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Censo registra 1.652.876 pessoas indígenas no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta segunda-feira (3) que o Censo Demográfico já registra 1.652.876 pessoas indígenas em todo o país, incluindo a coleta concluída na Terra Indígena Yanomami, dividida entre os estados de Roraima e Amazonas.

Na TI Yanomami, foram recenseadas 27.144 pessoas indígenas, sendo 16.864 em Roraima e 10.280 no Amazonas. Desse total, 5.600 indígenas foram recenseados em áreas mais remotas, com apoio de agentes e helicópteros da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O IBGE destacou que o número de 1.652.876 pessoas indígenas registrado até o momento no país é preliminar. Ele deve passar por tratamento estatístico posterior à coleta de dados e, com isso, deverá aumentar até a divulgação dos primeiros resultados definitivos, prevista para a primeira semana de maio.

A operação envolveu instituições dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, dos Povos Indígenas e da Saúde, além do Ministério do Planejamento e Orçamento, responsável pela coordenação dos trabalhos, e contou, ainda, com o apoio do governo de Roraima.

 

Pagamento do novo Bolsa Família começa na segunda-feira (20)

O novo Bolsa Família começa a ser pago pela Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (20) e vai até o dia 31 deste mês. Os depósitos do programa continuarão a ser feitos seguindo a ordem do número final do Número de Identificação Social (NIS).

Confira o calendário do pagamento:

O benefício mantém os R$ 600 por família, com adicional de R$ 150 por criança de até seis anos, um acréscimo de R$ 50 por integrante de sete a 18 anos incompletos e mulheres gestantes.

A diarista Suane Costa Lima mora no Gama (Distrito Federal) e afirma que o Programa do Bolsa Família é importante para ela, já que ajuda a pagar o aluguel e contas, como de água e luz. Ela também usa para comprar alimentos e itens essenciais para os filhos.

Quem pode receber o benefício?

Para receber o novo Bolsa Família, a família deve ter renda mensal de até R$ 218 por pessoa, além de estar cadastrada no Cadastro Único (CadÚnico). Além disso, é necessário cumprir as seguintes exigências:

  • Crianças de 4 a 5 anos devem cumprir no mínimo 60% de frequência escolar;
  • Jovens de 6 a 18 anos, e aqueles que não concluíram a educação básica, a frequência escolar mínima é de 75%;
  • Manter as carteiras de vacinação de todos os membros da família atualizadas;
  • Acompanhamento pré-natal para gestante.

De acordo com o ministro Wellington Dias, o Bolsa Família busca facilitar o acesso das famílias à saúde e à educação. Além disso, para o ministro, o programa trabalha interrompendo, muitas vezes, um ciclo histórico de pobreza para abrir uma nova oportunidade.

“Ninguém quer viver na pobreza, se alguém é rico, quer ser mais rico ainda, se alguém já está na classe média, quer melhorar a renda. Imagine os mais pobres? Esse é que quer uma oportunidade, e o bolsa família volta abrindo mais oportunidades”, disse o ministro.

Como receber?

O cadastro no Bolsa Família abre, automaticamente, uma conta digital sem custos adicionais, e o responsável pela família recebe um cartão para sacar o dinheiro mensalmente.

Cartões e senhas utilizados para o saque do Auxílio Brasil continuam sendo válidos para o recebimento do Bolsa Família.

Fonte: Brasil 61

Encerra nesta sexta (17) prazo para concluir inscrição no FIES

O prazo está curto para os candidatos pré-selecionados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os alunos aprovados na chamada única do programa têm até as 23h59 de sexta-feira (17) para complementar as informações da inscrição.

O Fies é um programa do Ministério da Educação (MEC), instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não-gratuitos, com avaliação positiva do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e ofertados por instituições de educação superior não-gratuitas aderentes ao programa.

Para o diretor da Valorum Empresarial e Mestre em Administração Financeira, Marcos Sarmento Melo, é importante analisar alguns pontos antes de escolher o financiamento. “A gente conhece mais o FIES, mas existem várias outras linhas de crédito que são oferecidas pelos bancos. É importante sempre planejar, levantar informação sobre seus planos e também sobre as linhas de crédito que existem no mercado para tomar uma melhor decisão. Qual é a taxa de juros? Qual é a carência? Se tem garantia ou não? Assim, provavelmente vai diminuir muito o risco de se tomar uma decisão errada”, orienta.

O candidato que desejar aderir ao programa não deve esquecer de complementar a inscrição. Essa etapa é indispensável para garantir o financiamento e será realizada por meio do portal de Acesso Único do Ensino Superior.

