcio (pele que cobre o pênis).

A fimose costuma desaparecer naturalmente à medida que a criança cresce. Normalmente, a exposição completa da glande ocorre entre os 3 e 5 anos de idade, mas há casos nos quais há necessidade de cirurgia.

“O procedimento para a retirada pode ser necessário quando há problemas de saúde, como infecções recorrentes do trato urinário, dificuldade para urinar ou no caso dos adultos, dor durante a ereção.” 

“Além disso, a cirurgia na infância pode ser recomendada em situações em que a abertura do prepúcio é muito estreita e não se resolve naturalmente ao longo do tempo. Se tratando das crianças, o médico especialista avaliará a necessidade com base nos sintomas e no grau da fimose”, completa o médico pediatra e professor do curso de medicina do Unipê.

A cirurgia para corrigir a fimose na infância é geralmente realizada sob anestesia geral ou local. O procedimento envolve a remoção cirúrgica do excesso de pele prepucial ou uma incisão para alargar a abertura do prepúcio, dependendo do caso.

Puxar a pele durante o banho é uma boa ideia?

Leandro informa que esse ato não deve ser realizado. “Não é recomendado puxar a pele durante o banho da criança, pois isso pode causar dor, irritação e até lesões. A higiene adequada deve consistir em limpar delicadamente a região externa do pênis com água e sabão neutro”, sugere.

Para quem passa pela cirurgia, o especialista ressalta o dever de garantir que a criança mantenha a área limpa e seca, evitando atividades intensas por um período determinado, além de administrar corretamente os medicamentos prescritos.

Por fim, o pediatra diz que: “É importante lembrar que cada caso é único, e é fundamental consultar um médico especialista para obter um diagnóstico preciso e obter as orientações adequadas sobre a fimose e seus tratamentos”. 

Uma Das Doenças Mais Letais Do Mundo Está Afetando Os Famosos. Entenda o Que é a Sepse e Medidas Protetivas Para Evitar a Doença

A sepse, ou septicemia, é uma das doenças mais mortais do mundo e tem sido destaque na mídia recentemente após afetar celebridades como Madonna, Preta Gil e Stênio Garcia. Infelizmente, em maio deste ano, o ex-deputado federal David Miranda também faleceu devido a essa condição. De acordo com o Ministério da Saúde, ocorrem entre 47 e 50 milhões de casos de sepse por ano, sendo que cerca de 80% deles acontecem fora do ambiente hospitalar. No entanto, esses números só destacam a gravidade da doença e a importância de se conscientizar sobre a prevenção e o tratamento adequado.
Ela é responsável por causar uma resposta inflamatória generalizada em todo o organismo. Essa resposta é desencadeada por um quadro infeccioso e pode levar à falência de múltiplos órgãos, além de outras complicações graves.
Embora a sepse possa ser causada por diferentes microorganismos, as bactérias são responsáveis pela maioria dos casos. Por isso, é essencial que as pessoas estejam protegidas contra essas bactérias por meio da imunização adequada.
O médico e diretor técnico da clínica de vacinas Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque, explica que as vacinas são uma forma eficaz de prevenir a infecção por bactérias causadoras de sepse. Elas estimulam a produção de anticorpos específicos contra essas bactérias, fazendo com que o sistema imunológico esteja preparado para combater a infecção.
Alguns exemplos de vacinas que podem prevenir infecções bacterianas que podem levar à sepse incluem:
1. Vacina pneumocócica: A pneumonia é uma das principais causas de sepse, especialmente em idosos e crianças. A vacina pneumocócica previne a infecção por Streptococcus pneumoniae, a principal bactéria causadora de pneumonia.
2. Vacina meningocócica: A meningite é outra causa comum de sepse, especialmente em crianças e jovens adultos. A vacina meningocócica previne a infecção por Neisseria meningitidis, a principal bactéria causadora de meningite.
3. Vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b: O Haemophilus influenzae tipo b é uma bactéria que pode causar meningite, pneumonia e outras infecções graves em crianças. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b previne a infecção por essa bactéria.
4. Vacina contra a hepatite B: A hepatite B é uma infecção viral que pode levar à falência hepática e outras complicações graves. Embora a hepatite B não seja uma causa direta de sepse, a infecção pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções bacterianas.
O Dr. Marco César Roque destaca também que, além dessas vacinas, outras medidas preventivas incluem a vacinação contra a gripe, que pode ajudar a prevenir infecções respiratórias que podem levar à pneumonia e outras infecções bacterianas, além de medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar compartilhar objetos pessoais.
“É importante ressaltar que a imunização adequada não só ajuda a prevenir a sepse, mas também contribui para reduzir a propagação de doenças infecciosas em geral. Por isso, é essencial que as pessoas estejam em dia com seu calendário vacinal e busquem informações confiáveis sobre as vacinas recomendadas para sua faixa etária e condições de saúde”. Finaliza o Dr. Marco César Roque.

