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Como surgiu a tradição da festa junina no Brasil

Chegou o mês mais gostoso do ano. Assim como muitas das tradições que conhecemos hoje, a Festa Junina foi trazida pelos portugueses durante a colonização do país. Quando introduzida, a festa era muito popular na Península Ibérica e era conhecida como Festa Joanina, em homenagem ao São João.

Sempre com um forte tom religioso, a festa no início celebrava três principais santos: Santo Antônio, o casamenteiro, São Pedro, guardião das portas do céu, protetor das viúvas e dos pescadores; e São João Batista, protetor dos casados e enfermos. Apesar desse vínculo, a festa também incorporou os costumes indígenas e afro-brasileiros, se tornando uma festa popular multicultural para todos os brasileiros.

A festividade no Brasil começou a tomar grandes proporções sobretudo na região Nordeste do país, abrigando uma das maiores festas juninas em Campina Grande, Paraíba. O evento já chegou a receber mais de 2,5 milhões de pessoas e ficou conhecido pela grande variedade de músicas e comidas típicas.

Apesar de possuir seu maior polo no Nordeste, as festas juninas ocorrem do Norte ao Sul, em todo o país, cada uma com sua própria variedade cultural. Além de muita alegria, as festas possuem muitas coisas em comum, como: quadrilha e danças com trajes típicos, fogueiras, fogos de artifício, brincadeiras e, é claro, comidas!

Copa do Brasil passa a Champions League se torna o torneio preferido dos brasileiros, diz Google

A informação é de levantamento feito pela casa de apostas Mr.Jack via plataforma Semrush

O futebol é uma paixão nacional! Todos os anos milhares de torcedores vão aos estádios, compram camisas dos seus times de coração e assistem aos jogos dos mais variados times, nas mais diversas competições. No entanto, de acordo com uma pesquisa, os brasileiros têm um torneio preferido: a Copa do Brasil. Por mês, mais de 7 milhões de internautas fazem pesquisas sobre campeonato;

A informação é de um levantamento feito pela casa de apostas esportivas Mr. Jack.bet via plataforma Semrush, de análise de Search Engine Optimization (SEO). A ideia foi entender o comportamento dos torcedores no Google e qual competição eles mais gostam de acompanhar.

De acordo com o estudo, em segundo lugar aparece o Campeonato Brasileiro (com 6,1 milhões de buscas mensais), a Copa Libertadores da América (com 4,1 milhões) e a Champions League (considerada uma referência de bom futebol pelos principais analistas do país), com 2 milhões e 200 mil buscas mensais. Em última posição vem a Copa do Nordeste, com 550 mil buscas por mês no Google.

A Copa do Brasil está na sua 35° edição e, para o jornalista esportivo Paulo Daniel, o principal motivo do seu sucesso entre os brasileiros está no formato de jogos mata-mata.

“Está em seu DNA [a paixão por jogos mata-mata]. Os campeonatos no formato Copa aumentam a emoção das partidas, tornam todos os jogos decisivos para os clubes, do primeiro ao último. É sinônimo de estádio lotado, de torcida e, claro, de muitos milhões para os clubes que vão avançando de fase”, comentou.

De acordo com informações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o campeão da Copa do Brasil receberá a bagatela de R$ 70 milhões de reais só por ter vencido o torneio, enquanto o seu vice ganha um total de R$ 30 milhões. As quantidades representam um aumento de 17% no valor pago àqueles que alcançaram estas posições no ano passado.

Além disso, conforme o time vai avançando de fase ele também vai recebendo cifras milionárias, que variam de R$750.000,00 (para quem passa da primeira fase), R$900 mil na segunda fase, R$2.100.000,00 na terceira e assim vai até os R$9.000.000,00 para os que chegarem até a semifinal, como mostra imagem divulgada pela própria CBF. Ao todo, o time que passar por todas as etapas pode faturar até R$ 91,8 milhões.

Por outro lado, no Campeonato Brasileiro, a premiação é dada apenas ao final do torneio e, em 2023, será de, no máximo, R$45 milhões (valor com base no valor pago ao Palmeiras pelo título de 2022), um pouco mais da metade do que paga a competição mata-mata.

De acordo com Gabriel Mello, torcedor do Flamengo, essa questão financeira e o calendário longo deixam o torcedor desmotivado para jogar o Brasileirão. “Quando você corre atrás de 3 pontos, você não vai estar dando tudo de si e, nos pontos corridos, se você não conseguir pontuar agora, vai ter a oportunidade de conseguir esses 3 pontos na próxima rodada”. De acordo com Mello, por isso que a Copa do Brasil é visada, por não dar essa chance para recuperações futuras e uma quantidade considerável de dinheiro não é arrecadada.

Em entrevista, Frederico Matias, torcedor do Corinthians, conta que um dos motivos do torneio ter ficado tão interessante está nas mudanças que passou nos últimos tempos. A principal delas está na entrada dos times que também estão disputando a Copa Libertadores da América.

Vale lembrar que, entre as edições dos anos de 2001 até 2012, os clubes que participavam da Libertadores, como o torneio é chamado popularmente, não poderiam jogar a Copa do Brasil. O motivo era porque não poderia haver conflito de agenda com a competição continental.

Por conta disso, Frederico diz que costuma brincar dizendo que naquela época, “eram só ‘as sobras’ do futebol brasileiro que jogavam”. De acordo com ele, com a chegada das equipes que disputam o maior campeonato do continente, “a Copa do Brasil ficou mais forte, difícil de conquistar, e até mais saborosa. Ganhar um título fácil não tem tanta graça do que ganhar um título difícil, né? hahaha”, diz o torcedor, fazendo alusão ao título do torneio que o Corinthians conquistou em 2009.

Quem vai ficar com o título de 2023? 