Passo a passo

O candidato deve acessar o portal gov.br, selecionar a opção do Fies e preencher o login e senha.

Ao acessar o sistema de inscrição do Fies, o candidato é direcionado para a seção “Resultado”. Depois, basta seguir efetuando os procedimentos solicitados pelo sistema.
Para concluir a inscrição é necessário acionar a opção “Complemente a sua inscrição”;
– Confirmar a instituição e o local de oferta;
– Responder os termos do financiamento, como valores, quantidade de semestres que o curso será financiado etc.;

As informações complementares serão registradas no sistema do Fies. É essencial que o candidato reveja a documentação necessária e verifique as próximas etapas até a contratação no edital do Programa.

Para complementar a inscrição no Fies, visite o site acessounico.mec.gov.br/fies


Fonte: Brasil 61

 

IBGE mostra estados com pleno emprego, e Nordeste tendo maior desemprego com Pernambuco e Bahia liderando as perdas

 

A taxa de desocupação (7,9%) do trimestre móvel de outubro a dezembro de 2022 – medida pelo IBGE através da Pesquia PNAD Contínua – revelando que ela caiu 0,8 ponto percentual ante ao trimestre de julho a setembro de 2022 (8,7%), revela um quadro dramático em relação ao Nordeste: apenas um dos nove estados da Região tem uma taxa abaixo da média nacional (Ceará, com 7,8%).

Nos demais oito, a taxa vai de 8,3% (Maranhão) a 13,5% (Bahia), com Pernambuco vindo na segunda posição com 12,3%.

A população desocupada (8,6 milhões de pessoas) no trimestre de outubro a dezembro de 2022 diminuiu 9,4% (menos 888 mil pessoas) frente ao trimestre terminado em setembro e caiu 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2021.

A população ocupada (99,4 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e subiu 3,8% (3,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.

O caso do Nordeste mostra a dificuldade das regiões menos desenvolvidas em se recuperar da crise da pandemia do covid-19 e as dificuldades dos governadores em cumprir suas promessas mais fortes na campanha e que é a geração de emprego.

Além de Bahia e Pernambuco, Sergipe (11,9%) e Paraíba (10,5%) ainda carregam taxas de desemprego de dois dígitos o que amplia o desafio dos governos estaduais em melhorar as condições econômicas intra-regionais.

E mesmo o Ceará, único abaixo da média nacional, carrega uma taxa quase o dobro dos estados com melhores taxas de ocupação e que segundo especialistas se aproximam do que tecnicamente se chama pleno emprego.

Esse é o caso dos estados de Rondônia com apenas 3,1% de taxa de desemprego seguido de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso do Sul (3,3%) e Mato Grosso (3,5%) todos eles fortemente impactados pelo agronegócio, ou como afirmam os analistas o “entorno do agronegócio” que inclui de vendedores de sementes e adubos a revendas de máquinas e equipamentos agrícolas e caminhões além de serviços de informática e suporte tecnológico no campo que tem atraído milhares de pessoas a atuar no planejamento das culturas de exportação.

Em 2023, por exemplo, a expectativa é a de que o País colha uma safra recorde de grãos, alcançando 298 milhões de toneladas, um crescimento de 13,3% em relação a 2022 (34,9 milhões de toneladas).

Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul concentram hoje as maiores ofertas de empregos inclusive de profissionais de TI para cuidarem de soluções locais de fazendas nas áreas de milho, soja, feijão e algodão uma cultura que em apenas 10 anos colocou o Brasil entre os cinco maiores produtores do mundo.

No sentido contrário, os estados do Nordeste enfrentam uma maior pressão no entorno das cidades de porte médio, Região Metropolitana e das capitais. Onde está a maior concentração da população subutilizada, sub-ocupada por insuficiência de horas trabalhadas, fora da força de trabalho e a população desalentada (quatro milhões de pessoas).

O percentual de pessoas sub-ocupadas tem uma grande concentração nas regiões metropolitanas e capitais que não conseguem gerar empregos suficiente nem mesmo da áreas de serviços o que cada gerando subutilização.

O efeito desse fenômeno, naturalmente, é a queda na renda com crescimento da importância de rendas oriundas do Governo como as aposentadorias do INSS e o pagamento do Bolsa Família que passam a ser a única renda formal dessas famílias.

O caso de Pernambuco é bem interessante pois, ao contrário da Bahia que tem uma parte de sua economia ancorada no agronegócio e exportação, Pernambuco dispõe apenas na cana-de-açúcar e da fruticultura irrigada que geram ocupações sazonais no agronegócio.

E mesmo no setor industrial o desempenho não é suficiente para impactar na geração de empregos.