Tudo o que você precisa saber sobre o risco de câncer associado ao consumo de adoçante artificial, carne processada e bebida alcoólica

Tudo o que você precisa saber sobre o risco de câncer associado ao consumo de adoçante artificial, carne processada e bebida alcoólica, segundo dados da OMS

Um dos adoçantes artificiais mais comuns do mundo, o aspartame deve ser declarado como possível cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), que é ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O aspartame é um adoçante artificial que tem sido alvo de muitas pesquisas ao longo dos anos. Alguns estudos sugerem que o consumo de aspartame pode estar associado a um maior risco de câncer.

A Iarc recomenda ainda evitar a carne processada e limitar o consumo de carne vermelha, como forma de prevenção de câncer de intestino e de estômago. Além disso, a instituição alerta que beber álcool pode estar relacionado à causa de vários tipos de câncer.

A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança destaca que a alimentação é um dos fatores mais importantes quando se trata de prevenção do câncer. Alguns alimentos podem aumentar o risco de desenvolver a doença, enquanto outros podem ajudar na prevenção.

Um estudo publicado em 2018 no Journal of the American Medical Association (JAMA) avaliou a associação entre a qualidade da dieta e o risco de câncer. O estudo descobriu que uma dieta rica em vegetais, frutas, grãos integrais e leguminosas estava associada a um risco menor de câncer, enquanto uma dieta rica em carnes processadas, açúcar e alimentos refinados estava associada a um risco maior de câncer.

Além disso, observa-se que a obesidade e o sobrepeso estão associados a um aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, cólon, rim, pâncreas e outros. Uma dieta rica em alimentos vegetais pode ajudar a manter um peso saudável e reduzir o risco de obesidade.

Dados e estatísticas

– O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, mas até 50% dos casos poderiam ser prevenidos com mudanças no estilo de vida, incluindo a dieta.

– Estima-se que o consumo de carnes processadas aumente o risco de câncer de intestino em até 18%.

– O consumo excessivo de álcool é responsável por cerca de 4% dos casos de câncer em todo o mundo.

Alimentos a evitar

– Carnes processadas: salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru ou blanquet de peru devem ser evitados ao máximo possível. “Esses alimentos contêm aditivos químicos e conservantes, como nitratos e nitritos, que podem se transformar em compostos cancerígenos no organismo.” esclarece Cris Ribas Esperança.

– Carne vermelha: o consumo excessivo de carne vermelha, como carne bovina, suína e de cordeiro, está associado a um maior risco de câncer de intestino. Isso se deve ao fato de que a carne vermelha contém gorduras saturadas e colesterol, além de compostos químicos que podem danificar o DNA das células e aumentar o risco de câncer.

– Aspartame: esse adoçante artificial é encontrado em muitos alimentos e bebidas dietéticas e tem sido associado a um maior risco de câncer em estudos com animais. Embora a evidência em humanos seja limitada, é importante limitar o consumo de aspartame e optar por adoçantes naturais, como estévia ou açúcar de coco.

– Bebidas alcoólicas: Quanto ao álcool, o alerta é que o consumo regular de álcool pode aumentar o risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de boca, garganta, esôfago, fígado, mama e cólon. O álcool pode danificar o DNA das células, aumentar a produção de radicais livres e interferir na absorção de nutrientes, o que pode levar ao desenvolvimento de câncer. Por isso, é importante moderar o seu consumo.

Alimentos a incluir

– Frutas e vegetais: esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, que ajudam a proteger as células do corpo contra danos. Além disso, as fibras presentes nesses alimentos ajudam na digestão e na prevenção do câncer de intestino.

– Grãos integrais: arroz integral, quinoa, aveia, trigo integral e outros grãos integrais são ricos em fibras, vitaminas e minerais, além de ajudar a manter o nível de açúcar no sangue estável.

– Leguminosas: feijão, lentilha, grão-de-bico e outras leguminosas são ricas em proteínas vegetais, fibras e outros nutrientes importantes. Além disso, esses alimentos ajudam a reduzir o colesterol e a manter a saúde do coração.

– Água: manter-se hidratado é importante para a saúde geral do corpo, incluindo a prevenção do câncer. Beber bastante água ajuda a eliminar as toxinas do corpo e ajuda na digestão.

