Categoria: Saúde

Alerta para saúde mental: “Parece que um desespero toma conta de você” Conta Yudi Tamashiro sobre seu diagnóstico de Burnout

Até onde trabalhar demais é vantajoso? Após o diagnóstico, o apresentador fechou a agenda, cancelou programa de viagem para os EUA e focou em tratamento espiritual

Com duas empresas, curso, podcast e gravações para TV, Yudi Tamashiro não se surpreendeu ao descobrir que o aperto no peito e no estômago, entre outros sintomas, eram sinais de burnout. O apresentador foi diagnosticado com a doença após ir à emergência médica no mês passado.

Embora Yudi já tenha tido episódios de irritação e impaciência antes, desta vez foi diferente. “Foi a primeira vez que senti um desespero tomando conta de mim”, disse ele. “Eu já tive várias vezes, irritações grandes, de não querer escutar ninguém. Se vier falar comigo, só venha com solução porque senão, eu explodo”. No entanto, desta vez, ele chegou a um ponto em que não conseguia mais lidar com a pressão e o ritmo acelerado de seu trabalho.

“Com o lado espiritual, eu conheço os meus erros, é questão de querer abraçar o mundo. Então, acredito que agindo dessa forma [equilibrando trabalho, vida social e descanso], eu vou ter mais segurança”, defende Yudi.

A gestora de carreira, especialista em PNL e terapeuta, Madalena Feliciano, explica que o burnout é uma doença ocupacional que afeta milhões de trabalhadores em todo o mundo. É caracterizado por um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso e pode levar a exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2019 pelo International Stress Management Association (Isma-BR) revelou que 32% da população economicamente ativa do país sofreu com o problema.

Uma pesquisa recente do Slack descobriu que o burnout está aumentando globalmente. Essa condição pode afetar pessoas em todas as áreas profissionais, desde profissionais da saúde até trabalhadores de escritório. A pressão constante para atender as demandas do trabalho, cumprir prazos e manter o desempenho pode levar a uma sobrecarga que, se não gerenciada adequadamente, pode levar ao burnout.

Madalena Feliciano destaca que os impactos do burnout vão além do indivíduo – muitas vezes, a condição pode afetar negativamente a equipe e a empresa como um todo. Funcionários que sofrem de burnout podem ter um desempenho abaixo do esperado, faltar ao trabalho com mais frequência e até mesmo deixar o emprego. Além disso, a empresa pode enfrentar custos com licenças médicas, contratação e treinamento de novos funcionários devido ao aumento da rotatividade e perda de produtividade.

O estresse no trabalho é comum, mas o esgotamento profissional é uma condição séria que pode afetar tanto a saúde quanto a carreira de uma pessoa. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficialmente reconheceu o burnout como um diagnóstico médico e o incluiu na Classificação Internacional de Doenças. O burnout é caracterizado como uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.

Para ser diagnosticado com burnout, a pessoa deve apresentar quatro sintomas principais: exaustão emocional, cinismo ou despersonalização, sentimento de ineficácia e redução da realização profissional. Esses sintomas podem afetar a qualidade de vida, o bem-estar mental e a produtividade.

Muitas pessoas encaram o esgotamento como uma forma de estresse e tentam superá-lo da mesma maneira, mas na verdade, não são a mesma coisa. A fadiga que acompanha o esgotamento é diferente do estresse que pode surgir após um longo dia ou semana de trabalho. De fato, a fadiga pode ser tão incapacitante que impede as pessoas de realizar suas tarefas diárias. E embora ainda haja debate sobre a frequência do esgotamento profissional, a condição é real e pode afetar qualquer pessoa.

Uma pesquisa realizada pela Gallup mostrou que simplesmente trabalhar menos não é suficiente para reduzir o estresse, melhorar o bem-estar ou prevenir o esgotamento. Embora seja parte, não é toda a solução. A Gallup descobriu que a chave para prevenir o esgotamento é como os funcionários experimentam sua carga de trabalho, o que tem um impacto mais forte no esgotamento do que o número de horas trabalhadas. Além disso, quando se trata do bem-estar geral, a qualidade da experiência de trabalho é duas a três vezes mais importante do que o número de dias ou horas trabalhadas. Em outras palavras, o que você faz durante o horário de trabalho é o que realmente importa, de acordo com a análise da Gallup.

O principal sintoma do esgotamento é a exaustão na forma de uma fadiga profunda que não é curável com descanso ou folga. Então o que deve ser feito para combater o burnout? Madalena Feliciano cita algumas dicas:

Para empresas

As principais causas de esgotamento no trabalho são: tratamento injusto, carga de trabalho incontrolável, falta de clareza do papel e falta de comunicação e apoio de um líder. A qualidade de um líder define a base para todas as outras causas. Os líderes são defensores dos membros de sua equipe, abordando injustiças, ajudando a gerenciar prioridades e esclarecendo expectativas. Na maioria dos casos de esgotamento, as pesquisas descobriram que faltava um bom líder.