De acordo com o jornalista esportivo Paulo Daniel, o Palmeiras tem grandes chances de ser o Campeão da Copa do Brasil, ao lado do Flamengo. Isso por conta do elenco que esses dois times têm. No entanto, ainda é momento de dúvidas. “Acredito que dependerá muito do foco que cada clube dará à competição. Hoje, apontaria o vencedor de Cruzeiro x Grêmio como um favorito, pois são os dois clubes com maior tradição nesta competição”. 

Para José Augusto Bastos, torcedor do Botafogo, líder Brasileirão e do grupo A da Copa Sul-Americana, o time tinha totais condições de avançar na competição, mas não foi dessa vez. “O time estava bem organizado, confiante e ia decidir em casa, né? O Botafogo tinha que superar uma diferença de 2 gols, não é toda hora que consegue isso, empatou e perdeu por 4X2 nos pênaltis”comentou, falando sobre a derrota para o Athletico Paranaense na noite de ontem.

Por outro lado, após a vitória de ontem em cima do Atlético-MG nos pênaltis, e dos resultados das últimas partidas, Frederico Matias acredita até em um possível título da Competição. “Há cerca de um mês, se você perguntasse para um corinthiano o que é vitória ele vai falar que é uma amiga ou uma namorada, porque o time não ganhava”.

Para o jornalista esportivo Paulo Daniel, tendo em vista o momento em que vivem, Fluminense e o São Paulo também são postulantes ao título. Os dois entram em campo hoje, contra Flamengo e Sport Recife, respectivamente.

Em entrevista, Carolina Peres, torcedora do São Paulo, diz que é um momento de inquietação. “A gente vem de um processo em que começamos bem o campeonato, aí na metade dele alguma coisa acontece e aí acaba que não dá tão bom quanto poderia dar. Eu estou mais confiante agora com a contratação do Pato e desejo profundamente que a gente seja campeão da Copa do Brasil. Mas esse é o meu desejo, a realidade é outra“, comentou.

“Eu fico um pouco insegura porque o Fluminense estava com ótimos resultados, mas agora vem perdendo. Mas eu acredito que a gente tem chances de ganhar porque o Flamengo também não está num bom momento agora com essa troca de técnico. Talvez a gente consiga usufruir disso para se sobressair”, diz Larissa Gabrielle, torcedora do tricolor das Laranjeiras.

Do lado do Flamengo, Gabriel Mello conta que o clube precisa dessa vitória, tanto porque é contra o Fluminense, seu rival histórico, como também por acreditar que ela pode dar uma guinada na equipe. “É momento de dar a volta por cima e esse jogo é muito importante por isso. O time tem condições de se manter vivo na Copa do Brasil e há uma caminho mais direto, mais claro até o título”, diz..Que vença o melhor!

 

PIB do Brasil cresce 1,9% no 1º trimestre de 2023

Na comparação com o mesmo período de 2022, o índice que mede o crescimento da economia teve alta de 4%

Um dos principais indicadores da atividade econômica de um país, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas. O percentual foi divulgado nesta quinta-feira, 1/6, pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento foi de 4%. Levando em conta o acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é de 3,3%.

Em valores reais, o PIB no primeiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,6 trilhões. A taxa de investimento foi de 17,7% do PIB. Já a taxa de poupança foi de 18,1%, acima da taxa registrada no mesmo período de 2022 (17,4%).

TRIMESTRE ANTERIOR – Na comparação com o trimestre anterior, houve alta expressiva na Agropecuária (21,6%) e nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%). Entre as atividades industriais, houve desempenhos positivos em Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%). A queda foi registrada em Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%).

Nos Serviços, houve crescimento em Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%).

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022 – Na comparação com os três primeiros meses de 2022, a Agropecuária cresceu 18,8%. O resultado pode ser explicado pelo bom desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade.

A soja, principal cultivo, apresentou ganho de produtividade e crescimento expressivo na produção anual, estimada em 24,7%. Com exceção do arroz (-7,5%), outras culturas com safra relevante nesse trimestre também apontaram crescimento na produção anual e ganho de produtividade, como milho (8,8%), fumo (3,0%) e mandioca (2,1%).

A Indústria subiu 1,9%. As Indústrias Extrativas (7,7%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,4%) com a melhoria das condições hídricas. A Construção (1,5%), por sua vez, teve sua décima alta consecutiva.

SETOR EXTERNO – As Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 7,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 2,2% no primeiro trimestre de 2023. Dentre as exportações de bens, aqueles setores que com maior contribuição positiva foram: extração de petróleo e gás; produtos alimentícios; extração de minerais; derivados do petróleo e serviços. Na pauta de importações de bens, a alta se deu principalmente por: derivados do petróleo; extração de minerais não metálicos; indústria automotiva e serviços.

Governo Federal participa, nos Estados Unidos, de evento nas Nações Unidas sobre riscos de desastres

Reunião na cidade de Nova York, com participação da Defesa Civil Nacional, teve como objetivo avaliar o progresso dos países na implementação dos objetivos e metas do Marco de Sendai

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, participou, nesta quinta (18) e sexta-feira (19), da Reunião de Alto Nível sobre a Revisão Intermediária do Marco de Sendai para Redução de Risco de Desastres,. O evento foi realizado na sede das Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.

O MIDR foi representado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e pelo diretor de Obras de Proteção e Defesa Civil Nacional, Paulo Falcão.

O objetivo do encontro foi avaliar o progresso dos países na implementação do Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres e identificar desafios e oportunidades para acelerar a implementação do marco. Além disso, possibilitar que os países pudessem compartilhar suas experiências. A revisão da implementação do Marco de Sendai também tem como objetivo mobilizar a ação global para aumentar a resiliência diante dos desafios atuais e emergentes, como as mudanças climáticas, a urbanização rápida e a pandemia de covid-19.