– Chás: possuem fitoquímicos naturais, ações bacterecidas, toxificantes e anti-inflamatórios. Porém é importante lembrar que não é adequado tomar em grandes quantidades do mesmo chá, 500 ml por dia é o indicado. Opte por tomar os chás sem adição de açúcares ou adoçantes. Importante lembrar também, de ingerir os chás sempre respeitando os horários, os que produzem mais termogênicos durante o dia e os com efeito calmante pela noite. Exemplo: Termogênicos – Hibisco, chá-verde, chá-mate, gengibre e canela. Calmantes – Camomila, mulungu, maçã, maracujá e erva-cidreira.

Dicas para uma dieta saudável e equilibrada

– Opte por alimentos naturais e minimamente processados, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras.

– Evite alimentos processados e industrializados, como salgadinhos, refrigerantes e fast food.

– Escolha alimentos orgânicos sempre que possível, para evitar a exposição a pesticidas e outros produtos químicos.

– Limite o consumo de álcool e evite o tabagismo.

– Pratique atividade física regularmente, pelo menos 30 minutos por dia.

– Busque orientação de um nutricionista funcional para planejar uma dieta adequada às suas necessidades individuais.

“A dieta é um dos fatores mais importantes quando se trata de prevenção do câncer. Alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes podem ajudar a proteger as células do corpo contra danos, enquanto alimentos processados e industrializados podem aumentar o risco de câncer. É importante adotar hábitos alimentares saudáveis e equilibrados para prevenir várias doenças crônicas, incluindo o câncer”, finaliza a nutricionista funcional Cris Ribas Esperança.

Dentista alerta para os cuidados com a extração dos sisos

Caso de jovem morta após retirada dos dentes repercutiu nacionalmente nas redes sociais e abriu questionamentos sobre procedimento

Uma jovem de 18 anos faleceu após um procedimento cirúrgico de extração dos dentes sisos. Segundo os pais, ela começou a sentir desconforto no dente do siso do lado direito e decidiu extrair os dois dentes dessa região. Após a extração do segundo dente, já em casa, a jovem havia reclamado de intensas dores, foi internada, mas faleceu dias depois. O acontecimento se deu no interior de São Paulo.

Os pais levaram o caso às redes sociais e reuniram mais de 60 mil assinaturas para pedir que fosse criada uma normativa para a extração do siso. O processo segue em análise e investigação dos órgãos responsáveis.

Para George Abraao Costa Nascimento, coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, a extração é um procedimento seguro, porém invasivo, e pode incorrer em complicações. Para o especialista, a extração não é uma causa comum de morte e, normalmente, o que ocorre, em casos como esse, está relacionado a um processo infeccioso, que são ainda muito raros.

“Nesse caso, foi uma infecção grave. Quando isso acontece, a infecção pode ultrapassar a camada óssea e se espalhar pelo corpo comprometendo outros órgãos”, avalia.

Diante disso, o especialista dá algumas dicas acerca dos cuidados para a extração dos sisos. Confira:

  • O cirurgião-dentista deve obrigatoriamente levantar todo o histórico de doenças do paciente e avaliar a necessidade de exames de sangue e radiografia – independentemente da idade;
  • O período de intervalo entre uma cirurgia e outra deve ser de até 8 semanas;
  • O paciente deve respeitar o pós-operatório, evitar esforço físico, ter cuidado com a higiene da boca, alimentação fria – líquida ou pastosa e é preciso seguir à risca a medicação prescrita;
  • Descanse bastante após a cirurgia para permitir que seu corpo se recupere mais rapidamente;
  • Controle do sangramento: Morda suavemente um pedaço de gaze estéril sobre o local da extração por cerca de 30 minutos. Caso o sangramento persista, repita o processo. Evite enxaguar a boca vigorosamente nas primeiras 24 horas;
  • Aplique gelo ou bolsas de gelo envoltas em um pano sobre a área externa da bochecha próximo à extração. Isso ajudará a reduzir o inchaço e aliviar o desconforto;
  • Nas primeiras horas após a cirurgia, evite comer enquanto a boca ainda estiver adormecida e evite alimentos quentes ou duros. Opte por alimentos macios e frios, como sorvete, purê de batatas, sopas mornas, etc;
  • Mantenha a higiene bucal, mas evite escovar a área da extração nas primeiras 24 horas. Depois desse período, enxágue suavemente a boca com água morna com sal várias vezes ao dia e, a partir do segundo dia, comece a escovar os dentes suavemente, tomando cuidado com a área da cirurgia;
  • Não fume e evite o consumo de álcool, pois ambos podem atrasar a cicatrização;
  • Tome os medicamentos prescritos pelo dentista conforme as orientações, incluindo analgésicos e antibióticos, se prescritos;
  • Agende uma consulta de acompanhamento com o dentista para garantir que a recuperação esteja ocorrendo conforme o esperado.

