O plano de incentivo à indústria do carro, lançado no início de junho pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve resultados positivos para o setor, que já pede a ampliação do programa. O incentivo à compra de carros, entretanto, foi bastante criticado por entidades que defendem a mobilidade urbana sustentável, prioritariamente o transporte coletivo e a mobilidade ativa.
Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade representativa do setor de distribuição no Brasil, as vendas de veículos tiveram crescimento de 6,5% no mês passado, frente ao mesmo período de 2022.
Esse crescimento reflete o impulso ao mercado dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil patrocinados pelo governo federal no preço dos automóveis. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram vendidos 189,5 mil veículos zero quilômetro em junho, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (4/7).
Na comparação com o mês de maio, as vendas subiram 7,4%. Pela primeira vez no ano, o ritmo diário bateu a marca de 9 mil veículos.
APELO POR AMPLIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVO AO CARRO
A direção da Fenabrave considerou o impacto no mercado dos descontos patrocinados pelo governo como muito positivo. Na coletiva, o presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior, ressaltou diversas vezes que, após um período de paradas de fábricas e estoques elevados, o programa fez o coração do setor voltar a bater.