Durante o evento, o secretário Wolnei Wolff discursou na Plenária “Traçando caminhos sustentáveis para humanos e natureza” e ressaltou aspectos importantes para o Brasil na implementação do Marco de Sendai, como a necessidade de investimentos em políticas públicas ligadas à proteção e defesa civil e a cooperação internacional para a mitigação de desastres.

“O nosso governo tem trabalhado arduamente para retomar a implementação do Marco, buscando uma aproximação mais estreita com as Nações Unidas e reafirmando o compromisso firme em relação à gestão de riscos e desastres. Temos consciência de que a mudança climática é uma das maiores ameaças à segurança das nossas populações e ao desenvolvimento sustentável do nosso País. Por isso, o Brasil tem se empenhado em aprimorar as políticas de gestão de risco e adaptar-se aos novos desafios impostos pelo aquecimento global”, destacou Wolnei Wolff.

Marco de Sendai

O Marco de Sendai é um acordo internacional que estabelece objetivos e metas para reduzir o risco de desastres em todo o mundo. Ele foi aprovado na 3ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Desastres, realizada em 2015, em Sendai, no Japão, e dá continuidade às ações definidas pelo Marco de Ação de Hyogo, estabelecendo diretrizes para que os governos locais possam investir no desenvolvimento da resiliência.

Desde o início do ano, o MIDR já repassou mais de R$ 544 milhões para cidades brasileiras afetadas por desastres. Os recursos destinam-se a ações de assistência humanitária, restabelecimento de serviços essenciais, reconstrução de infraestrutura danificada e também à Operação Carro-Pipa, que leva água potável a municípios do semiárido brasileiro.

 

BRW Sports Group traz marca do surfista John John Florence para o Brasil e quer crescer 48% em 2023

O objetivo é se tornar o grupo de distribuição de marcas esportivas mais completo da América do Sul com participação nos maiores esportes praticados no Brasil até 2025

A empresa BRW Sports Group, uma das mais importantes distribuidoras de marcas esportivas no mercado brasileiro, investe na expansão do portfólio e ampliação de segmentos de mercado para atingir um crescimento de 48% de faturamento em 2023. Nessa linha, anunciou recentemente ao mercado o início da representação da marca norte-americana Florence Marine X, do 2x campeão mundial John John Florence e ex-fundadores da Hurley, marcando a entrada no setor de surf e esportes de aventura.

No último ano a BRW registrou um faturamento de R$44.5 milhões e realizou investimentos na ordem de R$ 3 milhões, para aquisição de direitos das marcas Florence e Everlast, na reforma dos escritórios de Curitiba e São Paulo, além da ampliação do Centro de Distribuição de 4 mil metros quadrados em Curitiba, no Paraná.

A estratégia de expansão foi definida pelo alto potencial do mercado brasileiro e mundial. No último ano, a BRW registou crescimento de 32% em faturamento, um resultado acima do mercado brasileiro, que cresce na faixa de 13%. No Brasil, a receita projetada para o segmento Sports & Outdoor é de US$ 414 milhões em 2023, com previsão de crescimento de 16,1% para os próximos 4 anos, segundo o site de pesquisas Statista. O estudo mostra também que entre os produtos mais procurados estão equipamentos para corrida, vestuário e calçados funcionais e equipamentos esportivos de verão e inverno.

Segundo Ronaldo Ferreira, CEO da BRW, a expectativa é que o número de usuários praticantes de esportes no Brasil atinja a marca de 44 milhões até 2027, sendo que o país é referência mundial em esportes de aventura. “A entrada da marca Florence Marine X é um marco para o grupo, pois pela primeira vez teremos uma licença de uma marca internacional para desenvolvimento e produção local”, declara Ferreira.

O executivo diz ainda que o Grupo já vinha almejando desde 2018 a inclusão de uma marca de surf e esportes de aventura, após uma viagem para a Califórnia. “A marca do 2x campeão mundial John John Florence vem para incrementar nosso portfólio para esportes ao ar livre, uma vez que já operamos com Beach Tennis (JOMA), Natação/Triathlon (Arena), Corrida (JOMA), Vôlei de Praia,  Futevôlei e Altinha (Mikasa), Boxe (Everlast)”, complementa.

A meta é que a Florence Marine X represente 25% do faturamento total da BRW, devido ao alto potencial do mercado de esportes de aventura no Brasil. “Sempre estamos olhando atentamente para o mercado de marcas esportivas premium. Para o Grupo, só vale trazer marcas ou licenças que agreguem valor para nossos clientes”, reforça. Nessa linha os empresários estão sempre olhando diversos mercados em segmentos esportivos que ainda não atuam. “Nosso objetivo é se tornar o grupo de distribuição mais completo da América do Sul com participação em todos os esportes praticados no país até 2025”, afirma Ferreira.

Por fim, Ronaldo Ferreira afirma que o objetivo da BRW ao trazer a Florence Marine X para o Brasil é resgatar a qualidade premium de produtos destinados a esportes específicos. “O brasileiro está acostumado a pagar muito por pouco. O foco da Florence é o oposto: trazer o que há de mais tecnológico e moderno para o mercado de surf e outdoor aliando a qualidade, conceito, design e status. Todos os produtos são testados pela equipe do John John Florence, atletas e também pelo lendário time que criou a Hurley no passado”, ressalta Ferreira.