10 razões cruciais para começar a se exercitar hoje mesmo

Você está pronto para descobrir como a atividade física pode transformar sua vida? 

Você sabia que a atividade física pode ser uma poderosa aliada na prevenção e tratamento de doenças crônicas? Além disso, a prática regular de exercícios traz diversos benefícios para a saúde física e mental, melhorando a qualidade de vida e aumentando a longevidade. O especialista e educador físico Giulliano Esperança esclarece 10 desempenhos cruciais pelo exercício e como eles podem transformar sua vida de maneira positiva.
1. Saúde cardiovascular
Fortaleça seu coração e melhore a circulação sanguínea por meio da atividade física regular. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática regular de exercícios pode reduzir o risco de doenças cardíacas, derrame e pressão alta. Além disso, estudos mostram que a atividade física pode ajudar a controlar o colesterol e triglicerídeos, prevenindo a formação de placas nas artérias e melhorando a saúde cardiovascular.
2. Controle de peso
“A prática regular de atividade física pode ajudar a queimar calorias e manter um peso corporal saudável. Além disso, a atividade física pode reduzir o risco de sobrepeso, diabetes e câncer. E também prevenir o ganho de peso e a obesidade em adultos.” Destaca Giulliano Esperança.
3. Prevenção de diabetes
A atividade física desempenha um papel fundamental na prevenção e controle do diabetes tipo 2. A prática regular de exercícios pode melhorar a sensibilidade à insulina e ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue. Um estudo publicado no Archives of Internal Medicine mostrou que a atividade física regular pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 50%.
4. Bem-estar mental
Além dos benefícios físicos, a atividade física também promove a saúde mental. A prática regular de exercícios pode reduzir a depressão, a ansiedade e o estresse. Um estudo publicado na revista American Journal of Psychiatry mostrou que a atividade física regular pode ser tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental no tratamento da depressão.
5. Fortalecimento ósseo
Atividades como caminhada, corrida e treinamento de resistência podem fortalecer seus ossos e reduzir o risco de osteoporose e fraturas. Um estudo publicado na revista Osteoporosis International mostrou que a atividade física regular pode aumentar a densidade óssea em mulheres na pós-menopausa.
6. Prevenção do câncer
Giulliano Esperança também ressalta que a prática regular de atividade física pode reduzir o risco de câncer de mama, cólon e pulmão. Além de ajudar a regular os hormônios, melhorar o sistema imunológico e combater a inflamação, fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer.
7. Aumento da energia
A atividade física pode ajudar a aumentar a energia de várias maneiras. Quando você se exercita, seu corpo libera endorfinas, que são neurotransmissores que ajudam a aumentar a sensação de bem-estar e reduzir a dor e o estresse. Isso pode ajudar a melhorar o seu humor e aumentar seus níveis de energia.
Além disso, a atividade física pode melhorar a circulação sanguínea e aumentar a capacidade do corpo de transportar oxigênio e nutrientes para as células. Isso pode ajudar a aumentar a energia e a sensação de alerta.
8. Melhora da postura
A melhora da força muscular e da flexibilidade pode levar a uma melhora significativa na postura porque a postura é influenciada por vários fatores, incluindo a força muscular e a flexibilidade.
A força muscular é importante para manter a postura adequada, especialmente na região da coluna vertebral. Quando os músculos das costas, do abdômen e do pescoço estão fracos, pode haver uma tendência à má postura, como uma postura curvada para frente ou para trás. Ao fortalecer esses músculos por meio de exercícios específicos, é possível melhorar a postura e evitar dores nas costas.
9. Aumento da flexibilidade
Atividades como alongamento e ioga podem melhorar a flexibilidade e reduzir o risco de lesões musculares. Um estudo publicado na revista Journal of Strength and Conditioning Research mostrou que a prática regular de ioga pode melhorar a flexibilidade em até 35%.
Quando os músculos e tecidos conectivos são mais flexíveis, há menos pressão nas articulações durante o movimento, o que pode reduzir o risco de lesões musculares, como estiramentos e distensões. Além disso, o alongamento ajuda a melhorar a postura e a reduzir a tensão muscular, o que também pode reduzir o risco de lesões.
10. Aumento da autoestima
A atividade física regular pode aumentar sua autoestima e confiança. Um estudo publicado na revista Health Psychology mostrou que a prática de exercícios físicos pode melhorar a imagem corporal e a autoestima. Quando você se exercita regularmente e adota um estilo de vida mais saudável, pode começar a notar mudanças positivas em seu corpo, como perda de peso, ganho de massa muscular e melhora na aparência da pele. Essas mudanças podem aumentar a autoestima e a confiança em relação ao seu corpo e aparência.
Além de reduzir o estresse e a ansiedade. O que pode melhorar o humor e a sensação de bem-estar. Quando você se sente melhor emocionalmente, é mais fácil ter uma visão mais positiva de si mesmo e do mundo ao seu redor, o que pode contribuir para a autoestima e a confiança.
“Mas lembre-se de consultar um profissional de saúde para obter orientações personalizadas sobre atividade física para a prevenção e tratamento de doenças crônicas. Cada pessoa tem suas próprias necessidades e limitações, e é importante praticar exercícios com responsabilidade.” Finaliza Giulliano Esperança.