Prevenir o burnout é a melhor maneira de evitá-lo, pois a recuperação pode levar tempo e prejudicar a carreira do funcionário. Para a prevenção, indica-se as empresas cinco ações iniciais:

  1. Certifique-se de que todos conheçam seus pontos fortes e use uma estratégia baseada neles para criar uma cultura de autodesenvolvimento.
  2. Remova líderes abusivos, pois eles são o maior risco para a força de trabalho.
  3. Melhore as habilidades dos líderes para que possam se tornar treinadores e especialistas em estabelecer metas e fornecer feedback significativo pelo menos uma vez por semana.
  4. Faça do bem-estar uma parte das conversas sobre desenvolvimento de carreira, para que os líderes possam sonhar alto com suas equipes.
  5. Enfatize o bem-estar profissional como um foco na organização, pois trabalhar menos não significa trabalhar mais feliz.

“As empresas que desejam atrair e reter trabalhadores e competir na economia global de hoje devem incentivar comunidades gentis no trabalho, aumentar o acesso aos recursos necessários de saúde mental e cultivar uma cultura de respeito por todos os colaboradores. Ao adotar essas medidas, os líderes empresariais podem prevenir o esgotamento e garantir que seus funcionários tenham uma experiência de trabalho positiva.” Enfatiza Madalena Feliciano.

Para líderes e colaboradores

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para ajudar a prevenir o burnout:

  1. Estabeleça limites: É importante definir limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. Evite levar trabalho para casa e reserve tempo para atividades relaxantes e hobbies que ajudem a aliviar o estresse.
  2. Aprenda a dizer não: Muitas vezes, os trabalhadores se esforçam demais para agradar os outros e acabam sobrecarregados. É importante aprender a dizer não quando necessário e priorizar tarefas importantes.
  3. Pratique a autocuidado: Cuidar da própria saúde mental e física é fundamental para prevenir o burnout. Isso pode incluir dormir bem, se alimentar de forma saudável, praticar exercícios físicos, se conectar com a espiritualidade e reservar tempo para relaxar e se divertir.
  4. Busque apoio: É importante ter um sistema de apoio, seja amigos, familiares ou colegas de trabalho, com quem possa conversar e compartilhar preocupações. Isso pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar a resiliência.
  5. Comunique-se com o empregador: Se estiver enfrentando desafios no trabalho, é importante comunicar-se com o empregador para buscar soluções. Isso pode incluir ajustes no trabalho, treinamento adicional ou apoio emocional.
  6. Faça pausas regulares: É importante fazer pausas regulares durante o dia de trabalho para descansar e recarregar as energias. Isso pode incluir caminhar, fazer uma pausa para o café ou simplesmente relaxar por alguns minutos.
  7. “Pratique técnicas de gerenciamento de estresse: Existem várias técnicas que podem ajudar a gerenciar o estresse, como a meditação, auto-hipnose ou a ioga. Encontre uma técnica que funcione para você e pratique regularmente.” finaliza Madalena Feliciano.

Leitos de UTI da rede pública estão com 100% de ocupação em Pernambuco

O fantasma do colapso no sistema de saúde, vivenciado durante a pandemia da Covid-19 voltou a rodear os hospitais públicos de Pernambuco.

A oferta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) continua insuficiente para garantir a assistência aos mais de 160 pacientes, de todas as faixas etárias, que aguardam um leito, sem previsão de liberação de vagas. Hoje, a rede pública do Estado trabalha na capacidade total de seus leitos, em melhores palavras, todos estão ocupados.

Além da degradação dos hospitais públicos do Estado, denunciada pela população e pelos funcionários, a superlotação é outro grande problema, que só vem se arrastando nos últimos anos sem uma solução. As filas de espera permanecem sem fim. Nos quatro cantos do estado, os leitos estão lotados e pacientes aguardam uma vaga. Somente com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), duas crianças e 87 adultos estão à espera de um leito de UTI. Já os casos não respiratórios, totalizam 74 pacientes. É importante destacar que redes privadas, vivenciam o mesmo cenário, visto que o aumento dos casos de doenças respiratórias se apresenta significativo em solo pernambucano.

Durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a governadora Raquel Lyra (PSDB), afirmou que dentro de um contrato de empréstimo de R$2,5 bilhões, destinará parte do montante para requalificação dos hospitais estaduais.

Atualmente, Pernambuco vivencia um aumento no número de casos de influenza em adultos, não tão diferente da maior parte do Brasil. Entre crianças, com idades até 2 anos, existe uma manutenção do crescimento de novos casos semanais e de internações pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que é o principal agente responsável por infecções respiratórias agudas em recém-nascidos. O vírus causa doenças leves, semelhantes a um resfriado, mas também podem acarretar em doenças graves, como bronquiolite.

A CBN Recife procurou a Secretaria de Saúde do Estado, para obter respostas sobre ações para aumento de leitos e viabilizar o atendimento desses pacientes, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta.

Fonte: CBN Recife

Beneficiários do Bolsa Família terão acesso gratuito a todos os medicamentos do Farmácia Popular

O Governo Federal retoma o Farmácia Popular do Brasil com a expansão da oferta de medicamentos gratuitos e o credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade. Em uma ação inédita, todos os beneficiários do Bolsa Família poderão retirar os 40 medicamentos disponíveis no programa gratuitamente. A iniciativa amplia o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de brasileiros.

A saúde da mulher terá prioridade. Essa população terá acesso gratuito aos medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos. São produtos que eram oferecidos pelo Farmácia Popular com preços mais baixos (50% de desconto) e que agora passam a integrar o rol de gratuidade, junto com tratamentos para hipertensão, diabetes e asma. Mais de 5 milhões de mulheres que antes pagavam a metade do valor devem ser beneficiadas com a retirada dos produtos de graça.