 

Doenças crônicas matam 842 pessoas de 30 a 69 anos por dia no Brasil

Isso significa 35 mortes a cada hora, segundo dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane

  • Em 2020, 307.675 pessoas entre 30 a 69 anos morreram prematuramente em decorrência de uma doença crônica que poderia ser evitada, como hipertensão ou diabetes
  • Isso representa 842 mortos por dia e 35 por hora
  • 56,3% dessas mortes são de pessoas do sexo masculino e 43,7% do feminino
  • 53,0% das pessoas que morreram precocemente de uma doença crônica no país tinham menos de 8 anos de escolaridade, o que revela também um recorte de renda

 A taxa de mortalidade precoce por doenças crônicas no Brasil é de 295,6 a cada 100 mil habitantes.

No mundo, em 2019, a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram 43,48% do total de mortes do DCNT mostrando o impacto desse grupo de doenças na faixa etária entre 30 a 69 anos *
* World Health Organization (WHO). Global Health Estimates: Life expectancy and leading causes of death and disabylity 2019

As informações referentes ao Brasil são do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane com base em dados oficiais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Sobre a Umane

A Umane é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada a apoiar, desenvolver e acelerar iniciativas de prevenção de doenças e promoção à saúde, no âmbito da saúde pública, com os objetivos de contribuir para um sistema de saúde mais resolutivo e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

A Umane dirige seu apoio para três linhas programáticas: a Atenção Integral às Condições Crônicas, com iniciativas de controle dos fatores de risco, rastreamento, ampliação do acesso à saúde e ao monitoramento dos fatores de risco na Atenção Primária à Saúde; o Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde por meio do apoio a iniciativas que visem melhorias operacionais, de produtividade de equipes, de integração de serviços e da incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde e a Saúde Materno Infantil e Juvenil, financiando programas que acompanhem e monitorem desfechos desfavoráveis durante a gestação e as condições de saúde de crianças e adolescentes no contexto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e dos fatores de risco.

 

Área do Matopiba é a que mais cresce em plantio no Brasil

Segundo Ministério da Agricultura e Pecuária, a previsão é que a região chegue a 8,9 milhões de hectares até o final de 2023

Intitulada como “última fronteira agrícola do país”, o “Matopiba” ou “Mapitoba”, espaço que corresponde hoje a 7,4 milhões de hectares de plantio e atravessa os estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins, tem se tornado a região destaque do agronegócio brasileiro, com a maior média nacional em crescimento da produção de grãos, atingindo 20% ao ano.

Para o consultor técnico de produtos na TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, Diego Palharini, esse resultado é possível devido o Matopiba ser uma ampla região adaptativa, “é uma grande área de plantio, entretanto há características de plantio bem similares em cada um dos estados que a compõe, como solos arenosos, mesmo período de semeadura, colheita e regime de precipitações, de 1000 a 1200 milímetros por ano, se tornando diferente das outras áreas de plantio brasileiras, como a região Sul”.

TMG 2383 IPRO

Principal produto da TMG no Matopiba, a soja TMG 2383 IPRO, possui a adaptação necessária ao solo e clima da região, e apresenta o pré-requisito de plantio: resistência ao cisto da soja raças 1 e 3. “Podemos considerar essas duas raças como as que mais causam problemas ao Cerrado brasileiro, sendo mais presente em plantações da Bahia, porém no momento estão se expandindo para as cultivares dos outros estados da fronteira agrícola”, explica.

Outro desafio para o Matopiba é a indefinição de clima. “Devido ao fenômeno La Ninã, a região tem passado por grande variedade climática durante os últimos cinco anos, com períodos de chuva seguidos por estiagens, contudo foi visto que a cultivar se manteve com boa estabilidade de produção, considerado, para nós, o fator de sucesso do plantio”, aponta. Com popularidade entre os produtores rurais da fronteira, a TMG 2383 IPRO possui maturação 8.3, ciclo médio de 130 dias e sanidade foliar, cumprindo com as necessidades de plantio da área.

“Entretanto, é importante que o produtor rural esteja ciente do posicionamento correto da cultivar em sua época de plantio, que vai de outubro a novembro, a fim de atingir o potencial produtivo da plantação”, explica. Segundo ele, se o produtor não fugir desse período, obterá sucesso. Para esse propósito, Palharini informa que a TMG procura estar cada mais perto do produtor rural, entendendo suas demandas e informando as dicas de plantio.

Expansão da TMG no Matopiba

De acordo com o consultor, a TMG é consolidada em todas as regiões da fronteira agrícola, e para continuar em constante crescimento, a empresa conta com equipes de desenvolvimento e pesquisa que buscam entender as necessidades de todas as microrregiões do Matopiba. “Há muitas similaridades entre elas, porém existem diferentes características de plantio que devem ser consideradas. Hoje, dos 7,4 milhões de hectares para plantio, estamos presentes em 8% deles, aproximadamente 600 mil hectares, nos tornando a terceira maior empresa de agronegócio da região, correspondendo ao 2º material mais plantado da Bahia e entre os cinco primeiros do Maranhão e Piauí”, conclui.

Sobre a TMG

A TMG (Tropical Melhoramento e Genética S/A) é uma empresa independente de melhoramento de soja, algodão e milho com base no Brasil, com instalações de última geração que permitem o desenvolvimento rápido de novas cultivares, adaptadas a diferentes locais do mundo. A TMG está focada em desenvolver soluções genéticas para entregar produtividade e rentabilidade aos agricultores, que contribuam para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. No algodão, a empresa desenvolve há 17 anos um programa de melhoramento genético focado nas necessidades dos cotonicultores e foi pioneira ao lançar cultivares com tolerância à ramulária, principal doença do algodoeiro. Essas inovações levam um número maior de benefícios ao campo e ajudam a reduzir os custos de produção.

 

Brasil vai propor linha de crédito para Argentina

Número dois do Ministério da Fazenda, o secretário Gabriel Galípolo disse nesta segunda (1º), em entrevista à Globonews, que o Brasil vai propor uma linha de crédito de exportação para a Argentina.