Não por acaso, Pernambuco é o estado do Nordeste que, segundo a pesquisa da FGV Social, houve a maior mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia ocorreu em maior intensidade em Pernambuco (8,14 pontos percentuais) além de figurar em quarto lugar no ranking nacional. Sendo a região metropolitana em que a extrema pobreza mais cresceu.

Fonte: Jornal do Commercio

 

Haddad garante que municípios não perderão receita com novo imposto

A unificação de vários tributos no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) não trará perda de arrecadação aos municípios, disse nesta segunda-feira (13) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele participou de debate sobre a reforma tributária promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

O ministro repetiu declarações recentes de que o IBS, que funciona como um tipo de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), não diminuirá as receitas de 90% das prefeituras. Haddad reiterou que o IVA é o modelo mais adotado no planeta, além de trazer mais simplicidade e transparência ao sistema tributário.

“Quando proponho o IVA, que pode ser dual [um para a União e outro para os estados e municípios] ou não, é um tributo transparente, justo e simples. O IVA não vai diminuir em nada a arrecadação dos municípios; 90% vai ficar exatamente no mesmo lugar, pois será cobrado no destino”, declarou o ministro.

Haddad ressaltou que o debate sobre o impacto da reforma tributária nos municípios está sendo afetado por ruídos. “Estão criando fantasmas que devem ser enfrentados no diálogo franco. Estou aqui para resolver o problema do país, não o problema da União”, disse.

O ministro comparou a criação do IBS ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo o ministro, desde a introdução do fundo, em 2003, a carga tributária não aumentou, só havendo pequenos ajustes. “Há uma desorganização do ICMS e também dos tributos federais”, disse.

Histórico

As duas propostas de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, a PEC 45 (da Câmara) e a PEC 110 (do Senado), preveem a unificação de diversos tributos no IBS. A proposta da Câmara reúne duas contribuições – o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) – e três impostos – o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).

A proposta do Senado cria dois tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficaria com a União, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A CBS substituiria a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) substituiria o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos estados, e o Imposto sobre Serviço (ISS), de responsabilidade dos municípios. A proposta não unificou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o salário-educação no novo tributo federal.

Atualmente, as contribuições ficam inteiramente com a União, o IPI é partilhado entre União e governos locais, o ICMS fica com os estados; e o ISS, com os municípios. A Frente Nacional dos Prefeitos, entidade que representa 415 grandes e médios municípios, é contra a criação do IBS. A entidade defende a PEC 46/2022, de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que unificaria apenas as legislações para o ICMS e o ISS, mas manteria a autonomia das prefeituras e dos governos estaduais para estabelecer as alíquotas e administrar a arrecadação.

Simples Nacional

O ministro da Fazenda negou que pequenos comerciantes serão prejudicados com a criação do IBS. Haddad reiterou que os negócios enquadrados no Simples Nacional não serão abrangidos nessa fase da reforma tributária. Segundo o ministro, a aprovação da reforma poderá impulsionar a reindustrialização do país e trazer impacto de até 20% do PIB.

“Queremos reindustrializar o país, e esse setor será beneficiado, sim. Essa reforma tem impacto de 20% do PIB. Ela está indo no caminho certo. Qualquer economista sabe”, disse.

Na saída do encontro, Haddad reafirmou que uma eventual desoneração definitiva da folha de pagamento será discutida apenas no segundo semestre, tramitando junto com a reforma do Imposto de Renda.

Seleção é convocada para 1º jogo após a Copa

A seleção brasileira de futebol masculino foi convocada nesta sexta-feira (3), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para o amistoso contra Marrocos, marcado para o próximo dia 25 de março no Estádio Ibn Batouta, na cidade marroquina de Tânger. Será o primeiro compromisso desde a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. Ainda sem técnico desde a saída de Tite, que deixou o cargo após o Mundial, o time será dirigido, interinamente, por Ramon Menezes, treinador da equipe Sub-20.

A lista apresentada por Ramon foi repleta de novidades, com nove jogadores chamados pela primeira vez à seleção principal. Entre eles, cinco campeões sul-americanos sub-20 com o treinador: o goleiro Mycael, o lateral Arthur, o zagueiro Robert Renan, o volante Andrey Santos e o atacante Vitor Roque. Deles, Mycael ainda não estreou no profissional (ele defende o Athletico-PR). As outras quatro caras novas são o volante André, os meias João Gomes e Raphael Veiga e o atacante Rony.