O Farmácia Popular do Brasil oferece medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes, asma e hipertensão e, a partir de agora, também para osteoporose e anticoncepcionais. O programa também fornece medicamentos com descontos de até 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Ao todo, contempla o tratamento para 11 doenças.

O Governo Federal também irá facilitar o acesso ao programa para a população indígena aldeada. Para evitar o deslocamento dessa população, será nomeado um representante de comunidade responsável por retirar os medicamentos indicados, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima.

Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional

O lançamento do novo Farmácia Popular do Brasil será feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (7/6), em Recife, Pernambuco. A retomada dessa estratégia é mais uma iniciativa para resgatar o direito à saúde e vida digna para todos.

NOVOS CREDENCIAMENTOS – Após oito anos sem novas farmácias credenciadas, o Ministério da Saúde retoma as novas habilitações priorizando os municípios de maior vulnerabilidade que aderiram ao Mais Médicos. Ao todo, 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste. Dessa forma, o acesso à saúde passa a ser completo para essa população – do atendimento médico ao tratamento.

Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional.

IMPACTO – Estudos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicados em 2017, analisaram a relação do Farmácia Popular com o número de internações e óbitos por diabetes e hipertensão. Entre 2006 e 2015, o índice de internações por diabetes caiu 13% e as hospitalizações por hipertensão tiveram redução de 23% em todo país. Já entre 2011 e 2015, o total de mortes por complicações ligadas ao diabetes caiu 8,23%. A queda na mortalidade nos estados da região Nordeste foi cinco vezes superior à média nacional. Esse cenário mostra o papel do programa como fator fundamental na promoção da saúde da população.

O QUE É – O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 como uma ação complementar de assistência farmacêutica no SUS. Inicialmente, foram ofertados medicamentos com preços mais baixos. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde fechou parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, instituindo a modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”.

A partir de 2011, o programa começou a ofertar à população medicamentos gratuitos indicados para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma, por intermédio da estratégia “Saúde Não Tem Preço”. Outros tratamentos continuaram a ser oferecidos com até 90% de desconto.

Em 2016, a iniciativa chegou ao marco de quase 35 mil farmácias credenciadas atendendo mais de 22 milhões de brasileiros. Contudo, nos últimos anos, com a redução do número de municípios com unidades habilitadas, cerca de 2 milhões de brasileiros deixaram de ser atendidos pelo Farmácia Popular.

Reconstruir o Farmácia Popular, com a ampliação do número de unidades credenciadas e de brasileiros beneficiados, é prioridade do Governo Federal, que garantiu a continuidade da iniciativa com recursos da PEC da Transição após o desmonte orçamentário na gestão passada. O orçamento previsto para 2023 está na ordem de R$ 3 bilhões.

ENTENDA 

BOLSA FAMÍLIA – Até o momento, o Farmácia Popular oferecia medicamentos gratuitos para asma, hipertensão e diabetes. Os outros tratamentos eram oferecidos com preços mais baixos. A partir de agora, os 55 milhões de brasileiros que são beneficiários do Bolsa Família terão acesso a todos os medicamentos disponíveis no programa – são 40 para o tratamento de diversas doenças. Para retirar, basta ir até a farmácia credenciada e apresentar a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não é necessário cadastro prévio.

SAÚDE DA MULHER – A partir de agora, todas as mulheres já podem retirar gratuitamente os medicamentos indicados para o tratamento da osteoporose e contraceptivos. A iniciativa deve beneficiar cerca de 5 milhões de mulheres em todo Brasil.

INDÍGENA – De forma inédita, o Programa Farmácia Popular passa a atender a população indígena. O objetivo é ampliar e facilitar o acesso, de forma complementar, à assistência farmacêutica básica à população atendida nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Com a ação, o Farmácia Popular passa a ofertar todos os medicamentos do rol do programa de forma gratuita para essa população.

Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami e em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões. As ações serão implementadas com a participação dos conselhos distritais de saúde indígena.

MAIS SEGURA – Nos últimos anos, resultados das auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e do Sistema Único de Saúde (AudSUS) apontaram fragilidades na execução e no controle do programa, além de indícios de fraudes. Com a retomada do Farmácia Popular, o Ministério da Saúde avançou para garantir a segurança, a fiscalização e a efetividade dessa política. A pasta está atendendo às determinações e recomendações dos órgãos de controle, permanece em diálogo constante com o TCU e trabalha no aperfeiçoamento dos mecanismos de monitoramento do programa.

Estados priorizados
para novos credenciamentos

6 de junho: Dia Nacional do Teste do Pezinho

Entenda a importância do exame realizado nos primeiros dias de vida, que pode identificar até 50 enfermidades

Em 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame que permite identificar doenças graves no recém-nascido. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 2,4 milhões de testes do pezinho são realizados anualmente no sistema público e mais de 80% dos bebês recém-nascidos são submetidos ao exame no país. Diante das campanhas e ações colocadas em prática nos últimos dois anos, as expectativas para 2023 são as melhores, incluindo um aumento de testes realizados.

O Teste do Pezinho é feito a partir de gotas de sangue coletadas no calcanhar do bebê e é essencial para ajudar na identificação de patologias como o hipotireoidismo congênito, quando a glândula tireoide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios; a fenilcetonúria, que é uma doença relacionada ao metabolismo; e as hemoglobinopatias, que são doenças que afetam o sangue, como o traço falcêmico e doença falciforme.

