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Com pista em obras, Bill Gates, desiste de vir a casamento em Noronha

O bilionário Bill Gates desistiu de participar do mega casamento do empresário Henrique Dubugras, em Fernando de Noronha. A razão para sua ausência, é a proibição de chegada de jatos no aeroporto da ilha. O bilionário planejava viajar para Fernando de Noronha em seu jato particular, mas a ANAC impôs restrições ao pouso de aeronaves de grande porte em outubro do ano passado, por causa das condições da pista, que apresentava fissuras e buracos.

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Raquel Lyra e Lula assinam acordo que encerra disputa pelo Arquipélago de Fernando de Noronha

Foto: Ricardo Stuckert

O acordo que encerra a disputa judicial em torno da gestão do Arquipélago de Fernando de Noronha foi homologado, nesta quarta-feira (21), em cerimônia com a presença do presidente Lula, da governadora Raquel Lyra (PSDB), da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em solenidade realizada no Palácio do Campo das Princesas. O acordo prevê uma melhoria na gestão das unidades de conservação do Arquipélago. Após a homologação, a matéria segue para votação no plenário do STF.

O acordo firmado hoje garante que Fernando de Noronha é de Pernambuco. É um marco que irá permitir uma melhor gestão da Ilha, colocando um ponto final na disputa judicial com a União em torno da administração do Arquipélago. A gestão integrada vai garantir a proteção ambiental necessária para beneficiar ilhéus e turistas“, afirmou Raquel Lyra.

Foi uma coisa maravilhosa que aconteceu. Finalmente Pernambuco é dono de Fernando de Noronha, porque era isso o que interessava. Agora vamos tratar de, juntos, Brasil e Pernambuco, cuidar com carinho de Noronha“, afirmou o presidente Lula.

A conciliação foi firmada através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-PE), após relevante fase de diálogo junto aos demais signatários do acerto. A partir de agora será criado um Comitê de Acompanhamento e Gestão do Acordo, composto por quatro gestores titulares, sendo dois da União e outros dois do Estado de Pernambuco.

Um dos objetivos fundamentais da negociação é harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes federativos, evitando conflitos de atribuições, além de garantir uma atuação administrativa eficiente, dispondo de instrumentos de cooperação institucional. O documento prevê a cooperação entre a União e o Estado de Pernambuco para a gestão das unidades de conservação do Arquipélago, definindo criteriosamente questões como licenciamento ambiental e outras responsabilidades em áreas estratégicas do Arquipélago, incluindo a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual e a APA Federal.

A administração estadual demonstra sua disposição para retomar o fortalecimento da gestão responsável e sustentável do Arquipélago, patrimônio da biodiversidade mundial e importante área de fomento à atividade turística local. Ao Executivo, incumbe a execução de política públicas de natureza social e econômica e a definição de planos, programas e projetos relativos ao desenvolvimento sustentável do Arquipélago, inclusive quanto à gestão urbanística do uso do solo, compatibilizadas com as normas constitucionais e infraconstitucionais de proteção do meio ambiente.

Levando em conta o princípio da participação popular, pilar fundamental para a atuação da nova gestão, o Governo de Pernambuco retomou a elaboração do Plano de Gestão Sustentável Integrada da Ilha (PGSI). Essa será uma estratégia elaborada com ampla participação e escuta popular dos moradores da ilha com prazo para finalização em dezembro de 2023. Essa escuta, junto com a nova análise de capacidade de suporte da ilha, trará os novos cenários de desenvolvimento para Noronha.

A homologação dá fim à disputa judicial em torno da administração de Noronha. A ação que questionava o domínio territorial do Arquipélago foi impetrada pelo Governo Federal no ano passado contra o Estado de Pernambuco, com base em argumentos que tratavam do descuido da administração estadual, à época, perante o território de Noronha. Com o acordo, a União desiste da ação que visava tomar para si o território, contemplando a Constituição Federal, que estabelece com clareza que Pernambuco reincorporou a partir de sua promulgação (1988) a área da Ilha.

Participaram da solenidade os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Nísia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil), Cida Gonçalves (Mulher), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Jader Filho (Cidades), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), José Múcio Monteiro (Defesa) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral); os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa; o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos Figueiredo; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador André Guimarães; o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto; além de deputados federais, estaduais, prefeitos e secretários de Estado.

 

Após denúncias de irregularidades, licitação do lixo de Noronha é adiada novamente

Após uma série de denúncias de irregularidades na licitação para contratação dos de empresa especializada para limpeza urbana, manutenção de áreas verdes, coleta, triagem, tratamento, transporte e destinação ou disposição final de resíduos sólidos e líquidos e operação da Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos (UTRS) do arquipélago de Fernando de Noronha, o certame acabou sendo adiado sem previsão para uma nova data. O anúncio do adiamento foi publicado da edição de hoje (segunda-feira, 28) do Diário Oficial do Estado de Pernambuco.

De acordo com a publicação, adiamento “sine die” da sessão de abertura, se dá em razão do Ofício nº 213/2022 – TCE-PE/GC06 exarado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco e recebido pelo pregoeiro em 25/11/2022. O anúncio do D.O. não dá maiores detalhes sobre o documento.

Oficialmente, o tribunal não determinou o adiamento. Foi uma decisão da própria Secretaria de Administração. De acordo com o TCE, no último dia 25 de novembro, o Tribunal de Contas de Pernambuco recebeu uma denúncia da empresa Promulti Engenharia, Infraestrutura e Meio Ambiente alegando irregularidades no pregão Eletrônico nº 0179.2022 para a contratação de empresa especializada para limpeza urbana no Distrito Estadual de Fernando de Noronha.

