Após o terremoto de 2011, Tóquio redobrou seus esforços para tornar seus bairros à prova de fogo (uma das principais causas de morte por tremores), oferecendo subsídios e isenções fiscais para substituir estruturas antigas por versões novas resistentes a desastres.
— É muito importante ter imaginação para se preparar para o maior número possível de cenários — disse Akihiko Hamanaka, diretor da divisão de prevenção de desastres do Governo Metropolitano de Tóquio. — Nenhum desastre de terremoto é igual, é tudo diferente, dependendo do epicentro, do tamanho e do clima no momento.
Após o terremoto de 2011, Tóquio redobrou seus esforços para tornar seus bairros à prova de fogo (uma das principais causas de morte por tremores), oferecendo subsídios e isenções fiscais para substituir estruturas antigas por versões novas resistentes a desastres.

Os códigos de construção foram aprimorados à medida que pesquisadores e formuladores de políticas incorporaram novas tecnologias e métodos de engenharia para criar edifícios cada vez mais resistentes. As últimas grandes mudanças no código de construção foram feitas em 1981. Atualmente, o Japão conta com algumas das normas de construção mais rigorosas do mundo.
Os padrões para estruturas de madeira também foram reformulados em 2000, exigindo que os arquitetos levem em consideração aspectos como o número de paredes resistentes a terremotos com suportes. Também devem ser realizadas pesquisas de solo para garantir que a fundação do edifício seja adequada ao local.
Ao dirigir pela capital, os motoristas se deparam com placas de trânsito que apresentam o desenho de um bagre azul ao lado das palavras “Estrada de emergência: fechada em caso de grande terremoto”. As estradas foram designadas por lei para serem usadas por equipes de emergência durante um desastre natural. No caso de um grande terremoto, motoristas comuns são proibidos de dirigir pela estrada, abrindo caminho para ambulâncias, bombeiros e entrega de mercadorias.

Para garantir que as estradas permaneçam desobstruídas e acessíveis, Tóquio também está fortalecendo as estruturas que estão ao longo do caminho, exigindo que os proprietários de edifícios nos arredores informem a resiliência sísmica da estrutura e realizem reformas necessárias.
A capital japonesa também tem vários parques de prevenção de desastres, espaços públicos comuns que podem ser transformados em locais de evacuação com sistemas de geração de energia solar e tanques de água de emergência. O Tokyo Rinkai Disaster Prevention Park, na Baía de Tóquio, tem uma instalação de aprendizado sobre desastres, onde os visitantes podem usar tablets para aprender como sobreviver às primeiras 72 horas de um grande terremoto.
O Japão também desenvolveu um sistema de alerta líder mundial que dá às pessoas tempo para se prepararem para um abalo. Uma rede de sismógrafos foi instalada em todo o país, que detecta as ondas iniciais e calcula o tamanho potencial e o local do terremoto. Se detectar um tremor de determinado tamanho, são emitidos avisos para telefones, telas de TV, bem como para linhas de fábrica e trens, para que parem automaticamente antes que o segundo tremor ocorra. (Com Ansa e Bloomberg).
Fonte: O Globo