“É um direito de todas as crianças e extremamente importante que o teste seja realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Com grande precisão na probabilidade, o exame faz uma triagem de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que podem causar sequelas por toda a vida”, explica o médico pediatra neonatologista e professor do curso de Medicina da Uniderp, Walter Peres da Silva. “O recém-nascido que apresentar resultado positivo na triagem neonatal deverá fazer exames específicos para confirmação do diagnóstico”, complementa.

O exame pode ser realizado entre o segundo e quinto dia de nascimento. De acordo com Walter, não é recomendada a realização antes das 48 horas de vida. “Algumas alterações hormonais e metabólicas só atingem o equilíbrio após esse período. O prazo máximo deve ser respeitado para que o diagnóstico seja feito rapidamente e não haja prejuízos à saúde do bebê no caso de tratamentos específicos”, avisa. Com o resultado em mãos, o Teste do Pezinho poderá ser apresentado na primeira consulta com o pediatra, geralmente, nos primeiros 15 dias de vida.

Ampliação das doenças rastreadas

Em 2022, foi sancionada a lei nº 14.154, que amplia para 14 o grupo de doenças rastreadas pelo exame, podendo identificar até 53 enfermidades. A implementação será feita em cinco fases, de forma escalonada e será regulada pelo Ministério da Saúde. “A ampliação desse rastreamento vai acelerar o diagnóstico de doenças raras”, destaca o médico neonatologista.

As etapas vão abranger na primeira fase a detecção de excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além do diagnóstico para toxoplasmose congênita. Doenças como galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos serão analisadas em uma segunda etapa do plano. Exames para doenças lisossômicas, testagem para imunodeficiências primárias e diagnóstico para atrofia muscular espinhal serão contemplados nas etapas seguintes.

 

 

Imunização: a melhor forma de prevenir a anemia associada a doenças infecciosas

Junho Laranja: Prevenção da Anemia

A anemia é uma condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis o suficiente para transportar oxigênio para os tecidos do corpo. Isso pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo deficiências nutricionais, doenças crônicas, perda excessiva de sangue ou problemas genéticos. No entanto, uma das principais causas de anemia em todo o mundo são as doenças infecciosas.
A anemia pode agravar o curso das doenças infecciosas, tornando o corpo mais suscetível a infecções, piorando a resposta imunológica e agravando os sintomas da doença. Por exemplo, a infecção por Streptococcus pneumoniae, que pode causar pneumonia e outras infecções respiratórias, pode levar a uma piora da anemia em algumas pessoas.
O médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Rodrigues Roque, explica que, felizmente, a vacinação pode ajudar a prevenir e tratar essas condições. As vacinas são uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e, assim, reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. As vacinas ajudam a proteger o corpo contra agentes infecciosos, evitando a infecção e a destruição dos glóbulos vermelhos, além de ajudar a prevenir as complicações associadas às doenças infecciosas.
Por exemplo, a vacinação contra a malária está sendo desenvolvida e testada em todo o mundo. Embora ainda não haja uma vacina disponível comercialmente, as vacinas em desenvolvimento mostraram-se promissoras na prevenção da infecção pelo parasita da malária e na redução do risco de anemia associada à doença.
Além disso, a vacinação contra o vírus da hepatite B pode prevenir a infecção pelo vírus, que pode causar anemia em alguns casos. A vacinação também pode ajudar a prevenir a infecção pelo Streptococcus pneumoniae, reduzindo o risco de complicações respiratórias e de agravamento da anemia.
“É importante lembrar que a vacinação não apenas previne doenças infecciosas, mas também ajuda a proteger a saúde geral do corpo, reduzindo o risco de complicações secundárias, como a anemia. A vacinação é uma forma segura e eficaz de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia, e deve ser uma prioridade para todas as pessoas, independentemente da idade.” Destaca o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
Algumas dicas importantes para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia incluem:
    1. Manter um calendário de vacinação atualizado: verifique com seu médico ou profissional de saúde, quais vacinas são recomendadas para sua idade e histórico de saúde. Certifique-se de seguir as orientações de vacinação recomendadas para proteger-se contra doenças infecciosas e prevenir a anemia.
    2. Adotar hábitos saudáveis: uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, como ferro e ácido fólico, pode ajudar a prevenir a anemia e manter o corpo saudável. Além disso, é importante manter uma boa higiene pessoal e evitar o contato com pessoas doentes para reduzir o risco de infecções.
    3. Buscar atendimento médico quando necessário: se você estiver apresentando sintomas de anemia ou suspeitar de uma infecção, é importante procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
   4. Participar de campanhas de vacinação: muitas vezes, as autoridades de saúde organizam campanhas de vacinação em massa para prevenir surtos de doenças infecciosas. É importante estar atento a essas campanhas e participar delas para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia.
    5. Conscientizar-se sobre a importância da vacinação: a vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia. É importante conscientizar-se sobre a importância da vacinação e incentivar amigos e familiares a se vacinarem também, para proteger a saúde de todos.
“A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. A vacinação é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde e deve ser uma prioridade para todas as pessoas.” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

Dia mundial da conscientização sobre a Esclerose Múltipla: O que é e como diagnosticá-la?

Formigamento, dormência, dor, fraqueza nos braços, pernas, tronco ou face, além de problemas com a visão, podem ser sinais iniciais de esclerose múltipla, sobretudo em pacientes jovens.