A convocação conta, ainda, com 11 remanescentes da Copa: os goleiros Ederson e Weverton, o lateral Alex Telles, os zagueiros Eder Militão e Marquinhos, o volante Casemiro, o meia Lucas Paquetá e os atacantes Antony, Richarlison, Rodrygo e Vinícius Júnior. Os laterais Emerson Royal e Renan Lodi e o zagueiro Ibañez, convocados em outras ocasiões à seleção, receberam nova chance. A média de idade da lista é de 24 anos.

Abertas as inscrições para a 2ª Olimpíada Brasileira de Satélites

Ideia da competição promovida pelo MCTI é mostrar a importância dos satélites na rotina das pessoas

Estudantes e professores de instituições de ensino fundamental, médio, técnico profissionalizante e universitários já podem se inscrever na 2ª edição da Olimpíada Brasileira de Satélites, a OBSAT, nas modalidades teórica e prática. O prazo para a inscrição na modalidade prática acaba no dia 9 de abril e para a modalidade teórica, no dia 14 de maio.

A OBSAT foi idealizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e é organizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com apoio e parceria da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Liga Amadora Brasileira de Rádio Emissão (Labre) e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP).

A ideia da competição surgiu para mostrar a importância dos satélites na rotina das pessoas, que eles estão presentes em diversas atividades, como nas comunicações, monitoramento ambiental, segurança de fronteiras, exploração científica e serviços de localização.

O principal objetivo é oferecer capacitações, motivar estudantes brasileiros de todos os níveis a seguir as carreiras técnico-científicas e promover experiências teóricas e práticas em projetos de satélites.

“A OBSAT é uma importante Olimpíada que contribui para a difusão da cultura aeroespacial buscando divulgar mais sobre a temática e fomentar a área no Brasil”, disse o coordenador do projeto Rafael Vidal Aroca.

Segundo ele, a Olimpíada Brasileira de Satélites é mais uma oportunidade para desafiar e incentivar novos profissionais da área. “O Brasil tem engenheiros e cientistas brilhantes e estudantes entusiasmados em todos os níveis de educação. Só é preciso dar a eles a oportunidade de trabalharem em áreas desafiadoras e os resultados aparecem logo”, acrescentou Rafael Aroca.

Para participar das duas modalidades, os jovens devem possuir vínculo com instituição de ensino. No caso da modalidade teórica, podem se inscrever até 14 de maio estudantes de Ensino Fundamental, Médio e Técnico. O aluno realizará uma prova transversal em tópicos espaciais e satelitais, com base nas habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Esta modalidade possui três fases, e após a consolidação dos resultados estaduais, os melhores classificados de cada estado que não estejam participando da modalidade prática receberão como premiação uma vaga em um minicurso sobre Programação de Pequenos Satélites Educacionais a ser realizado durante o evento nacional de Fase 4 da Modalidade Prática.

Já a modalidade prática aceita inscrições de estudantes do Ensino Fundamental II, Médio ou Técnico e também de alunos de Ensino Superior. As equipes devem ser compostas de dois a quatro estudantes, tutoradas por um mentor maior de 18 anos, organizadas em três categorias de acordo com a escolaridade dos participantes.

Dividida em cinco fases, esta modalidade contempla desde treinamento com palestras para nivelamento na área aeroespacial até a construção e lançamento do satélite. A inscrição deve ser realizada até o dia 9 de abril.

Primeira edição – A 1ª edição da OBSAT teve início em 2021 com a participação de 352 equipes. Ao todo, 1.508 pessoas de 23 estados participaram do evento. Para 2023, a organização espera a inscrição de mais de 1.600 alunos.

Saiba mais https://obsat.org.br/inscricoes/

Bolsonaro diz que voltará ao Brasil em março para fazer oposição a Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que planeja voltar ao Brasil em março para liderar a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu adversário nas eleições de 2022. A informação foi confirmada em entrevista ao Wall Street Journal.

Bolsonaro defendeu uma articulação com o Congresso e governos estaduais para promover pautas como o combate ao aborto, ao controle de armas e a políticas que alega serem contrárias aos “valores familiares”. “O movimento de direita não está morto e continuará vivo”, pontuou o ex-presidente.

Recentemente, Bolsonaro declarou que retornaria ao país “nas próximas semanas”. Ele viajou para a Flórida, nos Estados Unidos, no final de dezembro de 2022, na véspera da posse do presidente Lula.

Durante a entrevista, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que “perder é parte do processo”, apesar de nunca ter reconhecido abertamente a derrota. Também negou que tenha feito alegações sobre fraude nas eleições, mas que “o processo foi enviesado”. O jornal considerou a declaração como uma tentativa de moderar as críticas em torno do sistema eleitoral.

