Categoria: Brasil

Governadores bolsonaristas e presidenciáveis não irão a evento de Lula no Rio

Governadores bolsonaristas e presidenciáveis nas eleições de 2022 não vão participar de evento organizado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todos os 27 chefes de Executivos estaduais e distrital foram convidados para o lançamento do novo PAC, programa de obras de infraestrutura do governo federal, mas nomes da direita negaram o convite.

Entre eles, estão os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e Paraná, Ratinho Jr. (PSD). O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), esperado pelo Palácio do Planalto, ainda não confirmou se participará da cerimônia.

O evento, com 800 convidados, é tido como o maior organizado pela equipe do presidente neste terceiro mandato. O relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê 2 mil obras, sendo 300 indicadas pelos governadores e 1,7 mil, pelo governo federal.

O governador de São Paulo irá ser representado pelo vice-governador do estado, Felício Ramuth (PSD). No lugar do governador de Santa Catarina, irá o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, e, pelo Paraná, estará presente o secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega. Eduardo Leite irá enviar representante, mas não divulgou o nome do substituto.

O Palácio do Planalto espera a presença de 30 ministros e 23 governadores — todos que, segundo os organizadores, confirmaram presença. A lista, no entanto, está desatualizada, pois conta com o nome de Eduardo Leite, por exemplo, que divulgou sua ausência nesta quinta-feira. Quem também aparece entre os confirmados é o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas o político não confirmou oficialmente se vai comparecer. O chefe do Executivo passou os últimos dias em agendas pelo Sul de Minas, passando por cidades como Alfenas, Carmo do Rio Claro e Poços de Caldas.

Caso participe do lançamento, Zema pode enfrentar uma saia-justa com os governadores do estados do Nordeste. Este será o primeiro encontro dos políticos após a entrevista de Zema ao “Estado de S. Paulo” em que ele comparou a região Nordeste com “vaquinhas que produzem pouco”.

Entre os nomes da região que já confirmaram presença estão Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Paulo Dantas (MDB), de Alagoas; Carlos Brandão (PSB), do Maranhão; e João Azevêdo (PSB), governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, organização que reúne os gestores dos noves estados que compõem a região e que, em nota, rebateu a declaração de Zema publicamente.

Do Norte, estará presente Clécio Luís (Solidariedade), governador do Amapá; Helder Barbalho (MDB), do Pará; o Coronel Marcos Rocha (União), de Rondônia; e Wilson Lima (União), do Amazonas.

Entre os estados do Centro-Oeste, o representante de Goiás, Ronaldo Caiado (União), estará no evento, assim como Eduardo Riedel (PSDB), do Mato Grosso do Sul. Do Sudeste, além do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), também confirmou presença o chefe do Executivo do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Nas baixas, não poderão vir o governador de Sergipe, Fabio Mitidieri (PSD) e Mauro Mendes (União), do Mato Grosso.

Veja os governadores que confirmaram e não confirmaram presença — O GLOBO não obteve retorno de todos os chefes dos Executivos estaduais:

Vai ao evento:

  1. RJ: Cláudio Castro (PL)
  2. ES: Renato Casagrande (PSB)
  3. PE: Raquel Lyra (PSDB)
  4. RN: Fátima Bezerra (PT)
  5. AL: Paulo Dantas (MDB)
  6. MA: Carlos Brandão (PSB)
  7. PB: João Azevêdo (PSB)
  8. AP: Clécio Luís (Solidariedade)
  9. PA: Helder Barbalho (MDB)
  10. RO: Coronel Marcos Rocha (União)
  11. AM: Wilson Lima (União)
  12. GO: Ronaldo Caiado (União)
  13. MS: Eduardo Riedel (PSDB)

Não vai ao evento:

  1. RS: Eduardo Leite (PSDB)
  2. SC: Jorginho Mello (PL)
  3. PR: Ratinho Jr. (PSD)
  4. SP: Tarcísio de Freitas (Republicanos)
  5. SE: Fabio Mitidieri (PSD)
  6. MT: Mauro Mendes (União)
Fonte: O Globo

PF captura o assaltante de banco mais procurado do país

A Polícia Federal capturou nesta quarta-feira (09/08), na capital amazonense, o assaltante de banco apontado como um dos criminosos mais procurados do país, conhecido por “Cabelo de Bruxa”.

O preso, de 50 anos, havia sido condenado a 17 anos de prisão pela 2ª Vara Criminal de Cuiabá/MT pelos crimes de porte ilegal de arma, roubo qualificado, formação de quadrilha, cárcere privado e receptação. Ele integrou quadrilhas armadas especializadas em grandes assaltos, com domínios de cidades no interior de Mato Grosso, conhecido como “novo cangaço” e estava foragido desde 2018.