Cerca de 40 mil pessoas no Brasil são atingidas pela esclerose múltipla, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). No mundo, esse número chega a quase 3 milhões de pessoas.

Afeta principalmente jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Depois de doenças neurológicas decorrentes de traumas de acidentes, a esclerose múltipla é a maior causa de incapacidade neurológica em adultos jovens.

Essa patologia neurológica é inflamatória e autoimune, acomete o cérebro e a medula. Acontece quando as zonas de mielina, substância que reveste a maioria das fibras nervosas é danificada ou destruída, causando uma inflamação que compromete o funcionamento do sistema nervoso central e criando uma barreira na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo.

“Os sintomas variam de pessoa para pessoa, de acordo com o grau do dano já causado. Não há cura para a esclerose múltipla, mas existem tratamentos que ajudam na redução e gravidade dos surtos bem como reduzindo chances de novos surtos e progressão da doença”, explica o neurologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Frederico Lacerda, que destaca ainda alguns sinais de atenção. Confira:

  • Fraqueza;
  • Sensitivas: dormências ou formigamentos; dor ou queimação na face;
  • Visuais: visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, visão dupla;
  • Motoras: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
  • Ataxia: falta de coordenação dos movimentos finos ou para andar e desequilíbrios;
  • Além disso, pode apresentar sintomas associados descritos abaixo, sendo rara a sua apresentação de forma isolada:
    • Esfincterianas: dificuldade de controle da bexiga ou intestino;
    • Cognitivas: problemas de memória, de atenção, do processamento de informações;
    • Mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade.

O diagnóstico é feito por meio da análise médica que inclui exame clínico e exames complementares, como ressonância magnética de cérebro, coluna cervical e torácica e coleta de líquor. Desta forma, é essencial que mediante qualquer suspeita, ocorra a busca por um especialista, sobretudo após a apresentação de um sintoma novo e agudo, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são determinantes para gerenciar a doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

 

Vacinação contra Influenza segue para toda população até 31 de maio

A campanha de vacinação contra a Influenza seguirá até o próximo dia 31 de maio. Promovida pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), a imunização está disponível para todos os grupos prioritários: pessoas acima dos 6 meses de idade e a parcela adulta sem comorbidade.

Para a coordenadora do programa de imunizações, Magda Costa, a participação da população é essencial.

O Ministério da Saúde prevê que 90% da população geral seja contemplada com o imunizante. Para ter acesso à vacina, basta ir ao posto mais próximo e apresentar o documento de identificação, Cartão SUS e carteira de vacinação. Você pode conferir os locais de vacinação por meio do aplicativo Conecta Recife.

 

Oncologista explica aumento da incidência do câncer de intestino na população mais jovem

Estima-se que pessoas nascidas na década de 1990 possuem risco quatro vezes maior de desenvolver câncer no reto (a porção final do intestino) do que as que nasceram nos anos 1950

O câncer de intestino vem crescendo cada vez mais entre a população com menos de 50 anos. De acordo com um estudo da American Cancer Society (ACS), o diagnóstico em adultos de 20 a 39 anos vem crescendo entre 1% e 2,4% por ano desde a década de 1980 e, entre as principais causas, estão os maus hábitos da população nesta faixa etária.

“O câncer colorretal ainda é mais comum em pessoas a partir dos 50 anos. Porém, deve-se levar em consideração que esse tipo de tumor é silencioso, o que significa que um paciente pode conviver com a doença por um longo período até que ela chegue a um estágio avançado e ele finalmente tenha um diagnóstico”, destaca Dr. Bruno Conte, oncologista da Hemomed Instituto de Oncologia.

Segundo o especialista, os jovens estão sendo acometidos pelo câncer de intestino por causa do estilo de vida pouco saudável. Dietas pobres em fibras (como frutas, verduras e legumes), alto consumo de alimentos ultraprocessados(como salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e também de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) aumentam o risco para a doença.

O médico explica que as carnes processadas são submetidas a técnicas para realçar sabor ou melhorar a preservação. “As substâncias presentes na fumaça do processo de defumação e os conservantes (como os nitritos e nitratos) também adicionados durante o processamento, juntamente com o sal, favorecem o surgimento do tumor no intestino”, reforça ele.

Outros hábitos ruins e que vem resultando na maior prevalência desse tipo de câncer entre os mais jovens são o excesso de álcool, de tabaco, falta de atividade física e privação de sono, entre outros. De acordo com a ACS, estima-se que pessoas nascidas na década de 1990 possuem um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer no reto (a porção final do intestino) do que as que nasceram nos anos 1950.

Dr. Conte recomenda que a população fique atenta aos sinais do corpo. “Sangue nas fezes, alterações significativas no formato das fezes, constipação, diarreia, perda de peso sem motivo específico: tudo isso deve ser um alerta para uma consulta médica”, afirma ele.

Ele destaca que os exames preventivos são muito importantes para detecção precoce do câncer colorretal. Isso porque a doença tem a peculiaridade de possibilitar tanto a prevenção da ocorrência da doença, pela identificação e retirada dos pólipos intestinais – que leva a uma redução da incidência do câncer – quanto a detecção em estágios iniciais.

“Pessoas com histórico familiar devem fazer a colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos, e dando tudo certo, repetir o exame a cada dez anos. Já as pessoas que não possuem casos na família devem realizar colonoscopia preventiva a partir dos 50 anos de idade”, salienta ele.