6 mitos e verdades sobre gripe e vacinação

No inverno, com o aumento dos casos de doenças respiratórias, como a gripe, é comum surgirem dúvidas e informações incorretas relacionadas ao frio, gripe e vacinação. É importante esclarecer essas questões para que as pessoas se mantenham informadas corretamente. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre esse tema, desvendados pela Droga Raia e Drogasil

  1. Ficar exposto ao frio causa gripe.

Mito. A exposição ao frio por si só não causa a gripe. A gripe é causada por vírus, especificamente o vírus influenza. No entanto, acredita-se que o frio possa diminuir a eficácia do sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções virais, incluindo a gripe. Além disso, no inverno, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados e com aglomerações, o que pode facilitar a transmissão do vírus.

  1. Tomar vitamina C previne resfriados e gripes.

Mito. Embora a vitamina C seja importante para o funcionamento adequado do sistema imunológico, não há evidências científicas suficientes para apoiar a afirmação de que a suplementação regular de vitamina C previne resfriados ou gripes. Manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, é importante para o sistema imunológico, mas não há um único nutriente ou suplemento que seja uma “cura” definitiva para essas doenças.

  1. A vacina contra gripe pode causar a doença.

Mito. A vacina contra a gripe não causa a doença. A vacina geralmente é composta por vírus inativados, fragmentos de vírus ou proteínas virais que não são capazes de causar a infecção. É possível que algumas pessoas tenham reações leves após receber a vacina, como dor no local da injeção ou febre baixa, mas esses efeitos são passageiros e não são equivalentes à doença em si.

  1. A vacina contra gripe é a maneira mais eficaz de evitá-la.

Verdade. A eficácia da vacina contra a gripe varia de ano para ano, dependendo da correspondência entre as cepas de vírus incluídas na vacina e as cepas circulantes durante a temporada de gripe. Ainda assim, a vacinação é a melhor maneira de reduzir o risco de contrair a gripe e suas complicações. Mesmo que a vacina não forneça uma proteção completa, ela pode ajudar a diminuir a gravidade e a duração da doença em pessoas vacinadas.

  1. A vacina contra a gripe pode reduzir o risco de complicações graves.

Verdade. A vacinação contra a gripe pode diminuir o risco de complicações graves, hospitalização e morte relacionadas à doença. É particularmente importante para pessoas em grupos de risco, como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições médicas subjacentes ou comorbidades.

  1. Se eu já tive gripe antes, estou imune e não preciso me vacinar.

Mito. Embora seja possível desenvolver alguma imunidade após a infecção por um determinado vírus da gripe, existem diferentes cepas circulantes a cada ano. A vacinação anual é recomendada porque as cepas do vírus da gripe podem mudar e a imunidade adquirida pela infecção anterior pode não fornecer proteção adequada contra as novas cepas.

Quais os cuidados alimentares na primeira infância que devem ser seguidos

Diretora técnica da Emagrecentro traz dicas sobre os cuidados e hábitos das crianças para evitar a obesidade

Segundo o relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, publicado de 2022, mais de 340 mil crianças entre 5 e 10 anos  foram diagnosticadas com obesidade. Esse número representa 10,41%, no Sudeste; 9,67%, no Nordeste; 9,43%, no  Centro-Oeste e 6,93%, na Região Norte.

A primeira infância é considerada entre a faixa etária do nascimento até os seis anos, sendo um período crucial para a formação e determinação do estilo de vida saudável até a fase adulta. Portanto, é importante seguir alguns cuidados especiais na alimentação neste período, para prevenir a obesidade infantil, segundo a  Dra. Sylvia Ramuth, Diretora Técnica da rede Emagrecentro:

Entre 0 a  6 meses: “A Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, e se possível, complementar até os 2 anos de vida. O leite materno possui nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento cognitivo e físico do bebê. Na impossibilidade do aleitamento materno exclusivo, é necessário o acompanhamento de profissional capacitado para a orientação da fórmula infantil”, afirma Sylvia.