O criminoso foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas para procedimentos de praxe e se encontra à disposição da Justiça.

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso em operação sobre interferência no 2° turno das eleições

Na manhã desta quarta-feira (9), foi preso preventivamente o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

Segundo informações do G1, a prisão aconteceu em Florianópolis, em operação que investiga interferência no segundo turno das eleições do ano passado.

Mandados de busca e apreensão

Em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal e no Rio Grande do Norte ainda existem mandados de busca e apreensão contra diretores da PRF durante a gestão de Silvinei Vasques.

De acordo com informações do G1, no entanto, não há mandados de prisão contra eles.

Blitzes no dia das eleições

Existe a suspeita de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou as blitzes no Nordeste – região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva possui maior quantidade de votos -, em 30 de outubro, para interferir e dificultar o transporte dos eleitores.

Segundo informações da Agência Brasil, o Ministério Público Federal pediu para que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para investigar a conduta de Silvinei Vasques, o então diretor-geral da PRF.

O que diz Silvinei Vasques?

Em depoimento recente à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Golpe (CPMI), Silvinei Vasques negou que a Polícia Rodoviária Federal tenha direcionado ações para atrapalhar as eleições de 2022 na Região Nordeste.

“O que se falou muito é que a PRF, no segundo turno da eleição, direcionou a sua fiscalização para o Nordeste brasileiro. Isso não é verdade”, disse o ex-diretor-geral da PRF.

“Não é verdade porque o Nordeste é o local onde temos nove estados, nove superintendências, temos a maior estrutura da PRF no Brasil, a maior quantidade de unidades da PRF. Nos estados do Nordeste é onde se encontra hoje, lotado, o maior número de efetivos da instituição e é a região brasileira onde está a maior malha viária de rodovias federais”, acrescentou Silvinei Vasques.

Vasques ainda disse que “o Nordeste é onde, infelizmente nas últimas cinco eleições, foram feitas as maiores quantidades de prisões acerca de crimes eleitorais”, no intuito de justificar as ações na região.

 

Real digital se chamará Drex confirma Banco Central; Entenda como funcionará

Moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação, o real digital se chamará Drex, confirmou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). O nome foi confirmado pelo economista do BC Fabio Araujo, coordenador da iniciativa, em live semanal da autoridade monetária no YouTube.

Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representar a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

O Drex, informou o BC, facilitará a vida dos brasileiros. “A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, destacou o órgão.

Aplicações

Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas não têm garantia de nenhuma autoridade monetária.

Moeda de atacado, não de varejo, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.

Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.

Banco central faz habilitações

Em testes desde o início do ano, o real digital deve estar disponível para a população só no fim de 2024. Em março, o BC escolheu a plataforma a ser usada nas transações. Nos últimos meses, a autoridade monetária habilitou 16 consórcios para desenvolverem ferramentas e instrumentos financeiros que serão testados no novo sistema.

Previstos para começarem em setembro, os testes com os consórcios ocorrerão com operações simuladas e testarão a segurança e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados (ativos reais convertidos em digitais) das instituições financeiras.

Os ativos a serem usados no projeto piloto serão os seguintes: depósitos de contas de reservas bancárias, de contas de liquidação e da conta única do Tesouro Nacional; depósitos bancários à vista; contas de pagamento de instituições de pagamento; e títulos públicos federais. Os testes serão feitos em etapas, com as transações simuladas com títulos do Tesouro Nacional sendo feitas apenas em fevereiro do próximo ano.

 

Brasil é o terceiro país que mais consome sites de apostas em todo o mundo

Tempo de consumo digital da categoria cresceu 281% desde 2019 no País. Hoje, a média de consumo mensal é de 2 bilhões de minutos. Análise da Comscore mostra que segmento de gambling atinge 32% da população digital brasileira e tem grande penetração entre a classe C

Os sites de apostas têm ganhado cada vez mais popularidade entre os usuários on-line. Um levantamento recente da Comscore revela que o Brasil é o terceiro país no mundo que mais consome esses canais, atrás somente dos Estados Unidos e da Inglaterra. Conhecido como gambling, esse ambiente reúne plataformas digitais diversificadas para os entusiastas de esportes, cassinos e jogos de azar, e abre oportunidades de negócios para setores afins.

