Equipe de transição quer que Petrobras suspenda venda de refinarias até a posse de Lula

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo de Minas e Energia da transição governamental, afirmou, hoje, que será enviado à Petrobras um pedido para que a estatal suspenda a venda de ativos, como refinarias, até a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República.

O pedido foi feito nesta terça durante reunião da equipe de transição com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e será encaminhado à estatal. Jean Paul Prates é um dos cotados para assumir a presidência da Petrobras no novo governo Lula.

“Ele [ministro Adolfo Sachsida] vai nos colocar em contato com a Petrobras e nós vamos conversar o quanto antes”, afirmou o senador a jornalistas após se reunir com o ministro. Entre os processos de venda de ativos que o grupo quer paralisar, está o da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil.

“A gente indicou que esse é um processo complexo que envolve relações com governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com Argentina, Bolívia e Brasil, enfim, não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa, no final do governo”, defendeu.

Sobre refinarias, o senador ponderou que não há como paralisar aquelas que estão com processos mais avançados de venda, mas defendeu que haja a suspensão para outras que não começaram ou que começaram recentemente.

Durante a campanha, o presidente eleito Luiz Inácio da Silva já havia se manifestado contra a venda de refinarias por parte da Petrobras.

Ainda segundo Prates, a equipe de transição pediu para suspender também a venda de imóveis que começou recentemente.

O senador completou que o pedido não quer dizer necessariamente que novas vendas não possam ser feitas, mas sim que o quadro precisa ser reavaliado.

“Nós nos manifestamos várias vezes, o presidente Lula também, contra a venda de ativos dessa forma que está sendo feita. Não quer dizer necessariamente que não haja venda de ativos no futuro, mas isso é uma avaliação que vai caber com muita parcimônia e cuidado à nova gestão”, explicou.

A Petrobras começou a vender ativos que não considera mais estratégicos a partir da gestão de Pedro Parente, ainda no governo Temer, de modo a diminuir a sua dívida, após o escândalo de corrupção que ficou conhecido como petrolão.

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