Entre 6 meses a 2 anos: “Nesta fase deve ser introduzido os líquidos (somente água), sólidos como papinhas doces (feito com frutas) e salgadas (feito com vegetais, carnes/ovos, leguminosas e cereais/ tubérculos). Manter o aleitamento nos intervalos desses alimentos, sempre estabelecendo uma rotina regular com horários fixos. Deve-se evoluir a consistência da comida gradualmente até os 12 meses, com oferta variada de cores e texturas de alimentos”, comenta Ramuth.

Entre 2 anos a  6 anos: “Este é um período da vida da criança em que vão sendo formados os hábitos alimentares, nessa situação, é importante não forçá-la a comer nem oferecer doces como recompensa. Assim que sentir fome, ela vai procurar se alimentar, pois já está se formando e se consolidando a autonomia alimentar”, afirma a Diretora.

Para Sylvia Ramuth, “o crescimento, desenvolvimento e aprendizado dependem não somente da genética, mas principalmente com os cuidados e atenção que a criança recebe dos pais. O primeiro ponto é o modelo de comportamento alimentar que os filhos tendem a imitar os responsáveis, ou seja, se os pais adotam hábitos alimentares saudáveis, as crianças são mais propensas a seguir o exemplo. Além disso, os pais têm a responsabilidade de fornecer às crianças um ambiente alimentar saudável, que inclua a disponibilidade regular de alimentos nutritivos, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas”.

Outro ponto importante é envolver as crianças na preparação das refeições, que auxiliam a familiaridade e interesse pelos alimentos. Pesquisas mostram que crianças que participam do processo de preparação de refeições têm maior probabilidade de consumir uma variedade de alimentos saudáveis.

Estabelecer a criação de uma rotina alimentar adequada, com horários regulares para as refeições principais e os lanches intermediários, ajuda a estabelecer bons hábitos alimentares, evitando o famoso “beliscar” que geralmente são por alimentos com baixa densidade nutricional e alta densidade calórica.

“Os pais devem evitar pressionar as crianças a comer determinados alimentos e evitar recompensas ou punições baseadas na comida. Em vez disso, deve-se promover uma atitude saudável em relação à comida, encorajando a experimentação de novos alimentos e valorizando a diversidade alimentar”, conclui Ramuth.

Os 6 melhores alimentos para o cérebro, segundo professora de Harvard

Há alimentos que podem melhorar o humor, aguçar a memória e ajudar o cérebro a funcionar com mais eficiência.

É o que argumenta Uma Naidoo, psiquiatra nutricional e professora da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

A saúde mental e a alimentação estão ligadas da mesma forma que o cérebro e o intestino, numa relação que tem consequências importantes para o corpo.

Ela explica que uma das bases biológicas para entender essa relação tem a ver com o fato de que o cérebro e o intestino se originam das mesmas células embrionárias e permanecem conectados à medida que o ser humano se desenvolve.

Eles se comunicam em ambas as direções, enviando mensagens químicas. Entre 90% e 95% da serotonina, neurotransmissor relacionado com a regulação do apetite e outras funções, é produzida no intestino.

Se a alimentação não for saudável, o intestino pode ficar inflamado e sofrer as consequências de uma alimentação inadequada. Isso pode influenciar no desenvolvimento de ansiedade, desatenção e doenças como a depressão.

Assim, quanto mais você cuida da sua alimentação e do seu intestino, mais você cuida da sua saúde mental, já que “existe uma ligação direta entre a alimentação e o humor”, diz a especialista em entrevista à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC).

Naidoo, diretora de psiquiatria nutricional e de estilo de vida do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, diz que sempre amou comida e culinária.

Vinda de uma família de médicos, ela conta que sempre buscou uma abordagem científica para as coisas que achava atraentes.

Quando estudou medicina, percebeu que não havia formação suficiente em nutrição e, quando se especializou em psiquiatria, ficou claro que mais pesquisas eram necessárias para estabelecer as conexões entre alimentação e saúde mental.

“Esse é um campo emergente que está começando a se expandir”, diz ela.

Em outubro de 2022, a especialista conversou com a BBC sobre os benefícios da vitamina B para manter o cérebro jovem e saudável, especialmente B-12, B-9 e B-1.

Agora, a psiquiatra fala sobre uma seleção de alimentos que considera benéficos para melhorar o humor e fortalecer o poder cerebral.

1. Especiarias

As especiarias são conhecidas por suas propriedades antioxidantes. Algumas, como a cúrcuma, têm efeitos benéficos na redução da ansiedade.

A curcumina, o ingrediente ativo da cúrcuma, pode diminuir a ansiedade, alterando assim a química do cérebro e protegendo o hipocampo.

