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BNB disponibiliza R$ 10 bilhões para projetos de energia renovável em 2023

Diretor Aldemir Freire fala sobre o papel do BNB na transformação energética do País

O Banco do Nordeste (BNB) disponibilizou R$ 10 bilhões para investimentos em projetos de energia renovável em sua área de atuação ao longo de 2023. O montante tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento de fontes limpas e sustentáveis de energia na região, contemplando desde usinas de energia solar e eólica até pessoas físicas interessadas em instalar placas solares em suas residências.

O diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, anunciou a disponibilidade de recursos durante o seminário Energia Sustentável no Brasil, realizado ontem, 28, em São Paulo. O evento reuniu autoridades como os governadores do Ceará, Elmano de Freitas, e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e o senador Cid Gomes para discutir opções de energia limpa para o País, incluindo o potencial do hidrogênio verde.

Segundo o executivo do BNB, o total ofertado é proveniente da combinação de diversas fontes, como Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), FI-Infra, Agência Francesa de Desenvolvimento e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e BNDES, este em cofinanciamento com o FNE. Ele ressaltou os valores que o banco tem empregado na melhoria da infraestrutura energética do país e o diálogo do banco com organismos multilaterais em busca de mais recursos para atender à demanda crescente na Região.

“Nos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste destinou mais de R$ 31 bilhões a projetos de geração de energia eólica e fotovoltaica. A Região tem se destacado como um polo promissor para a produção de energia renovável no Brasil, e o BNB enxerga esse potencial como uma oportunidade, reafirmando seu compromisso em promover o desenvolvimento sustentável da região”, afirma Aldemir Freire.

De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do BNB, a geração de energia solar cresce, em média, desde 2011, 112% ao ano no Brasil. Para a fonte eólica, esse crescimento é de 40% ao ano. A região Nordeste, pela radiação solar e ventos constantes, desponta como protagonista da mudança da matriz energética do País e concentra a maior parte dos investimentos.

Mini e microgeração de energia
Uma das linhas de crédito oferecidas pelo BNB é a FNE Sol, com a qual o banco financia projetos de mini e microgeração de energia de empresas privadas industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais e pessoas físicas. A linha de financiamento abrange diversos itens relacionados à energia elétrica fotovoltaica, incluindo componentes, instalação, placas solares, inversores e materiais elétricos. Os juros pré-fixados do produto são a partir de 7,9% ao ano.

Ao longo dos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste realizou mais de 24,7 mil operações de crédito por meio da FNE Sol, totalizando um investimento superior a R$ 2 bilhões. “As taxas de juros são o diferencial da FNE Sol. Por contarmos com recursos do Fundo Constitucional, podemos oferecer a nossos clientes as melhores condições de pagamento”, enfatiza Aldemir Freire.

BNDES financia R$ 3,5 bilhões em energia renovável

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos no valor de R$ 3,5 bilhões para a implantação de dois complexos eólicos e um solar e as respectivas linhas de transmissão, na Bahia e em Minas Gerais. A capacidade instalada será de 1,5 GW, com investimentos totais alcançando R$ 10,6 bilhões. A participação do banco ocorrerá por meio do programa BNDES Finem.

A energia gerada será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências. Com isso serão evitadas emissões superiores a 8,6 milhões toneladas de CO2. Os empreendimentos contribuem para o aumento da capacidade instalada em energias renováveis e para o desenvolvimento do mercado livre de energia no país.

O Complexo Eólico Serra do Assuruá, implementado pelo Grupo Engie, está localizado no município de Gentio do Ouro (BA). É composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores da Vestas. Sua capacidade instalada total é de 846 MW. Com um empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento tem previsão de entrada em operação comercial, de forma escalonada, a partir de julho de 2024 até junho de 2025.

O Complexo Eólico Novo Horizonte, do Grupo Pan American Energy, localizado nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, é formado por 10 parques eólicos, dos quais oito receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com uma capacidade instalada total de 423 MW.

O Complexo Solar Boa Sorte, do Grupo Atlas, será composto por oito usinas fotovoltaicas. Está localizado no município mineiro de Paracatu. O apoio do banco será de R$ 1,1 bilhão. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. O complexo contará com mais de 778 mil painéis solares. A data prevista para o início da operação comercial é janeiro de 2025.

Fonte: Agência do Rádio