O ex-presidente também tentou se desassociar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, promovido por seus apoiadores, dizendo que sequer estava no Brasil. Bolsonaro é investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a responsabilidade sobre os ataques.

“Golpe? Que golpe? Onde estava o comandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”, questionou.

Senador Cid Gomes apresenta projeto de lei para beneficiar endividados brasileiros

Um projeto de lei proposto pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) do número 217/2023 está sendo discutido no Senado. O objetivo do projeto é reduzir o endividamento dos brasileiros com o juros do cartão de crédito. A proposta prevê que, se o consumidor já tiver pago um valor equivalente ao dobro da dívida original, ele terá quitado sua dívida ao banco.

O senador Cid Gomes afirmou que seu projeto foi inspirado nas pautas do ex-ministro Ciro Gomes durante a campanha presidencial de 2022. Ele acredita que a proposta ajudará a proteger os direitos dos brasileiros, já que muitos estão sofrendo com o alto custo de juros de cartões de crédito.

Por outro lado, o projeto de lei também tem sido criticado por alguns setores, que afirmam que ele pode afetar a saúde financeira dos bancos. No entanto, o senador Cid Gomes afirmou que o projeto foi projetado de forma a manter a saúde financeira dos bancos, enquanto também ajuda os consumidores endividados a se livrarem de seus débitos.

Fonte: cn7

Cometa C/2022 E3 (ZTF) torna-se visível do Brasil; saiba como observá-lo

O cometa de coloração esverdeada C/2022 E3 (ZTF), que nos visita a cada 50 mil anos, já está protagonizando lindas imagens por onde passa e agora chegou a vez de ser registrado do Brasil.

Segundo o astrônomo Dr. Filipe Monteiro, pós-doc do Observatório Nacional, a partir desta quarta-feira (1º), o cometa começará a ser visível do Hemisfério Sul e, consequentemente, do Brasil, com uma melhor altura de observação a partir do dia 4 de fevereiro. Com o passar dos dias, o cometa será visto mais alto no céu e com mais tempo de visibilidade. Nas condições ideais, será possível observar o cometa a olho nu.

“Quando estiver em sua máxima aproximação com a Terra, o cometa passará a cerca de 0,28 unidades astronômicas da Terra (cerca de 42 milhões de quilômetros). Ou seja, apesar da aproximação com o nosso planeta, o cometa C/2022 E3 (ZTF) não tem chance de colisão com a Terra”, diz Filipe.

Com relação ao brilho esverdeado do cometa, o astrônomo observa que objetos como o C/2022 E3 podem exibir um brilho cada vez mais intenso dependendo da quantidade de material volátil que ele carrega e que é sublimado à medida que se aproximam do Sol.

“No dia 1º de fevereiro o cometa alcançará sua máxima aproximação da Terra, podendo atingir magnitude +6 ou menos. É importante destacar que quanto mais brilhante é um objeto, menor é sua magnitude. Assim, um objeto com magnitude +2 é mais brilhante do que um que tem uma magnitude +6, por exemplo”, diz Monteiro.

C/2022 E3 (ZTF) fez sua aproximação ao sol (periélio), em 12 de janeiro, quando passou a 160 milhões de quilômetros de nossa estrela antes de se dirigir para a Terra.

A descoberta do cometa C/2022 E3 (ZTF)

O cometa C/2022 E3 (ZTF) foi descoberto em março de 2022 pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia. O cometa tem um diâmetro relativamente pequeno, com cerca de 1 km e foi detectado ao passar pela órbita de Júpiter.

Monteiro explica que é possível saber que o cometa passou pela última vez pela Terra há cerca de 50 mil anos – quando a Terra ainda era habitada pelos neandertais – pelos cálculos de seu período orbital, tempo que um determinado objeto astronômico leva para completar uma órbita em torno de outro objeto.

“Após várias observações consecutivas após a sua descoberta, astrônomos traçaram a órbita de C/2022 E3, indicando que o seu período orbital é de cerca de 50 mil anos, ou seja, ele só pode ser visto da Terra a cada 50 milênios”, explica Monteiro.

Além disso, o astrônomo explica que muitos cometas de longo período conhecidos até hoje foram vistos apenas uma vez na história, visto que seus períodos orbitais são maiores que 200 anos, com alguns levando de 100.000 a 1 milhão de anos para orbitar o Sol.

De acordo com astrônomos do JPL da NASA, C/2022 E3 é um cometa de longo período que se acredita vir da Nuvem de Oort, a região mais distante do sistema solar da Terra que é como uma grande bolha contendo inúmeros detritos gelados e envolvendo o nosso sistema. Contudo, algumas previsões sugerem que a órbita deste cometa é tão excêntrica que não está mais em órbita do Sol. Se for assim, então ele não retornará e simplesmente continuará indo embora.