A curcumina
CRÉDITO,GETTY IMAGES – No Brasil, a cúrcuma é popularmente chamada de açafrão-da-terra

Outra especiaria que a psiquiatra gosta muito é o açafrão. A pesquisa mostrou, explica Naidoo, que o açafrão tem efeitos sobre o transtorno depressivo grave.

Estudos demonstraram que consumir açafrão reduz significativamente os sintomas do paciente afetado pelo distúrbio.

No Brasil, a cúrcuma é popularmente chamada de açafrão-da-terra. O “verdadeiro” açafrão, tratado como iguaria, é outro, extraído do pistilo da flor da espécie Crocus sativus.

O açafrão é um ingrediente internacionalmente reconhecido por ser caro e ter propriedades antioxidantes.

2. Alimentos fermentados

Existe uma grande variedade de alimentos fermentados. Eles são feitos combinando leite, vegetais ou outros ingredientes crus com microrganismos, como leveduras e bactérias.

O mais conhecido é o iogurte natural com culturas ativas, mas também existem outros como chucrute, kimchi e kombucha.

O que eles têm em comum são fontes de bactérias vivas que podem melhorar a função intestinal e diminuir a ansiedade, segundo a especialista.

iogurte
CRÉDITO,GETTY IMAGES – Alimentos fermentados são fontes de bactérias vivas

Uma análise de 45 estudos de 2016 mostrou que os alimentos fermentados podem proteger o cérebro, melhorando a memória e retardando o declínio cognitivo, aponta a especialista.

O iogurte rico em probióticos pode ser uma parte poderosa da dieta, acrescenta Naidoo, mas não o iogurte que é submetido a um tratamento com calor.

3. Nozes

Os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes dos ácidos graxos ômega-3 nas nozes são muito promissores para melhorar o pensamento e a memória.

Por outro lado, as nozes têm gorduras e óleos saudáveis ​​que nosso cérebro precisa para funcionar bem, juntamente com vitaminas e minerais essenciais, como o selênio da castanha-do-pará.

Naidoo recomenda comer 1/4 de xícara por dia, como complemento de salada ou vegetais.

Nozes
CRÉDITO,GETTY IMAGES

Elas também podem ser misturadas com uma granola caseira ou com frutas secas, porque essas combinações são mais saudáveis ​​do que as disponíveis comercialmente, que geralmente são ricas em açúcar e sal.

4. Chocolate amargo

O chocolate amargo é uma excelente fonte de ferro, que ajuda a formar o revestimento que protege os neurônios e ajuda a controlar a síntese de substâncias químicas que influenciam o humor.

Uma pesquisa realizada com mais de 13 mil adultos em 2019 descobriu que as pessoas que comem chocolate amargo regularmente têm um risco 70% menor de apresentar sintomas depressivos.

Mulher com pedaço de chocolate na boca
CRÉDITO,GETTY IMAGES – Chocolate amargo é uma excelente fonte de ferro

O chocolate amargo também contém muitos antioxidantes e é altamente benéfico.

5. Abacates

Com quantidades relativamente altas de magnésio, importante para o funcionamento do cérebro, os abacates são outra fonte de bem-estar, aponta a especialista.

Existem inúmeras análises que relacionam a depressão à deficiência de magnésio.

Abacate
CRÉDITO,GETTY IMAGES – Abacates apresentam quantidades relativamente altas de magnésio

Vários estudos de caso em que os pacientes foram tratados com uma dose entre 125 e 300 miligramas de magnésio mostraram uma recuperação mais rápida do transtorno depressivo.

“Adoro misturar abacate, grão de bico e azeite como uma pasta saborosa em torradas integrais ou como molho para vegetais recém-cortados”, conta a médica.

6. Vegetais de folhas verdes

Os vegetais de folhas verdes, como a couve, fazem a diferença na saúde, explica a especialista.

Embora não seja uma informação muito conhecida, a verdade é que os vegetais de folhas verdes contêm vitamina E, carotenóides e flavonóides, nutrientes que protegem contra a demência e o declínio cognitivo, diz Naidoo.

Outro benefício desses alimentos é que eles são uma grande fonte de folato, uma forma natural de vitamina B9 importante na formação de glóbulos vermelhos.

CRÉDITO,GETTY IMAGES – Deficiência de folato pode ser a base de algumas condições neurológicas

A deficiência de folato pode ser a base de algumas condições neurológicas. É por isso que esta vitamina tem efeitos benéficos no estado cognitivo e é importante na produção de neurotransmissores

“As verduras como espinafre, acelga e folhas de dente-de-leão também são excelentes fontes de ácido fólico”, acrescenta a especialista.