O que aconteceu

Galípolo anunciou que o governo pretende lançar uma linha de crédito para exportação de produtos e serviços para a Argentina. O objetivo é ajudar o país vizinho a sair da crise econômica incentivando os negócios de empresas brasileiras com foco na Argentina.

Secretário-executivo da Fazenda, Galípolo afirmou que cerca de 210 empresas brasileiras comercializam com o país vizinho. Nesta terça (2), Lula vai se reunir com o presidente argentino, Alberto Fernandez, em Brasília. O argentino também deve se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

Fonte: UOL

 

Morre aos 92 anos Boris Fausto, um dos principais historiadores do Brasil

O historiador e cientista político Boris Fausto morreu nesta terça-feira 18, aos 92 anos, em São Paulo. Ele deixa dois filhos – o antropólogo Carlos Fausto e o cientista político Sergio Fausto – e três netos.

O velório acontecerá na região central da capital paulista na quarta-feira 19. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Fausto era pesquisador sênior da Universidade de São Paulo, onde concluiu a graduação, em 1966, e o doutorado, em 1969, em História.

Também manifestaram solidariedade a Faculdade de Direito da USP e a Companhia das Letras, responsável pela publicação de algumas obras do historiador.

“Boris Fausto foi um grande historiador, um dos maiores que tivemos, um amigo pessoal e próximo da editora. Estou fora do País e chocado com essa notícia”, lamentou Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras. “O Brasil perde um intelectual verdadeiro e um escritor digno dos maiores elogios. Perdemos um homem humilde e sábio como poucos conseguem ser.”

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou a morte do historiador como motivo de “luto para a grande cultura”.

“As obras de Boris Fausto marcaram minha geração como historiador. Boris era de grande sensibilidade e enorme inteligência. Sua morte é luto para a grande cultura. Ele era um dos últimos expoentes de uma geração que amou o Brasil e se empenhou em servir ao país. Obrigado, mestre”, escreveu Randolfe no Twitter.

O último livro de Boris Fausto foi Vida, Morte e Outras Histórias, publicado em 2021. Na obra, escrita após a perda do irmão, Fausto compartilhou memórias e reflexões sobre relações familiares, o envelhecimento e a finitude.


Fonte: Carta Capital

 

Brasil é o 5° país com maior incidência de diabetes

Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente, o Brasil possui aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos de idade portadores de diabetes, o que o torna o 5º país em incidência de diabetes no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Com o objetivo de amenizar essa situação, no dia 12 de abril foi lançada a Frente Parlamentar Mista para a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, uma iniciativa da deputada Flávia Morais (PDT – GO).

“Nós vamos estar atuando em todo o território nacional através dos parlamentares representantes e vamos fazer uma articulação muito forte junto aos órgãos do executivo federal, junto ao judiciário, aos outros órgãos para que a gente possa garantir o direito da população brasileira a esse tratamento, ao acompanhamento desta doença”, expôs.

O que é diabetes e seus sintomas

Karla Melo, coordenadora do Departamento de Saúde pública da sociedade brasileira de diabetes, explica que diabetes é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento da glicemia e que também pode se expressar pela presença de sinais e sintomas, tais como:

Diabetes tipo 1

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea e vômito.

Diabetes tipo 2

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Formigamento nos pés e mãos;
  • Vontade de urinar diversas vezes;
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Visão embaçada.

“Mas a sua característica principal é a glicemia elevada que é identificada em exame laboratorial ou durante rastreamentos usando a glicemia capilar, mas que posteriormente precisa ser confirmado pelo exame laboratorial”, explica.

A coordenadora informa que a glicemia em pessoas que não possuem diabetes, variam entre 70 a 99 miligramas por decilitro. Indivíduos com glicemia de jejum alterada ou pré-diabetes, tendem a ter uma taxa de 100 a 125 miligramas por decilitro e glicemias iguais ou superiores a 126, são caracterizadas como diabetes, porém o exame precisa ser repetido para ter certeza do diagnóstico.

Tipos de diabetes

Karla Melo explica que os tipos de diabetes mais comuns são os tipos 1 e 2, mas também existem outros como a diabetes gestacional e a pré-diabetes.

Diabetes Tipo 1 –  Diagnosticado mais frequentemente em crianças e adolescentes, possui sintomas intensos o que gera um diagnóstico mais facilitado;
Diabetes Tipo 2 – Diagnóstico mais frequente em pessoas com mais de 45 anos e corresponde a 90% das pessoas com diabetes;
Diabetes gestacional – Caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez e que, após o parto, pode se tornar a diabetes do tipo 2;
Pré-diabetes – Apresenta níveis de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas ainda não são tão altos para ser caracterizada como diabetes do tipo 2.

Tratamento

O tratamento para a doença irá depender de acordo com o tipo de diabetes que o paciente possui.

Pacientes com diabetes Tipo 1 precisam de aplicações diárias de insulina para manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa considerada normal. É recomendável possuir um dispositivo, conhecido como glicosímetro, em casa para medir com precisão a quantidade de glicose presente no sangue.

Para pacientes que possuem diabetes tipo 2, podem ser utilizados 3 tratamentos que irão variar de acordo com as necessidades específicas para cada caso, são eles:

  • Inibidores da alfa-glicosidase: atuam bloqueando a digestão e absorção de carboidratos no intestino;
  • Sulfonilureias: promovem a produção de insulina no pâncreas por meio das células pancreáticas;
  • Glinidas: funcionam igualmente ao estimular a produção de insulina pelo pâncreas.

Para tratar o diabetes gestacional é necessário um acompanhamento específico, com estimativas regulares da curva glicêmica, tendo que manter as taxas de açúcar em ordem com refeições fracionadas ao longo do dia e diminuir os alimentos gordurosos.