Os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira. Eles se tornam ativos à medida que se aproximam do sol. Isso porque o calor do astro aquece o cometa de forma rápida, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa conhecida como “coma”.

O cometa C/2022 E3 foi visto inicialmente com uma cor esverdeada brilhante e uma cauda de poeira “curta”, mas que deve aumentar à medida que se aproxima do Sol.

Como observar o cometa C/2022 E3?

O cometa poderá ser visto a olho nu apenas se as condições do céu forem bastante favoráveis, ou seja, com o céu escuro, sem Lua, e sem poluição luminosa. Isso ocorre porque o olho humano consegue ver objetos com magnitudes de até 6 aproximadamente. Esse poderá ser o primeiro cometa do ano visto a olho nu, e o primeiro após o cometa NEOWISE, que apareceu em 2020.

“Para observar o cometa, o mais sensato é usar binóculos, que facilitarão a observação desse visitante ilustre. Além disso, é importante destacar que não é uma tarefa tão fácil achar um cometa no céu. Por isso, além de instrumentos (binóculos, telescópios, câmeras fotográficas), é interessante que as pessoas procurem um lugar distante dos centros urbanos, fugindo assim da poluição luminosa. Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu”, explica Monteiro.

Por fim, o astrônomo fornece mais dicas aos observadores iniciantes:

“Se for sua primeira tentativa de localizar um cometa, tente em 10 de fevereiro de 2023, entre 19 e 21 horas, quando o cometa irá se encontrar muito próximo do planeta Marte [veja a imagem abaixo retirada do software Stellarium]. Uma estratégia que pode ser usada também por iniciantes, bem como os fotógrafos casuais, é tentar fotografar o cometa apontando sua câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos. Ao visualizar as imagens, possivelmente você irá notar um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu”, conclui.

No dia 11 de fevereiro, a partir das 19h, o Observatório Nacional realizará uma nova edição do evento virtual de observação do céu “Céu em sua casa: observação remota”.

Do Cetene para o Brasil, programa Futuras Cientistas apresenta o mundo da ciência para alunas de escolas públicas

Em 2012, nascia no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), um programa destinado a despertar o interesse e incentivar a participação de meninas e mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas. Passados 12 anos, o Futuras Cientistas cresceu e, em 2023, abriu as portas do mundo da ciência para 470 estudantes do Ensino Médio e professoras de escolas públicas no CNPEM, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), além do Cetene. Todas essas instituições são unidades de pesquisa do MCTI.

No CNPEM, por exemplo, 20 jovens estudantes estão aprendendo nanotecnologia de prata já no primeiro módulo do Futuras Cientistas, que ocorre em janeiro – mês de férias escolares. Uma dessas alunas é Raquel Rodrigues, de 16 anos, que teve o primeiro contato direto com as partículas de nanotecnologia. “Estou aprendendo coisas novas com o objetivo de ajudar pessoas direta ou indiretamente”, disse Raquel, que pretende dar continuidade aos estudos científicos.

Professora da rede pública, Tauane Vaccas acompanha as alunas nesta fase inicial. Ela conta que o projeto é uma maneira fácil de divulgar a ciência e incentivar as meninas a seguirem a formação científica. “Aqui no CNPEM, trabalhamos com nanopartículas de prata e sintetizamos para uma atividade microbiana, que é muito importante para divulgar a ciência.”

A pesquisadora do CNPEM, Verônica Teixeira, faz uma análise desse primeiro contato das meninas com as atividades e afirma que é possível meninas e mulheres fazerem ciência no país. “É muito gratificante acompanhar essa dinâmica com as alunas. Elas ficam nos laboratórios e vivenciam o cotidiano científico”, destacou.

O último encontro presencial de estudantes e professoras do programa Futuras Cientistas no Instituto Nacional de Tecnologia (INT) foi realizado na última quinta-feira (19). Na unidade de pesquisa localizada no Rio de Janeiro, o grupo de nove meninas e mulheres vivenciou as atividades dos laboratórios durante duas semanas. Alunas e professoras acompanharam as aulas experimentais nas áreas de nanotecnologia, biotecnologia e tecnologia de materiais poliméricos.

A exemplo do CNPEM, o primeiro módulo do programa, de iniciação científica, acontece, tradicionalmente, nas férias escolares de janeiro. A estudante Marjorye Carneiro, 18 anos, acredita que, além de adquirir mais conhecimentos, a experiência foi muito gratificante. “É incrível esse contato com a microscopia e biologia, uma área diferente da que eu estudo”, disse a jovem que cursa o ensino técnico de nutrição.