O médico recomenda ainda que a população de todas as idades cuidem de seus hábitos de vida, incluindo na dieta alimentos frescos, como frutas, legumes, verduras, saladas e carnes magras. “A prática de exercícios físicos também é importante, bem como parar de fumar e reduzir ao máximo a ingestão de bebidas alcoólicas. O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. Mas melhor ainda é atuar na prevenção, cuidando da saúde com medidas simples”, finaliza ele.

Apesar de raro, câncer cerebral exige atenção para diagnóstico precoce

Sociedade Brasileira de Patologia exalta importância do Maio Cinza na conscientização para sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos

O Maio Cinza foi recentemente criado como uma campanha para conscientizar a população sobre os riscos e as características do câncer cerebral. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença corresponde a 2% dos tipos de câncer no Brasil e pode acometer crianças, adultos e idosos. Embora raro, a difícil localização dos tumores pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes e impor tratamentos mais complexos.

A Sociedade Brasileira de Patologia (SPB) alerta que não existem medidas definidas para a prevenção específica dos tumores cerebrais, motivo que torna ainda mais importante o diagnóstico da doença em uma fase inicial. A detecção precoce requer atenção a sintomas e sinais como dores de cabeça muito fortes e frequentes, alterações visuais e na fala, crises convulsivas, sonolência, mudanças no comportamento e dificuldade de equilíbrio.

A SBP destaca ainda o papel fundamental do médico patologista na definição do estágio do tumor e das opções de tratamento. Segundo Felipe D’Almeida Costa, vice-presidente para Assuntos Acadêmicos da SBP, é o patologista quem recebe a biópsia neurocirúrgica do paciente e utiliza métodos adicionais, como a imunoistoquímica e os testes genéticos moleculares, para fazer o diagnóstico preciso e estratificar o risco. “Uma vez estabelecido o diagnóstico, o paciente pode ser encaminhado para terapias adicionais, como a radioterapia ou a quimioterapia”, explica D’Almeida Costa.

Ainda, de acordo com o patologista, é primordial que os médicos considerem sempre a possibilidade de um tumor cerebral dentre os diagnósticos de um paciente que tenha sintomas neurológicos. “Na maioria das vezes esses sintomas, sozinhos, não são causados por um câncer, mas é importante que as alterações sejam investigadas de perto”, reforça D’Almeida Costa, que tem a neuropatologia como uma de suas subespecialidades.

Encaminhado para uma equipe multidisciplinar, o paciente poderá ser observado de perto por neurocirurgiões, neurorradiologistas e neuropatologistas, especialistas em reabilitação e outros profissionais que ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente neuro-oncológico.

Raquel Lyra quer escolher presidente de autarquia com orçamento de R$ 122 milhões por concurso

Sem alarde, o Governo do Estado está lançando um edital de seleção pública simplificada para escolha do novo presidente do HEMOPE, autarquia estadual. Por lei, o cargo é de livre nomeação da governadora Raquel Lyra (PSDB), mas a gestão resolveu fazer a seleção pública.

Nas gestões anteriores, o cargo em comissão sempre foi preenchido por indicação política. O cargo, apesar de não ser dos mais disputados, seria de interesse em indicar por parte de deputados estaduais, por exemplo. “Afinal o orçamento do HEMOPE em 2022 ficou em R$ 122 milhões. Raquel quer copiar o Zema?”, ironiza um político, sob reserva.

O edital será assinado, sem alarde, pela secretária estadual de Saúde, Zilda do Rego Cavalcanti. As inscrições começam ainda em maio. A seleção será realizada em duas etapas: avaliação curricular e análise do Plano de Gestão e entrevista e prova prática.

Os candidatos terão que atender os seguintes requisitos: diploma de nível superior, experiência comprovada no Sistema Único de Saúde de, no mínimo, 3 (três) anos e ter ocupado cargo de gestão, na área de saúde, no setor público ou privado, nos últimos 4 (quatro) anos.

Fonte: JC

 

 

Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo

26 de maio é o Dia de Prevenção e Combate ao Glaucoma, doença essa que pode ser tratada com acompanhamento preventivo

Dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) apontam que, somente no Brasil, somam mais de 2,5 milhões de cidadãos acometidos pelo glaucoma. Até 2040, serão mais de 111,8 milhões de pessoas em todo o mundo. Pesquisas indicam que entre 1 e 2% da população mundial convive com a doença que é a maior causa de cegueira irreversível mundialmente falando.

O mês de maio, uma campanha traz à tona debates sobre a prevenção e o combate ao glaucoma. Apesar da gravidade do quadro, quatro em cada dez pessoas não sabem o que é, de acordo com levantamento realizado pelo Ibope Inteligência. Conforme destaca o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, em 80% dos casos o paciente não apresenta sintomas logo que se instala a doença.

Segundo o médico oftalmologista e professor de Medicina da Unime, Roberto Lauande, o glaucoma é uma enfermidade que provoca a atrofia do nervo óptico, responsável por conectar o olho ao cérebro, interrompendo, assim, a transmissão dos sinais entre esses dois órgãos e levando à cegueira. No geral, a doença ocorre devido ao aumento da pressão intraocular. “Trata-se de um processo lento, que pode progredir durante anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas que não surgem de forma aparente na fase inicial, na maioria dos pacientes. Quando há algum sinal, a doença já está causando a perda gradativa da visão em grande parte dos casos. A cegueira causada pelo glaucoma pode ser evitada seguindo as orientações médicas”, alerta o especialista.