De acordo com a Comscore, a categoria teve, no Brasil, um crescimento expressivo no tempo de consumo desde 2019, apresentando um aumento de 281%, e, hoje, soma 2 bilhões de minutos consumidos ao mês. Além disso, o gambling possui 42,5 milhões de usuários únicos, um alcance equivalente 32% da população digital brasileira. Em sua maioria (80%), esses consumidores se conectam exclusivamente por meio de dispositivos móveis.

Ao analisar o perfil dos usuários, foi constatado que 49% deles pertencem à classe C, indicando que as apostas online estão se tornando acessíveis a um público cada vez mais amplo. Observou-se também que 61% dos consumidores são homens, em sua maioria com idade superior a 45 anos.

“Notamos que o crescimento do acesso ao gambling entre os consumidores brasileiros pode ser atribuído a diversos fatores, como a popularização das apostas on-line, o alcance da internet e o avanço da tecnologia, além da ampla cobertura de eventos esportivos. Nesta análise, aprofundamos o perfil desses usuários e traçamos um panorama interessante sobre a categoria no Brasil e no mundo”, relata Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para o Brasil.

Gambling no mundo

O crescimento do setor de apostas não está restrito ao Brasil. No mundo, os cinco países que mais consomem os canais de gambling são, respectivamente: Estados Unidos, Inglaterra, Brasil, Índia e Itália. Os top 3 players desse segmento mais acessados mundialmente são: Rummy Circle, Flutter e Betano.

No Brasil, os canais de maior audiência neste segmento são Betano, Bet365 e Pixbet. Entre os maiores players, foi constatado que a audiência cruzada é expressiva: 6.161 milhões que consomem a plataforma Betano também são usuários do Bet365. Além disso, o levantamento aponta que os consumidores de gambling têm grande afinidade com os usuários que se interessam pela categoria automotiva.

Alcance nas redes sociais

No primeiro trimestre de 2023, o setor de gambling registrou 617 mil ações nas principais plataformas de social media entre janeiro e abril, sendo a BetFair a marca mais ativa nestas mídias. Em relação às preferências dos usuários dessa categoria, 98 % são consumidores do YouTube, mais de 87% utilizam o Instagram, 86,5% acessam o Facebook, 54,4% utilizam o TikTok, 39,9 % consomem o Kwai e 36,6% navegam pelo Twitter.

Para conferir o levantamento completo, acesse: https://www.comscore.com/por/Insights/Apresentacoes-e-documentos/2023/Gambling-digital-e-social-insights

Nos EUA, desenvolvimento veio pelas ferrovias; no Brasil, deve vir pela tecnologia e educação

ARTE: TAMARA CASTRO

Há um ano, a Semana de Arte Moderna no Brasil completou 100 anos. Os artistas buscavam naquela época estabelecer o que seria uma identidade nacional. Em 100 anos, muita coisa aconteceu. De lá para cá, tivemos a Tropicália, a Bossa Nova, o Chacrinha, o Pagode, o Axé, o Funk e o Sertanejo. Me pergunto se é possível que alguma destas coisas isoladamente possa se constituir numa identidade nacional, considerando que ainda temos a gauchada, o peão de boiadeiro, os bois, o maracatu, o forró e os diversos tipos de sambas. Entendo que não. Como já disse a nossa Fernanda Montenegro, “o Brasil não tem uma cultura, tem culturas”. 

Se no passado a expressão cultural brasileira estava apoiada na massificação dos símbolos culturais do eixo Rio-São Paulo, hoje o Brasil enxerga suas diferenças regionais, étnicas e ancestrais. Hábitos, marcas, formas de consumir, de se expressar não estão mais à parte do crescimento econômico das empresas e do país. Tudo isso acelerado pela tecnologia, que deu voz a todos que não a tinham. No alcance das forças regionais, a tecnologia deveria ser ainda mais importante para seu desenvolvimento.

Sendo um dos povos mais conectados do mundo, ainda falta ao Brasil dar grandes saltos para que a modernidade esteja acessível a todos. Em 2023, o acesso à internet alcança 83% da população (NIC.br) – somos o país com terceira maior penetração de uso de redes sociais (Comscore), com 464 milhões de dispositivos digitais (FGVcia) com uso regular de internet. Mas o que estamos compartilhando nas redes? Daremos o salto para um futuro brilhante?

O Brasil, um país tão grande e formado em cima de tanta diversidade, carrega muitas contradições. Por exemplo, até temos algumas leis modernas, mas a Constituição de 1988 foi construída com base no trauma e falta de liberdade de tantos anos de ditadura militar. Estamos entre as maiores nações do mundo, mas ainda não nos livramos de algumas tristes heranças: segundo o IBGE, 72% dos brasileiros ainda têm algum nível de analfabetismo funcional. E 70% dos alunos brasileiros não concluíram o Ensino Médio (Pnad Contínua 2019). Só este dado já é um indicador que impacta muita coisa.

