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Americanas fecha loja em Fortaleza, em meio a recuperação judicial

Em meio à crise fiscal desencadeada em janeiro, a Americanas fechou uma de suas unidades em Fortaleza nos últimos dias. A loja fica na esquina da Avenida Senador Virgílio Távora com Rua Ana Bilhar, no Meireles.

A empresa fixou um aviso na fachada da loja, comunicando o fim da operação: “Aos nossos clientes, informamos que essa loja encerrou suas atividades. Para realizar suas compras, dirija-se para as lojas mais próximas”.

Até o momento, não se sabe se o fechamento da loja do Meireles é isolado ou se faz parte de um plano de contingenciamento maior. O episódio ocorreu a poucos dias da Páscoa, um feriado forte de vendas para a companhia.

A empresa detém 70 lojas espalhadas pelo Ceará. Pelo menos 20 delas estão em shopping centers e as demais, no comércio de rua.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

A tradicional varejista está em processo de recuperação judicial após a eclosão de um escândalo contábil multibilionário, que levou ao derretimento das ações e a uma enorme crise de desconfiança no mercado.

Antes mesmo da crise, a Americanas já havia fechado seu Centro de Distribuição no Ceará, em 2022.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Funcionário das Lojas Americanas de Afogados é detido suspeito de furtar 600 caixas de chocolate da empresa

Quando de serviço, após levantamentos e diligências realizadas pela equipe da Polícia Civil (20ªDesec/ 167ª), com apoio do efetivo do Malhas da Lei e GT Afogados do 23º BPM, foi abordado e detido um homem de 35 anos, o qual conduzia o seu veículo, sendo apreendido e recuperado, na ocasião, no interior do automóvel, 600 (seiscentas) caixas do chocolate marca Garoto, que estavam armazenados em 20 caixas maiores.

A caixa de chocolate é comercializado nas Lojas Americanas, suposta vítima da ocorrência em questão, pelo valor de RS 8,99 (oito reais e noventa e nove centavos), isto é, o total apreendido e recuperado de caixas de chocolate tem valor equivalente a RS 5.394 (cinco mil e trezentos e noventa e quatro reais).

O acusado é, há tempos, funcionário das Lojas Americanas, ou seja, suposta vítima do furto.

Após ser dada voz de prisão ao acusado, a ocorrência foi passada à disposição da Delegacia de Polícia local, juntamente com os produtos, o veículo utilizado para o transporte da mercadoria e o aparelho celular do acusado (para eventual perícia e investigação), para serem tomadas as medidas legais cabíveis.

 

Fonte: Mais Pajeú

 

Americanas vão quebrar? Qual o tamanho da crise e o que esperar

Por Mariana Desidério, do UOL, em São Paulo

Após a crise do rombo de R$ 20 bilhões no balanço das Americanas, muita gente pergunta se a empresa vai fechar. Na sexta-feira, houve uma decisão da Justiça que menciona uma potencial dívida de R$ 40 bilhões e aponta para um pedido de recuperação judicial.

O que aconteceu

  • Na quarta-feira (11), a empresa anunciou “inconsistências” de R$ 20 bilhões no balanço.
  • Na sexta-feira (13), o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª vara empresarial do Rio, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar, dando 30 dias para que a empresa possa decidir se vai pedir recuperação judicial.
  • Na decisão, o juiz informa que as Americanas alegaram o risco de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas.
  • Para evitar a quebra da empresa, o juiz suspendeu essa possibilidade por 30 dias.

O que vai acontecer agora

  • É possível que as Americanas peçam recuperação judicial. Nessa situação, a empresa é autorizada pela Justiça a suspender o pagamento de dívidas.
  • Mas para isso ela tem de apresentar um programa de recuperação financeira. Se o programa não for cumprido, sua falência pode ser decretada.
  • A empresa tem se reunido com credores para negociar alguma saída.
  • Os acionistas de referência das Americanas -os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, sócios do 3G Capital- estariam dispostos a atuar na capitalização da empresa. Mas, a princípio, não fariam isso sozinhos.
  • Uma alternativa é que a empresa recorra a um follow-on, ou seja, uma nova oferta de ações. Em outras palavras, parte da empresa seria vendida para arrecadar capital.
  • Mas, para dar certo, o mercado precisa estar disposto a comprar essas ações em um cenário nada favorável para a empresa.
  • O modelo também pode não agradar aos atuais acionistas, que já tomaram um tombo com a queda de quase 80% da ação na quinta-feira (12).
  • No follow-on, os atuais investidores ou são diluídos (sua participação fica menor) ou precisam entrar com dinheiro para manter sua posição.
  • Se a captação de recursos não ocorrer conforme o esperado, o cenário fica mais nebuloso.
  • Dentre as possibilidades, estão a consolidação, ou seja, a venda ou fusão com outra empresa, a renegociação com os credores e a recuperação judicial.
  • Dada a dificuldade de captar dinheiro via outras fontes, a companhia pode estar tentando obter recursos dos acionistas-chave.
Não vai ser fácil a companhia convencer o mercado a dar mais dinheiro pra ela.
Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Como fica a empresa

  • Seja qual for a solução, a empresa vai apertar o cinto e buscar ficar mais enxuta para economizar. O investimento tende a diminuir, assim como o capital de giro.
  • Com isso, as Americanas podem ter uma redução em seu estoque e no número de fornecedores.
  • Ainda nessa frente, as possibilidades incluem fechamento de lojas menos eficientes e venda de bens.
  • Já há apreensão no varejo com essa possibilidade. As Americanas são importante ponto de fluxo de consumidores para shoppings fora dos grandes centros.
  • O modelo de negócio da companhia também pode passar por uma revisão. As Americanas já não viviam um bom momento.
  • A dívida da companhia pré-rombo já era alta e suas margens apertadas. A chegada de Rial era vista como uma possibilidade de virada para a empresa, tarefa que fica bem mais difícil agora.
  • A cereja do bolo é que o cenário macroeconômico joga contra a empresa neste momento delicado. Com os juros no patamar de 13,75%, todas as varejistas sofrem com redução da demanda, e isso não é diferente para as Americanas.
Eles atendem cidades menores de maneira muito ampla por conta do mix de produtos.
O setor de shoppings está apreensivo, aguardando maiores informações.
Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvea Malls.