Ministério da Saúde amplia recursos para custeio dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial. Conheça as habilitações do Pernambuco

Ação representa aumento de 27% no orçamento. Em 2023, foram habilitados 86 novos serviços e 159 leitos em todo o país

O Ministério da Saúde amplia o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com investimento de mais de R$200 milhões em 2023. A iniciativa tem o objetivo de aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS em todo Brasil. Ao todo, o recurso destinado para todos os estados e Distrito Federal será de R$414 milhões no período de um ano. Com os novos valores, o aumento do orçamento da rede chega a 27%. O fortalecimento da política de saúde mental, focada em assegurar dignidade, cuidado integral e humanizado em liberdade, além de reinserção psicossocial e garantia dos direitos humanos, está entre as ações prioritárias do Ministério da Saúde.

O repasse será direcionado para os 2.855 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) existentes no país e para os 870 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Ambos terão recomposição do financiamento e os recursos serão incorporados ao limite financeiro de média e alta complexidade de estados, do Distrito Federal e dos municípios com unidades habilitadas. Em Pernambuco existem 143 CAPS habilitados.

Leia a notícia na íntegra acessando aqui

Julho Amarelo: conscientização e prevenção contra as hepatites virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública em todo o mundo e, para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, foi criada a campanha Julho Amarelo.

A campanha “Julho Amarelo: mês de luta contra as hepatites virais” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
As hepatites virais são inflamações do fígado que podem ser causadas por diferentes tipos de vírus, classificados pelas letras A, B, C, D (Delta) e E. Essas doenças podem ser transmitidas de diversas maneiras, como contato com sangue contaminado, relação sexual desprotegida, compartilhamento de objetos cortantes ou de higiene pessoal e por meio de alimentos e água contaminados. Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de vírus e a gravidade da infecção, mas incluem febre, mal-estar, dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).
A médica e diretora da Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues, explica que hepatite A, por exemplo, é transmitida principalmente por meio de alimentos e água contaminados e pode ser prevenida por meio da vacinação. Já a hepatite B e C são transmitidas por contato com sangue contaminado, sendo a hepatite C a mais comum entre usuários de drogas injetáveis. A vacinação também é uma medida preventiva importante para a hepatite B, mas a hepatite C ainda não possui vacina, sendo fundamental o uso de medidas de prevenção, como não compartilhar seringas e agulhas.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o controle das hepatites virais. Exames regulares de sorologia para hepatite B e C são importantes, especialmente para aqueles que possuem maior risco de infecção, como profissionais de saúde, pessoas que usam drogas injetáveis e aqueles que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993. Além disso, é importante que as pessoas sejam informadas sobre a importância da realização desses exames e que tenham acesso ao tratamento adequado, que pode incluir medicamentos antivirais.
Dados e estatísticas reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites virais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 325 milhões de pessoas em todo o mundo, vivem com hepatite B ou C, e essas doenças são responsáveis por aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente. No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam infectadas com o vírus da hepatite C, e a taxa de mortalidade por essa doença pode ser comparada às do HIV e tuberculose.
Por isso, a conscientização e a prevenção são fundamentais para o controle das hepatites virais. A vacinação é uma medida importante para a prevenção da hepatite A e B, e a adoção de medidas de prevenção é fundamental. Além disso, é importante que as pessoas realizem exames regulares, especialmente aquelas que possuem maior risco de infecção, e que tenham acesso ao tratamento adequado.
“É de extrema importância que a população esteja informada sobre as hepatites virais e as formas de prevenção e diagnóstico precoce. A campanha Julho Amarelo é uma oportunidade para reforçar o combate a essas doenças e conscientizar a população sobre a importância da vacinação e da adoção de medidas preventivas simples. Com a conscientização e a prevenção, podemos controlar as hepatites virais e garantir a saúde e o bem-estar de todos.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.

Veja alimentos que aumentam risco de desenvolvimento de câncer

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês), a agência especializada em câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), deve declarar o adoçante aspartame como potencialmente cancerígeno em breve.

Veja abaixo outros alimentos considerados cancerígenos pelas autoridades de saúde:

ALIMENTOS PROCESSADOS

Para a prevenção do câncer, o INCA recomenda evitar o consumo de carnes processadas, tais como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela e peito de peru defumado, pois não há limite seguro de ingestão.

BEBIDAS ALCOÓLICAS

Segundo as autoridades de saúde, bebidas alcoólicas não devem ser consumidas, pois favorecem o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

Estudos mostram que consumir bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer, como boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama.

PREVENÇÃO DE CÂNCER

Ter uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e evitar os alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou para aquecer, bebidas adoçadas, entre outros, podem prevenir o câncer.