O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), criado em 2010 e que pretendia levar educação à distância aos lugares mais ermos do país, incluindo o país inteiro num salto de conhecimento, se encerrou em 2016, sem que suas metas tivessem sido atingidas. Paralelamente, voltamos a ter vergonha dos nossos atrasos e deixamos o seleto grupo das sete economias mais retumbantes do mundo. Ser um país digital deveria significar para o Brasil um crescimento de conhecimento de forma exponencial, um capital humano mais informado, mais preparado, mais apurado.

Os Estados Unidos viram seu desenvolvimento pelas ferrovias. O acesso à internet deveria ter a mesma importância, se não maior, que as ferrovias norte-americanas no século XIX. Tendo a educação como a carga que escoa pelo país, aí sim poderíamos entender a mistura da identidade brasileira e falar de uma moral brasileira. A moral do brasileiro carece de educação para poder traçar seu caminho de desenvolvimento. Falta um eixo, um eixo de ambição por ser “a Grande Nação”. 

Estamos meio a meio, divididos e sem trilho. Nada pode ser pior. A educação é um caminho de união porque esclarece, promove o debate e a criação de soluções para o que parece insolúvel. Trabalhemos para, quem sabe, estarmos preparados para uma próxima Semana de 1922, quando possamos discutir a relação do Brasil com as os seus próprios valores, suas próprias tradições e aspirações, dignas de uma Grande Nação. Trabalhemos para que não tenhamos que esperar 100 anos. Trabalhemos pela educação hoje.

 (*) Gal Barradas, sócia executiva da Zeka Educação Digital 

03

Ministério admite bloqueio, mas diz que Auxílio Gás será pago

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) confirmou neste sábado (5) o bloqueio de verbas previamente orçadas para bancar o pagamento do Auxílio Gás, um dos programas sociais do governo. A pasta, contudo, negou a interrupção no pagamento do benefício.

O bloqueio de verbas do Auxílio Gás foi informado ao Congresso Nacional por meio de um decreto, em 28 de julho, e revelado nesta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em levantamento da Associação Contas Abertas, dedicada a acompanhar os gastos públicos.

O governo foi obrigado a contingenciar recursos em razão do limite estabelecido pelo teto de gastos de 2023, ainda em vigor. O valor total bloqueado é de R$ 1,5 bilhão. O corte temporário atinge dez pastas, e Saúde e Educação correspondem a metade dos valores retidos.

No caso do MDS, foram contingenciados R$ 144 milhões. A pasta informou ter remanejado o orçamento de modo a não afetar os pagamentos de programas sociais. No caso do Auxílio Gás, o ministério afirmou que a despesa bloqueada “só será executada no mês de dezembro”, e que até lá a expectativa é que todos os valores sejam liberados.

“Caso o desbloqueio do Orçamento Federal seja insuficiente, o MDS fará um remanejamento de recursos de outras ações discricionárias para garantir o pagamento do Auxílio Gás, cumprindo a diretriz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer os recursos federais chegarem a quem mais precisa”, diz a nota do MDS.

Hoje o Auxílio Gás é um programa que funciona de modo auxiliar ao Bolsa Família e é pago a cada dois meses, no valor de um botijão de gás. Em abril, por exemplo, o valor pago foi de R$ 110 para 5,7 milhões de famílias, de acordo com dados do MDS.

O bloqueio de gastos também poderá ser revisto caso seja aprovado em definitivo no Congresso o novo arcabouço fiscal, com o qual o governo pretende substituir as regras do teto de gastos, que foram aprovadas em 2016, no governo de Michel Temer.

O novo arcabouço fiscal já foi aprovado na Câmara, mas é agora reanalisado pelos deputados após o texto ter sofrido alterações no Senado.

Lula recebe Maduro no Brasil pela segunda vez em menos de 2 meses

Após quebrar o jejum de oito anos sem visitar o Brasil, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em território brasileiro pela segunda vez em menos de dois meses. O venezuelano participará da Cúpula da Amazônia, nesta terça-feira (8).

Maduro e outros seis representantes de países que abrigam a floresta virão a Belém – Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Equador – para a reunião que promete alinhar agendas comuns entre as nações. O objetivo é propor ações que equilibrem a proteção da vegetação e o desenvolvimento econômico e social. As informações são do Metrópoles.