Fonte: Brasil 61

Em Pequim, ministra Luciana Santos assina instrumentos internacionais que aprofundam cooperação científica entre Brasil e China

Documentos incluem desenvolvimento conjunto de satélite, cooperação espacial, parceria em pesquisas científicas e na área de Tecnologias da Informação e Comunicação

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinou, nesta quinta-feira (14), em Pequim, um acordo com o governo chinês para o desenvolvimento conjunto do satélite CBERS-6, além de dois memorandos sobre cooperação em pesquisa e inovação e sobre cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação. Também foi firmado um plano de cooperação espacial entre Agência Espacial Brasileira e a Administração Espacial Nacional da China. A ministra integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agenda oficial no país asiático desde 13 de abril.

“A visita da comitiva do presidente Lula estabelece outro patamar das relações entre Brasil e China, com a disposição de fazer uma política de cooperação cada vez mais acentuada. O Brasil está se reinserindo no cenário mundial de oportunidades, com cultura de paz e com uma agenda que defende os interesses nacionais. Hoje, o ponto alto dessa agenda é a assinatura de diversos instrumentos de cooperação científica e tecnológica”, afirmou a ministra.

CBERS -6

Entre os instrumentos assinados está o protocolo que prevê o desenvolvimento, fabricação, lançamento e operação conjunta do Satélite Sino Brasileiro de Recursos Terrestres – CBERS-6. O satélite possui uma nova tecnologia, o Radar de Abertura Sintética (SAR), que vai aperfeiçoar o monitoramento da Amazônia, complementando os dados fornecidos pelos satélites de sensoriamento remoto em operação (CBERS-4, CBERS-4A e Amazonia-1). O maior benefício da tecnologia SAR é a geração de dados em qualquer condição climática e através de nuvens.

“É um desenvolvimento comum de tecnologia. Com os chineses, desenvolveremos uma nova tecnologia de sensoriamento remoto, para além dos sensores óticos, com imagens mais precisas das situações climáticas, sobretudo na Amazônia, que permitirá ver através das nuvens. Essa nova tecnologia tem impacto não apenas em questões climáticas, mas também em áreas como o desenvolvimento urbano e produção agrícola”, ressaltou a ministra.

A estimativa é que o CBERS-6 seja construído e entre em órbita no prazo de 42 meses após a assinatura do acordo, que depende de ratificação pelo Congresso Nacional. O custo do desenvolvimento, fabricação e lançamento do novo satélite é de US$ 51 milhões para cada parte. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Cooperação espacial

A Agência Espacial Brasileira e a Administração Nacional do Espaço da China assinaram o Plano de Cooperação Espacial 2023-2032. O documento elenca as atividades bilaterais na área espacial durante os próximos dez anos em áreas que vão da Tecnologia Espacial e Atividades de Lançamento, até treinamento de pessoal, equipamentos de solo e dados de observação da Terra.

Cooperação em pesquisas e TICs

Outros memorandos avançam na cooperação científica, tecnológica e de inovação com a China. O Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Pesquisa e Inovação prevê, por exemplo, a realização de pesquisas conjuntas, mobilidade de pesquisadores, visitas técnicas mútuas e organização de eventos científicos em 16 áreas, que incluem energia limpa, Inteligência Artificial, saúde e biotecnologia, entre outros.

Já o Memorando sobre Cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação inclui o intercâmbio de informações sobre políticas e cooperação entre instituições de pesquisa e empresas do setor de TICs. Além disso, trata da formação e capacitação de talentos e desenvolvimento tecnológico, da inovação e aplicações de tecnologias em áreas como semicondutores, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, 5G e tecnologias quânticas.

 

Em Xangai, Lula tem encontros com empresários em busca de parcerias e inovações

Como parte da agenda de atividades empresariais da viagem da comitiva brasileira à China, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma visita ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei, em Xangai, nesta quinta-feira (13/4). Acompanhado do CEO da empresa, Liang Hua, o presidente percorreu amplos salões com telões que retratam algumas das mais recentes conquistas em tecnologia digital e inovação desenvolvidos pela empresa, que atua há 25 anos no Brasil. Lula chegou a experimentar um óculos de realidade virtual.

Na palestra para o presidente, a empresa reforçou o compromisso de trabalhar numa perspectiva de longo prazo para o desenvolvimento sustentável do Brasil, em parcerias com foco em conectividade, inclusão digital, educação, saúde e reindustrialização. A apresentação mostrou, por exemplo, conquistas em projetos de conectividade digital em zonas remotas da Amazônia e ações para conectar escolas públicas e interligar setores de segurança.

“A empresa fez uma apresentação sobre 5G e soluções em telemedicina, educação e conectividade. Um investimento muito forte em pesquisa e inovação”, afirmou Lula por meio de seu perfil no Twitter. Ao longo desse primeiro dia da visita oficial à China, Lula participou da cerimônia de posse de Dilma Rousseff à frente do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e teve encontros com Wang Chuanfu, CEO da BYD, especializada em veículos elétricos, e com Wang Tongzhou, presidente do Conselho da China Communication Construction Company, maior empresa de construção civil da China.

Ainda nesta quinta, o presidente e a comitiva embarcam para Pequim. Na sexta-feira (14/4), a agenda do presidente na capital chinesa inclui um encontro com o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo, uma cerimônia de deposição de flores no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial, encontro com o primeiro ministro da China, Li Qiang, e finalmente com o presidente chinês, Xi Jinping.

A comitiva brasileira é composta por ministros de estado, pela primeira-dama, Janja Lula, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por parlamentares da Câmara e do Senado e por empresários.

PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL — O objetivo do governo brasileiro é relançar as relações com seu principal parceiro comercial desde 2009. Em 2022, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.