Estudante do 3º ano do Ensino Médio, Giovanna de Oliveira também gostou da oportunidade. “Estou aprendendo sobre polímeros e impressão 3G. Isso é muito inovador. Seria muito legal se mais meninas se interessassem pela ciência e fizessem essa imersão no INT.”

Meninas na ciência – Idealizadora do Futuras Cientistas, a diretora do Cetene, Giovanna Machado, avalia que o contato das meninas com a ciência ajuda a reduzir a disparidade de gênero na área. “O programa tem uma importância fundamental na inclusão de meninas de escolas públicas. Estamos falando de uma inclusão social em relação à parte de pesquisa e desenvolvimento”, ressaltou.

“O Futuras Cientistas tem essa aproximação entre meninas e professoras de escolas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Nós estamos atingindo uma grande diversidade levando ciência, tecnologia para todos. Porque afinal, ciência e tecnologia são de todos e para todos”, complementou Giovanna.

Dividido em quatro módulos, o programa realiza a primeira fase nas férias de verão, quando acontece a imersão científica, que tem carga horária de 80 horas, seguida de um módulo de grupo de estudos, de 20 horas. Nestes dois primeiros módulos, as alunas são apoiadas com bolsas de estudos no valor de R$ 483, além do kit com os materiais necessários para a realização dos experimentos. As fases seguintes são realizadas quando a participante já está no nível superior.

“O módulo dois está voltado a um banco de estudos que acontece nos meses de agosto, setembro e outubro, e as meninas selecionadas terão professores que vão administrar aulas e prepará-las para a prova do Enem. O terceiro módulo é um trabalho de mentoria com alunas que são aprovadas nas universidades. O objetivo é evitar a evasão em cursos em que predominam alunos do sexo masculino”, explica Giovanna.

Ela acrescenta que o último módulo é a parte da iniciação científica e do estágio. “Então, nós fechamos um ciclo de quatro módulos que interagem e fecham um ciclo de acompanhamento da menina”, conclui a diretora do Cetene.

Bactéria Klebsiella pneumoniae não oferece riscos à tilápia do Brasil

A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) afirma que a bactéria Klebsiella pneumoniae não oferece risco para a tilápia produzida no Brasil.

A entidade consultou diversos especialistas e enfatiza que a referida bactéria, comum na microbiota intestinal de diversas espécies animais – inclusive seres humanos –, não é um patógeno da tilápia e, assim, não representa risco para a atividade e os consumidores brasileiros.

A Peixe BR acrescenta que as indústrias de produtos para saúde animal associadas fazem um excelente e minucioso trabalho de vigilância sanitária de patógenos nos projetos de produção de peixes de cultivo de todas as regiões brasileiras e nunca identificaram a K. pneumoniae.

A entidade tranquiliza a cadeia produtiva e os consumidores, ressaltando que as práticas de biosseguridade utilizadas na piscicultura brasileira possibilitam identificar eventuais patógenos prematuramente, agindo proativamente para evitar sua proliferação.

Embaixada da Suíça ajudará o Brasil a restaurar relógio de Dom João VI

A embaixada da Suíça ajudará o governo brasileiro a restaurar o relógio de Dom João VI, destruído por um terrorista bolsonarista na invasão ao Palácio do Planalto, no último dia 8.

Uma equipe de técnicos ligados à embaixada esteve no Planalto, no fim da semana passada, para avaliar o nível de destruição do artefato histórico. A restauração é incerta.

Dom João VI trouxe o relógio para o Brasil em 1808. Datada do século XVII, a peça foi fabricada por Balthazar Martinot, o relojoeiro do rei Luís XIV, e era um presente da Corte francesa para o rei de Portugal. Existem apenas dois relógios de Martinot no mundo.

O bolsonarista que destruiu a peça, identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, foi preso pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (23/1), em Uberlândia.

Fonte: Metrópoles

1 ano sem o ícone da música brasileira, Elza Soares

A cantora Elza Soares morreu em 20 de janeiro de 2022, aos 91 anos. De acordo com a assessoria da artista, ela faleceu em casa, no Rio de Janeiro, de causas naturais. Em mais de 60 anos de carreira, ela se consolidou como um dos maiores nomes da música brasileira.

Elza Soares nasceu na Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, no Rio de Janeiro. Filha de pais humildes, ela passou por diversas dificuldades. Aos doze anos de idade, foi obrigada por seu pai a abandonar os estudos para se casar com um homem que havia tentado abusar dela. Pouco depois, teve o primeiro filho.