Nesta sexta-feira (4), o presidente Lula assinou um decreto que amplia o intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil, permitindo a importação de energia da Venezuela para Roraima, único estado brasileiro que ainda não é ligado ao Sistema Interligado Nacional.

A última vez em que o venezuelano esteve em Brasília foi em 29 e 30 de junho, por ocasião da Cúpula de Presidentes da América do Sul. Esta foi a primeira visita dele ao Brasil desde a posse da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2015.

Em junho, ele foi recebido pelo mandatário brasileiro com as tradicionais honrarias de chefe de Estado, um dia antes da reunião com os demais líderes sul-americanos. Declarações de Lula sobre o regime de Maduro, no entanto, causaram desconforto nos presidentes do Chile, Gabriel Boric, e Luis La Calle Pou, do Uruguai.

Desde que assumiu o governo, em janeiro, o petista retomou as relações com o país vizinho. Lula prega que o caminho para eleições limpas e transparentes no território venezuelano passa pelo diálogo, e não pelo isolamento.

Na outra ponta da relação diplomática, o governo de Nicolás Maduro deu sinais, nos últimos meses, de que pretende romper os anos de isolamento e pode voltar aos poucos ao cenário internacional.

Desde o início do ano, a agenda do ditador da Venezuela contou com diversas viagens internacionais e reuniões, visando não só o fortalecimento de antigas alianças, como também o resgate de laços regionais perdidos há algum tempo.

Reunião na Bélgica

Em julho, Lula mediou uma reunião, ao lado do homólogo francês, Emmanuel Macron, com representantes do governo e da oposição na Venezuela. Maduro não participou da agenda, que ocorreu às margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.

Na reunião, o presidente Lula voltou a falar que a nação é a responsável pela resolução de seus próprios problemas. “Só os venezuelanos podem resolver o problema do país”.

No entanto, no dia seguinte ao encontro, os presentes na reunião publicaram uma declaração conjunta, na qual defenderam a retirada das sanções ao governo da Venezuela desde que o país tenha eleições “justas, transparentes e inclusivas” em 2024. O processo eleitoral também incluiria o “acompanhamento internacional”, um ponto de inflexão com Maduro sobre o tema.

Cúpula da Amazônia

Motivo da mais recente visita de Maduro ao Brasil, a Cúpula da Amazônia ocorre entre 8 e 9 de agosto, e, durante o encontro, os países deverão atualizar o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), assinado em Brasília em 1978, e prevê ações conjuntas para equilibrar a proteção da floresta com o desenvolvimento econômico.

O novo documento deverá focar na parceria entre os países, no entanto, enfatizando que cada um tem soberania sobre seu território, bem como particularidades. Desse modo, no caso da cobrança por recursos estrangeiros, por exemplo, ficará definido que cada país tem autonomia para decidir como gerir essa verba.

Os países amazônicos com a presença dos chefes de Estado confirmadas no encontro são Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. Suriname (Chan Santokhi) e Equador (Guillermo Lasso) são as exceções e devem enviar ministros por questões internas.

Desconforto sul-americano

Em junho, Lula foi anfitrião de um encontro de cúpula que recebeu outros 10 chefes de Estado em Brasília e falou de metas ambiciosas, como a criação de moeda para o continente negociar com o resto do mundo. No entanto, a presença de Nicolás Maduro e a defesa pública que o petista fez do mandatário venezuelano se tornaram o assunto principal e fonte de desacordo entre os líderes vizinhos.

Um dia antes da cúpula dos chefes de Estado, no dia 29 de maio, Lula recebeu Maduro para um encontro bilateral no Palácio do Planalto e minimizou as denúncias de violação dos direitos humanos na Venezuela. Para o presidente brasileiro, Maduro e seu regime seriam vítimas de uma “narrativa” sobre a ausência de democracia.

A voz mais dura a se levantar contra o discurso do brasileiro foi a do mandatário do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que transmitiu pelo Instagram as críticas a Lula feitas em reunião fechada no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Lacalle Pou não chegou a citar o nome de Lula, mas disse que ficou “surpreso quando se falou que o que acontece na Venezuela é uma narrativa”.

O outro presidente a levantar a voz contra a fala de Lula, porém, é de esquerda, como o brasileiro: o chileno Gabriel Boric. Na mesma reunião que tinha apenas os chefes de Estado do continente, Boric afirmou que é “impossível fazer vista grossa para as violações de direitos humanos na Venezuela”.