Cerca de 20 acordos bilaterais devem ser assinados durante a visita. Um deles será para a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China. O diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.

 

Em entrevista exclusiva à Salgueiro FM Gonzaga Patriota fala sobre a política local e nacional

Segurança nas escolas, Univasf , passagem dos 100 dias dos governos estadual e federal e a possibilidade de assumir o 11° mandato foram temas discorridos pelo socialista em entrevista ao radialista Vinícius Oliveira.

 

Programa de passagens a R$ 200 deve começar já em agosto, diz Márcio França

O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que o programa que prevê passagens a R$ 200 para aposentados, estudantes e pessoas de baixa renda deve começar a funcionar em agosto, e será anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo França, o governo já acertou a proposta com as três grandes companhias aéreas: Latam, Gol e Azul.

“O presidente Lula anunciará o pacote, que é mais um arranjo de oportunidades das empresas privadas do que um programa público. E é sem subsídio. Em agosto, vamos iniciar com as três [companhias aéreas]. Já acertamos com elas, agora faltam as concessionárias de aeroportos”, declarou o ministro em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira (11/4).

O programa de passagens mais baratas foi adiantado ao Correio por França no mês passado. O anúncio foi feito sem o aval do presidente Lula, o que gerou uma bronca aos ministros, em reunião no Planalto, para que medidas não sejam anunciadas sem passar pela Casa Civil. Segundo França, porém, a medida agora está pacificada.

Medida visa assentos ociosos

“Temos 90 milhões de passagens por ano, uma das maiores do mundo, mas só 10% dos CPFs voam. Vamos ajudar a resolver o problema no segundo semestre, com o programa de R$ 200 o trecho, ocupando a ociosidade. Podemos ter 5 milhões de CPFs novos voando”, afirmou o ministro.

Segundo França, 21% das poltronas devem ficar vazias nos voos durante a baixa temporada. A meta inicial do programa é ocupar 5% delas, e saltar para 10% depois. Poderão se cadastrar junto às companhias funcionários públicos e aposentados que recebam até R$ 6.800, estudantes do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), bolsistas e inscritos no Cadastro Único, utilizado para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família. As empresas aéreas confirmaram o apoio à proposta.

 

100 dias de governo Lula: principais medidas, polêmicas e viagens

O terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa 100 dias nesta segunda-feira (10).

Logo no início do período, o presidente teve que lidar com os ataques golpistas que vandalizaram as sedes dos três poderes em Brasília. Depois, com a situação normalizada, pôde avançar em promessas de campanha – principalmente na área social, como a volta do Bolsa Família.

O período, no entanto, também foi marcado por declarações de Lula que causaram polêmica e agitação na política e no mercado. Por exemplo, as críticas ao Banco Central e à taxa de juros.

Os primeiros 100 dias confirmaram, também, tendências que já haviam sido antecipadas por especialistas: a nova posição do Brasil no cenário internacional e uma agenda intensa de viagens oficiais.

Veja abaixo os principais momentos do início do terceiro mandato do petista no Planalto:

Ataques golpistas e crise Yanomami

No dia 8 de janeiro, uma semana após Lula tomar posse, vândalos invadiram e depredaram as sedes dos três poderes: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente, que estava em Araraquara (SP) para monitorar os estragos causados pelas fortes chuvas, antecipou a volta a Brasília.

No dia seguinte, reuniu governadores, ministros do governo e ministros do STF para uma caminhada simbólica pela Praça dos Três Poderes, em defesa da democracia.

Os ataques geraram a primeira situação de crise do governo recém-empossado.

Nas semanas seguintes, Lula se articulou com líderes políticos para evitar a repetição do episódio e pacificar o ambiente. A Polícia Federal, por sua vez, iniciou procedimentos para investigar e prender os responsáveis pelos atos golpistas.

Ainda em janeiro, o governo federal teve de lidar com outra crise: o agravamento da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, fruto da invasão de garimpeiros e do abandono da ajuda estatal.

Crianças e adultos Yanomami foram identificados com quadros graves de malária e desnutrição, além de casos de pneumonia e contaminação por mercúrio – metal usado pelo garimpo ilegal sem qualquer monitoramento.

O governo federal lançou a Operação Yanomami para retirar garimpeiros da terra indígena, destruir equipamentos, investigar a cadeia de comando dessas operações e garantir assistência aos indígenas. Passados dois meses, no entanto, ainda há registros de extração clandestina e resgate de crianças em condições críticas de saúde.

Falas polêmicas

Algumas falas polêmicas do presidente marcaram os três primeiros meses de mandato.

Em visita à Terra da Raposa Serra do Sol em março, Lula afirmou que, apesar “de toda desgraça”, a escravidão “trouxe uma coisa boa que foi a mistura, a miscigenação”.

Outra declaração polêmica foi direcionada ao senador Sergio Moro (União-PR), que condenou Lula enquanto era juiz.

Após uma operação da Polícia Federal que prendeu suspeitos de arquitetar assassinatos e sequestro de autoridades, Lula disse que via “armação” de Moro no caso .

Lula também desautorizou ministros em algumas situações.

Em março, durante uma reunião ministerial, o presidente chegou a dar uma bronca no primeiro escalão, para que não fizessem anúncios sem o aval do Planalto.

Na ocasião, o presidente disse que qualquer “genialidade” que algum ministro possa ter deve ser conversada com a Casa Civil e com a presidência da República antes de ser anunciada.

Na última quinta, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula desautorizou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o comando da Petrobras a anteciparem uma discussão sobre a política de preços da companhia.

“A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir. Enquanto o presidente da República não convocar, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, disse.

