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Copom reduz juros básicos da economia para 12,75% ao ano

Edifício Sede do Banco Central em Brasília

O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela segunda vez no semestre. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o Copom informou que o corte de 0,5 ponto percentual é compatível com a estratégia para fazer a inflação convergir para a meta em 2024 e em 2025. Assim, como na reunião anterior, o órgão reiterou que continuará a promover reduções na mesma intensidade nos próximos encontros, mas não informou se prosseguirá com os cortes no início do próximo ano.

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Real digital se chamará Drex confirma Banco Central; Entenda como funcionará

Moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação, o real digital se chamará Drex, confirmou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). O nome foi confirmado pelo economista do BC Fabio Araujo, coordenador da iniciativa, em live semanal da autoridade monetária no YouTube.

Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representar a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

O Drex, informou o BC, facilitará a vida dos brasileiros. “A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, destacou o órgão.

Aplicações

Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas não têm garantia de nenhuma autoridade monetária.

Moeda de atacado, não de varejo, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.

Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.

Banco central faz habilitações

Em testes desde o início do ano, o real digital deve estar disponível para a população só no fim de 2024. Em março, o BC escolheu a plataforma a ser usada nas transações. Nos últimos meses, a autoridade monetária habilitou 16 consórcios para desenvolverem ferramentas e instrumentos financeiros que serão testados no novo sistema.

Previstos para começarem em setembro, os testes com os consórcios ocorrerão com operações simuladas e testarão a segurança e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados (ativos reais convertidos em digitais) das instituições financeiras.

Os ativos a serem usados no projeto piloto serão os seguintes: depósitos de contas de reservas bancárias, de contas de liquidação e da conta única do Tesouro Nacional; depósitos bancários à vista; contas de pagamento de instituições de pagamento; e títulos públicos federais. Os testes serão feitos em etapas, com as transações simuladas com títulos do Tesouro Nacional sendo feitas apenas em fevereiro do próximo ano.

 

Banco Central reduz taxa básica de juros pela primeira vez em três anos

O Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (2/8), por reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 pontos percentuais. Com a mudança, os juros básicos agora correspondem a 13,25% por ano. Foi a primeira mudança na Selic desde agosto de 2022, a taxa quando passou dos mesmos 13,25% para 13,75%, e o primeiro corte nos juros em mais de três anos – o último havia sido na reunião de 17 de junho de 2020, quando foi de 2,25% para 2,00%.

A taxa básica de juros é uma referência para os juros praticados pelos bancos e por instituições financeiras e é utilizada pelo Banco Central como política de controle da inflação. Os patamares atuais vêm sendo considerados altos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a criticar publicamente a condução do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Na ata da última reunião, em junho, o órgão havia acenado com a possibilidade da queda dos juros em agosto. Após uma série de comunicados duros no início do ano, em que não descartava a possibilidade de elevar a taxa Selic, o Copom mudou de tom e admitiu a redução dos juros básicos por causa do comportamento dos preços.

“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião [em agosto]”, informou o Copom na ata.

Com a forte desaceleração dos índices de preços nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2023 passou de 4,9% para 4,84%.

Em junho, puxado pela queda nos preços dos alimentos e dos carros novos, o IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a primeira deflação em nove meses. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 2,87% no ano e de 3,16% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 3,94% acumulados até o mês anterior.

Teresa Leitão quer Banco Central “ativo” contra “humores” do mercado

Foto: Pedro França/Agência Senado

“O mercado é tratado, no Brasil, como um ente que ri, um ente que intervém, um ente que acha bom, um ente que tem bom humor, um ente que tem mau humor, e quem quiser que se adapte”. Com essa fala a senadora Teresa Leitão deu início à sua participação na sabatina dos indicados para integrar a direção do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton Santos.

Gabriel Galípolo foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad para assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central. Já Ailton Santos foi indicado para ser o novo diretor de Fiscalização do órgão. Ambos foram sabatinados nesta terça, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, e foram aprovados.

Teresa Leitão elogiou a apresentação dos candidatos. Para ela, os dois demonstraram interesse em “tornar o Banco Central mais ativo, não acomodado aos humores do mercado”.

A senadora pernambucana fez questionamento aos candidatos. A Gabriel Galípolo perguntou “como o Banco Central pode atuar, de maneira bem efetiva, para fomentar a inclusão financeira e reduzir as taxas de juros para os setores mais vulneráveis da sociedade? É para estes que a gente entende que a economia deva girar, não é?”.