As falas de Lacalle Pou e Boric fizeram pesar o clima na reunião e esfriaram a ideia de Lula de reviver um organismo multilateral entre os países sul-americanos, como foi a Unasul, vigente em seus mandatos anteriores e sepultada definitivamente na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Magno Martins

STF forma maioria por prisão imediata após condenação por júri popular

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou para que a pena de um réu seja aplicada imediatamente após condenação pelo tribunal do juri. No entanto, os magistrados ainda precisam avaliar se esta decisão vale apenas para penas superiores a 15 anos ou se vale para condenações a qualquer pena aplicada que leve ao encarceramento.
O caso está sendo analisado no plenário virtual da corte. O júri popular, formado por pessoas conhecidas pelo tribunal, mas que não necessariamente precisam ter formação jurídica, analisa casos de crimes dolosos, ou seja, onde ocorreu a intenção de cometê-los, contra a vida. Os delitos analisados pelo tribunal do júri envolvem homicídios, feminicídios e infanticídios.
Após condenação pelo júri, ainda cabem recursos. Mas com o entendimento do Supremo, mesmo enquanto esses recursos aguardam apreciação, a pena já poderá ser aplicada. Os magistrados seguiram o entendimento do relator, ministro Luís Roberto Barroso. Para Barroso, a pena poderá ser aplicada independente do tempo de condenação.
Além de Barroso, foram a favor do cumprimento imediato da pena Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin e André Mendonça. Os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber foram contra a aplicação da pena de maneira imediata. No entanto, entendem que se os requisitos forem cumpridos, pode ser aplicada prisão preventiva.

Banco Central reduz taxa básica de juros pela primeira vez em três anos

O Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (2/8), por reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 pontos percentuais. Com a mudança, os juros básicos agora correspondem a 13,25% por ano. Foi a primeira mudança na Selic desde agosto de 2022, a taxa quando passou dos mesmos 13,25% para 13,75%, e o primeiro corte nos juros em mais de três anos – o último havia sido na reunião de 17 de junho de 2020, quando foi de 2,25% para 2,00%.

A taxa básica de juros é uma referência para os juros praticados pelos bancos e por instituições financeiras e é utilizada pelo Banco Central como política de controle da inflação. Os patamares atuais vêm sendo considerados altos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a criticar publicamente a condução do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Na ata da última reunião, em junho, o órgão havia acenado com a possibilidade da queda dos juros em agosto. Após uma série de comunicados duros no início do ano, em que não descartava a possibilidade de elevar a taxa Selic, o Copom mudou de tom e admitiu a redução dos juros básicos por causa do comportamento dos preços.

“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião [em agosto]”, informou o Copom na ata.

Com a forte desaceleração dos índices de preços nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2023 passou de 4,9% para 4,84%.

Em junho, puxado pela queda nos preços dos alimentos e dos carros novos, o IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a primeira deflação em nove meses. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 2,87% no ano e de 3,16% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 3,94% acumulados até o mês anterior.

Pacheco contesta decisão do Supremo sobre o piso da enfermagem

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se nesta terça-feira (1) com a Advocacia Geral do Senado para contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a lei que estabelece o piso nacional de enfermagem. Junto com os advogados da Casa, foi elaborado um recurso de embargos de declaração contra a medida.

A ação anunciada por Pacheco visa contestar decisão da Corte, de julho deste ano, definindo que o valor do pagamento no setor privado deverá ser negociado entre empregadores e empregados, além de condicionar o pagamento do piso a repasses de verba federal.

A iniciativa de Pacheco é no sentido de que o piso nacional da enfermagem entre em vigor no formato aprovado pelo Congresso, em abril deste ano, com a previsão de R$ 7,3 bilhões para o custeio do novo valor do piso da categoria. “O que buscamos é a aplicação plena e imediata daquilo que foi decidido pelo Congresso Nacional em relação à enfermagem do Brasil”, frisou Pacheco.

Conforme o texto aprovado pelos deputados federais e senadores, e sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em maio deste ano, enfermeiros devem receber R$ 4.750, já técnicos de enfermagem passam a ter direito a R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, o piso foi fixado em R$ 2.375. As regras valem para os setores público e privado e independem da jornada de trabalho dos profissionais.

Morre esposa de piloto falecido em tragédia aérea com o filho

Ana Paula Pridonik, de 27 anos, não resistiu ao ferimento provocado por um disparo de arma de fogo e morreu no início da tarde dessa terça-feira (31/7), na Santa Casa de Campo Grande, horas após ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

Ela era a mulher do piloto e pecuarista Garon Maia, que faleceu ao lado do seu filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, em um acidente aéreo no último sábado (29/7), em uma área de mata na região de Vilhena, em Rondônia.