A empresa requereu ao TCE medida cautelar para suspensão imediata do certame, em face das ilegalidades denunciadas. O pedido foi encaminhado à conselheira Teresa Duere, relatora dos processos de Fernando de Noronha em 2022, que notificou o pregoeiro para apresentação de esclarecimentos, no prazo de três dias. Só após a análise desses esclarecimentos, é que a relatora vai decidir se acata ou não o pedido de Medida Cautelar.

Na semana passada, três empresas haviam dado entrada em pedidos de impugnação apontando supostas falhas no edital. Além da Promulti Engenharia, GHAP Processamentos de Dados e Engemaia alegaram violações à legislação, em especial à Lei de Licitações, com potencial de afetar a competitividade e frustrar a consagração de seus fins. Uma queixa comum entre as três empresas é o formato escolhido: pregão eletrônico. De acordo com elas, a contratação dos serviços de limpeza urbana não pode ser feita nesta modalidade. De acordo com os licitantes, o pregão apenas se aplica para contratação de serviços comuns.

“O serviço de coleta e destinação final de resíduos (com transporte marítimo e transbordo em cais), além do manuseio de unidade de tratamento de resíduos numa área de proteção ambiental, está longe de ser um serviço comum, passível de adoção da modalidade pregão eletrônico”, questiona a Promulti no pedido de impugnação que endereçou à Comissão Central Permanente de Licitação Do Estado II (CCPLE II), da Secretaria de Administração do Estado de Pernambuco.

O mesmo argumento usa a GHAP. “Apenas pela leitura do objeto já se depreende a complexidade de tais atividades. Como se sabe, para execução de serviços relacionados à coleta e destinação de resíduos, bem como à limpeza urbana de modo geral e, ainda, de triagem de resíduos, fartos são os regramentos de matéria ambiental aplicáveis e, logo, diversos são os requisitos a serem cumpridos para garantir que uma empresa esteja, efetivamente, em condições de executar tais serviços com excelência, isto é, na forma devida e sem causar danos”, argumenta no seu pedido.

 

Fernando de Noronha vai ganhar usina solar flutuante

Uma usina solar fotovoltaica flutuante será instalada pela empresa Neoenergia no espelho d’água do Açude do Xaréu, no arquipélago de Fernando de Noronha. O açude tem área de cerca de 4.400 metros quadrados e pertence à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), maior consumidora de energia da ilha.

“Eles consomem 18% da energia da nossa usina de Noronha. Colocando essa nova usina no espelho d’água, nós vamos economizar 50% do consumo da Compesa. É importante porque isso vai reduzir a geração na ilha e, portanto, terá reflexos na parte ambiental de Noronha”, disse hoje (31) à Agência Brasil a superintendente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas.

Segundo ela, o objetivo é reduzir o consumo do arquipélago que utiliza em grande medida o diesel, um combustível poluente.

A usina solar flutuante contribuirá também para a descarbonização e a sustentabilidade em Fernando de Noronha, promovendo redução de 1.663 toneladas de gás carbônico (CO2) emitidos anualmente no arquipélago, que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Natural da Humanidade. O consumo médio da ilha é de 2.300 megawatts-hora (MWh) por mês.

A nova usina terá investimento superior a R$ 10 milhões, estimou Ana Christina. Sua entrada em operação é prevista para o segundo semestre de 2023. O processo de licitação ainda não foi concluído e está recebendo propostas para construção da nova planta, que terá potência de cerca de 630 quilowatt-pico (kWp) e uma geração estimada de 1.238 MWh por ano. Ana lembrou que a usina solar flutuante vai gerar energia para consumo imediato pela Compesa, que trabalha 24 horas dessalinizando água do mar.

Bicicletas e veículos elétricos

A superintende reforçou que a usina solar flutuante se incorpora a outros projetos sustentáveis desenvolvidos pela empresa na ilha, por meio do Programa Energia Sustentável Noronha, que prevê soluções energéticas renováveis e de estímulo à preservação do ecossistema.

Entre as iniciativas, está a Usina Solar Vacaria, que faz parte do Trilha Verde, projeto de mobilidade elétrica. A unidade, já inaugurada, tem potência de 50 kWp, com geração estimada de 75 MWh/ano.

Dez veículos do projeto já foram incorporados às atividades turísticas, administração distrital e operação da Neoenergia na ilha. Outros dois serão entregues nos próximos dias. Os carros serão abastecidos por 12 novos pontos de recargas previstos no projeto e que serão instalados em locais estratégicos da ilha.

Também visando a mobilidade sustentável, a empresa vai instalar postos de carregamento de bicicletas elétricas. O uso é recomendado não só para moradores, mas também para turistas. Está prevista a instalação de quatro postos de carregamento de bicicletas em lugares estratégicos, como praias. Os carregadores poderão ser utilizados gratuitamente.

A energia consumida pelos equipamentos será gerada por meio de placas solares instaladas na cobertura das estruturas. Essas estruturas serão doadas ao governo do estado para a economia de energia. A expectativa é que o sistema comece a funcionar até o final deste ano.

Cada uma das quatro estações contará com seis conexões, totalizando 24 pontos de carregamento. Serão instaladas duas tomadas comuns, para recarregar outros modelos de equipamentos.

Fonte: Agência Brasil