O segundo filho de Elza morreu de fome quando a futura cantora tinha apenas 15 anos. Com o marido doente, diagnosticado com tuberculose, ela passou a trabalhar como encaixotadora e conferente em uma fábrica de sabão. Elza também trabalhou em um manicômio, o Instituto Municipal Nise da Silveira. Com a recuperação do marido, ele a proibiu de trabalhar fora.

Quando tinha 21 anos, Elza ficou viúva e trabalhou como faxineira. Em 1953, ingressou na vida artística ao fazer o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, tendo ficado em primeiro lugar. No início da carreira, também trabalhou na Orquestra Garam Bailes, como crooner, até 1954. Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz.

Um de seus primeiros sucessos foi a música “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959. A partir daí, sua carreira deslanchou, com discos como O samba é Elza Soares (1961), Sambossa (1963), Na roda do samba (1964) e Um show de Elza (1965). No mesmo período, ela iniciou um relacionamento com o jogador de futebol Garrincha.

A relação de Elza com Garrincha começou de forma tumultuada, porque o atleta era casado. Durante muito tempo, ela foi perseguida, acusada de ter sido a amante que deu fim ao matrimônio do ídolo. Depois de algum tempo, Garrincha se divorciou e casou-se com Elza, com quem teve um filho. Depois que se aposentou dos gramados, o jogador passou a beber e a agredir a cantora.

Nos anos 70, Elza se dedicou a cantar o samba mais tradicional. Esse período rendeu sucessos como “Salve a Mocidade” (Luiz Reis, 1974), “Bom dia, Portela” (David Correa e Bebeto Di São João, 1974), “Pranto livre” (Dida e Everaldo da Viola, 1974) e “Malandro” (Jorge Aragão e Jotabê, 1976).

Em 1982, após dezesseis anos turbulentos, o casamento de Elza e Garrincha. No ano seguinte, ele morreu de cirrose hepática. No início daquela década, ela passou por um período de ostracismo, mas voltou à ribalta após participar da gravação do samba-rap “Língua”, de Caetano Veloso. Depois disso, ela reinventou a sua carreira e conquistou um novo público.

Além do samba, Elza se aproximou do jazz, da música eletrônica, do hip hop e do funk ao longo de 34 discos gravados. Cercada por músicos da nova geração, em 2015 a cantora lançou o aclamado álbum A Mulher do Fim do Mundo. Seu último disco foi Planeta Fome em 2019. Coincidentemente, ela morreu na mesma data da morte de Garrincha, 39 anos depois.

Fonte: History Uol

Para cumprir promessas, Lula depende de Congresso, STF e governadores

“revogaço” de decretos e portarias do governo Bolsonaro e a edição de novas normas que estão dentro das prerrogativas do Poder Executivo deverão intensificar os primeiros dias da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República. Para cumprir as promessas feitas ao longo da campanha e reforçadas na posse, porém, o petista não dependerá apenas da própria caneta, mas também da concordância de outros entes, como o Congresso, que toma posse só em fevereiro, o Poder Judiciário e até mesmo governadores e prefeitos.

A retomada na demarcação de terras indígenas, por exemplo, é uma promessa de Lula que, para se consolidar, dependerá da conclusão do julgamento da tese do Marco Temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também de aprovações caso a caso pelo Congresso.

Em um julgamento que se arrasta há anos e que sempre foi muito atacado por Jair Bolsonaro (PL), o STF está debatendo se só podem ser demarcadas terras ocupadas pelos povos originários até a data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Agora, sob o governo Lula, o julgamento deverá ser retomado – mas ainda não há data para isso.

Montagem de base aliada no Congresso

No mês que falta para os deputados e senadores eleitos em 2022 tomarem posse, o governo Lula também terá de se preocupar com a formação de uma base de apoio mais sólida. Com os parlamentares de partidos que hoje estão representados no ministério do petista, Lula tem só um pouco mais do que os 257 votos na Câmara e 41 no Senado que são necessários para aprovar projetos de lei e está longe dos dois terços que são exigidos para aprovar propostas de emenda à Constituição (PECs).

Com isso, o governo que começa terá de negociar muito para conseguir, por exemplo, garantir a continuidade do Bolsa Família de R$ 600 para além de 2023 – medida garantida pela PEC da Transição. Essa relativa fragilidade é uma ótima notícia para Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que querem se reeleger presidentes, respectivamente, da Câmara e do Senado e podem ajudar a ampliar a base se tiverem o apoio do governo nas eleições internas que vão ocorrer no início de fevereiro.

Fonte: Metrópoles