Segundo informações apuradas pelo TopMídiaNews e confirmadas pela polícia, Ana Paula estava no quarto do casal em um condomínio no bairro Antônio Vendas e atirou contra si. A arma em questão estaria no nome de Garon.

O caso aconteceu horas depois do sepultamento de Garon e Kiko, como o garoto era conhecido. Os corpos foram transladados para a capital sul-mato-grossense justamente para que familiares e amigos pudessem se despedir.

Ana Paula retornou na companhia da mãe e de outras duas pessoas, mas teria entrado no quarto e ficado por lá, conforme o delegado Felipe Paiva, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, quando as pessoas ouviram o disparo e encontraram a vítima ferida.

Ana Paula chegou a ser socorrida com vida pelo Corpo de Bombeiros e deu entrada no hospital em estado grave e após cerca de duas horas, ela não resistiu aos ferimentos e a uma parada cardiorrespiratória, vindo a óbito.

Relembre

Segundo o Folha do Sul Online, a aeronave caiu na fazenda de um pecuarista, que entrou a pé por uma estrada e chegou até o local do acidente.

O bimotor estava completamente destruído. Pai e filho morreram no acidente. Um empregado da família Maia revelou que ontem, “Garonzinho”, como era conhecido o jovem, mas experiente piloto, havia vindo com o filho para Vilhena para abastecer a aeronave.

Conforme as primeiras informações, a área onde aconteceu o acidente fica nas proximidades do rio Vermelho, e era a rota usada por Garon para chegar até a Fazenda Uberaba, no distrito de Nova Conquista, de onde ele havia decolado e para a qual estaria retornando.

Fonte: TopMídiaNews

Lula: Brasil vai crescer de forma sólida, confiável e distributiva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse feliz e otimista com o desempenho da economia brasileira e com a confiança externa percebida com melhoria da nota de crédito do país por agências internacionais e por indicadores positivos de consumo e de queda de desemprego. Segundo ele, as pessoas vão se surpreender porque o país vai crescer de forma sólida, confiável e distributiva, para que a vida das pessoas avance junto com o PIB.

“O Brasil vai crescer e vai crescer de forma sólida, confiável. E, mais importante do que crescer, vamos fazer um crescimento distributivo. Vai crescendo e vai distribuindo para que a vida das pessoas cresça de acordo com o crescimento do país. É isso que interessa ao povo brasileiro e é isso que vai acontecer”.

MOLA MESTRA – Em entrevista ao jornalista Marcos Uchôa, no programa semanal Conversa com o Presidente, Lula disse que essa dinâmica não será resultado de milagre, mas de uma determinação de que o dinheiro circule no meio do povo, a partir de uma perspectiva de que a inclusão social é crucial, a mola mestra para o desenvolvimento do Brasil. 

“Muito dinheiro nas mãos de pouco, como era antes, é concentração de riqueza. Pouco dinheiro nas mãos de muitos é distribuição de riqueza. Quando todos tiverem um pouquinho a gente vai perceber que as coisas vão melhorar”.

ACIMA DA INFLAÇÃO – De acordo com o presidente, as pessoas já estão percebendo que a economia está funcionando e as coisas melhorando, com mais emprego, salário maior e inflação caindo. As pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas. E, ao mesmo tempo, percebe que, se está melhorando para ele, está melhorando para o vizinho. E é assim que a gente vai construir esse país mais democrático, mais inclusivo e mais participativo.

Lula citou especificamente o fato de neste ano quase 80% das categorias organizadas fecharem acordos de reajuste salarial acima da inflação, enquanto nos quatro anos anteriores 75% dos acordos eram abaixo da inflação.

“Significa que isso é um pouquinho mais de dinheiro nas mãos das pessoas”, disse, comparando a dinâmica da economia como o plantio de um pé de jabuticaba que precisa ser regado e receber fertilizantes antes da colheita. “Nós vamos colher muita coisa nesse país, porque nós plantamos corretamente, estamos adubando corretamente e o dinheiro vai circular nas mãos de milhões e milhões de brasileiros”.

OBSESSÃO – Lula celebrou dado recente do IBGE, que apontou queda no desemprego, com taxa de 8% no segundo trimestre, melhor resultado dos últimos nove anos, mas disse que a taxa ainda é alta. 

“Estou feliz com esse número, mas ainda é alto. A gente vai reduzir, vai gerar mais emprego, vai gerar mais salário e assim o Brasil vai voltar a sorrir”, disse, enfatizando que o emprego é a coisa mais extraordinária que pode acontecer na vida de um ser humano. 

