Nesta quarta-feira, 2 de agosto, o ex-jogador Daniel Alves foi indiciado formalmente por um juiz espanhol após acusações de estupro em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022. O atleta, que alega que a relação foi consensual, está preso preventivamente há mais de seis meses na Espanha.
Com a formalização da acusação, o brasileiro se torna réu no caso, que irá a julgamento. Por lei, ele tem direito de recorrer, mas seu advogado, Cristóbal Martell, disse que Daniel não fará isso.
Na saída do tribunal, o advogado afirmou que a decisão foi tomada para economizar tempo. Agora, a estratégia é chegar o quanto antes ao julgamento, que deve acontecer no próximo mês.
RELEMBRE O CASO
O caso teria acontecido no dia 30 de dezembro do ano passado na discoteca Sutton e a suposta vítima denunciou o jogador dois dias depois.
A vítima contou que estava dançando com amigos quando foi abordada pelo atleta baiano. Segundo o depoimento dela, o lateral se apresentou como um homem chamado “Dani” e que “jogava petanca no Hospitalet, município da Espanha”. No entanto, os amigos mexicanos da vítima teriam reconhecido o jogador.
Em seguida, o brasileiro teria ficado atrás da vítima, falando em português, até o momento em que agarrou a mão dela com força e levado até seu pênis, o que teria se repetido duas vezes diante da resistência da mulher.
Após a primeira abordagem, o jogador teria levado a mulher até o banheiro durante 15 minutos e a impedido de sair. No local, Daniel Alves teria sentado no vaso sanitário, puxando o vestido da mulher para cima, e a obrigado a sentar sobre ele, proferindo expressões ofensivas.
Na sequência, o jogador teria tentado forçá-la a praticar sexo oral. Diante da resistência, Daniel teria batido na vítima e a colocado no chão para, novamente, forçar uma relação sexual. De acordo com o depoimento da mulher, Alves disse para ela esperar para sair depois que ele deixasse o local. O jogador já havia saído da boate quando a vítima relatou o caso para os seguranças.
O laudo médico da vítima constatou lesões compatíveis com a luta, como escoriações no joelho. No local também, foram obtidos restos de líquido seminal que devem ser comparados com uma amostra de DNA que o brasileiro aceitou entregar para os investigadores. O legista concluiu que a jovem estava “orientada” e se expressou de forma “coerente”.
Inicialmente, o lateral se pronunciou sobre o caso durante uma entrevista a um programa de TV espanhol, negando as acusações. Porém, dias depois, ele mudaria a versão, confirmando a relação sexual. Ele está preso desde o dia 20 de janeiro e não tem direito a fiança.
Fonte: Ofuxico