Já para Ailton Santos a pergunta foi sobre desafios da fiscalização no Banco Central. “O senhor vai ocupar um cargo de fiscalização, que já ocupa como servidor. Quais são os principais desafios de fiscalização dessas instituições financeiras e como o senhor pretende enfrentá-los?”.

Em breve momento de descontração, Teresa Leitão elogiou uma fala de Ailton Santos que reverenciou seus professores. “Para o senhor Ailton, eu quero destacar, como professora que sou, o reconhecimento que o senhor fez aos seus professores. Nada nos agrada mais nessa vida – é melhor do que o piso salarial, eu diria –, como o reconhecimento de um aluno ou de um ex-aluno pelo nosso trabalho”.

Outro destaque feito pela senadora foi pelo fato de que Ailton Santos “é o primeiro negro a ser indicado para um cargo de direção no Banco Central, o que comprova o nosso objetivo de dar ao alto escalão deste Governo uma maior diversidade. Parabéns por isso e parabéns por sua história!”.

Pacheco afirma que Congresso não abre mão da autonomia do Banco Central e do marco do saneamento

O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG), conversou com jornalistas nesta terça-feira, 23, e rechaçou a possibilidade do Congresso Nacional no recuo de pautas já votadas pelas casas legislativas, como a autonomia do Banco Central (BC), o marco do saneamento e a reestatização da Eletrobrás.

Após reunião na Residência Oficial do Senado Federal, o parlamentar pontuou que a atual composição do Congresso é “reformista” e que não é possível abrir mão das conquistas realizadas até o momento. “São temas que já enfrentamos e objetivamos a permanência dessa realidade, sem alterações”, disse.

Pacheco também disse que há certa estabilidade na relação entre o Legislativo e Executivo e explicou que há boa perspectiva no andamento da reforma tributária e do marco fiscal – este, segundo o presidente do Senado, deverá ser entregue ainda no primeiro semestre. No dia 17 de maio, deputados aprovaram o regime de urgência no projeto do marco fiscal e o mérito do teto deverá ser analisado pelos parlamentares da Câmara na próxima quarta-feira, 24, de acordo com o relator Claudio Cajado (PP-BA).

Na visão do político, há a intenção de tornar o texto mais simples, já que há 40 emendas no projeto, e que o texto poderá ser alterado caso as mudanças auxiliem no entendimento. Também estiveram presentes na reunião o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL); relator do marco fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA); relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA); o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes, Flávio Rocha; presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual, André Esteves; presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney; Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

Fonte: Jovem Pan

Mais chaves PIX do que brasileiros

O número de chaves PIX cadastradas já é o dobro da população brasileira. Segundo dados do Banco Central do Brasil (BC), até julho deste ano foram registradas 478 milhões de chaves, duas vezes mais que os 214,9 milhões de brasileiros.

A grande maioria das chaves (95%) são de pessoas físicas. Segundo o BC, a quantidade de operações via PIX já ultrapassa outros meios como cartão pré-pago, transferência intrabancária e débito direto.

O PIX é um sistema de pagamento instantâneo e gratuito desenvolvido pelo Banco Central para facilitar transações financeiras. A ferramenta começou a ser desenvolvida em 2018 e foi lançada em novembro de 2020. De la para cá, o número de usuários cadastrados triplicou – passando de 41 mil para 131 mil.

O tipo de chave preferido dos usuários é o aleatório, no qual uma combinação de números e letras é fornecida para a realização da transação. São mais de 190 milhões de chaves aleatórias – 39,8% do total, seguidas pelo CPF (22,7%), número de celular (21%) e endereço de email (14,7%).

Em julho deste ano, o sistema movimentou R$ 933 bilhões em mais de 2 trilhões de transações. A adesão às funcionalidades PIX Saque e o PIX Troco, que foram lançadas em novembro do ano passado, ainda é mais baixa na comparação com o total de transações, mas também vem crescendo. Em julho, ambas modalidades somaram 270 mil transações.

Com as funcionalidades, os usuários podem fazer saques em estabelecimentos comerciais, não apenas em caixas eletrônicos. A questão é que a oferta destes produtos, no entanto, é opcional e depende de adaptação dos sistemas das lojas.

Fonte: G1