“O emprego é uma coisa muito importante e é minha obsessão. Ninguém quer viver de favor, as pessoas querem viver do seu salário. Receber um salário que permita que você cuide da sua família é a coisa mais sagrada”.

“SORTE” – O presidente tratou com bom humor as avaliações de que os resultados positivos dos primeiros meses de seu terceiro mandato sejam resultado de sorte. “Muita gente fala que o Lula tem sorte. Se é coisa de sorte, me elejam sempre porque esse país precisa de sorte. Todo mundo tem que ter sorte e quem tem sorte é o povo brasileiro por ter escolhido certo a democracia para governar esse país”.

Para ele, o Brasil vive um momento de autoestima recuperada e citou visita recente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, onde encontrou trabalhadores otimistas e acreditando no futuro. “O Brasil vai dar certo. A gente quer apenas isso: trabalhar, viver decentemente com nossa família e cuidar do futuro dos nossos filhos”.

Protesto pede o fim do abate de jumentos em todo o Brasil

Ativistas dos direitos animais realizaram hoje, em Belo Horizonte, um protesto contra o abate de jumentos no Brasil. Promovido pela Frente Nacional de Defesa dos Jumentos (FNDJ), o ato faz parte de uma manifestação realizada neste domingo (30/7), em 15 capitais brasileiras, contra o abate desses animais para a exportação de seu couro, usado para a fabricação de eijiao, uma espécie de gelatina muito utilizada na China para produção de medicamentos.

De acordo com Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais, uma das entidades que integra a FNDJ, a intenção do protesto de hoje é chamar a atenção da população para “a realidade grave e desconhecida” do risco de extinção dos jumentos em função do abate para a produção dessa gelatina.

“O animal que transportou Jesus Cristo e que é o símbolo do Nordeste brasileiro, depois de ser substituído pelas motos e descartado nas rodovias, hoje é abatido de forma cruel e corre o risco de desaparecer”, alerta a ativista. A FNDJ, segundo ela, quer que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) cumpra a decisão da Justiça Federal e proíba o abate de jumentos em todo o território nacional.

Pierre Barnabé Escodro, professor universitário, médico veterinário e integrante da FNDJ em Alagoas, disse que a Justiça Federal determinou a suspensão do abate de jumentos, atendendo um pedido da Frente, que move uma ação contra essa prática, mas ela continua ocorrendo. Segundo ele, ninguém cria jumento para o abate, pois não compensa, por isso o risco maior ainda de extinção. “No Egito, pelo mesmo motivo, já não tem mais jumentos”, afirma. O veterinário diz que eles são capturados nas áreas rurais do Nordeste e vendidos para o abate por cerca de R$ 50. Já o couro, segundo ele, é comercializado no exterior na faixa de 3 a 4 mil dólares.

De acordo com dados da Frente, considerando apenas os registros do Mapa, o abate aumentou mais de 8.000% entre 2015 e 2019, quando o couro passou a ser exportado para a China para produção de cremes de rejuvenescimento e problemas de saúde dos mais diversos, como anemia, insônia e impotência sexual, mas o professor afirma que não há comprovação científica da eficácia desse produto.

Vânia Plaza, médica veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Defesa Animal, outra entidade que integra a FNDJ,  disse que o abate, além de descumprir decisão judicial, é feito de maneira cruel e sem seguir nenhuma regra sanitária, o que favorece a proliferação de doenças que podem contaminar o rebanho e a população. “Temos registro do transporte desses animais de forma clandestina. Eles são recolhidos de forma aleatória e depois mortos em abatedouros da Bahia, sem passar por nenhum protocolo de segurança”.

A FNDJ está recolhendo assinaturas em um abaixo assinado que será enviado ao governo federal, ao Mapa e à Justiça Federal. Quem quiser conhecer o documento e assiná-lo basta acessar o site www.salveosjumentos.org.br.

Ninguém do Mapa foi localizado pela reportagem para falar sobre o abate e sobre a decisão da Justiça Federal.

Fonte: Estado de Minas

Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em junho

Foram registradas 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos

O Brasil registrou um saldo positivo de 157.198 empregos com carteira assinada no mês de junho deste ano. No período foram registradas 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos.

Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No acumulado do ano (janeiro/2023 a junho/2023), o saldo foi de 1.023.540 empregos, resultado de 11.908.777 admissões e 10.885.237 desligamentos.

Os dados serão detalhados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ainda hoje.