Na área econômica, a principal polêmica foi o embate do governo com o Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. A definição cabe ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, formado pelo presidente e pelos diretores do banco.

Lula e integrantes do governo têm feito críticas reiteradas à manutenção da taxa, porque acreditam que o índice inibe o crescimento da economia. O presidente chegou a dizer que poderia rever a autonomia do BC, aprovada pelo Congresso durante o governo Jair Bolsonaro.

“Eu vou continuar batendo, eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros, para que a economia possa ter investimento”, disse Lula sobre o BC no dia 21 de março.

Viagens

Durante os 100 primeiros dias de governo, Lula fez três viagens internacionais, sendo duas na América Latina.

Segundo especialistas, a escolha dos países vizinhos foi estratégica e simbolizou a intenção do presidente de resgatar laços. Ele também faria uma viagem à China, mas precisou adiar para esta semana, em razão de uma pneumonia.

A primeira viagem, com destino à Argentina, ocorreu dias depois de Lula assumir o terceiro mandato.

Em Buenos Aires, ele se encontrou com o presidente Alberto Fernández, que possuía relação conflituosa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e chegou a pedir desculpas pelo que chamou de “grosserias” do ex-presidente.

Da Argentina, Lula seguiu para o Uruguai onde se reuniu com o presidente do país, Luis Alberto Lacalle Pou, e com o ex-presidente Pepe Mujica.

Menos de quinze dias depois, o petista embarcou para os Estados Unidos onde se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden. Na ocasião, ressaltaram a importância de uma parceria entre os dois países no combate às mudanças climáticas.

Havia uma expectativa de que Biden anunciasse valores para o Fundo Amazônia, o que não se concretizou.

“Não discuti especificamente o Fundo Amazônia. Eu discuti a necessidade dos países ricos assumirem a responsabilidade de financiar todos os países que têm florestas”, afirmou Lula em entrevista após a reunião.

Os dois presidente também falaram de defesa da democracia, um tema central para Lula e para Biden.

Principais medidas

Uma das principais medidas tomadas no início do governo diz respeito ao acesso a armas pela população.

Ao tomar posse em janeiro, Lula assinou um decreto que revogou uma série de normas do ex-presidente Jair Bolsonaro que haviam facilitado o acesso a esses itens. Outra medida foi o recadastramento das armas compradas a partir de maio de 2019.

Além disso, o governo fez mudanças em programas sociais e lançou uma série de propostas econômicas. Veja:

  • Mais Médicos

Em março, o governo relançou o programa. O objetivo é expandir o número de profissionais e incentivar a permanência no projeto.

  • Bolsa Família

O governo reestruturou o programa de assistência social para garantir pagamento mínimo de R$ 600 por família, mais um adicional por cada criança de até 6 anos.

Em fevereiro, a Caixa Econômica Federal também anunciou a suspensão definitiva de empréstimos consignados pelo Bolsa Família. Segundo o Ministério da Cidadania, o banco era responsável por 80% das contratações do serviço.

  • Retomada de mecanismos ambientais

Logo no primeiro dia de mandato, Lula assinou decreto para a retomada do Fundo Amazônia – mecanismo que usa aportes bilionários de outros países para financiar projetos de preservação ambiental.

  • Procuradoria de Defesa da Democracia

O advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou a criação da procuradoria em janeiro, ao assumir o cargo. Segundo ele, o órgão vai ajudar a defender a democracia e combater a desinformação usada como arma política contra os atos públicos.

  • Novo arcabouço fiscal

No fim de março, o governo anunciou a proposta de nova regra fiscal para substituir o atual teto de gastos e controlar os gastos públicos.

O texto prevê que as despesas podem crescer acima da inflação, ou seja, terão alta real (descontada a inflação) entre 0,6% a 2,5%. Ainda segundo a proposta, os gastos vão poder crescer somente entre 50% e 70% da variação da receita. Para valer, o projeto precisa ser aprovado pelo Congresso.

  • Impostos sobre combustíveis

Após um embate entre as alas política e econômica, o governo decidiu retomar a cobrança de parte dos impostos federais que incidem sobre combustíveis. Os tributos tinham sido zerados pela gestão anterior.

Com isso, a gasolina passou a ser reonerada em R$ 0,47 por litro e o etanol, em R$ 0,02. A medida vale até junho e os impostos podem subir ainda mais a partir de julho, pois voltarão a ser praticadas as alíquotas vigentes antes da desoneração, que são maiores.

A decisão final caberá ao Congresso, que vai analisar a medida provisória que trata do tema. Já o diesel e o gás de cozinha continuarão isentos de impostos federais até o fim do ano.

  • Salário mínimo

O governo decidiu reajustar o salário mínimo, de R$ 1.032 para R$ 1.320, a partir de maio. Uma medida provisória deve ser publicada no “Diário Oficial da União”. No início do ano, houve a expectativa de que o reajuste seria imediato, mas o governo adiou a medida, devido ao impacto nas contas públicas.

  • Imposto de Renda

O governo também anunciou o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. A partir de maio, a faixa de isenção do IR será ampliada, de R$ 1.903,98 – em vigor desde 2015 – para R$ 2.112. A medida deve ser oficializada por medida provisória.

Além da ampliação, haverá um desconto mensal de R$ 528 direto na fonte. Ou seja, sobre o imposto que seria devido pelo empregado. Isso porque o governo quer manter a promessa de deixar isentos todos que ganham até dois salários mínimos.

Busca por base no Congresso

Em 100 dias, Lula ainda busca uma base de apoio robusta no Congresso. Por ora, isso ainda não foi um problema, porque projetos importantes e de maior impacto não foram votados.

Para o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), a tendência é a base do governo se consolidar à medida em que a execução do Orçamento e as nomeações de aliados vão ganhando ritmo.

Fonte: G1