
Há um ano no cargo, completados em 18 de dezembro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, começou 2025 sob a expectativa do que fará em relação a investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Caberá a Gonet decidir se apresentará ou não denúncia nos casos em que o ex-mandatário foi indiciado, como no inquérito que apura suspeitas de uma trama golpista no governo passado. Na prática, o parecer do chefe do Ministério Público será decisivo para o futuro político do principal líder da direita do país.
Interlocutores do procurador-geral citam seu perfil cauteloso e discreto para dizer não ser possível antecipar como ele irá se posicionar. Ao mesmo tempo, destacam que Gonet demonstrou no ano passado que não se omite em casos relevantes, crítica que era feita por opositores do antecessor dele no cargo, Augusto Aras.
Desde que assumiu a PGR, Gonet teve participação ativa, por exemplo, na punição dos réus dos ataques golpistas do 8 de Janeiro. Mas também tomou posições que contrariaram aliados do atual governo, como ao tentar reverter a anulação de condenações do ex-ministro José Dirceu na Lava-Jato, em novembro, e ao recorrer de decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidaram atos da operação.
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