Para evitar complicações e um diagnóstico tardio, o aconselhável é consultar um oftalmologista uma vez por ano. Entretanto, para quem já realiza tratamentos, principalmente em casos de enfermidades progressivas, o correto é ir às consultas em períodos mais curtos, orienta o profissional.

Sintomas

A maioria das pessoas não apresentam sintomas, mas com o passar dos anos e se não tratado devidamente, o paciente com glaucoma tende a ter a visão periférica prejudicada.

No glaucoma crônico os principais sintomas são:

  • Perda do campo visual periférico
  • Visão turva

Nos casos de glaucoma agudo:

  • Dor intensa e súbita
  • Olhos vermelhos
  • Baixa de visão

O tratamento inicial do glaucoma de ângulo aberto mudou recentemente. O laser é o método terapêutico de escolha inicial, seguido de colírios. Manter a pressão ocular sob controle é o fator mais importante no tratamento, todavia, sabe-se que fazer exercício físicos, manter a pressão arterial controlada, assim como diabetes é importante.

Além disto, pacientes que tem o sono interrompido por ronco (apneia do sono) devem ser monitorizados.

 

Ministério da Saúde lança edital com 166 vagas para Pernambuco

Participantes podem receber até R$475 mil de incentivo para atuação em regiões vulneráveis

As inscrições para o Programa Mais Médicos estarão abertas a partir da sexta-feira (26), com prioridade para profissionais brasileiros formados no paísO Ministério da Saúde divulgou edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios de todas as regiões do Brasil. Dessas vagas, 166 estão destinadas a Pernambuco, para 69 municípios do estado. Em toda a região Nordeste, serão 1.250 vagas.

O programa, que visa garantir atendimento médico principalmente nas regiões de vazios assistenciais, traz aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios para atuação em áreas mais vulneráveis.

Além dos médicos brasileiros registrados no Brasil que terão prioridade na seleção, também poderão participar brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas não ocupadas por médicos com registro no país. As inscrições seguem abertas até 31 de maio e a previsão é que os profissionais comecem a atuar nos municípios no fim de junho.

 

Raiva: casos recentes mostram a importância da prevenção que pode ser realizada em qualquer época do ano

Agosto é o mês oficial do alerta, mas a veterinária da MSD Saúde Animal fala sobre a importância da vacinação para proteger os pets e os humanos

A raiva tem sido notícia frequente durante os últimos meses, já que a doença tem acometido algumas vítimas em diversas regiões do país, como interior de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Isso mostra que não é preciso esperar o mês do “cachorro louco”, em agosto, para começar ou se atentar à prevenção, que deve iniciar pelos animais de estimação, segundo Kathia Almeida Soares, médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal. Para alertar a respeito do tema, a profissional separou informações sobre essa enfermidade que é uma zoonose, ou seja, afeta não só os pets, mas também os humanos.

A especialista destaca que a forma mais comum de transmissão da raiva é por meio da mordida de um animal infectado, podendo ser por exemplo um cão, gato ou um morcego. Esse vírus afeta o sistema nervoso central causando distúrbios como alterações comportamentais e paralisia progressiva.

São manifestações clínicas bem conhecidas a agressividade e a salivação excessiva, sendo a segunda decorrente da dificuldade de deglutição em virtude da paralisia. Geralmente os sinais evoluem para coma e morte. “Ao notar qualquer alteração no pet é importante levá-lo ao médico- veterinário de confiança para que ele possa examinar o paciente e orientar em relação aos cuidados adequados”, afirma a veterinária.

A prevenção, nesse caso, a vacinação, é sempre a melhor forma de evitar a infecção e, por isso, deve ser realizada, inclusive, em qualquer período do ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), imunizar 70% dos animais onde a doença existe pode reduzir para zero os casos em humanos.

A menos que haja uma outra orientação do fabricante, cães e gatos podem receber a primeira dose da vacina antirrábica já a partir de 12 semanas de vida. A revacinação deve ser feita conforme a bula do produto utilizado, sendo anual de acordo com os biológicos disponíveis no Brasil. No entanto, Kathia orienta que é fundamental que o tutor converse com o médico-veterinário de confiança para que o produto utilizado e protocolo realizado sejam decididos.

Proteja seu pet e a sua família!

A raiva é uma zoonose fatal tanto para os pets quanto para os humanos. Por isso, é essencial manter a carteira de vacinação do animal em dia para contribuir não só com a proteção dele, mas também da comunidade, caminhando assim para um novo horizonte, focando na Saúde Única!

 

 

Jovem usa Ozempic sem indicação médica e para na UTI com problema no fígado

Com base na notícia divulgada recentemente, sobre uma jovem publicitária que fez uso do medicamento Ozempic sem acompanhamento médico e acabou internada na UTI com problemas de fígado, é importante destacar os riscos e consequências do uso de medicamentos sem a devida orientação médica.

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo explica que o Ozempic é um medicamento indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, que age no corpo imitando um hormônio ligado ao apetite e alimentação, ajudando a estimular a produção de insulina e a diminuir os níveis de glicose no sangue do paciente. Seu uso tem sido associado ao emagrecimento, o que tem levado algumas pessoas a utilizá-lo para essa finalidade, muitas vezes sem recomendação médica.

