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Habilidades para o mercado de trabalho do futuro: Nem soft nem hard, para o futuro você precisará das human skills

Com o avanço da tecnologia e a automação de muitas tarefas que antes eram realizadas por seres humanos, é cada vez mais importante desenvolver habilidades que são exclusivamente humanas. Essas habilidades são conhecidas como “human skills” e são competências interpessoais fundamentais para se destacar no mercado de trabalho atual e futuro.

Mas afinal, o que são as habilidades humanas e por que elas são tão importantes? A especialista em carreira e CEO Madalena Feliciano explica que as habilidades humanas são habilidades que envolvem a capacidade de se relacionar com outras pessoas, trabalhar em equipe, lidar com emoções e resolver problemas complexos. Essas habilidades são essenciais em um mundo cada vez mais digital, acelerado e automatizado, onde a interação humana é cada vez mais importante.

As habilidades humanas incluem habilidades como inteligência emocional, colaboração, criatividade, pensamento crítico, resiliência e capacidade de adaptação. Essas habilidades são habilidades que a tecnologia não pode substituir e são fundamentais para a construção de um ambiente de trabalho saudável, eficiente e produtivo.

As competências interpessoais são tão importantes que, segundo o Relatório “Futuro dos Empregos” do World Economic Forum, as habilidades mais importantes para os próximos cinco anos são: autogerenciamento, resiliência, tolerância ao estresse, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas.

Além disso, Madalena Feliciano comenta sobre a existência de outras habilidades humanas essenciais para a construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo, tais como:

1. Inteligência emocional corporativa: é a habilidade de lidar com emoções, “ler” o outro e saber falar de uma forma que o outro entenda e acalme a emoção do outro.

2. Dialeto executivo: é a comunicação efetiva no ambiente corporativo e um bom profissional precisa ter a capacidade de expressar ideias de forma clara e concisa, ouvir ativamente e transmitir informações de maneira adequada em diferentes contextos e meios de comunicação.

3. Colaboração executiva: é a habilidade de trabalhar em equipe, compartilhar responsabilidades, resolver conflitos e alcançar objetivos em conjunto.

4. Visão holística do negócio: é a capacidade de ter um pensamento crítico e conseguir analisar informações e avaliar argumentos diversos.

5. Criatividade: é a habilidade de encontrar soluções inovadoras, gerar ideias originais e pensar fora da caixa.

6. Autoconsciência: é a habilidade de se conhecer a ponto de conseguir compreender e gerenciar as próprias emoções e as emoções das pessoas com quem trabalha.

7. Flexibilidade e adaptabilidade: é a habilidade de se ajustar a mudanças, saber lidar com situações imprevisíveis e com cenários que mudam em um piscar de olhos.

Desenvolver essas habilidades é essencial para acompanhar a velocidade da transformação em tecnologia e no mercado de trabalho. As organizações devem se concentrar mais nas competências do que em meros conjuntos de habilidades técnicas para acompanhar a velocidade da transformação do mercado, ou seja, big data, IA e robótica.

“Mas não é apenas a responsabilidade das organizações desenvolver as habilidades humanas nos funcionários. Os próprios funcionários devem estar cientes da importância dessas habilidades e trabalhar para desenvolvê-las. Isso pode incluir autoconhecimento, questionamento de suas próprias atitudes e comportamentos, reconhecimento de limites pessoais e abertura para ouvir e aprender com outras pessoas”. Finaliza Madalena Feliciano.

Saldos positivos de empregos em todo o país mostram ensaio de retomada

O mercado de trabalho formal no Brasil teve saldo positivo de 277.944 novos empregos com carteira assinada em junho, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. Em junho de 2021, o saldo foi de 317.812 admissões a mais do que demissões.

A pesquisa ajuda a mostrar o cenário atual de emprego e desemprego no país nesse período e comparar com meses anteriores, passados os anos mais críticos da pandemia. No primeiro semestre de 2022, foram 11.633.347 pessoas contratadas e 10.298.556 desligadas dos postos de trabalho brasileiros, ou seja, foram 1.334.791 novas vagas. Esse número final é 14,2% superior ao do mesmo período de 2021, quando foram geradas 10.190.009 vagas formais.

O saldo de junho deste ano entre as unidades da federação foi positivo em todas as regiões. O maior destaque ficou em São Paulo, que teve 80.267 admissões a mais do que demissões. Minas Gerais, com 31.092, e Rio de Janeiro, com 22.922, seguem SP na lista. Roraima apresentou o menor crescimento, com 3.616 novas contratações e 3.087 desligamentos no período, saldo de 529 novos contratados com carteira assinada.

Em relação ao tipo de trabalho, o Novo Caged registrou estatísticas positivas nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados. “O maior crescimento do emprego ocorreu no setor de Serviços, com geração de 124.534 postos e o setor do Comércio, com saldo positivo de 47.176 vagas formais no mês. Em seguida vieram os setores da Indústria, que registrou 41.517 postos, e a agropecuária, que gerou no mês 34.460 postos formais”, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Para o professor de Administração da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Fernando Valente de Pinho, os números atuais indicam uma possível retomada econômica. “É preciso ter presente que o setor de serviço, no qual o comércio apresenta os melhores resultados, é o setor mais fácil de ser estimulado e de responder às ações de governo. Ele pode dar o start para que o setor de indústria, etc, possa também apresentar bons resultados”, comenta.

Mariana dos Santos, moradora do Distrito Federal de 23 anos, é uma das profissionais que compõem os números positivos do setor de serviços. “Comecei a trabalhar no mês de julho, fiquei sem trabalhar três meses. Atualmente, sou estoquista. Por conta da pandemia, as coisas se dificultaram, mas eu consegui a vaga de emprego.”

Um dos subsetores de serviços é o de turismo. Segundo o governo federal, do total de 277.944 postos de trabalho com carteira assinada criados em junho, 35% foram em atividades ligadas a essa atividade, como segmentos de alojamento e alimentação, transporte aéreo e agências de viagens. “Significa que de cada dez novas vagas formais no sexto mês do ano, três foram no setor de turismo, totalizando 97,7 mil novos postos”, divulgou o Ministério do Turismo.

Outro levantamento recente sobre emprego e desemprego veio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela mostra que a taxa de desocupação do trimestre encerrado em junho teve queda de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, chegando a 9,3%.

Esses números deixam o Brasil no menor patamar para o período desde 2015, quando o índice foi de 8,4%. O número de desempregados também caiu 15,6% no trimestre, chegando a 10,1 milhões de pessoas.

Fonte: Brasil 61