No entanto, é importante destacar que a utilização de qualquer medicamento, especialmente sem a orientação de um profissional de saúde, pode causar sérios riscos à saúde. A jovem publicitária que fez uso do medicamento sem acompanhamento médico quase teve uma insuficiência hepática, o que pode ser extremamente perigoso e até mesmo fatal.

“A insuficiência hepática é uma condição em que o fígado para de funcionar corretamente, podendo ocorrer de maneira súbita (aguda) ou gradual (crônica). As causas incluem diversos fatores, como reação a medicamentos, altas doses de paracetamol, hepatite, abuso de álcool e esteatose hepática avançada. O uso inadequado de medicamentos pode ser uma dessas causas.” Destaca o Dr. Ronan Araujo.

Ozempic, assim como qualquer medicamento, possui efeitos colaterais, que podem variar de pessoa para pessoa. Náuseas, refluxo gastroesofágico, vômitos, constipação ou diarreia são alguns dos efeitos colaterais mais comuns associados ao uso do medicamento. Por isso, é essencial que seu uso seja acompanhado por um médico, que poderá avaliar a necessidade e a segurança do seu uso para cada paciente.

O Dr. Ronan Araujo comenta que a escolha de um tratamento para emagrecimento deve ser feita com base em uma avaliação médica individualizada, considerando as condições de saúde, histórico médico e estilo de vida do paciente. Existem diversas opções de tratamentos para emagrecimento, que podem ser associadas à prática regular de exercícios físicos e à adoção de uma dieta saudável e equilibrada.

Entre as opções de tratamentos para emagrecimento, destaca-se a mudança de hábitos alimentares, a prática regular de atividades físicas, a terapia comportamental, a utilização de medicamentos específicos e diversas outras opções, desde que seja avaliada devidamente por um médico competente da área. Cada opção deve ser avaliada de forma individualizada, considerando os riscos e benefícios para o paciente, além das suas expectativas e necessidades.

O uso inadequado de medicamentos para emagrecimento pode levar a efeitos colaterais prejudiciais à saúde, como problemas de fígado, rins, coração e sistema nervoso central, além de outros problemas graves.

Portanto, é fundamental que as pessoas se conscientizem sobre a importância de buscar orientação médica antes de utilizar qualquer medicamento. O acompanhamento médico é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento, além de evitar complicações e prevenir danos à saúde.

“É importante destacar também que o emagrecimento saudável não é uma tarefa fácil e requer mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida. O uso de medicamentos para emagrecimento deve ser encarado como uma opção importante, principalmente para aqueles que tem obesidade. Deve ser utilizada com cautela e sempre com a orientação de um médico especialista.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Motivação ou ansiedade? Especialista alerta para os efeitos do café na rotina

Neste 24 de maio, dia nacional da bebida mais consumida no mundo, entenda a sua ação no cérebro e saiba como transformá-la em aliada durante os momentos que exigem foco.

O brasileiro não pode negar a sua paixão pela hora do cafezinho: de acordo com o IBGE, cada habitante do país consome em média entre 3 e 4 xícaras diariamente. Mais do que um hábito cultural, a bebida é vista como um potencializador da produtividade, o que atrai especialmente quem está em uma rotina mais intensa de trabalho ou estudo.

“Estudos já mostraram que o consumo da cafeína é seguro para a maioria das pessoas, em quantidades baixas ou moderadas. No entanto, se for consumida de forma inadequada, pode causar efeitos colaterais desagradáveis, e até perigosos à saúde, dependendo de quanto tempo a substância ficar no seu corpo. Doses elevadas podem provocar taquicardia, ansiedade, tremores, alterações digestivas e insônia”, explica o biólogo e professor Paulo Jubilut, fundador da plataforma de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares.

No cérebro humano existe uma molécula de energia chamada ATP (trifosfato de adenosina), que age como um combustível para o corpo funcionar. Durante uma longa maratona de estudos, o cérebro vai esgotando essas moléculas, o que causa sono e cansaço. “Quando a cafeína entra no sistema, ela se liga a receptores específicos que enganam o cérebro e fazem parecer que não existe tanto cansaço. Mas na verdade é apenas a percepção de fadiga que diminui: o ‘combustível’ continua baixo”, explica o biólogo.

No entanto, o papel do café não é recarregar energia — para isso, nada substitui uma boa noite de sono. O especialista explica que dormir é essencial para que as moléculas de ATP se restabeleçam. Caso contrário, não há produção dessa energia, e, como consequência, não acontece o processo de restauração cerebral que acompanha o descanso.

Café também requer moderação no consumo

Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considerar seguro, para pessoas saudáveis, o consumo de até 400 mg de cafeína por dia, equivalente a três xícaras, cerca de 61% dos brasileiros ultrapassam essa recomendação. Além da quantidade apropriada, o biólogo aponta outros cuidados. “É bom evitar a bebida após as 16 horas, já que a cafeína pode atrapalhar o sono à noite. Isso acontece porque a cafeína leva mais ou menos 7 horas para ser metabolizada pela metade, o que significa que mesmo horas após o consumo você continua sentindo os efeitos dela no corpo.” 

Além do café, outras bebidas e alimentos contêm cafeína, como chás, refrigerantes, energéticos, chocolates e alguns medicamentos. Embora a cafeína seja popular quando o assunto é produtividade, há outras estratégias para um bom desempenho cerebral, como dieta equilibrada, sono adequado e exercícios físicos.